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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

UM ANO DE JARDIM ESPÍRITA

Hoje o Jardim Espírita completa 1 ano, e nesta data comemorativa quero agradecer a todas as  pessoas que por aqui passaram, que passam e que irão passar. Realizar este trabalhão no Jardim Espírita é de imensa alegria, podendo dividir com vocês o pouco que sei e que estou aprendendo. E confesso que estou aprendendo muito em cada postagem que escrevo, que publico, e tenham certeza que cada palavra é com imenso amor, dedicação, faço com todo o meu coração, e cada uma é muito bem pensada para ser publicada, pois  é um trabalho de imensa responsabilidade. E não esperava um número tão significativo de acessos para o primeiro ano, foi uma grande surpresa para me, e foi e é um grande estimulo.

Quero agradecer publicamente também aos meus amigos espirituais que inspiraram-me, foram eles que me incentivaram a fazer o blog, a escolher o nome, e são eles que me inspiram em cada postagem e no que devo fazer aqui no Jardim Espírita.

E como passou rápido esse ano, só espero que através dos ensinamentos do Espiritismo ter iluminado ao menos uma pessoa, em alguma parte do mundo em que passou pelo Jardim Espírita.

Carrego esta certeza em meu coração, que a Doutrina Espírita abre cada vez novos horizontes, nos faz perceber outros parâmetros, que cada vez podemos ver mais longe, indo além de religião, possibilitando abordagens filosófica, ligação com a ciência, e torna Deus maior do que podemos imaginar, que Jesus é acima de tudo nosso maior amigo, e que nosso melhor companheiro é nosso guia espiritual, e que temos o poder de nos tornarmos pessoas melhores...

Agradeço aos leitores dos cinco continentes que acessam o Jardim Espírita!

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Post. 124: UNIÃO DOS AMIGOS


União dos Amigos

“Os que amam além do corpo não são separados por ele.

A morte não é capaz de matar o que nunca morre.

Nem podem os espíritos que amam e vivem sob o mesmo princípio serem rompidos; as raízes e as lembranças da amizade.

Se a ausência não for a morte, nada será.

A morte é apenas atravessar o mundo, assim como os amigos cruzam os mares.

Eles ainda sobrevivem um ao outro.

Para eles que amam e vivem no que é onipresente, as dificuldades se fazem necessárias.

No espelho divino, ficam face a face; e a conversa é sempre espontânea, bem como pura.

É este o lenitivo dos amigos.

Embora possam chegar a um fim, a amizade e o companheirismo estão, na melhor das hipóteses, sempre presentes, pois são imortais.”


(William Penn, Fruit of Solitude. Parte II: Union of Friends) 


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Post.123: AMBIENTES COM MAIS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS

         Como atualmente vivemos em um mundo de provas e expiações, que tem como características a maioria dos habitantes encarnados e desencarnados vivenciando o início de sua caminhada evolutiva, em que os vícios, as doenças, os desequilíbrios morais predominam. Então,devido a estes fatos negativos podemos sofrer as influências espirituais do ambiente, pois  de acordo com as características dos lugares podemos prever a possibilidade de haver maior número de espíritos em desequilíbrio, e assim muitas vezes nos afetando.

         Os principais locais que são afetados por energias negativas são lugares como bares, boates, aglomerados de pessoas,e  onde a predominância de vícios e desequilíbrios são mais intensos, como nos desfiles de carnaval. E em relação ao ambiente do cemitério, ficaria em 3° ou 4º lugar sob a influencia negativa do ambiente. 


        Como podemos nos prevenir?
        Com o uso de prece, tendo pensamentos elevados, aprendendo cada vez mais os ensinamentos de Jesus,  pensando nos benfeitores espirituais, vigiando as atitudes que são tomadas... 

domingo, 23 de fevereiro de 2014

O CARNAVAL, SEGUNDO O ESPIRITISMO

          “O carnaval é uma festividade que ainda guarda vestígios da barbárie e do primitivismo que ainda reina entre os encarnados, marcado pelas paixões do prazer violento.”  Esta frase do Espírito Bezerra de Menezes resume em absoluto o que é o carnaval.



         Neste período de carnaval inumeráveis espíritos inferiores intensificam as suas más influências, porque grande parte das pessoas se dá aos exageros das más paixões, nisto muitos encarnados são influenciados e dominados por esses espíritos inferiores que carregam maldade ainda; assim motivam e/ou proporcionam a violência, como o uso de drogas de todos os tipos, homicídios, suicídios, a banalidade sexual, que leva à paternidade e a maternidade com irresponsabilidade, e assim posteriormente muitas vezes ocasionando o crime do aborto; contraindo doenças sexualmente transmissíveis, estupros, roubos, dentre outras praticas criminosas. Bezerra de Menezes informa ainda que: “O carnaval constitui em um verdadeiro processo de obsessão coletiva, afetado profundamente o estado espiritual dos incautos.”

