Translate

domingo, 16 de dezembro de 2018

OS ACONTECIMENTO SOBRE JOÃO DE DEUS


Devemos lembrar que mediunidade não está ligada essencialmente ao Espiritismo. Allan Kardec na Codificação Espírita nos fala que, mediunidade pertence a todos, todos carregam o dom da mediunidade, independente de religião, de idade, de gênero... Agora que em diferentes graus. As pessoas e os meios de comunicação desinformados confundem mediunidade com Espiritismo, e confundem Espiritismo com Espiritualismo. Não podemos confundir mediunidade com Espiritismo, temos que saber diferenciar mediunidade do Espiritismo.

No Espiritismo não se cobra dinheiro para fazer tratamentos, ou fluidificar água, nunca é cobrado nenhuma taxa monetária para nenhuma das atividades, ou tratamentos dentro de uma casa espírita, pois um dos lemas da Doutrina Espírita é: daí de graça o que recebeste de graça. Isto porque o dom da mediunidade foi nos dado por Deus de graça, jamais poderemos cobrar pelos trabalhos mediúnicos, ou dentro de um centro espírita. Assim, como as casas espírita não se faz uso de imagens de santos, ou uso de cores determinadas para as pessoas e trabalhadores vestirem, ou ser usada na casa espírita, ou uso de pedras. Nas casas espíritas não há nenhum ritual, e as casas espíritas não são chamadas de santuários, e não é necessário contato físico como por exemplo na hora do passe.  

Em relação a João de Deus, no “santuário” de cura como chamam, pelo o que vemos nos vídeos percebemos varias imagens de santos, como venda de remédios e de água fluidificada, assim como tem um vídeo em que ele fala que ele não se denomina como um espírita, mas ele é de todas a religiões. Como sabemos a mediunidade não está ligada com o Espiritismo. E será que ainda ele carrega o dom mediúnico depois de tantos e tamanhos desvios morais? Devemos acolher essas vítimas de João de Deus, em que nos momentos de mais fragilidade e que mais precisavam de apoio foram abusadas, não apenas as abusadas por ele, mas todas as vítimas de abuso sexual em todas as partes, seja nos meios religiosos – que o abuso acontece em muitos segmentos religiosos, seja na rua, seja em casa, seja no trabalho... em todos os lugares, precisam ser ouvidas, apoiadas, acolhidas.

No livro, Seara dos Médiuns, capitulo 12, psicografia de Chico Xavier, o espírito Emmanuel nos fala que: “A Doutrina Espírita atua com o trabalho da caridade material e espiritual desinteressada, sem nenhum propósito a não ser ao de auxiliar os necessitados.”   Ou seja, toda a pratica do Espiritismo é gratuita, não se pode jamais cobrar dinheiro. E a cura se dar pelo merecimento do indivíduo, e não pelo poder de ninguém ou de nenhum médium, se existe uma cura é pelo poder da fé que tem, pelo merecimento. E o Espiritismo orienta que o serviço espiritual não deve ocorrer isoladamente, apenas com o médium e a pessoa assistida na mesma sala, não recomenda o trabalho de médium que atende individualmente e por conta própria esses não estão vinculados ao movimento da Doutrina Espírita, nem seguindo a sua orientação. Assim, a Federação Espírita Brasileira –FEB, fundamentada na tríade: Deus, Cristo e Caridade, pratica o bem, levando consolo e esclarecimento a humanidade. Lembremos a frase de Emmanuel no livro Seara dos Médiuns, capitulo 12, psicografia de Chico Xavier : “Não é a mediunidade que te distingue. É aquilo que faz dela.”

“Reconhece-se o verdadeiro espírita por sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar as más inclinações.” – Allan Kardec.

Abaixo segue o texto do livro: Emmanuel, psicografia de Chico Xavier, pelo espírito Emmanuel; com o titulo Mensagem aos Médiuns, contido no capitulo 11:

Mensagem aos Médiuns


Venho exortar a quantos se entregaram na Terra à missão da mediunidade, afirmando-lhes que, ainda em vossa época, esse posto é o da renúncia, da abnegação e dos sacrifícios espontâneos. Faz-se mister que todos os Espíritos, vindos ao planeta com a incumbência de operar nos labores mediúnicos, compreendam a extensão dos seus sagrados deveres para a obtenção do êxito no seu elevado e nobilitante trabalho.
Médiuns! A vossa tarefa deve ser encarada como um santo sacerdócio; a vossa responsabilidade é grande, pela fração de certeza que vos foi outorgada, e muito se pedirá aos que muito receberam. Faz-se, portanto, necessário que busqueis cumprir, com severidade e nobreza, as vossas obrigações, mantendo a vossa consciência serena, se não quiserdes tombar na luta, o que seria crestar com as vossas próprias mãos as flores da esperança numa felicidade superior, que ainda não conseguimos alcançar! Pesai as consequências dos vossos mínimos atos, porquanto é preciso renuncieis à própria personalidade, aos desejos e aspirações de ordem material, para que a vossa felicidade se concretize.

11.1 Vigiar para Vencer
Felizes daqueles que, saturados de boa-vontade e de fé, laboram devotadamente para que se espalhe no mundo a Boa-Nova da imortalidade. Compreendendo a necessidade da renúncia e da dedicação, não repararam nas pedras e nos acúleos do caminho, encontrando nos recantos do seu mundo interior os tesouros do auxílio divino. Acendem nos corações a luz da crença e das esperanças, e se, na maioria das vezes, seguem pela estrada incompreendidos e desprezados, o Senhor enche com a luz do seu amor os vácuos abertos pelo mundo em suas almas, vácuos feitos de solidão e desamparo.
Infelizmente, a Terra ainda é o orbe da sombra e da lágrima, e toda tentativa que se faz pela difusão da verdade, todo trabalho para que a luz se esparja fartamente encontram a resistência e a reação das trevas que vos cercam. Daí nascem as tentações que vos assediam, e partem as ciladas em que muitos sucumbem, à falta da oração e da vigilância apregoadas no Evangelho.

