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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Post.155: O PERDÃO

Deus nos criou simples e ignorantes para aprendermos por nós mesmos a atingirmos o bem, e nosso destino final é a perfeição, mas quando nos afastamos do bem nos auto agredimos, nisto sofremos  desajustes e dores para reajustar nossas emoções e corrigir nossos rumos.

Quando prejudicamos o próximo, haverá consequências danosas para nós, não e jamais porque Deus seja um Deus cruel, mas simplesmente pelo fato que colhemos o que plantamos, é a lei do retorno, a lei de causa e efeito, uma lei universal, conhecida também como ação e reação. Como temos o livre arbítrio, se somos livres para fazer nossas próprias escolha somos capazes de colher os insucessos ou sucessos destas.  Se pudéssemos saber as consequências de atos danosos que cometemos iríamos pensar duas vezes antes de cometê-los, haveríamos de cortar a própria mão antes de agredir alguém, ou a própria língua, antes de nos comprometermos com injurias. É como Jesus disse: “Guarde a espada! Pois todos os que empunham a espada, pela espada morrerão.”  (Mateus 26:52)

Então, o que nos cabe é perdoar, e a justiça não está em nossas mão, está na perfeita lei da ação e reação. Não fazemos nenhum favor ao perdoar o ofensor. A mágoa, o ressentimento, o rancor, o ódio, corroem nossas entranhas, quando perdoamos, ficamos livres. Pois, quando somos vítima bate a magoa e o ressentimento, no entanto, não é conveniente, porque, mágoas, rancores, ressentimentos, nos desajustam. E assim perturbam os mecanismos imunológicos e favorecem a evolução de doenças graves, como o câncer.

Quantas vezes já escutamos ou até mesmo falamos estas frases: “Perdôo, mas nunca mais lhe dirigirei a palavra.” ou “Perdôo, mas não esqueço o que você fez pra me.” Ou “Sou de perdoar, mas esquecer nunca.” ...  Será que esta pessoa perdoou mesmo? Não perdoou. Este pensamento e atitude é como se fosse uma sentença condenatória aos outros e a si mesmo. O relacionamento continua balançado e de uma forma muito pior sem as pessoas nem se olhem ou se falem  e quando é em um relacionamento familiar é que as coisas se complicam muito mais, em que a convivência sadia, a afetividade, a alegria... vão embora. Assim, quem não esquece as ofensas que sofreu, cultiva em seu coração cada vez mais a mágoa, e coloca-se como vítima, sofrendo tudo outra vez. E assim, a ferida nunca cicatriza, apenas a feri cada vez mais, ao invés de trabalhar pela própria cura.


O que atesta o perdão é esquecer as ofensas. O perdão é exercido quando se esquece o que nos foi feito, e se recomeça novamente. Perdoar verdadeiramente é reconstruir a nossa paz interior, é deixar a consciência livre, é voltar a ter harmonia, a ficar estável, é compreender que também podemos errar como erram conosco... Se não haver verdadeiramente o perdão estamos no mesmo nível dos nossos opressores.  Os ofensores não sabem o mal que estão  auto submetendo, com desajustes e sofrimentos.

         Precisamos entender que cada pessoa está em um nível evolutivo, a partir do momento em que trabalhamos a compreensão, não exigimos mais das pessoas do que elas tem pra dar. O que nos cabe apesar de tudo o que nos foi feito é perdoar verdadeiramente, pois será que nós não merecíamos passar pelas “dificuldades” em que nos colocaram? Será que os ofensores existem para que possamos exercer o perdão em nossos corações? Pois, sem eles como é que haveríamos de trabalhar e buscar o perdão? Será que somos totalmente inocentes?

Lembremos as palavras de Jesus:

“Eu digo a você: para perdoar não até sete, mas até setenta vezes sete."
(Mateus 18:22) 

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