          Isto podendo acontecer com os encarnados que tem afinidade com os espíritos inferiores, por comportamentos viciosos, e também com as pessoas com atitudes respeitáveis, mas que se deixa levar pelos prazeres inferiores, que muitas vezes afirmam que “é permitido cometer loucuras, e atos baixos uma vez por ano.” Isto levando as pessoas sintonizarem na mesma frequência dos pensamentos desses espíritos ainda dominados pela matéria.

          As fantasias ultimamente são minimalistas e outras vezes a nudez é que prevalece descaradamente; os pensamentos que fluem e que são expressados  sem nenhum pudor  para conseguir as pretensões mais baixas.   A criminalidade ocorrendo em qualquer lugar, em qualquer hora, com qualquer pessoa. “Carnaval” que significa “Festa da carne”, segue conforme a sua denominação, de carne com sangue, de carne em processo de decomposição antes mesmo do processo da morte física.

         Depois dos excessos sexuais, das devassas manifestações, dos crimes, das violências cometidas, o arrependimento aparece em algum momento, mais cedo ou mais tarde.

        A Doutrina Espírita nos possibilita através dos conhecimentos que nos oferece, que devemos buscar a harmonia e o equilíbrio interior,  que devemos buscar moral e alegria. Quando os valores morais já estão conquistados, não nos deixamos levar por obsessão coletiva, pois o uso de drogas, de bebidas, da sexualidade sem responsabilidade dentre outras atitudes chulas, porque já se está em outro patamar em outros nível de ideias, de pensamentos e propostas existenciais.   

       E é também pelo pensamento que conseguimos o auxilio dos bons espíritos, que nos ajudam em nome de Jesus Cristo, através de bons pensamentos, de atitudes dignas, da pratica da caridade desinteressada que cultivamos para receber orientações, proteção, inspiração boas.

       O Espiritismo não condena o carnaval ou outras festividades com segmento parecido, apenas nos mostra o que acontece e os prejuízos que acarreta. Cada um sabe o que quer para a sua vida, cada um tem o total direito de fazer o que desejar, pois Deus nos concedeu  o livre arbítrio, e nisto quem somos nós para impedir tais atitudes. Para quem gosta e quer ir para tal festividade, que se comporte como um Cristão, e Orar na saída de casa e na volta para casa, e Vigiar os pensamentos e as atitudes, são recomendações que Jesus nos Deixou e que devemos sempre praticar seja aonde estiver.

       O espiritismo, assim como outras denominações religiosas promovem nestes dias de carnaval, atividades baseadas nas praticas Cristã, o Espiritismo por exemplo realiza seminários nestes dias. Pois, para ter alegria não é preciso usar drogas ou bebidas alcoólicas, ou ter atitudes desequilibradas, ou praticas sexuais irresponsáveis... Pois, a alegria do carnaval é passageira, é ilusória. Temos que buscar a verdadeira alegria dentro de nós, que não depende de atos externos. É a busca pelo equilíbrio, pela harmonia e pela alegria interior.   


"Em toda parte está presente o convite da vida para a harmonia e a felicidade, mas a criatura humana estúrdia infelizmente elege o prazer voluptuoso de um momento em prejuízo da alegria permanente, conquistada com esforço e, às vezes, sacrifício, que se faz muito bem-compensado." (Bezerra de Menezes)


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Post. 121: COMO DORMIR BEM?

Devido aos vários acessos à postagem 12, sobre Prece antes de Dormir, vamos conversar um pouco sobre como dormir bem? E o por que de muitas vezes não dormirmos bem?


Muitas pessoas tem alguma dificuldade para dormir ou ao dormir, não tendo uma noite bem dormida e um bom descanso para renovar as energias necessárias para recomeçar um novo dia com as atividades que nos compete realizar.

A má qualidade do sono muitas vezes está ligada ao equilíbrio emocional da pessoa, muitas vezes nem nos damos conta que estamos com a vibração baixa, e isto é que afeta um sono tranquilo também.

Quando as nossas emoções não estão equilibradas, isto é, quando brigamos com as pessoas, quando temos raiva ou à guardamos, quando sentimos medo, quando não temos atitudes dignas com outros, quando temos pensamentos vingativos e de ódio, quando temos ciúmes e inveja, ou seja, tudo que seja de baixa vibração e emoções inferiores, desalinha o nosso emocional, e assim bagunça a nossa energia.

Muitas pessoas tem “sonho” perturbadores, com teor violento, com acidentes, mortes; outras sentem a presença de alguém no quarto, ou vêem vultos, escutam ruídos, vozes; outras pessoas nem conseguem dormir, ou se dormem não conseguem ter um sono continuo, ou dormem poucas horas. E estes fatos não permitem o relaxamento para voltar a dormir novamente ou até mesmo dormir.

O fato é, quanto mais sentimos medo, quanto mais sentimos raiva e sentimentos inferiores, mas a vibração baixa, e somos perturbados e nos perturbamos também.

Mas, o que fazer para ter uma qualidade de  sono boa?                         É necessário limpar as nossas energias  e as emoções.
Como se faz isto?
Mudando o estilo de ver a vida, mudando as atitudes, mudando a vibração.


