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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

REENCANTAR A VIDA A DOIS E ESTÍMULOS SEXUAIS INFERIORES

Muitos casais que se dizem amar verdadeiramente se utilizam do sexo
promíscuo para aquecer o relacionamento e torná-lo mais interessante (segundo eles próprios afirmam). Alguns chegam ao ponto de introduzir outras pessoas na relação sexual ou praticar a troca de casais. Espiritualmente falando, esta é uma escolha que poderá acontecer graves consequências para esses parceiros.

       Poderemos até admitir, em princípio, que os casais que assim procedem realmente se amem, mas certamente não se respeitam.

       Quando nós nos respeitamos a nossa prática sexual estará embasada em um critério de ética. E qualquer manifestação promíscua é um comportamento atentatório aos valores profundos que todos deveremos cultivar.

      O fato de uma determinada prática estar na moda não lhe atribui cidadania no plano da ética. Se a promiscuidade invadiu os espaços sociais isto não a credencia para que possamos dela nos utilizar sem qualquer consequência mais grave.

      Se um casal se ama de fato não tem necessidade de outros indivíduos para se imiscuírem em sua relação íntima, da mesma forma como também não terão necessidade de práticas de extremo apelo erótico, que atinjam o patamar dos transtornos sexuais classificados pela psiquiatria. Parceiros que agem assim não se amam, apenas se utilizam um do outro para aventuras eróticas que satisfaçam a sua sede desenfreada de novos expedientes sexuais, ainda mais porque também são influenciados pelos vampirizadores sexuais do mundo espiritual, que se valem da invigilância do casal para atenderem aos seus apetites, ao seu desvario e à sua ilustração por não disporem mais de corpo físico para continuarem a trajetória de desequilíbrios no campo do sexo.

      Seria conveniente que o casal parasse para meditar e verificasse que a cada dia essa sede vai lhes exigir novas experiências, cada uma delas mais degradante.

      As fantasias sexuais em um ambiente voltado para o ato sexual podem levar os parceiros a sintonizar com Espíritos ligados ao sexo, pois esta sintonia é o fruto de um intercâmbio psíquico.

      Os Espíritos se vinculam a nós produzindo um acoplamento mental, períspirito a períspirito. À medida que a nossa mente emite ondas de teor vibratório inferior elas encontrarão ressonância no mundo espiritual. Aqueles que sincronizam com essas ondas aproximam-se e começam a responder aos nossos apelos mentais. Desta maneira se estabelece um intercâmbio que permite que eles nos influenciem por meio da hipnose, provocando uma dependência emocional entre encarnado e desencarnado. A obsessão está instalada.

      Se o indivíduo deseja experimentar um bom relacionamento, que tenha a característica de ser um vínculo compensador, por que ele deveria fantasiar? Muitos parceiros e parceiras, quando estão tendo intimidades sexuais, optam por imaginar um artista de cinema ou alguém que está presente na mídia para produzir um clima de satisfação pessoal que o outro nem sequer irá perceber. Em outras ocasiões este parceiro poderá se valer da relação sexual em curso para imaginar cenas que são próprias de profundos transtornos mentais na área do sexo. Esta postura irá atrair entidades perversas e viciadas, com se comprazem neste comércio psíquico perturbador, fazendo com que a obsessão seja inevitável, no caso do indivíduo persistir neste comportamento imprevidente.

       Se um casal desejar ir a um motel com a finalidade de usufruir momentos de privacidade, corre o risco de absorver as energias de Espíritos inferiores.

       Por que em nosso lar não poderemos ter a privacidade que desejamos? Será que nos aproximamos da alma do nosso parceiro somente naqueles breves minutos? A privacidade deve ser um estado permanente das almas... Um casal que se ama tem mil momentos privativos no cotidiano.

      Daí, quando desejar a intimidade sexual com seu parceiro ou parceira, que procure ter muita tranquilidade, preparando-se psicologicamente. Que se prepare no ambiente da família, procurando ter reservas e cuidados para não ser perturbado, evitando o voyeurismo e a curiosidade dos filhos. E entregue-se em plenitude.

                            

       Os motéis podem dar conforto promíscuo, roupas contaminadas, lavadas às pressas ou não lavadas, apenas passadas a ferro rapidamente para tirar as dobras produzidas pela utilização do casal anterior. A psicosfera de um ambiente como este é a mais baixa, pois somente vai ali quem está atormentado. A população espiritual é hedionda, porque é composta por entidades enfermas. Aqueles encarnados que chegam abrem-se a esse intercâmbio. Como os motéis possuem uma boa e ilusória aparência, semelhante aos bordéis do século XIX, a pessoa passa a ver nesse lugar um fetiche, da mesma forma como outros indivíduos utilizam uma peça de roupa íntima, um cacho do cabelo do seu parceiro ou qualquer artifício dessa natureza para poder sentir estímulo sexual. Em breve a pessoa conseguirá se estimular somente estando num lugar semelhante a esse, perfeitamente perturbador. Isso porque Espíritos viciosos, que perderam o corpo, mas não perderam a função mental, acercam-se daqueles que trazem as distonias e as manipulam, gerando obsessões das mais sórdidas. É uma interdependência como aquela que ocorre em relação ao uso de drogas, álcool, tabaco e alimentos consumidos em excesso.

