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terça-feira, 19 de setembro de 2017

A RESPONSABILIDADE DO CONTEÚDO DO PENSAMENTO. O QUE VOCÊ ANDA PENSANDO?

        Nesta passagem Jesus nos ensina muito além das palavras que falou. Ensina-nos que nossos atos, seja qual for, começam em nossos pensamentos. E nos transmite o ensino da responsabilidade que temos perante nossos pensamentos, que já é ato. Pois, o pensamento é força, criação.  O texto seguinte está contido no livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec.



Pecado por pensamento. Adultério

Aprendeste o que foi dito aos Antigos: Não cometereis adultério. Mas eu vos digo que todo aquele que tiver olhado uma mulher com um mau desejo por ela, já cometeu adultério com ela, em seu coração. (São Mateus, cap. V, v. 27 e 28).
A palavra adultério não deve ser entendida aqui no sentido exclusivo de sua acepção própria,mas em sentido mais geral; Jesus, frequentemente, a empregou por extensão designar o mal, o pecado e todo mau pensamento, como, por exemplo, nesta passagem: “Porque se alguém se envergonhar de mim e de minhas palavras entre esta raça adúltera e pecadora, o Filho do Homem se envergonhará também dele, quando vier acompanhado dos santos anjos na gloria de seu Pai.” (São Marcos, Cap. VIII, v. 38).

        A verdadeira pureza não está somente nos atos, mas também no pensamento, porque aquele que tem o coração puro não pensa mesmo no mal; foi isso que Jesus quis dizer: ele condena o pecado, mesmo em pensamento, porque é um sinal de impureza.

        Esse princípio conduz naturalmente a esta questão: Sofrem-se as consequências de um pensamento mau não seguido de efeito? 

       Há aqui uma importante distinção a se fazer. À medida que a alma, empenhada no mau caminho, avança na vida espiritual, se esclarece e se despoja, pouco a pouco, de suas imperfeições, segundo a maior ou menor boa vontade que emprega em virtude do seu livre-arbítrio. Todo mau pensamento, pois, resulta da imperfeição da alma; mas de acordo com o desejo que concebeu de se depurar, mesmo esse mau pensamento torna-se para ela uma ocasião de adiantamento, porque o repele com energia; é o indicio de uma mancha que se esforça para apagar; e não cederá se se apresentar ocasião para satisfazer um mau desejo; e depois que tiver resistido, sentir-se-á mais forte e alegre com a sua vitória.

       Aquele, ao contrario, que não tomou boas resoluções, procura a ocasião para o ato mau, e se não realiza, não é por efeito da sua vontade, mas porque lhe falta oportunidade; ela é, pois, tão culpada como se o cometesse.
Em resumo, na pessoa que não concebe mesmo o pensamento do mal, o progresso está realizado; naquela a quem vem esse pensamento mas o repele, o progresso está em vias de se cumprir; naquela, enfim, que tem esse pensamento e nele se compraz, o mal está ainda com toda a sua força; numa, o trabalho está feito, na outra está por fazer. Deus, que é justo, considera todas essas diferenças na responsabilidade dos atos e dos pensamentos do homem. 


Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec. Capitulo: VIII.  

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