BOAS ATITUDES PARA TOMAR

A qualidade boa de sono vai vindo com a medida em que começar a praticar orações feitas com amor e sem ser no “modo mecânico”; praticar a caridade com abnegação; realizar alguma atividade edificante; leituras com mensagens de benevolência; cultivar pensamentos bons; escutar musicas que proporcione relaxamento; meditação.






ATITUDES PARA DEIXAR DE PRATICAR

E parar de assistir programas ou filmes com conteúdos violentos ou perturbadores, principalmente horas antes de dormir; parar de conversar coisas que tragam energias negativas; parar de cultivar sentimentos inferiores; dentre outros termos e/ou praticas que você acha que te faça mal.



A mudança não vai aparecer de uma noite para outra, você vai sentir a mudança quando passar a praticar continuamente as novas atitudes; e seja paciente, perseverante, insistente, não desista, que as mudanças vão acontecer, e isto, só depende de você. Não permita que pensamentos contrários que te façam questionar as novas atitudes que esteja tomando, ou as preces que esteja realizando se instale em você, repudie esses pensamentos e ore ainda mais.

Quando você conseguir um sono equilibrado, você ainda vai se perturbar, acumular energias e vibrações negativas em alguns momentos, devido as circunstancias da vida, ao dia a dia que  muitas vezes não tem como não se stressar em alguns momentos. No entanto, você vai saber qual o caminho de volta a tomar para voltar a ter um sono e uma vida mais equilibrada e tranquila.

Não esquecendo que cada caso é um caso, e que ninguém melhor que você mesmo para distinguir as coisas, para saber aonde é preciso melhorar e o que fazer.

Pra quem toma algum tipo de medicamento para dormir, não abandone a sua medicação, porque a medicina é nossa aliada para nos trazer uma vida melhor e com conforto, por isso tantos avanços na área de remédios, porque temos que usá-los quando necessitamos, então o remédio passado por um médico somado a sua mudança  de atitudes é fundamental para o  melhoramento de seu sono e de sua vida.

Desejo a todos nós bom sono, bons sonhos, muita luz, boas idéias, e Jesus em nossas vidas!

Jardim Espírita.


Se você não leu a postagem 12, você vai gostar de ler, acesse o linkhttp://jardim-espirita.blogspot.com.br/2013/03/post12-prece-antes-de-dormir.html 

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Post. 120: POSSES DEFINITIVAS

“Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.”
 (João, 10:10)


Se a paz da criatura não consiste na abundância do que possui na Terra, depende da abundância de valores definitivos de que a alma é possuída.
Em razão disso, o Divino Mestre veio até nós para que sejamos portadores de vida transbordante, repleta de luz, amor e eternidade.
Em favor de nós mesmos, jamais deveríamos esquecer os dons substanciais a serem amealhados em nosso próprio espírito.
No jogo de forças exteriores jamais encontraremos a iluminação necessária.
Maravilhosa é a primavera terrena, mas o inverno virá depois dela.
A mocidade do corpo é fase de embriagantes prazeres, no entanto, a velhice não tardará.
O vaso físico mais íntegro e harmonioso experimentará, um dia, a enfermidade ou a morte.
Toda a manifestação de existência na Terra é processo de transformação permanente.
É imprescindível construir o castelo interior, de onde possamos erguer sentimentos aos campos mais altos da vida.
Encheu-nos Jesus de sua presença sublime, não para que possuamos facilidades efêmeras, mas para sermos possuídos pelas riquezas imperecíveis; não para que nos cerquemos de favores externos e, sim, para concentrarmos em nós as aquisições definitivas. Sejamos portadores da vida imortal.
Não nos visitou o Cristo, como doador de benefícios vulgares. Veio ligar-nos a lâmpada do coração à usina do amor de Deus, convertendo-nos em luzes inextinguíveis.

Emmanuel



Fonte: Livro Caminho, Verdade e Vida – Psicografia de Francisco C. Xavier 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

ORAÇÃO PARA TODOS OS DIAS

“Senhor que no dia de hoje,

Eu possa lembrar dos que vivem em guerra,
e fazer por eles uma prece de paz.

Que eu possa lembrar dos que odeiam,
e fazer por eles uma prece de amor.

Que eu possa perdoar a todos que me magoaram,
e fazer por eles uma prece de perdão.

Que eu lembre dos desesperados,
e faça por eles uma prece de esperança.

Que eu esqueça as tristezas do dia que termina,
 e faça uma prece de alegria.

Que eu possa acreditar que o mundo ainda pode ser melhor,
 e faça por ele uma prece de fé.

E Te Agradeço Senhor,

Por ter alimento,
quando tantos passam os dias com fome.

Por ter saúde,
quando tantos sofrem neste momento.

Por ter um lar,
quando tantos dormem nas ruas.

Por ser feliz,
quando tantos choram na solidão.

Por ter amor,
quantos tantos vivem no ódio.

Pela minha paz,
quando tantos vivem o horror da guerra.”

