A idolatria não está direcionada
apenas a adoração de imagens, santos... Mas, abrange circunstâncias muito
maiores e em vários parâmetros:
- Há quem
idolatre santos, imagens em busca de fazer pedidos.
- Há quem
idolatre o próprio corpo, em busca de um corpo perfeito e vaidade ao extremo,
sujeitando-se até a correr risco de morte para chegar na tal ‘forma perfeita’.
- Há quem
idolatre cantores, atores, atletas, time de futebol, jogos, festas...
- Há quem
idolatre os bens materiais, fama, dinheiro, status... E que passa por cima de
tudo para conseguir acumular cada vez mais os bens passageiros e perecíveis.
- Há quem
idolatre religião. E tendo atitudes contrárias aos preceitos morais pregados
por tal religião seguida.
- Há quem
idolatre o sexo. Tendo atitudes e pensamentos doentios, ou que muita vez acham
normal sem ser, e ou para apimentar a relação com atitudes de baixa moral.
- Há quem
idolatre pessoas, seja famosos ou não, seja políticos ou religiosos como
padres, pastores, oradores, palestrantes espíritas. Esquecendo que todos são
falhos como nós.
- Há quem
idolatre os médiuns. E muitas vezes as vão em busca não dos ensinos e sim da
pessoa do médium.
- Há quem
idolatre os vícios de vários seguimentos, dentre eles a bebida alcoólica, cigarro,
drogas ilícitas ou lícitas, ou o excesso de alimento... Assim, desrespeitando o
corpo físico com os excessos e afetando a saúde.
Como há tantos tipos de idolatria. O que fica na maioria das vezes na
nossa mente é a idolatria pela ‘imagem’, mas não paramos para refletir quantos
tipos de idolatria tem, e que também de uma forma ou de outra em algum
parâmetro somos idolatras. Idolatramos, veneramos alguma coisa, e assim
atrapalhando nossa evolução espiritual.
No meio espírita há a idolatria por palestrantes, médiuns – as
celebridades espíritas! E alguns desses idolatrados muita vez se deixam ser
idolatrados, demonstrando orgulho e as falhas que todos nós carregamos em maior
ou menor grau.
A consciência alheia vai entronizando médiuns, palestrantes, trabalhadores
espíritas, inadvertidamente em pensamentos doentios, fantasiosos. É necessário
reconhecer que aí se tem um perigo sutil, que por meio desses inúmeros
trabalhadores tem resvalado para o despenhadeiro da inutilidade.
É necessário considerar que nada e nem ninguém ocupe o lugar de Deus e
de Jesus em nossa vida. É muito difícil descobrir o amor sem falha,
imperfeições e a ele nos entregarmos sem reservas. E porque essa dificuldade é
flagrante em todos os caminhos de nossa evolução, quase sempre incidimos no
velho erro da idolatria.
Na 1ª Epístola aos Coríntios, cap. 10, v. 7, Paulo de Tarso nos recomenda:
“Não vos façais, pois, idolatras.” Assim, é indispensável evitar a idolatria em
todas as circunstâncias. Suas manifestações sempre representam sérios perigos
para a vida espiritual.
No livro Missionários da Luz, psicografia de Chico Xavier, pelo
Espírito André Luiz. O instrutor Alexandre nos fala que: “Nossa estrada de
aperfeiçoamento, bem como a senda de progresso da humanidade terrestre, em
geral, tem sido tortuoso caminho no qual pisamos sobre os ídolos quebrados.
Sucedem-se nossas reencarnações e as civilizações repetem o curso em longas
espirais de recapitulação, porque temos sido invigilantes quanto aos caminhos
retos. (...) Temos criado muitos deuses à parte, para destruí-los, muita vez,
em profundo desespero do coração, quando a realidade nos dilata a visão, ante o
horizonte infinito da vida. Na procura do conforto individual, em face de
problemas graves de nossa vida, raramente encontramos a solução, e sim a fuga,
da qual nos valemos com todas as forças de que somos capazes, para adiar
indefinidamente a ação imprescindível da corrigenda ou do resgate. Virá, porém,
o dia da restauração da verdade, o momento de nosso testemunho pessoal.”
Chico Xavier recusando-se aos perigos de envolvimento com a idolatria,
dizia, humildemente, quando clamavam seu nome: “Sou cisco Xavier, apenas um
cisco na ordem das coisas.” Em uma
entrevista Chico Xavier afirmou: “Considero-me, na mediunidade, um animal em
serviço. Eu sou um animal a serviço dos bons espíritos, e nunca fiz mistério
disto. E todas as vezes em que me externei a respeito do assunto, nunca me vi,
absolutamente, como uma pessoa privilegiada. Sou uma criatura de condição muito
primitiva. Não sei como os espíritos me suportam. Cada vez mais eu sinto a
minha desvalida, porque nada tenho a dar de mim. O problema da idolatria corre
por conta daqueles que gostam dos mitos.”
A humildade de Chico Xavier não era uma humildade aparente, os que
conviveram com ele são unanimes em afirmar sua absoluta simplicidade e
despretensão, exercitando aquela grandeza legítima que é o reconhecimento da
própria pequenez. A postura de Chico é exemplo e uma advertência em relação aos
cuidados que devemos ter no exercícios de atividades espíritas e como
seguidores do Espiritismo para reflexão de postura perante os médiuns,
palestrantes, trabalhadores do movimento espírita. Chico Xavier situava-se como
um cisco diante da Doutrina Espírita. Lembremos que o primeiro recurso usado
pelos espíritos obsessores, quando pretendem afastar o trabalhador do serviço,
é incensar sua vaidade, alimentando a pretensão de que é uma luz que brilha na
constelação espírita, com contribuição marcante em favor do movimento.
“É indispensável evitar a idolatria em todas as
circunstancias. Suas manifestações sempre representam sérios perigos para a
vida espiritual.” – Espírito Emmanuel.
Maravilhoso texto! Um assunto muito sério nos dias de hoje e que precisa ser abordado com mais frequência nas casas espíritas. Volta e meia comentamos sobre esse assunto no NEPE aqui na minha cidade! E pensar que Chico se dizia primitivo, o que diremos de nós!rsrs Muito luz a todos e ao nosso Chico Amor Xavier!
ResponderExcluirOlá, Josie!
ExcluirRealmente um assunto que precisamos refletir. E abrir nossos olhos para nossas próprias atitudes e as atitudes ao nosso redor. Apenas Deus e Jesus é para está em constância em nossos corações.
Deus conosco.
Paz, Luz e Harmonia.
Blog Jardim Espírita.