11.2 Quem são os Médiuns na sua Generalidade
Os médiuns, em sua generalidade, não são missionários na acepção comum do termo; são almas que fracassaram desastradamente, que contrariaram, sobremaneira, o curso das leis divinas, e que resgatam, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, o passado obscuro e delituoso. O seu pretérito, muitas vezes, se encontra enodoado de graves deslizes e de erros clamorosos. Quase sempre, são Espíritos que tombaram dos cumes sociais, pelos abusos do poder, da autoridade, da fortuna e da inteligência, e que regressam ao orbe terráqueo para se sacrificarem em favor do grande número de almas que desviaram das sendas luminosas da fé, da caridade e da virtude. São almas arrependidas que procuram arrebanhar todas as felicidades que perderam, reorganizando, com sacrifícios, tudo quanto esfacelaram nos seus instantes de criminosas arbitrariedades e de condenável insânia.

11.3 As Oportunidades do Sofrimento
As existências dos médiuns, em geral, têm constituído romances dolorosos, vidas de amargurosas dificuldades, em razão da necessidade do sofrimento reparador; suas estradas, no mundo, estão repletas de provações, de continências e desventuras. Faz-se, porém, necessário que reconheçam o ascetismo e o padecer, como belas oportunidades que a magnanimidade da Providência lhes oferece, para que restabeleçam a saúde dos seus organismos espirituais, combalidos nos excessos de vidas mal orientadas, nas quais se embriagaram à saciedade com os vinhos sinistros do vício e do despotismo.
Humilhados e incompreendidos, faz-se mister que reconheçam todos os benefícios emanantes das dores que purificam e regeneram, trabalhando para que representem, de fato, o exemplo da abnegação e do desinteresse, reconquistando a felicidade perdida.

11.4 Necessidade da Exemplificação
Todos os médiuns, para realizarem dignamente a tarefa a que foram chamados a desempenhar no planeta, necessitam identificar-se com o ideal de Jesus, buscando para alicerce de suas vidas o ensinamento evangélico, em sua divina pureza; a eficácia de sua ação depende do seu desprendimento e da sua caridade, necessitando compreender, em toda a amplitude, a verdade contida na afirmação do Mestre: “Dai de graça o que de graça receberdes.”
Devendo evitar, na sociedade, os ambientes nocivos e viciosos, podem perfeitamente cumprir seus deveres em qualquer posição social a que forem conduzidos, sendo uma de suas precípuas obrigações melhorar o seu meio ambiente com o exemplo mais puro de verdadeira assimilação da doutrina de que são pregoeiros.
Não deverão encarar a mediunidade como um dom ou como um privilégio, sim como bendita possibilidade de reparar seus erros de antanho, submetendo-se, dessa forma, com humildade, aos alvitres e conselhos da Verdade, cujo ensinamento está, frequentemente, numa inteligência iluminada que se nos dirige, mas que se encontra igualmente numa provação que, humilhando, esclarece ao mesmo tempo o espírito, enchendo-lhe o íntimo com as claridades da experiência.

11.5 O Problema das Mistificações
O problema das mistificações não deve impressionar os que se entregam às tarefas mediúnicas, os quais devem trazer o Evangelho de Jesus no coração. Estais muito longe ainda de solucionar as incógnitas da ciência espírita, e se aos médiuns, às vezes, torna-se preciso semelhante prova, muitas vezes os acontecimentos dessa natureza são também provocados por muitos daqueles que se socorrem das suas possibilidades. Tende o coração sempre puro. É com a fé, com a pureza de intenções, com o sentimento evangélico, que se podem vencer as arremetidas dos que se comprazem nas trevas persistentes. É preciso esquecer os investigadores cheios do espírito de mercantilismo!…
Permanecei na fé, na esperança e na caridade em Jesus Cristo, jamais olvidando que só pela exemplificação podereis vencer.

11.6 Apelo aos Médiuns 
Médiuns, ponderai as vossas obrigações sagradas! preferi viver na maior das provações a cairdes na estrada larga das tentações que vos atacam, insistentemente, em vossos pontos vulneráveis. Recordai-vos de que é preciso vencer, se não quiserdes soterrar a vossa alma na escuridão dos séculos de dor expiatória. Aquele que se apresenta no Espaço como vencedor de si mesmo é maior que qualquer dos generais terrenos, exímio na estratégia e tino militares. O homem que se vence faz o seu corpo espiritual apto a ingressar em outras esferas e, enquanto não colaborardes pela obtenção desse organismo etéreo, através da virtude e do dever cumprido, não saireis do círculo doloroso das reencarnações.

Do livro: Emmanuel
Pelo Espírito: Emmanuel
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
FEB Editora                     




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos podem deixar seu comentário no Blog Jardim Espírita. Se for caso de resposta, responderei assim que poder, podendo levar alguns dias.
Não publicarei comentários que contenham termos vulgares, palavrões, ofensas, publicidade e dados pessoais (como e-mail, telefone, endereços, etc.). E não entrarei em contato por ligação telefônica, nem mensagem de SMS, nem por mensagem de Whatsapp... Podemos nos comunicar sempre por aqui pela área dos comentários do Blog, que acompanhamos as suas mensagens e respondemos no mesmo local, na mesma postagem que foi realizada a mensagem conforme o tempo que tenho disponível. Então fiquem a vontade para comentar!