Que Assim Seja!



Auto Desconhecido. 



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Post.118: ESCALA ESPÍRITA

            A escala espírita é um auxilio para sabermos a que classificação o espírito comunicante pertence.
Observações preliminares: A classificação dos espíritos baseia-se sobre o grau do seu adiantamento, sobre as qualidades que adquiriram e sobre as imperfeições das quais devem ainda se despojar.  Esta classificação, de resto, nada tem de absoluta; cada categoria não apresenta um caráter nítido senão no seu conjunto.
Todavia, de um grau a outro a transição é insensível e sobre seus limites a pequena diferença se apaga como nos reinos da natureza, como nas cores do arco-íris, ou ainda como nos diferentes períodos da vida do homem.
Não podemos esquecer jamais que: entre os espíritos, do mesmo modo que entre os homens, há os muito ignorantes, assim não podemos crer que todos os espíritos devem saber de tudo porque são espíritos, pois quem desencarna permanece do mesmo jeito de quando estava vivendo na matéria. E Toda classificação exige método, análise e conhecimento profundo do assunto.
Esta escala auxilia a determinar a ordem e o grau de superioridade ou inferioridade dos espíritos com os quais podem entrar em comunicação e, por, consequência, o grau de confiança e de estima que merecem , em uma comunicação.
Esta divisão nos parece perfeitamente racional e apresenta caracteres bem definidos.
Observamos, contudo, que os espíritos não pertencem para sempre exclusivamente a tal ou tal classe; seu progresso, não se realizando senão gradualmente em frequentemente, mais num sentindo que em outro, eles podem reunir os caracteres de varias categorias, o que se pode apreciar pela sua linguagem e pelos seus atos.


Terceira Ordem – Espíritos Imperfeitos

     Características gerais: predominância da matéria sobre o espírito. Propensão ao mal.   Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as más paixões que lhes são consequências.
     Tem a intuição de Deus, mas não o compreendem.
      Não são todos essencialmente maus; em alguns há mais de irreflexão, de inconsequência e de malícia, do que verdadeira maldade. Uns não fazem o bem, nem o mal, porém, só pelo fato de não fazerem o bem, denotam a sua inferioridade. Outros, ao contrário, se comprazem no mal e ficam satisfeitos quando encontram oportunidade de fazê-lo. Eles podem aliar a maldade e a malícia à inteligência, mas qualquer que seja seu desenvolvimento intelectual, suas idéias são pouco elevadas e seus sentimentos mais ou menos inferiores.
     Os seus conhecimentos sobre as coisas do mundo espírita são limitadas e o pouco que sabem se confunde com as idéias e os preconceitos da vida corpórea. Não podem nos dar senão noções falsas e incompletas.
     O seu caráter se revela pela sua linguagem. Todo espírito que, em suas comunicações, revela um mau pensamento, pode ser classificado na terceira ordem. Assim como, todo mau pensamento que nos é sugerido, vem de espírito dessa ordem.
    Pode-se dividi-los em cinco classes principais, que são:
- Espíritos impuros: são inclinados ao mal e fazem dele objeto de suas preocupações.
Como espíritos, dão conselhos desleais, fomentam a discórdia, a desconfiança e se mascaram de todas as formas para melhor enganar. Podem ser reconhecidos, em suas manifestações, pela sua linguagem: a trivialidade e a grosseria das expressões, nos espíritos como nos homens, é sempre um indicio de inferioridade moral e/ou intelectual. Suas comunicações revelam a baixeza de suas inclinações, e se falam de uma maneira sensata é para enganar, eles não sustentam a faça por muito tempo e acaba se revelando quem realmente é.
Quando estão encarnados, os seres que eles animam são inclinados a todos os vícios que engendram as paixões vis e degradantes: a sensualidade, a crueldade, o embuste, a hipocrisia, a cupidez e a avareza sórdida. Fazem o mal pelo prazer de fazê-lo, as vezes ate mesmo sem motivo.
- Espíritos Levianos:  são ignorantes, maliciosos, inconsequentes e zombeteiros. Envolvem-se em tudo,respondem a tudo, sem se preocuparem com a verdade. Se satisfazem em causar pequenos desgostos ou alegrias, atormentando, induzindo maliciosamente ao erro por meio de mistificações e travessuras. A esta classe pertencem os espíritos vulgarmente designados sob os nomes de gnomos, duendes, diabretes, trasgos. Nas suas comunicações, a sua linguagem é algumas vezes espirituais e engraçadas, mas, quase sempre, sem conteúdo. Se usam nomes supostos, é mais por malicia do que por maldade.
- Espíritos Pseudo-Sábios: seus conhecimentos são bastante amplos, mas crêem saber mais do que realmente sabem. Tendo, algumas vezes, progredido em diversos pontos de vista, sua linguagem tem um caráter serio que pode iludir sobre as suas capacidades e sua iluminação interior. É uma mistura de verdade ao lado dos erros mais absurdos, nos quais se percebe a presunção, o orgulho, a inveja e a obstinação das quais não puderam se despir.
- Espíritos Neutros: não são nem muito bons para fazerem o bem, nem muito maus para fazerem o mal, inclinando-se tanto para um como para outro, e não se elevam acima da condição vulgar da humanidade, tanto pelo moral como pela inteligência. Apegam-se às coisas
Deste mundo, cujas alegrias grosseiras não tem mais.
- Espíritos Batedores e Perturbadores: estes espíritos podem pertencer a todas as classes da terceira ordem. Manifestam sua presença por meio de efeitos sensíveis e físicos, tais como pancadas, o movimento e o deslocamento anormal dos corpos sólidos, a agitação do ar, etc. parecem ser, mais que os outros, agarrados à matéria, os agentes principais das perturbações dos elementos do globo, quer atuem sobre o ar, a água, o fogo, os corpos duros, ou nas entranhas da terra. Reconhece-se que esses fenômenos não são devidos a uma coisa fortuita e física, quando tem um caráter intencional e inteligente.  


