O pensamento
é a linguagem universal. A criação mental é quase tudo em nossa vida.
O pensamento
é a base das relações espirituais dos seres entre si, mas não olvidemos que
somo milhões de almas dentro do universo, algo insubmissas ainda às leis
universais. Não somos, por enquanto, comparáveis aos irmãos mais velhos e mais sábios, próximo do
Divino, mas milhões de entidades a viverem nos caprichosos ‘mundos inferiores’
do nosso ‘eu’. Os grandes instrutores da humanidade carnal ensinam princípios
divinos, expõem verdades eternas e profundas, nos círculos do globo. Em geral,
porém, nas atividades terrenas, recebemos notícias dessas leis sem nos
submetermos a elas, e tomamos conhecimento dessas verdades sem lhes
consagrarmos nossas vidas.
Será crível
que, somente por admitir o poder do pensamento, ficasse o homem liberto de toda
a condição inferior? Impossível!
Uma
existência secular, na carne terrestre, representa período demasiadamente curto
para aspirarmos à posição de cooperadores essencialmente divinos. Informamo-nos
a respeito da força mental no aprendizado mundano, mas esquecemos que toda a
nossa energia, nesse particular, tem sido empregada por nós, em milênios
sucessivos, nas criações mentais destrutivas ou prejudiciais a nós mesmos.
Somos
admitidos aos cursos de espiritualização nas diversas escolas religiosas do
mundo, mas com frequência agimos exclusivamente no terreno das afirmativas
verbais. Ninguém, todavia, atenderá ao dever apenas com palavras. Ensina a
Bíblia que o próprio Senhor da Vida não estacionou no verbo e continuou o
trabalho criativo na ação.
Todos
sabemos que o pensamento é a força essencial, mas não admitimos nossa milenária
viciação no desvio dessa força.
(...) Uma
ideia criminosa produzirá gerações mentais da mesma natureza; um princípio elevado
obedecerá à mesma lei. (...)
O pensamento
é força viva, em toda parte; é atmosfera criadora que envolve o Pai e os
filhos, a causa e os efeitos, no Lar Universal. Nele, transformam-se homens em
anjos, a caminho do Céu, ou se fazem gênios diabólicos, a caminho do inferno.
(...) Nas
mentes envolvidas, entre os desencarnados e encarnados, basta o
intercâmbio
mental sem necessidade de formas, e é justo destacar que o pensamento em si é a
base de todas as mensagens silenciosas da ideia, nos maravilhosos planos da
intuição, entre os seres de toda espécie. Dentro desse princípio, o espírito
que haja vivido exclusivamente em França poderá comunicar-se no Brasil,
pensamento a pensamento, prescindindo de forma verbalista especial, que, nesse
caso, será sempre a do receptor, mas isso também exige a afinidade pura. Não
estamos, porém, nas esferas de absoluta
pureza mental, onde todas as criaturas tem afinidade entre si. Afinamo-nos uns
com os outros, em núcleos insulados, e somos compelidos a prosseguir nas construções
transitórias da Terra, a fim de regressar aos círculos planetários com maior
bagagem evolutiva.
Quando
numerosas almas se congregam no círculo de tal ou qual atividade, seus
pensamentos se entrelaçam, formando núcleos de força viva, pelos quais cada um
recebe seu quinhão de alegria ou sofrimento, da vibração geral. É por essa
razão que, no planeta, o problema do ambiente é sempre fator ponderável no
caminho de cada homem. Cada criatura viverá daquilo que cultiva. Quem se
oferece diariamente à tristeza nela se movimentará; quem enaltece a enfermidade
sofrer-lhe-á o dano.
É lei da
vida, tanto nos esforços do bem como nos
movimentos do mal. Das reuniões de fraternidade, de esperança, de amor e de alegria,
sairemos com a fraternidade, a esperança, o amor e a alegria de todos; porém,
de toda assembleia de tendência inferiores, em que predominam o egoísmo, a
vaidade ou o crime, sairemos envenenados com as vibrações destrutivas desses
sentimentos.
Igualmente,
os princípios que regem a vida nos lares humanos. Quando há compreensão recíproca,
vivemos na antecâmara da ventura celeste, e, se permanecemos em desentendimento
e maldade, temos o inferno vivo.
Compreendamos a grandiosidade das leis do pensamento e
submetamos-nos a elas, desde de hoje.
O campo das ideias é igualmente campo de luta. Toda luz que acendermos, de fato, na Terra, lá ficará para sempre, porque a ventania das paixões humanas jamais apagará uma só das luzes de Deus.
(...) Nossa
zona mental é campo de batalha incessante. É preciso aniquilar o mal e a treva
dentro de nós mesmos, surpreendê-los no reduto a que se recolhem, sem lhes dar
a importância que exigem.
Dentro do
nosso mundo individual, cada ideia é como se fora uma entidade à parte... É
necessário pensar nisso. Nutrindo os elementos do bem, progredirão eles para
nossa felicidade, constituirão nossos exércitos de defesa; todavia, alimentar
quaisquer elementos do mal é construir base segura para os nossos próprios verdugos.
Fonte: Livro Nosso Lar. Pelo Espírito André Luiz.
Psicografia de Chico Xavier. Cap. 37 , 44
e 47.
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