O tratamento de desobsessão é destinado tanto para o obsessor quanto
para o obsediado. E se reveste de várias atividades que tem por finalidade o reajustamento
dos participantes.
Para saber se o indivíduo está passando por um processo obsessivo, este
deve ir a uma casa espírita e procurar o atendimento fraterno. Se estiver
sofrendo de obsessão é iniciado um tratamento para desobsessão, em que:
O trabalho
de desobsessão:
Com o espírito obsessor é feito o trabalho de assegurar a sua
libertação em que os espíritos obsessores são conduzidos às sessões de
desobsessão nos centros espíritas, pela espiritualidade amiga, para ter dialogo
e orientações fraternas. É no trabalho de desobsessão em que se tem a
oportunidade de caridosamente e com energia, fazer-se a tentativa do
despertamento do obsessor para a lei de amor e de perdão. Pois, para assegurar
a libertação da vítima, é indispensável se torne que o espírito inferior seja
levado a renunciar aos seus desígnios; que se faça que o arrependimento
desponte nele, assim com o desejo do bem, por meio de instruções habilmente
ministradas, nisto este trabalho de desobsessão feito nas casas espíritas tem o
objetivo de dar-lhe educação moral.
Quando o obsediado compreende a sua situação e concorre com sua vontade
e preces, para sua libertação, o trabalho se torna menos difícil.
É importante ir a um centro espírita bem orientado, pois para realizar
o trabalho de desobsessão é necessário ter médiuns capacitados, harmonizados,
conhecedores da Doutrina e de boa condição
moral.
O tratamento
espiritual do obsediado é feito com:
- passes: em
que é eliminado fluidos maléficos por meio de fluidos bons transmitidos para o
obsidiado no momento do passe.
- uso de
água fluidificada.
- Doutrinação,
evangelização do obsidiado através de palestras, aulas, exposições evangélicas
e o clima fraterno, que o faz buscar,através dos exemplos vivos sua renovação
espiritual. O inspirando em busca da sua reforma interior.
No entanto, a participação do obsediado não para por aí, lhe cabendo a
maior responsabilidade em busca de se libertar e de libertar o obsessor. Nisto a
participação do obsediado é fundamental, pois depende do obsediado o sucesso ou insucesso em alcançar a libertação,
a cura. As condições de ajuda e
auto-ajuda no tratamento desobsessivo, são:
- O valor da
prece:
“Em todos os
casos de obsessão, a prece é o mais poderoso auxiliar para agir contra o
espírito obsessor.” (Gênese – cap.XIV-46)
A prece tem
que vim do sentimento mais puro. Todos nós temos essa capacidade de nos
conectarmos com nosso interior, e assim entrar em sintonia com o Alto.
O apóstolo
Tiago, aconselha: “Orai uns pelos outros, a fim de que sareis, porque a prece
da alma, justa muito poder pode em seus feitos.”
- A
necessidade da reforma interior:
A reforma
interior é condição essencial para a cura tanto do algoz quanto da vitima.
“(...) É,
pois, indispensável que o obsediado faça, por sua parte, o que se torne
necessário para destruir em si mesmo a causa da atração dos maus espíritos.” (O
Livro dos Espiritos, q.479)
Um mal que
existe a muitos anos, até mesmo a séculos, não se resolve de súbito.
A
transformação moral é luz que se acende, é o chamado que repercute, é o romper
dos primeiros elos que se ligam ao jugo das servidões inferiores.
Hábitos de
ódio, de revolta, de vingança, atitudes egoísticas e cruéis, sentimentos que
foram cultivados ás vezes, durante séculos, somente se transformarão no
momentos em que, cansados de sofrer, de se machucar dos espinhos do caminho,
forem os irmãos conquistados pelas forças suaves e persuasivas do bem e do
amor.
É de extrema
importância realizar a reforma interior, a mudança de seus pensamentos e de
suas atitudes para com o próximo e consigo mesmo.
- A ação do
pensamento:
A obsessão
escraviza o pensamento, e a desobsessão liberta o pensamento. Pois, a qualidade
do pensamento é que determina as companhias espirituais. Podemos dizer:
“Dizes-me o que pensas e te direi com quem andas...”
Melhorar a
qualidade do pensamento nos leva para rumos nobres e construtivos, ocorrendo
uma mudança no padrão vibratório, sob o influxo da mente, que optou pela
frequencia mais elevada. Mudar o pensamento é uma questão de escolha. De
começar a selecionar os pensamentos. E só chega-se a tal estado de
transformação por meio da vontade.
Assim, é necessário
que o obsediado vigie seus pensamentos, pois são os pensamentos que formam o
elo entre os dois. Caso o obsediado não consiga desviar estes pensamentos
negativos, deve fazer uma prece espontânea vinda do coração (evitando orações
decoradas) e/ou fazer leituras edificantes.
Lembrando sempre
o perfeito ensinamento de Cristo:”Vigiai e Orai.”
- O poder da
vontade:
Até hoje o
ser humano não se preocupou o suficiente, ou não despertou para a incrível
força que traz no intimo da alma que é a vontade. Pois, a vontade é um auto
estimulo para a própria participação no tratamentos, sendo este um fator
essencial.
É deixar a
vontade falar mais alto, pois desconhecemos nossa capacidade, muitas vezes
pensamos que não somos capazes de ultrapassar, de vencer obstáculos, no entanto,
carregamos uma capacidade que desconhecemos. Pode haver momentos em que
desanimais, mas levanta-te e retoma o caminho.
Outro ponto fundamental é a pratica do Evangelho no Lar, Joanna de
Ângelis na sua obra “Messe de Amor” nos faz o nobre convite: “Dedica uma das
sete noites da semana ao Culto Evangélico no Lar, a fim de que Jesus possa
pernoitar em tua casa. (...) Quando o lar se converte em santuário, o crime se
recolhe ao museu. (...) Jesus no lar é vida para o lar.”
A excelência
da pratica do Culto do Evangelho no Lar é sentida desde os primeiros momentos
em que é inaugurada. O bom é fazer o Evangelho no Lar com a família, no entanto
se não for possível realize-o sozinho. Analisar, refletir e comentar os
ensinamentos de Jesus, são elementos altamente terapêuticos favorecendo a
psicosfera do lar. A oração amplia os horizontes mentais e eleva a alma na
direção do bem. O clima criado nos instantes do Culto do Evangelho favorece o
entendimento e a fraternidade, e nos coloca em posição mental receptiva ao
amparo dos Benfeitores Espirituais.
No
final do tratamento os obsessores se tornam gratos pela ajuda que tiveram, e
tornam-se grandes amigos, ou até mesmo grandes protetores do ex-obsediado.
Portanto, é muito importante que o obsessor não seja tratado como um inimigo,
mas sim como um irmão que necessita de auxílio.
O
Espiritismo é muito mais que a chave para a solução dos problemas espirituais
imediatos, mas, e principalmente, é roteiro de luz para a vida inteira.