                Segunda Ordem – Bons Espíritos

     Características gerais: predominância do espírito sobre a matéria. Desejo do bem. Suas qualidades e seu poder em fazer o bem estão relacionados com o adiantamento que alcançaram: uns tem a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Os mais avançados reúnem o saber às qualidades morais. Não estando completamente desmaterializados, conservam, mais ou menos segundo sua categoria, os traços da existência corpórea, seja na forma da linguagem, seja nos seus hábitos, onde se descobrem mesmo algumas de suas manias; de outro modo, seriam espíritos perfeitos.
     Compreendem Deus e o infinito e já desfrutam da felicidade dos bons. São venturosos pelo bem que fazem e pelo mal que impedem de ser feito. O amor que os une é para eles fonte indescritível bondade, que não se altera, nem pela inveja, nem pelo remorso, sem por qualquer das más paixões que fazem o tormento dos espíritos imperfeitos. Mas, todos ainda tem provas a suportar, até que alcancem a perfeição absoluta.
     Como espíritos, provocam bons pensamentos, deviam os homens do caminho do mal, protegem a vida daqueles que se mostram dignos e neutralizam a influência dos espíritos imperfeitos naqueles que não se comprazem em suportá-la.
     Quando encarnados, são bons e benevolentes. Não os move, nem o orgulho, nem o egoísmos, nem a ambição. Não experimentam ódio, rancor, inveja ou ciúme, e fazem o bem pelo bem.
     Pode-se classificá-los em quatro grupos principais:
- Espíritos Benevolentes: sua qualidade dominante é a bondade. Alegram-se em prestar serviço aos homens e protegê-los, mas sue saber é limitado. Seu progresso é mais efetivo no sentido moral do que no sentido intelectual.
- Espíritos Sábios: são os que se distinguem, principalmente, pela extensão dos seus conhecimentos. Preocupam-se menos com as questões morais que com as questões científicas, para as quais tem mais aptidão. Não consideram a ciência senão do ponto de vista de sua utilidade, e não a misturam com nenhuma das paixões que são próprias dos espíritos imperfeitos.  
- Espíritos de Sabedoria : caracterizam-se pelas qualidades morais da natureza mais elevada. Sem possuírem conhecimentos ilimitados, são dotados de uma capacidade intelectual que lhes possibilita um julgamento sadio sobre os homens e as coisas.
- Espíritos Superiores: reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Sua linguagem, é benevolente, e constantemente digna, elevada e, frequentemente, sublime. Sua superioridade os torna mais aptos do que os outros para nos darem noções mais justas sobre as coisas do mundo incorpóreo, nos limites do que é permitido aos homens conhecerem. Comunicam-se voluntariamente com aqueles que procuram a verdade de boa fé e que tem a alma desligada dos laços terrenos para compreendê-la. Distanciam-se daqueles que se animam só de curiosidade ou que a influência da matéria afasta da pratica do bem. Quando, por exceção, encarnam sobre a Terra, é para cumprirem missão de progresso, oferecendo-nos o modelo de perfeição a que a humanidade pode aspirar neste mundo.



                Primeira Ordem – Espíritos Puros

    Características gerais: não sofrem influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta em relação aos espíritos das outras ordens.
    Pertencem a uma única classe.
    Percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeições de que é suscetível a criatura, não tem mais que suportar provas ou expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, é para eles a vida eterna, que desfrutam no seio de Deus.
     Gozam de inalterável felicidade, visto que não estão sujeitos, nem às necessidades, nem às vicissitudes da vida material; mas essa felicidade não é a de uma ociosidade monótona a transcorrer numa contemplação perpétua. São os mensageiros e ministros de Deus, cujas ordens executam para a manutenção da harmonia universal. Comandam a todos os espíritos que lhe são inferiores, ajudam-nos a se aperfeiçoarem a lhes designam as suas missões. Assistir os homens em suas aflições, concitá-los ao bem ou à expiação das faltas que os mantêm distanciados da felicidade suprema é, para eles, uma doce ocupação. São designados, às vezes, sob o nome de anjos, arcanjos ou serafins.
    Os homens podem entrar em comunicação com eles, mas bem presunçoso seria aquele que pretendesse tê-los constantemente às suas ordens. 


