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quinta-feira, 12 de outubro de 2017

SONHOS DE VIDAS PASSADAS

         É grande o interesse em querer saber sobre as vidas passadas, no entanto, esta é uma questão delicada e complexa. Pois, o esquecimento das vidas passadas é fundamental ao progresso humano, sem esse esquecimento haveria um entrave na marcha do progresso. Esquecer o passado é um presente divino. Quando o indivíduo tem algum conhecimento sobre alguma das suas vidas passadas é porque Deus permitiu para o ajudar em algum entrave em que esteja vivenciando em relação a tal existência passada.


        No O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, capitulo XXVI – item 15; encontramos a seguinte informação passada por espíritos superiores sobre nos fazer conhecer nossas existências passadas: “Deus permite, algumas vezes, que sejam reveladas, segundo o objetivo; se é para vossa edificação a vossa instrução, serão verdadeiras, e, nesse caso, a revelação é quase sempre feita espontaneamente, de modo inteiramente imprevisto; mas jamais o permite para satisfazer a uma vã curiosidade.”  

        Assim, de forma espontânea e de modo inteiramente imprevisto, e não por nossa curiosidade; com a permissão de Deus podemos sonhar com alguma vida passada, relembrar algumas cenas que seja necessária para trazer algum entendimento que estamos precisando na vida atual, pois o exame do passado clareia algumas incógnitas, ajudando nas lutas da atual conjuntura.
Mas, como é esta experiência de relembrar o passado por meio de sonho? Algumas vezes as cenas desenrolam-se como se fossemos telespectadores de nós mesmos, nos vendo como se fosse em um filme, mas sentindo todo o sentimento, emoções, dramas, dores... das cenas mostradas. Ou em outras vezes acompanhamos as lembranças como nós mesmos, ou seja, vivenciando toda  cena por nossa perspectiva, e sentindo as emoções e sentimentos dos acontecimentos. Podendo também as lembranças serem mostradas das duas formas, tanto da perspectiva de nós como telespectadores de nós mesmos, como em outras cenas do mesmo sonho estarmos na perspectiva da visão de nós mesmos. Nas lembranças de vidas passadas é possível vivenciar todo o drama envolvido, como sentir o clima do ambiente, se frio ou quente, assim como hostil ou amigável; o cheiro; a noção do tempo, se frio ou quente, ou o século do ocorrido; ter noção do local; sentir literalmente todos os sentimentos e emoções sejam bons ou ruins vivenciados naquelas lembranças, as dores, os dramas, as alegrias... É um processo desnorteante, de carga emocional fortíssima, que muitas vezes pode causar perplexidade devido a intensidade das lembranças, e que causa uma mudança na forma de encarar a vida e nos levando a reflexões profundas.

        Outro fato é que,  em uma cena podemos entender toda as circunstâncias do que levou a tal cena sem nenhuma explicação. A consciência se assevera dos fatos contidos nas cenas. Brota da mente o motivo do acontecimento. É como se toda uma existência passasse em cenas rápidas, que não parecem rápidas e que se compreende todo aquele desenrolar por trás de cada cena sem que ninguém explique, seja durante o sonho ou antes ou depois. É como se fosse uma explicação automática, ou uma auto explicação, que não tem nenhuma necessidade de explicação, pois brota em nossa mente, assim como as emoções e sentimentos que são fortíssimos. É vivenciar tudo novamente. Todas essas experiências são complicadas para explicar, pois só quem viveu tal experiência sabe como é, e a intensidade.

       No livro Do Abismo às Estrelas, ditado pelo Espírito Victor Hugo, psicografado por Divaldo Franco; este livro narrando uma historia real. A personagem central do livro, Suzette-Sara, vivencia enquanto dorme esta experiência de relembrar o passado por meio de sonho, em que nos é explicado o processo em que ela  passou para relembrar. O espírito dela em desdobramento pode meio do sono físico foi levado a uma reunião espiritual com espíritos amigos para que ela relembrasse um determinado acontecimento de uma existência passada para ela entender-se certas circunstancias daquela vida presente dela. Então, o processo em que ela  passou para relembrar, foi da seguinte forma explicado no livro: Graças a um processo de mentalização hipnótica, à medida em que o espírito narrava, as cenas se desenrolavam como uma imensa tela viva de um peculiar cinemascópio. Os presentes acompanhavam os acontecimentos, enquanto, os nele implicados, experimentavam as emoções e dramas do momento evocado.

        Para que nos lembremos dessas lembranças quando nosso espírito volte ao corpo físico, quando acordamos, os espíritos benfeitores atual de modo especial sobre nós para que, ao acordar lembremos do necessário daquelas lembranças mostradas, recuperadas.


        Na questão 396 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, nos é esclarecido que, certas pessoas creem ter uma vaga lembrança de um passado desconhecido que se lhes apresenta como a imagem fugida de um sonho que se procura em vão reter. Essa ideia algumas vezes é real; mas frequentemente, é uma ilusão contra a qual é preciso se colocar em guarda, porque pode ser o efeito de uma imaginação superexcitada.   
    
       No O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, capitulo XXVI- item15. Encontramos a seguinte informação: As questões de vidas passadas que podem serem reveladas em que podemos tirar proveito para nossa melhoria, são o gênero de existência que se teve, a posição social que se ocupou, com as qualidades e defeitos que predominaram em nós. Mas, os espíritos superiores nos diz que, estudando nosso presente, nós mesmos podemos deduzir nosso passado. 

       A verdade é que, sempre queremos saber quem formos em existências passadas, no entanto, nem tão doce é a realidade e a verdade. 


Escrito pelo Jardim Espírita.

Fontes:
O Livro dos Médiuns. Allan Kardec.
O Livro dos Espíritos. Allan Kardec.
Do Abismo às Estrelas. Ditado pelo Espírito Victor Hugo, psicografado por Divaldo Franco.
A outra vez em que eu morri. Frederico Menezes. 

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