Não somente falar, mas verificar, sobretudo, o
que damos com as nossas palavras.
Automaticamente, transferimos estados de alma
para aqueles que nos ouvem, toda vez que damos forma às emoções e pensamentos
com recursos verbais.
Terás pronunciado formosos vocábulos,
selecionando frases a capricho, no entanto, se não as tiveres recamado de
bondade e entendimento é possível que tenhas colhido apenas indiferenças ou
distância nos companheiros que te compartilham a experiência. Ainda mesmo hajam
sido as tuas expressões das mais corretas e das mais nobres, gramaticalmente
considerando, se nelas colocaste quaisquer vibrações de pessimismo ou azedume,
ironia ou insinceridade, elas terão sido semelhantes a recipientes de ouro que
derramassem vinagre ou veneno, ferindo ou amargurando corações ao redor de ti.
Isso ocorre porque, instintivamente, a nossa
palavra está carregada de nosso próprio espírito, ou melhor, insuflamos os
próprios sentimentos em todos aqueles que nos prestem atenção. À vista disso,
analisemo-nos em tudo o que dissermos.
Conversa é doação de nós mesmos.
Opiniões que exteriorizamos são pinceladas para
a configuração de nosso retrato moral. Mais que isso, o verbo é criador. Cada
frase é semente viva. Plantamos o bem ou o mal, a saúde ou a enfermidade, o
otimismo ou o desalento, a vida ou a morte, naqueles que nos escutam, conforme
as idéias edificantes ou destrutivas que lhes imponhamos pelos mecanismos da
influenciação, ainda mesmo indiretamente.
Balsamizarás as feridas dos que se encontrem
caídos nas trilhas do mundo, entretanto, que será de nossos irmãos
horizontalizados na angústia se não lhes instilamos no coração a fé necessária
para que se levantem na condição de filhos de Deus, tão dignos e tão
necessitados de bênção de Deus, quanto nós?
Estudemos a nossa palavra, entendendo-lhe a
importância na vida.
Diálogo é o agente que nos expõe o mundo íntimo.
O verbo é o espelho que nos reflete a
personalidade real para julgamento dos outros.
Falarás e aparecerás.
Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier
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