Fonte: O Livro dos Espíritos

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Post. 117: RESPONSABILIDADE E ACEITAÇÃO DE TRABALHAR A MEDIUNIDADE

     

      Muitos dizem: “Não quero ser médium”, mas não adianta, porque todos somos portadores da mediunidade, embora cada um esteja num nível de desenvolvimento diferente. O que se pode fazer é escolher exercê-la ou não; e se, sabendo desse fato, optamos por não exercitá-la, será preciso, então, nos prepararmos para assumir as consequências dessa escolha, porque a mediunidade é um dos meios que  possibilita nos regenerar perante nossos erros cometidos em existências anteriores, bem como nos harmonizarmos com todos aqueles que sofrem as consequências dos nossos deslizes, ajudar o próximo sem querer nem esperar nada em troca...  Além disto, não trabalhando e não empregando a sua faculdade mediúnica, o médium não se livra da presença e atuação dos espíritos em geral, mas pelo contrário, fica mais a mercê e vulnerável aos maus espíritos por lhe faltar autoridade moral; o estudo dos ensinamentos de Jesus e praticar o bem  com amor e consciência é que faz nossa moral ser elevada.

Vigiar e Orar é fundamental para todos nós, independente de  quem não apresenta mediunidade desenvolvida e principalmente quem possui mediunidade mais desenvolvida, é essencial está sempre em oração e vigiando algum deslize que se pode tomar, pois quando se pratica a Vigília  e a Oração, as baixas e más vibrações são dispersadas, não ficando brecha para maus espíritos se aproximar e causar muitas vezes obsessão e mau para nós.

O desenvolvimento da mediunidade e o seu exercício devem estar apoiados, sobretudo, na prática dos ensinamentos de Jesus, o que, em suma, representa nossa reforma interior. E é justamente isso que as pessoas não querem ou acham difícil e até mesmo impossível a modificação de si mesmos, abandonando os velhos hábitos, as tendências negativas, abandonar a comodidade ... Não é difícil o trabalho mediúnico, pois tudo que é feito com amor nos leva a nos sentirmos em outro nível mais elevado, com mais serenidade dentro de nós. E as Casas Espíritas Kardecistas acolhem os médiuns e os ajudam no desenvolvimento da sua faculdade, com estudos e trabalhos que o médium possa executar segundo a sua faculdade e o desenvolvimento dela.


Quando nos dedicamos ao desenvolvimento e ao exercício da mediunidade, além de equilibrarmos nossas energias e de passamos a nos sentir melhores, também aprendemos a manter sintonia com os bons espíritos que nos assistem,e  que passam a nos auxiliar sempre que necessitamos. Assim, ganhamos verdadeiros amigos de luz.


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

TIPOS DE MEDIUNIDADE

Como vimos na postagem 114, a mediunidade é inerente ao homem não sendo um privilegio exclusivo de alguns. A mediunidade não se revela da mesma maneira em todos, geralmente os médiuns tem mais aptidão para um tipo de manifestação mediúnica do que outro; ou possuir mais que um tipo de mediunidade. Vejamos alguns tipos de mediunidade:

Médiuns de efeitos físicos
     As manifestações físicas produz comunicações materiais, como ruídos, movimentação, deslocamento objeto, levantamento e transporte de objetos. Essas manifestações precisa de médiuns com faculdades  especiais, seja um médium voluntario ou involuntário.
    As pancadas, os movimentos e as suspensão de objetos, são fenômenos simples, que se operam pela concentração e dilatação de certos fluidos. Já os transportes são complexos, exigem circunstancias especiais, não podem se operar senão por um só espírito e um só médium, e precisam, fora das necessidades da tangibilidade, de uma combinação toda particular para isolar e tornar visível o objeto ou os objetos que foram o motivo do transporte. 
    Para que aconteça tais manifestações físicas, é preciso que o espírito combine uma parte do seu fluido com o fluido do médium, próprio para esse efeito, é necessário a união desses dois fluidos. Os espíritos que produzem os efeitos físicos, são sempre espíritos inferiores, que não estão, ainda, inteiramente despojados de toda a influencia material. Já os espíritos superiores não se ocupam de coisas que estão abaixo deles, pois eles tem a força moral como os outros tem a força física, quando necessitam dessa força, servem-se daqueles que a possuem, é como se os espíritos inferiores fossem o meio dos espíritos superiores poderem agir na matéria.

