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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

A CHAMADA: COMPANHIA DE JESUS, NA HISTÓRIA

        A Companhia de Jesus, cujos membros são conhecidos como jesuítas, foi fundada por Santo Inácio de Loyola em plena Contrarreforma, no ano de 1534. Ele juntamente com um grupo de estudantes da Universidade de Paris, fizeram votos de obediência à Igreja Católica e foram reconhecidos por bula papal e 1540.

        Abaixo está o texto do livro A Caminho da Luz, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Chico Xavier:

 

Uma onda de claridades novas felicitava todas as consciências, mas os Espíritos tenebrosos e pervertidos, que mostraram ao europeu outras aplicações da pólvora, além daquelas que os chineses haviam enxergado na beleza dos fogos de artifício, inspiraram ao cérebro obcecado e doentio de Inácio de Loyola a fundação do jesuitismo, em 1534, colimando reprimir a liberdade das consciências.

A Igreja, estendendo mão forte a essa ideia, inaugurava um dos períodos mais tristes da história ocidental. O Tribunal da Inquisição, com poderes de vida e morte nos países católicos, fez milhares e milhares de vítimas, ensombrando o caminho dos povos. Espetáculos  sangrentos e detestáveis verificaram-se em quase todas as grandes cidades da Europa, os autos-de-fé acenderam horrendas fogueiras do

Santo-Ofício, por toda parte onde existissem cérebros que pensassem e corações que sentissem. Instituiu-se a devassa de todos os institutos sociais e a violação de todos os lares. Na Espanha, queimavam o infeliz na praça pública; na França, tétrica noite causava pesadelos coletivos em matéria de fé; na Irlanda, muitos "fiéis" faziam questão de levar ao altar de Jesus a vela feita da gordura dos protestantes.

 

AÇÃO DO JESUITISMO

A Companhia de Jesus, de nefasta memória, não procurava conhecer os meios, para cogitar tão somente dos fins imorais a que se propunha.

Sua ação desdobrou-se por largos anos de treva, nos domínios da civilização ocidental, contribuindo amplamente para o atraso moral em que se encontra o "homem científico" dos tempos modernos.

Suas hordas de predomínio, de cupidez e de ambição não martirizaram apenas o mundo secular. Também os padres sinceros sofreram largamente sob a sua preponderância nefasta. Tanto assim que, quando o papa Clemente XIV tentou extingui-la, em 1773, com o seu breve "Dominus ac Redemptor", exclamava desolado: - "Assino minha sentença de morte, mas obedeço à minha consciência." Com efeito, em setembro de 1774, o grande pontífice entregava a alma a Deus, no meio dos mais horrorosos padecimentos, vitimado por um veneno letal que lhe apodreceu lentamente o corpo.

 

 GUERRAS RELIGIOSAS

A Europa, não obstante o amparo e a assistência dos abnegados mensageiros do Cristo, transportou-se ao século XVII no meio de lutas espantosas, agora agravadas com as tenebrosas criações do Tribunal da Penitência. Quase se pode afirmar que os únicos jesuítas dignos do nome de sacerdotes de Jesus foram aqueles que vieram para as regiões desconhecidas da América, no cumprimento dos mais nobres deveres de fraternidade humana, porque a quase totalidade da Companhia, no Velho Mundo, mergulhou num oceano de tricas políticas, muitas vezes rematadas em tragédias criminosas.

As guerras de natureza religiosa estavam longe de terminar, dada a rebeldia de todos os elementos, e foi com penosos esforços que os emissários do Alto conduziram as coletividades europeias ao Tratado de Westphalia, em 1648, consolidando as vitórias do protestantismo, em face das imposições injustificáveis do jesuitismo.

 

Fonte: Livro – A Caminho da Luz. Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Chico Xavier. Cap. XX e XXI.



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