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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Post.154: DESOBSESSÃO


O tratamento de desobsessão é destinado tanto para o obsessor quanto para o obsediado. E se reveste de várias atividades que tem por finalidade o reajustamento dos participantes.

Para saber se o indivíduo está passando por um processo obsessivo, este deve ir a uma casa espírita e procurar o atendimento fraterno. Se estiver sofrendo de obsessão é iniciado um tratamento para desobsessão, em que:  

O trabalho de desobsessão:
Com o espírito obsessor é feito o trabalho de assegurar a sua libertação em que os espíritos obsessores são conduzidos às sessões de desobsessão nos centros espíritas, pela espiritualidade amiga, para ter dialogo e orientações fraternas. É no trabalho de desobsessão em que se tem a oportunidade de caridosamente e com energia, fazer-se a tentativa do despertamento do obsessor para a lei de amor e de perdão. Pois, para assegurar a libertação da vítima, é indispensável se torne que o espírito inferior seja levado a renunciar aos seus desígnios; que se faça que o arrependimento desponte nele, assim com o desejo do bem, por meio de instruções habilmente ministradas, nisto este trabalho de desobsessão feito nas casas espíritas tem o objetivo de dar-lhe educação moral.
Quando o obsediado compreende a sua situação e concorre com sua vontade e preces, para sua libertação, o trabalho se torna menos difícil.
É importante ir a um centro espírita bem orientado, pois para realizar o trabalho de desobsessão é necessário ter médiuns capacitados, harmonizados, conhecedores da Doutrina  e de boa condição moral. 

O tratamento espiritual do obsediado é feito com:  
- passes: em que é eliminado fluidos maléficos por meio de fluidos bons transmitidos para o obsidiado no momento do passe.
- uso de água fluidificada.
- Doutrinação, evangelização do obsidiado através de palestras, aulas, exposições evangélicas e o clima fraterno, que o faz buscar,através dos exemplos vivos sua renovação espiritual. O inspirando em busca da sua reforma interior.

No entanto, a participação do obsediado não para por aí, lhe cabendo a maior responsabilidade em busca de se libertar e de libertar o obsessor. Nisto a participação do obsediado é fundamental, pois depende do obsediado o  sucesso ou insucesso em alcançar a libertação, a cura.  As condições de ajuda e auto-ajuda no tratamento desobsessivo, são:

- O valor da prece:
“Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso auxiliar para agir contra o espírito obsessor.” (Gênese – cap.XIV-46)
A prece tem que vim do sentimento mais puro. Todos nós temos essa capacidade de nos conectarmos com nosso interior, e assim entrar em sintonia com o Alto.
O apóstolo Tiago, aconselha: “Orai uns pelos outros, a fim de que sareis, porque a prece da alma, justa muito poder pode em seus feitos.”

- A necessidade da reforma interior:
A reforma interior é condição essencial para a cura tanto do algoz quanto da vitima.
“(...) É, pois, indispensável que o obsediado faça, por sua parte, o que se torne necessário para destruir em si mesmo a causa da atração dos maus espíritos.” (O Livro dos Espiritos, q.479)
Um mal que existe a muitos anos, até mesmo a séculos, não se resolve de súbito.
A transformação moral é luz que se acende, é o chamado que repercute, é o romper dos primeiros elos que se ligam ao jugo das servidões inferiores.
Hábitos de ódio, de revolta, de vingança, atitudes egoísticas e cruéis, sentimentos que foram cultivados ás vezes, durante séculos, somente se transformarão no momentos em que, cansados de sofrer, de se machucar dos espinhos do caminho, forem os irmãos conquistados pelas forças suaves e persuasivas do bem e do amor.
É de extrema importância realizar a reforma interior, a mudança de seus pensamentos e de suas atitudes para com o próximo e consigo mesmo.

- A ação do pensamento:
A obsessão escraviza o pensamento, e a desobsessão liberta o pensamento. Pois, a qualidade do pensamento é que determina as companhias espirituais. Podemos dizer: “Dizes-me o que pensas e te direi com quem andas...”
Melhorar a qualidade do pensamento nos leva para rumos nobres e construtivos, ocorrendo uma mudança no padrão vibratório, sob o influxo da mente, que optou pela frequencia mais elevada. Mudar o pensamento é uma questão de escolha. De começar a selecionar os pensamentos. E só chega-se a tal estado de transformação por meio da vontade.
Assim, é necessário que o obsediado vigie seus pensamentos, pois são os pensamentos que formam o elo entre os dois. Caso o obsediado não consiga desviar estes pensamentos negativos, deve fazer uma prece espontânea vinda do coração (evitando orações decoradas) e/ou fazer leituras edificantes.
Lembrando sempre o perfeito ensinamento de Cristo:”Vigiai e Orai.”

- O poder da vontade:
Até hoje o ser humano não se preocupou o suficiente, ou não despertou para a incrível força que traz no intimo da alma que é a vontade. Pois, a vontade é um auto estimulo para a própria participação no tratamentos, sendo este um fator essencial.
É deixar a vontade falar mais alto, pois desconhecemos nossa capacidade, muitas vezes pensamos que não somos capazes de ultrapassar, de vencer obstáculos, no entanto, carregamos uma capacidade que desconhecemos. Pode haver momentos em que desanimais, mas levanta-te e retoma o caminho.


Outro ponto fundamental é a pratica do Evangelho no Lar, Joanna de Ângelis na sua obra “Messe de Amor” nos faz o nobre convite: “Dedica uma das sete noites da semana ao Culto Evangélico no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa. (...) Quando o lar se converte em santuário, o crime se recolhe ao museu. (...) Jesus no lar é vida para o lar.”
A excelência da pratica do Culto do Evangelho no Lar é sentida desde os primeiros momentos em que é inaugurada. O bom é fazer o Evangelho no Lar com a família, no entanto se não for possível realize-o sozinho. Analisar, refletir e comentar os ensinamentos de Jesus, são elementos altamente terapêuticos favorecendo a psicosfera do lar. A oração amplia os horizontes mentais e eleva a alma na direção do bem. O clima criado nos instantes do Culto do Evangelho favorece o entendimento e a fraternidade, e nos coloca em posição mental receptiva ao amparo dos Benfeitores Espirituais. 

         No final do tratamento os obsessores se tornam gratos pela ajuda que tiveram, e tornam-se grandes amigos, ou até mesmo grandes protetores do ex-obsediado. Portanto, é muito importante que o obsessor não seja tratado como um inimigo, mas sim como um irmão que necessita de auxílio.

        O Espiritismo é muito mais que a chave para a solução dos problemas espirituais imediatos, mas, e principalmente, é roteiro de luz para a vida inteira. 

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