Médiuns sensitivos ou impressionáveis  
    São pessoas que tem a capacidade de sentirem a presença dos espíritos por uma vaga impressão, como se fosse um atrito leve sobre todos os membros, uma sensação que elas não podem ou não sabem explicar. Esta variedade de médium tem um caráter bem definido; pois todos os médiuns são necessariamente sensitivos, desta forma a mediunidade sensitiva é uma qualidade geral do que especial: porque é a faculdade rudimentar indispensável ao desenvolvimento de todas as outras. Neste ponto é importante fazer uma observação: essa sensibilidade, impressionabilidade não tem nada haver com o sistema nervoso humano, por isso é importante não confundir, porque tem pessoas que não tem nervos delicados e que sentem mais ou menos a presença dos espíritos , enquanto que outras que tem o sistema nervoso sensível não os sentem.
    Esta faculdade se desenvolve pelo hábito, e pode  adquirir tal sutileza que o médium reconhece pela impressão que sente a natureza boa ou má do espírito que está ao seu lado e a sua individualidade; tornando-se em relação aos espíritos um verdadeiro sensitivo. Um bom espírito tem sempre uma impressão doce e agradável; e um mau espírito sempre deixa uma impressão penosa, ansiosa e desagradável.

Médiuns audientes
    Estes ouvem a voz dos espíritos. É como se escutassem uma voz interna, que se faz ouvir no foro íntimo; ou uma voz exterior, clara e distinta como uma de uma pessoa viva. Desta forma os médiuns audientes podem, ter conversação com os espíritos. Quando tem o hábito de se comunicar com determinados espíritos, reconhecem imediatamente pela natureza da voz. Podendo servir de interprete do espírito para outras pessoas. 
    Esta faculdade é agradável, quando o médium só ouve espíritos bons, ou apenas aqueles que chama; mas quando um espírito mau lhe persiste em ficar junto e o faz ouvir a cada instante as coisas mais desagradáveis e as mais inconvenientes, resta ao médium procurar se libertar desses espíritos por meio do trabalho de desobsessão.

Médiuns psicofônicos ou falantes   
     Estes médiuns com muita frequência, não ouvem nada; neles o espírito atua sobre
os órgãos da fala; desta forma os espíritos se comunicam para transmitir a palavra audível a todos que estão presentes.
     Através desta faculdade os espíritos podem narrar, quando é permitido e desejam os seus problemas, recebendo dos orientadores encarnados esclarecidos, consolação e a fraternidade Cristã. E os mentores espirituais, espíritos trabalhadores da Seara de Deus, usam esta faculdade de intercambio para esclarecerem, orientarem os encarnados, confirmando a continuidade do labor nas duas esferas da vida.
     Os médiuns falantes se expressão geralmente sem ter consciência do que diz, e, frequentemente, diz coisas completamente fora do alcance da sua inteligência. Embora esteja totalmente desperto e num estado normal, raramente conserva a lembrança do que disse. Já os médiuns psicofônicos semiconscientes conservam o estilo e a idéia do espírito que se comunica.

Médiuns videntes
     Os médiuns videntes podem ver os espíritos; podendo vê-los quando estão acordados, guardando a lembrança do que viram; outros apenas a possui no estado sonambúlico ou próximo do sonambulismo. Sendo rara esta faculdade ser
permanente, pois quase sempre é passageira.
     O médium vidente julga ver com os olhos, mas na realidade, é a alma que ver, e é por este fato que eles podem ver os espíritos tanto com os olhos abertos, como com os olhos fechados. Assim, se conclui que um cego pode ver os espíritos, do mesmo jeito que qualquer outro que tem a visão perfeita.
    É preciso distinguir as aparições acidentais e espontâneas da faculdade propriamente dita de ver os espírito; a faculdade consiste na possibilidade, senão permanente, pelo menos muito freqüente, de ver qualquer espírito que se apresente, mesmo aqueles que nos são os mais estranhos. É esta característica que constitui os médiuns videntes.
    Entre esses médiuns, alguns há que só vêem os espíritos evocados e cuja descrição podem fazer com exatidão minuciosa. Descrevem-lhes, com as menores particularidades, os gestos, a expressão da fisionomia, os traços do semblante, as vestes e, até, os sentimentos que estão sentindo. Outros há em quem a faculdade da vidência é ainda mais ampla: vêem toda a população espírita no ambiente, a se mover em todos os sentidos, cuidado, pode-se dizer, de seus afazeres.

Médiuns sonâmbulos
    Nesta faculdade há duas ordens de comunicação que se acham reunidas com frequência:
- Quando o sonâmbulo age sob a influência do seu próprio espírito, é a sua alma que, nos momentos de emancipação, vê, ouve e percebe fora dos limites dos sentidos do corpo; o que ele externa tira-o de si mesmo, ou seja sendo idéias suas, que em geral são mais justas do que no estado normal, seus conhecimentos mais extensos, porque sua alma está livre naquele momento. Em resumo este exprime seu próprio pensamento.
- Como médium sonambúlico expressa o pensamento dos espíritos, é instrumento de outra inteligência, é passivo e o que diz não vem de si. O médium sonambúlico em estado de emancipação da alma pode facultar a comunicação. Muitos sonâmbulos vêem perfeitamente os espíritos e os descrevem com tanta precisão como os médiuns videntes; podem conversar com eles e nos transmitir seus pensamentos; o que dizem fora do circulo dos seus conhecimentos pessoais lhe é frequentemente sugerido por outros espíritos.

