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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Post.118: ESCALA ESPÍRITA

            A escala espírita é um auxilio para sabermos a que classificação o espírito comunicante pertence.
Observações preliminares: A classificação dos espíritos baseia-se sobre o grau do seu adiantamento, sobre as qualidades que adquiriram e sobre as imperfeições das quais devem ainda se despojar.  Esta classificação, de resto, nada tem de absoluta; cada categoria não apresenta um caráter nítido senão no seu conjunto.
Todavia, de um grau a outro a transição é insensível e sobre seus limites a pequena diferença se apaga como nos reinos da natureza, como nas cores do arco-íris, ou ainda como nos diferentes períodos da vida do homem.
Não podemos esquecer jamais que: entre os espíritos, do mesmo modo que entre os homens, há os muito ignorantes, assim não podemos crer que todos os espíritos devem saber de tudo porque são espíritos, pois quem desencarna permanece do mesmo jeito de quando estava vivendo na matéria. E Toda classificação exige método, análise e conhecimento profundo do assunto.
Esta escala auxilia a determinar a ordem e o grau de superioridade ou inferioridade dos espíritos com os quais podem entrar em comunicação e, por, consequência, o grau de confiança e de estima que merecem , em uma comunicação.
Esta divisão nos parece perfeitamente racional e apresenta caracteres bem definidos.
Observamos, contudo, que os espíritos não pertencem para sempre exclusivamente a tal ou tal classe; seu progresso, não se realizando senão gradualmente em frequentemente, mais num sentindo que em outro, eles podem reunir os caracteres de varias categorias, o que se pode apreciar pela sua linguagem e pelos seus atos.


Terceira Ordem – Espíritos Imperfeitos

     Características gerais: predominância da matéria sobre o espírito. Propensão ao mal.   Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as más paixões que lhes são consequências.
     Tem a intuição de Deus, mas não o compreendem.
      Não são todos essencialmente maus; em alguns há mais de irreflexão, de inconsequência e de malícia, do que verdadeira maldade. Uns não fazem o bem, nem o mal, porém, só pelo fato de não fazerem o bem, denotam a sua inferioridade. Outros, ao contrário, se comprazem no mal e ficam satisfeitos quando encontram oportunidade de fazê-lo. Eles podem aliar a maldade e a malícia à inteligência, mas qualquer que seja seu desenvolvimento intelectual, suas idéias são pouco elevadas e seus sentimentos mais ou menos inferiores.
     Os seus conhecimentos sobre as coisas do mundo espírita são limitadas e o pouco que sabem se confunde com as idéias e os preconceitos da vida corpórea. Não podem nos dar senão noções falsas e incompletas.
     O seu caráter se revela pela sua linguagem. Todo espírito que, em suas comunicações, revela um mau pensamento, pode ser classificado na terceira ordem. Assim como, todo mau pensamento que nos é sugerido, vem de espírito dessa ordem.
    Pode-se dividi-los em cinco classes principais, que são:
- Espíritos impuros: são inclinados ao mal e fazem dele objeto de suas preocupações.
Como espíritos, dão conselhos desleais, fomentam a discórdia, a desconfiança e se mascaram de todas as formas para melhor enganar. Podem ser reconhecidos, em suas manifestações, pela sua linguagem: a trivialidade e a grosseria das expressões, nos espíritos como nos homens, é sempre um indicio de inferioridade moral e/ou intelectual. Suas comunicações revelam a baixeza de suas inclinações, e se falam de uma maneira sensata é para enganar, eles não sustentam a faça por muito tempo e acaba se revelando quem realmente é.
Quando estão encarnados, os seres que eles animam são inclinados a todos os vícios que engendram as paixões vis e degradantes: a sensualidade, a crueldade, o embuste, a hipocrisia, a cupidez e a avareza sórdida. Fazem o mal pelo prazer de fazê-lo, as vezes ate mesmo sem motivo.
- Espíritos Levianos:  são ignorantes, maliciosos, inconsequentes e zombeteiros. Envolvem-se em tudo,respondem a tudo, sem se preocuparem com a verdade. Se satisfazem em causar pequenos desgostos ou alegrias, atormentando, induzindo maliciosamente ao erro por meio de mistificações e travessuras. A esta classe pertencem os espíritos vulgarmente designados sob os nomes de gnomos, duendes, diabretes, trasgos. Nas suas comunicações, a sua linguagem é algumas vezes espirituais e engraçadas, mas, quase sempre, sem conteúdo. Se usam nomes supostos, é mais por malicia do que por maldade.
- Espíritos Pseudo-Sábios: seus conhecimentos são bastante amplos, mas crêem saber mais do que realmente sabem. Tendo, algumas vezes, progredido em diversos pontos de vista, sua linguagem tem um caráter serio que pode iludir sobre as suas capacidades e sua iluminação interior. É uma mistura de verdade ao lado dos erros mais absurdos, nos quais se percebe a presunção, o orgulho, a inveja e a obstinação das quais não puderam se despir.
- Espíritos Neutros: não são nem muito bons para fazerem o bem, nem muito maus para fazerem o mal, inclinando-se tanto para um como para outro, e não se elevam acima da condição vulgar da humanidade, tanto pelo moral como pela inteligência. Apegam-se às coisas
Deste mundo, cujas alegrias grosseiras não tem mais.
- Espíritos Batedores e Perturbadores: estes espíritos podem pertencer a todas as classes da terceira ordem. Manifestam sua presença por meio de efeitos sensíveis e físicos, tais como pancadas, o movimento e o deslocamento anormal dos corpos sólidos, a agitação do ar, etc. parecem ser, mais que os outros, agarrados à matéria, os agentes principais das perturbações dos elementos do globo, quer atuem sobre o ar, a água, o fogo, os corpos duros, ou nas entranhas da terra. Reconhece-se que esses fenômenos não são devidos a uma coisa fortuita e física, quando tem um caráter intencional e inteligente.  


