Existem mundos que servem aos espíritos errantes como estações e locais
de repouso, são mundos particularmente destinados aos seres errantes e nos
quais podem habitar temporariamente; espécie de acampamentos, de campos para se
repousar de uma erraticidade muito longa, estado sempre um pouco penoso. São
posições intermediarias entre os outros mundos, graduados de acordo com a
natureza dos espíritos que podem alcançá-los, e nele vivem um bem-estar maior
ou menor.
Os espíritos que se acham nesses mundos transitórios podem deixá-los
para irem aonde devem ir. Imaginemos como aves que, de passagem, pousam numa
ilha para refazerem suas forças, a fim de alcançarem o seu destino.
Os espíritos progridem durante sua estada nos mundos transitórios, pois
aqueles que se reúnem assim, o fazem com o objetivo de se instruírem e de
poderem, mais facilmente, obter a permissão de alcançarem lugares melhores, e
ascender à posição de espíritos mais evoluídos.
Os mundos transitórios não são perpetuamente destinados aos espíritos
errantes, sua posição é apenas temporária, assim são estéreis transitoriamente.
E não são habitados ao mesmo tempo por seres corporais, pois a sua superfície é
estéril, ou seja, é sutil; sendo que aqueles
que os habitam não tem necessidade de nada. Em relação as belezas naturais
desses mundos transitórios se traduz
pelas belezas da imensidade, que não são menos admiráveis das que chamamos de
belezas naturais.
Como já sabemos o estado desses mundos é transitório, e a Terra já
esteve um dia no mesmo estado, que foi durante a sua formação.
Nada é inútil na natureza: cada coisa tem o seu objetivo, a sua
destinação; nada é vazio, tudo é habitado, a vida está em toda a parte. Assim,
durante a longa série de séculos que se escoaram antes da aparição do homem
sobre a Terra, durante esses lentos períodos de transição atestados pelas
camadas geológicas, antes mesmo da formação dos primeiros seres orgânicos sobre
esta massa informe, neste árido caos onde os elementos estavam confundidos, não
havia ausência de vida. Os seres que não tinham as nossas necessidades, nem as
nossas sensações físicas, aí procuravam refúgio. Deus quis que mesmo neste
estado imperfeito ele servisse para alguma coisa. Quem então ousaria dizer que
entre esses bilhões de mundos que circulam na imensidade, um só, um dos
menores, perdido na multidão, tivesse o privilegio exclusivo de ser povoado?
Qual seria, então, a utilidade dos outros? Deus não os teria feito
senão para recrear os nossos olhos? Suposição absurda, incompatível com a
sabedoria que emana de todas as suas obras, e inadmissível quando se imagina
tudo aquilo que não podemos perceber. Ninguém contestará que nesta ideia de
mundos ainda impróprios à vida material e, portanto, povoado de seres viventes
apropriados a este meio, há alguma coisa de grande e de sublime, onde se
encontra, talvez, a solução de mais de um problema.
Fonte: O
Livro dos Espíritos
Esse mundo poderia ser o mundo de quem esta em coma induzido em UTI?
ResponderExcluirOlá, Amigo Leitor!
ExcluirNão. Mundos transitórios são os mundos em que os espíritos desencarnados, que já deixaram a matéria vão. São Espíritos errantes os espíritos desencarnados que ainda precisam reencarnar para se aperfeiçoar. Aguardando no plano espiritual uma nova oportunidade de encarnação, encontrando-se assim na erraticidade. A erraticidade é o intervalo que se encontra o espírito de uma encarnação para outra.
Segue o link sobre espíritos errantes: http://jardim-espirita.blogspot.com.br/2014/10/post178-espiritos-errantes-o-que-e.html
Agradeço a sua visita ao Jardim Espírita, e sinta-se sempre bem vindo.
Deus conosco.
Paz, Luz e Harmonia.
Jardim Espírita.