Médiuns curadores
    Esse gênero mediúnico consiste principalmente no dom que certas pessoas tem de curar pelo simples toque, pelo olhar, por um gesto, sem o socorro ou auxilio de nenhuma medicação. Geralmente a faculdade é espontânea e, embora haja a utilização do fluido magnético, alguns médiuns curadores jamais ouviram falar do magnetismo. A intervenção de uma potencia oculta, que constitui a mediunidade, torna-se evidente em certas circunstancias, sobretudo quando se considera que a maioria das pessoas que se pode com razão qualificar de médiuns curadores, recorre à prece, que é uma verdadeira evocação. Exemplo de médiuns curadores são as benzedeiras, e o maior exemplo é Jesus Cristo.

Médiuns pneumatógrafos
    Estes médiuns tem aptidão para obter a escrita direta, o que não é possível a todos os médiuns escreventes. Sendo uma faculdade rara; se desenvolve pelo exercício, pois as mensagens se produz de maneira espontânea. Segundo a maior ou menor potencia do médium, obtêm-se simples traços, sinais, letras, palavras, frases, e mesmo paginas inteiras. Para conseguir a comunicação por meio da pneumatógrafia é colocada uma folha de papel dobrada e algum lugar, numa gaveta ou simplesmente sobre um móvel e, se houver condições convenientes depois de um tempo mais ou menos longo, encontra-se escrito no papel caracteres traçados; o mais freqüente com uma substancia acinzentada, semelhante à aparência de chumbo, de outras vezes com lápis vermelho, tinta comum e mesmo tinta de imprensa.

Médiuns escreventes ou psicógrafos
    De todos os meios de comunicação, a escrita manual é a mais simples, amais cômoda e a mais completa. Permitindo estabelecer com os espíritos relações tão continuadas e tão regulares com as que existem entre nós. E é por esse meio que os espírito revelam melhor sua natureza e seu grau de perfeição, ou de sua inferioridade. Esta faculdade se desenvolve pela pratica, exercitando. Os médiuns psicógrafos se classificam em:
- Médiuns mecânicos: neste o espírito atua diretamente sobre a mão do médium, impulsionando-a. O que caracteriza este gênero é que o médium não tem a menor consciência do que escreve; é esta inconsciência absoluta que constitui os médiuns mecânicos. Esta faculdade é preciosa pelo fato de não poder deixar nenhuma dúvida sobre a independência do pensamento daquele que escreve.
- Médiuns intuitivos: o espírito não atua sobre a mão do médium para movê-la, mas, atua sobre a alma do médium, identificando-se com ela e lhe transmitindo sua vontade e suas idéias. A alma recebe o pensamento do espírito comunicante e o transcreve. Nesta situação, o médium escreve voluntariamente e tem consciência do que escreve, embora não grafe seus próprios pensamentos. Assim, o pensamento vem antes da escrita, o médium atua como um intérprete. Este, para transmitir o pensamento, deve compreendê-lo, para traduzi-lo fielmente e, portanto, esse pensamento não é o seu: não faz mais que atravessar seu cérebro.
- Médiuns semimecânicos: estes sentem que, à sua mão é dada uma impulsão, sem seu consentimento, mas ao mesmo tempo, tem consciência do que escrevem, à medida que as palavras se formam. O pensamento acompanha as palavras. Assim, sendo também semi-intuitivos.
- Médiuns inspirados: toda pessoa que recebe, seja no estado normal, seja no estado de êxtase, pelo pensamento,   comunicações estranhas às suas idéias preconcebidas, pode ser incluído na categoria dos médiuns inspirados, sendo difícil distinguir o pensamento próprio do que é sugerido. A espontaneidade é o que caracteriza esta faculdade. As pessoas que não são dotadas de uma inteligência excepcional, e sem saírem do estado normal, tem relâmpagos de lucidez intelectual que lhe dá, momentaneamente, uma facilidade de concepção e elocução, fora do costume. Os homens de gênio em todos os gêneros, artistas, sábios, literatos, são, sem duvida, espíritos avançados, capazes por si mesmos de compreender e de conceber grandes coisas; ora, é precisamente porque são julgados capazes, que os espíritos, que querem o cumprimento de certos trabalhos, lhes sugerem as idéias necessárias, e é  assim que, o mais frequentemente, são médiuns sem o saberem. Tem, no entanto, uma vaga intuição de uma assistência estranha, porque quem apela à inspiração, não faz outra coisa senão uma evocação.
- Médiuns de pressentimentos: o pressentimento é uma intuição vaga das coisas futuras. Certas pessoas tem essa faculdade mais ou menos desenvolvida; podem devê-la a uma espécie de segunda vista que lhes permitem entreverem as consequências das coisas presentes e a filiação dos acontecimentos; mas, frequentemente, também ela é fato de comunicação ocultas, e é nesse caso, sobretudo, que se pode dar, aqueles que dela são dotados, o nome de médiuns de pressentimentos, que são uma variedade dos médiuns inspirados.  


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