                Segunda Ordem – Bons Espíritos

     Características gerais: predominância do espírito sobre a matéria. Desejo do bem. Suas qualidades e seu poder em fazer o bem estão relacionados com o adiantamento que alcançaram: uns tem a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Os mais avançados reúnem o saber às qualidades morais. Não estando completamente desmaterializados, conservam, mais ou menos segundo sua categoria, os traços da existência corpórea, seja na forma da linguagem, seja nos seus hábitos, onde se descobrem mesmo algumas de suas manias; de outro modo, seriam espíritos perfeitos.
     Compreendem Deus e o infinito e já desfrutam da felicidade dos bons. São venturosos pelo bem que fazem e pelo mal que impedem de ser feito. O amor que os une é para eles fonte indescritível bondade, que não se altera, nem pela inveja, nem pelo remorso, sem por qualquer das más paixões que fazem o tormento dos espíritos imperfeitos. Mas, todos ainda tem provas a suportar, até que alcancem a perfeição absoluta.
     Como espíritos, provocam bons pensamentos, deviam os homens do caminho do mal, protegem a vida daqueles que se mostram dignos e neutralizam a influência dos espíritos imperfeitos naqueles que não se comprazem em suportá-la.
     Quando encarnados, são bons e benevolentes. Não os move, nem o orgulho, nem o egoísmos, nem a ambição. Não experimentam ódio, rancor, inveja ou ciúme, e fazem o bem pelo bem.
     Pode-se classificá-los em quatro grupos principais:
- Espíritos Benevolentes: sua qualidade dominante é a bondade. Alegram-se em prestar serviço aos homens e protegê-los, mas sue saber é limitado. Seu progresso é mais efetivo no sentido moral do que no sentido intelectual.
- Espíritos Sábios: são os que se distinguem, principalmente, pela extensão dos seus conhecimentos. Preocupam-se menos com as questões morais que com as questões científicas, para as quais tem mais aptidão. Não consideram a ciência senão do ponto de vista de sua utilidade, e não a misturam com nenhuma das paixões que são próprias dos espíritos imperfeitos.  
- Espíritos de Sabedoria : caracterizam-se pelas qualidades morais da natureza mais elevada. Sem possuírem conhecimentos ilimitados, são dotados de uma capacidade intelectual que lhes possibilita um julgamento sadio sobre os homens e as coisas.
- Espíritos Superiores: reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Sua linguagem, é benevolente, e constantemente digna, elevada e, frequentemente, sublime. Sua superioridade os torna mais aptos do que os outros para nos darem noções mais justas sobre as coisas do mundo incorpóreo, nos limites do que é permitido aos homens conhecerem. Comunicam-se voluntariamente com aqueles que procuram a verdade de boa fé e que tem a alma desligada dos laços terrenos para compreendê-la. Distanciam-se daqueles que se animam só de curiosidade ou que a influência da matéria afasta da pratica do bem. Quando, por exceção, encarnam sobre a Terra, é para cumprirem missão de progresso, oferecendo-nos o modelo de perfeição a que a humanidade pode aspirar neste mundo.



                Primeira Ordem – Espíritos Puros

    Características gerais: não sofrem influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta em relação aos espíritos das outras ordens.
    Pertencem a uma única classe.
    Percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeições de que é suscetível a criatura, não tem mais que suportar provas ou expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, é para eles a vida eterna, que desfrutam no seio de Deus.
     Gozam de inalterável felicidade, visto que não estão sujeitos, nem às necessidades, nem às vicissitudes da vida material; mas essa felicidade não é a de uma ociosidade monótona a transcorrer numa contemplação perpétua. São os mensageiros e ministros de Deus, cujas ordens executam para a manutenção da harmonia universal. Comandam a todos os espíritos que lhe são inferiores, ajudam-nos a se aperfeiçoarem a lhes designam as suas missões. Assistir os homens em suas aflições, concitá-los ao bem ou à expiação das faltas que os mantêm distanciados da felicidade suprema é, para eles, uma doce ocupação. São designados, às vezes, sob o nome de anjos, arcanjos ou serafins.
    Os homens podem entrar em comunicação com eles, mas bem presunçoso seria aquele que pretendesse tê-los constantemente às suas ordens. 


Fonte: O Livro dos Espíritos

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