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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Post. 180: O CÉU, O PURGATÓRIO E O INFERNO, NA VISÃO DO ESPIRITISMO

O Céu, o Purgatório e o Inferno são estados de consciência. É a qualidade das experiências que podem trazer o céu ou o inferno para as nossas vidas, se as atitudes são boas vivenciamos o céu em nosso interior, se tomamos atitudes ruins é o inferno que é vivenciado; então trazemos em nós o céu e o inferno, assim cada um tira de si mesmo o princípio de sua felicidade ou de sua desgraça.

Assim, não existe uma localização geográfica para o céu, para o purgatório e para o inferno. O céu, o purgatório e o inferno são estados de alma, sendo o resultado do comportamento de cada um. As penas e as felicidades são de acordo com o grau de perfeição do espírito. Cada um possui em si mesmo o princípio da sua própria felicidade ou infelicidade, e como eles estão por toda a parte, nenhum lugar circunscrito, nem fechado, não está destinado a um antes que o outro, ou seja, cada um está no lugar em que a sua consciência permite, acompanha. Quanto aos espíritos encarnados, são mais ou menos felizes ou infelizes, conforme o mundo que eles habitem mais ou menos avançados. Então, o céu, o purgatório e o inferno são apenas figuras, pois há por toda a parte espíritos felizes e infelizes. Entretanto, os espíritos de uma mesma ordem se reúnem por simpatia, mas podem se reunir onde querem, quando são perfeitos.

O inferno
É injustificável e totalmente incompreensível se Deus com toda a Sua Misericórdia e com Sua Infinita Bondade condenasse as almas pecadoras, para arderem eternamente nas chamas do inferno.
Sente-se no inferno os espíritos que agiram contrariando as Divinas Leis, vivendo: o egoísmo, a brutalidade, a ganância, o ódio, a inveja, o ciúme, a perseguição, a maledicência e tantas outras situações contrarias aos ensinamentos do Mestre Jesus. Aonde quer que vá, mesmo ainda encarnados, esses indivíduos estarão vivenciando verdadeiros tormentos íntimos, por causa do mau praticado e vivenciado. O estado de sofrimento independe do local onde se encontra, por carregar sempre o inferno dentro de si. Ao desencarnar, a lei de afinidade faz com que as criaturas voltadas ao mal se reúnam, criando, elas próprias, verdadeiros núcleos de baixas vibrações onde umas impõem sofrimentos as outras.
A Doutrina Espírita nos esclarece que o sofrimento é moral. O sofrimento dos espíritos culpados, é muito mais intenso quando estão vivendo no lado espiritual, onde não há mais as limitações impostas pelo corpo físico, nem as ilusões da matéria, que escondem as percepções e a consciência fica anestesiada. Assim, o espírito culpado quando desencarna mergulha nas emoções e lembranças relacionadas com suas faltas, vivenciando sofrimentos morais de grande intensidade que não se compara em nada na Terra, nisto estes sofrimentos morais leva-os para regiões que combinam com seu estado de consciência; estas regiões são os umbrais, que são regiões  de baixas vibrações, destinadas ao esgotamento de resíduos mentais, isto possibilita o espírito entender o seu atual estado espiritual. O tempo de permanência no umbral vai depender do arrependimento sincero e humilde dos espírito.
Quando um espírito está em pena, ele é um espírito sofredor, incerto de seu futuro, encontrando algum alívio nas preces dirigidas a eles. O mau praticado pesa na consciência, levando a pessoa ou o espírito vivenciar no estado de consciência, o inferno.
No livro Libertação, o espírito André Luiz, nos esclarece que: “A rigor, não temos círculos infernais, de acordo com os figurinos da antiga teologia, onde se mostram indefinidamente gênios satânicos de todas as épocas e, sim, esferas obscuras em que se agregam consciências embotadas na ignorância, cristalizados no ócio reprovável ou confundidas no eclipse temporário da razão. Desesperadas e insubmissas, criam zonas de tormentos reparadores. Semelhantes criaturas, no entanto, não se regeneram à força de palavras. Necessitam de amparo eficiente que lhes modifique o tom vibratório, elevando-lhes o modo de sentir e pensar.”

Purgatório
O purgatório para a Doutrina Espírita, são as dores físicas e morais, estas que são o tempo da expiação. É sobre a Terra que o espírito encarnado faz o seu
purgatório, expiando suas faltas.
O que o homem chama purgatório é também uma figura pela qual se deve entender, não um lugar determinado qualquer, mas o estados dos espíritos imperfeitos que estão em expiação até a purificação completa que os deve elevar ao nível dos espíritos bem-aventurados. Essa purificação, operando-se nas diversas encarnações, o purgatório consiste nas provas da vida corporal.
Purgatório significa purgador, purgativo, ou seja, o purgante é o remédio que limpa o organismo. Nisto, as dores, as aflições limpam o espírito das infrações à Lei Divina. Assim, podemos dizer que “a Terra é um purgatório”. O purgatório encontramos nas nossas encarnações terrenas, nas nossas vidas físicas.
No livro Renúncia, o espírito Emmanuel, define as regiões de sofrimento como: “Inferno ou purgatório são estados de espírito em tribulação por faltas graves, ou vias de penitencia regeneradora.”

Céu
A palavra céu se entende pelo espaço universal, são os planetas, as estrelas, e todos os mundos superiores, onde os espíritos vivenciam todas as suas faculdades sem ter as atribuições da vida material, nem as angústias inerentes à inferioridade.
Quando falam de quarto, de quinto céu e assim por diante... Para o Espiritismo está se falando dos diferentes graus de depuração do espírito e, assim, de felicidade.
Não há regiões de pura contemplação para os bons espíritos, os espíritos voltados ao bem trabalham continuamente com a obra de Deus, desempenhando, entre outras tarefas, aquelas de ajudar os espíritos culpados, comprometidos com as Leis Divinas. 
Então, o céu está dentro de cada um de nós, sendo uma conquista interior. É o estado de consciência tranquila por está seguindo realmente o bem, então isto nos faz sentir a felicidade onde estivermos, estando com o sentimento de dever cumprido, de ter se empenhado na pratica do bem, de ter buscado sempre aprimorar a sua espiritualidade. Esses espíritos, além da paz construída e vivida no seu ser, constrói verdadeiros núcleos de felicidade, de alegrias, de trabalhos pelo progresso, junto com outros que pensam, sentem e agem do mesmo modo, estando reunidos pela lei da afinidade.

Deus Permite, a qualquer momento, darmos novo rumo a nossa vida. Pois, nada é eterno, senão o bem.

“Permanecer na sombra ou na luz, na dor ou na alegria, no mal ou no bem, é ação espiritual que depende de nós. O céu começará sempre em nós mesmos e o inferno tem o tamanho da rebeldia de cada um.” (Emmanuel)



Fontes: O Livro dos Espíritos
             Site Seara do Mestre
             Blog Grupo Allan Kardec

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