As informações
abaixo estão contidas no livro A Caminho
da Luz. Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Chico Xavier.
O APOCALIPSE
DE JOÃO
Alguns anos
antes de terminar o primeiro século, após o advento da nova doutrina, já as
forças espirituais operam uma analise da situação amargurosa do mundo, em face
do porvir.
Sob a égide
de Jesus, estabelecem novas linhas de progresso para a civilização, assinalando
os traços iniciais dos países europeus dos tempos modernos. Roma já não
representa, então, para o plano invisível, senão um foco infeccioso que é
preciso neutralizar ou remover. Todas as dádivas do Alto haviam sido
desprezadas pela cidade imperial, transformada num Vesúvio de paixões e de
esgotamentos.
O Divino
Mestre chama aos espaços o espírito de João, que ainda se encontrava preso nos
liames da terra, e o apóstolo, atônito e aflito, lê a linguagem simbólica do
invisível.
Recomenda-lhe
o Senhor que entregue os seus conhecimentos ao planeta como advertência a todas
as nações e a todos os povos da terra, e o velho Apóstolo de Patmos transmite aos
seus discípulos as advertências extraordinárias do Apocalipse.
Todos os
fatos posteriores à existência de João estão ali previstos. É verdade que
frequentemente a descrição apostólica penetra o terreno mais obscuro; vê-se que
a sua expressão humana não pôde copiar fielmente a expressão divina das suas
visões de palpitante interesse para a história da humanidade. As guerras, as
nações futuras, os tormentos porvindouros, o comercialismo, as lutas
ideológicas da civilização ocidental, estão ali pormenorizadamente entrevistos.
E a figura mais dolorosa, ali relacionada, que ainda hoje se oferece à visão do
mundo moderno, é bem aquela da igreja transviada de Roma, simbolizada na besta
vestida de púrpura e embriagada com o sangue dos santos.
IDENTIFICAÇÃO
DA BESTA APOCALÍPTICA
Reza o
Apocalipse que a besta poderia dizer grandezas e blasfêmias por 42 meses
acrescentando que o seu numero era o 666 (Apoc. XIII, 5 e 18). Examinando-se a
importância dos símbolos naquela época e seguindo o rumo certo das
interpretações, podemos tomar cada mês como sendo de 30 anos, em vez de 30
dias, obtendo, desse modo, um período de 1260 anos comuns, justamente o período
compreendido entre 610 e 1870, da nossa era, quando o Papado se consolidava,
após o seu surgimento, com o imperador Focas, em 607, e o decreto da
infabilidade papal com Pio IX, em 1870, que assinalou a decadência e a ausência
de autoridade do Vaticano, em face da evolução científica, filosófica e
religiosa da humanidade.
Quanto ao número 666, sem nos referirmos às
interpretações com os números gregos, em seu valores, devemos recorrer aos
algarismos romanos, em sua significação, por serem mais divulgados e
conhecidos, explicando que e o Sumo-Potífice da igreja romana em usa os títulos
de "VICARIVS GENERALIS DEI IN TERRIS", "VICARIVS FILII
DEI" e "DVX CLERI" que
significam “Vigário-Geral de Deus na terra”, “Vigário do Filho de Deus” e
“Príncipe do Clero”. Bastará ao estudioso um pequeno jogo de paciência, somando
os algarismos romanos encontrados em cada título papal a fim de encontrar a
mesma equação de 666, em cada um deles.
Vê-se, pois, que o Apocalipse de João tem singular importância para os destinos da Humanidade terrestre.
(...)
O Imperador Focas favorece a criação do Papado, no ano de 607. A decisão
imperial faculta aos bispos de Roma prerrogativas e direitos até então jamais
justificados. Entronizam-se, mais uma vez, o orgulho e a ambição da cidade dos
Césares. Em 610, Focas é chamado ao mundo dos invisíveis, deixando no orbe a
consolidação do Papado. Dessa data em diante, ia começar um período de 1260
anos de amarguras e violências para a civilização que se fundava.
A INQUISIÇÃO
Muito pouco valeram as lições do bem, diante do mal triunfante, porque em 1231 o Tribunal da Inquisição estava consolidado com Gregório IX. Esse instituto, ironicamente, nesse tempo não condenava os supostos culpados diretamente à morte – pena benéfica e consoladora em face dos martírios infligidos aos que lhe caíssem nos calabouços -, mas podia aplicar todos os suplícios imagináveis.
A repressão das “heresias” foi o pretexto de sua consolidação na Europa, tornando-se o flagelo e a desdita do mundo inteiro.
Longo período de sombras invadiu os departamentos da atividade humana. A penumbra dos templos era teatro de cenas amargas e sacrílegas. Crimes tenebrosos foram perpetrados ao pé dos altares, em nome dAquele que é amor, perdão e misericórdia. A instituição sinistra da igreja ia cobrir a estrada evolutiva do homem com um sudário de trevas espessas.
A OBRA DO PAPADO
Há quem tente justificar esses longos séculos de sombra pelos hábitos e concepções daquele tempo. Mas, a verdade é que o progresso das criaturas poderia dispensar esse mecanismo de crimes monstruosos. Por isso, nos débitos romanos pesam essas responsabilidades tão tremendas quão dolorosas.
A inquisição foi obra direta do papado, e cada personalidade, como cada instituição, tem o seu processo de contas na Justiça Divina. Eis por que não podemos justificar a existência desse tribunal espantoso, cuja ação criminosa e perversa entravou a evolução da Humanidade por mais de seis longos séculos.
Fonte: Livro – A Caminho da
Luz. Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Chico Xavier. Cap. XV e XVIII
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