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terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

IDOLATRIA

A idolatria não está direcionada apenas a adoração de imagens, santos... Mas, abrange circunstâncias muito maiores e em vários parâmetros:


- Há quem idolatre santos, imagens em busca de fazer pedidos.
- Há quem idolatre o próprio corpo, em busca de um corpo perfeito e vaidade ao extremo, sujeitando-se até a correr risco de morte para chegar na tal ‘forma perfeita’.
- Há quem idolatre cantores, atores, atletas, time de futebol, jogos, festas... 
- Há quem idolatre os bens materiais, fama, dinheiro, status... E que passa por cima de tudo para conseguir acumular cada vez mais os bens passageiros e perecíveis.
- Há quem idolatre religião. E tendo atitudes contrárias aos preceitos morais pregados por tal religião seguida.
- Há quem idolatre o sexo. Tendo atitudes e pensamentos doentios, ou que muita vez acham normal sem ser, e ou para apimentar a relação com atitudes de baixa moral.
- Há quem idolatre pessoas, seja famosos ou não, seja políticos ou religiosos como padres, pastores, oradores, palestrantes espíritas. Esquecendo que todos são falhos como nós.
- Há quem idolatre os médiuns. E muitas vezes as vão em busca não dos ensinos e sim da pessoa do médium.
- Há quem idolatre os vícios de vários seguimentos, dentre eles a bebida alcoólica, cigarro, drogas ilícitas ou lícitas, ou o excesso de alimento... Assim, desrespeitando o corpo físico com os excessos e afetando a saúde.

Como há tantos tipos de idolatria. O que fica na maioria das vezes na nossa mente é a idolatria pela ‘imagem’, mas não paramos para refletir quantos tipos de idolatria tem, e que também de uma forma ou de outra em algum parâmetro somos idolatras. Idolatramos, veneramos alguma coisa, e assim atrapalhando nossa evolução espiritual.

No meio espírita há a idolatria por palestrantes, médiuns – as celebridades espíritas! E alguns desses idolatrados muita vez se deixam ser idolatrados, demonstrando orgulho e as falhas que todos nós carregamos em maior ou menor grau.

A consciência alheia vai entronizando médiuns, palestrantes, trabalhadores espíritas, inadvertidamente em pensamentos doentios, fantasiosos. É necessário reconhecer que aí se tem um perigo sutil, que por meio desses inúmeros trabalhadores tem resvalado para o despenhadeiro da inutilidade.


           É necessário considerar que nada e nem ninguém ocupe o lugar de Deus e de Jesus em nossa vida. É muito difícil descobrir o amor sem falha, imperfeições e a ele nos entregarmos sem reservas. E porque essa dificuldade é flagrante em todos os caminhos de nossa evolução, quase sempre incidimos no velho erro da idolatria.

Na 1ª Epístola aos Coríntios, cap. 10, v. 7, Paulo de Tarso nos recomenda: “Não vos façais, pois, idolatras.” Assim, é indispensável evitar a idolatria em todas as circunstâncias. Suas manifestações sempre representam sérios perigos para a vida espiritual.

No livro Missionários da Luz, psicografia de Chico Xavier, pelo Espírito André Luiz. O instrutor Alexandre nos fala que: “Nossa estrada de aperfeiçoamento, bem como a senda de progresso da humanidade terrestre, em geral, tem sido tortuoso caminho no qual pisamos sobre os ídolos quebrados. Sucedem-se nossas reencarnações e as civilizações repetem o curso em longas espirais de recapitulação, porque temos sido invigilantes quanto aos caminhos retos. (...) Temos criado muitos deuses à parte, para destruí-los, muita vez, em profundo desespero do coração, quando a realidade nos dilata a visão, ante o horizonte infinito da vida. Na procura do conforto individual, em face de problemas graves de nossa vida, raramente encontramos a solução, e sim a fuga, da qual nos valemos com todas as forças de que somos capazes, para adiar indefinidamente a ação imprescindível da corrigenda ou do resgate. Virá, porém, o dia da restauração da verdade, o momento de nosso testemunho pessoal.”  

Chico Xavier recusando-se aos perigos de envolvimento com a idolatria, dizia, humildemente, quando clamavam seu nome: “Sou cisco Xavier, apenas um cisco na ordem das coisas.”  Em uma entrevista Chico Xavier afirmou: “Considero-me, na mediunidade, um animal em serviço. Eu sou um animal a serviço dos bons espíritos, e nunca fiz mistério disto. E todas as vezes em que me externei a respeito do assunto, nunca me vi, absolutamente, como uma pessoa privilegiada. Sou uma criatura de condição muito primitiva. Não sei como os espíritos me suportam. Cada vez mais eu sinto a minha desvalida, porque nada tenho a dar de mim. O problema da idolatria corre por conta daqueles que gostam dos mitos.”

A humildade de Chico Xavier não era uma humildade aparente, os que conviveram com ele são unanimes em afirmar sua absoluta simplicidade e despretensão, exercitando aquela grandeza legítima que é o reconhecimento da própria pequenez. A postura de Chico é exemplo e uma advertência em relação aos cuidados que devemos ter no exercícios de atividades espíritas e como seguidores do Espiritismo para reflexão de postura perante os médiuns, palestrantes, trabalhadores do movimento espírita. Chico Xavier situava-se como um cisco diante da Doutrina Espírita. Lembremos que o primeiro recurso usado pelos espíritos obsessores, quando pretendem afastar o trabalhador do serviço, é incensar sua vaidade, alimentando a pretensão de que é uma luz que brilha na constelação espírita, com contribuição marcante em favor do movimento.

“É indispensável evitar a idolatria em todas as circunstancias. Suas manifestações sempre representam sérios perigos para a vida espiritual.” – Espírito Emmanuel. 


2 comentários:

  1. Maravilhoso texto! Um assunto muito sério nos dias de hoje e que precisa ser abordado com mais frequência nas casas espíritas. Volta e meia comentamos sobre esse assunto no NEPE aqui na minha cidade! E pensar que Chico se dizia primitivo, o que diremos de nós!rsrs Muito luz a todos e ao nosso Chico Amor Xavier!

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    1. Olá, Josie!

      Realmente um assunto que precisamos refletir. E abrir nossos olhos para nossas próprias atitudes e as atitudes ao nosso redor. Apenas Deus e Jesus é para está em constância em nossos corações.

      Deus conosco.
      Paz, Luz e Harmonia.
      Blog Jardim Espírita.

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