      Divaldo Franco narra no livro Sexo e Consciência, a seguinte situação: “Visitando bordéis em Salvador para atender a mulheres que nos solicitavam socorro, especialmente na área histórica da cidade, como no Pelourinho, não poucas vezes, ao entrarmos nos edifícios em que elas se entregavam ao nefando comércio da insensatez, defrontávamos as mais torpes apresentações espirituais. Vimos Espíritos que se metamorfosearam (que perderam relativamente a forma perispiritual) e se imantavam como verdadeiros polvos sobre a área do cerebelo, descendo pela espinha dorsal daquelas pobres meretrizes, que no conúbio com outros parceiros transmitiam-lhes as mesmas energias ou propiciavam que os sugadores de energias se transferissem para aqueles que mantinham com elas a relação sexual destituída de sentimentos. As formas-pensamento me agrediam. As lesmas psíquicas impregnavam o ambiente. Eram esgares transformados em formas mentais semelhantes à água-viva que encontramos no mar.
      No entanto, nesses bordéis, enquanto eu atendia mulheres portadoras de sífilis, tuberculose ou loucura, podia ver que, mesmo nesses lugares de desesperação, vez que outra raiava uma claridade específica de Espíritos superiores que vinham trazer à reencarnação entidades que necessitavam renascer naquele meio hostil e pernicioso, para recomeçarem a marcha sob o açodar de muitas aflições. A mim me espantaram muitas vezes, durante a juventude, esses ambientes, que são indefiníveis para os nossos padrões de compreensão. São lugares soturnos, com odores pútridos da eliminação da sudorese perispiritual dos Espíritos perturbadores. Ali eu encontrei pessoas exauridas e algumas delas desvitalizadas, não pela perda da energia glandular (porque não experimentam nada), mas pela perda do tônus vital, do fluido que os Espíritos sugam no momento do comércio infeliz.
       Ao longo dos anos eu não vi tormentos desta ordem apenas em ambientes de sordidez humana, um dos mais baixos degraus do processo de manifestação sexual. Também vi e vejo tormentos deste tipo em pessoas que vivem do sexo nos apartamentos de luxo. São homens e mulheres que brilham diante das luzes da sociedade, em seus momentos de glória, mas que permanecem igualmente sugados por esses Espíritos soezes, perversos e vampirizadores, que lhes estão roubando a flor juvenil, provocando o envelhecimento precoce e a degradação que logo mais chega, quando eles são expulsos desses lugares de destaque por outros sempre mais jovens, que lhes constituem perigosos competidores.”

                    

      Já em outro parte do mesmo livro citado acima( Sexo e Consciência), Divaldo conta-nos que: “Viajando muito e hospedando-me em várias residências, não poucas vezes eu vi Espíritos nobres postados diante do quarto dos casais para preservá-los da invasão de entidades vulgares, nos momentos em que os parceiros se buscavam para a completude sexual. Conforme já foi mencionado, mesmo aqueles guias que vêm em tarefa reencarnacionista, trazendo Espíritos para uma futura experiência, procedem com imenso respeito pelo casal. Quando se vai reencarnar um Espírito nobre os mentores espirituais fomentam a ternura nos parceiros e os inspiram a um relacionamento íntimo. Os pais são envolvidos em doces expectativa sem relação ao filho que está por vir, mas a intimidade conjugai não é presenciada pelos Mentores. Porque nós temos direito à privacidade. Quando esta privacidade é feita de vulgaridade ela se transforma em espetáculo público de Espíritos também vulgares. Eles veem, gargalham, estimulam, sugerem... É como se fosse um circo, pois, é a lei das afinidades psíquicas. Os vampirizadores participam da relação sexual, hora utilizando um, hora utilizando o outro. Chegam a tombar em volúpia, como se estivessem na convulsão do orgasmo, pois toda sensação encontra-se sob o comando da mente. Allan Kardec, com muita sabedoria, afirmou que o períspirito mantém as impressões do corpo físico e sofre os seus efeitos.”

       Em uma união feita de ternura, amor e cumplicidade há defesas para que a intimidade do casal não se torne um pasto de vampirização espiritual. Por isso, um dos graves problemas do exercício sexual sem a presença do amor é a porta que se abre para as obsessões muito virulentas.


Fonte: Sexo e Consciência. Divaldo Franco. Organizado por Luiz Fernando Lopes.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

TROCA E CANALIZAÇÃO DE ENERGIA SEXUAL


TROCA DA ENERGIA SEXUAL    
    
         Se nós selecionarmos os conteúdos que guardamos em nosso psiquismo ficará muito mais fácil alcançar a paz interior que nos preservará de tormentos desnecessários. Divaldo Franco, diz que: “Eu procuro manter uma técnica para não impregnar a mente com cenas deploráveis: não me detenho a olhar tudo aquilo que está ao meu alcance. Seleciono as imagens para diferenciar aquelas que são agradáveis daquelas que não me interessa registrar.”

         De acordo com o direcionamento da mente a nossa energia sexual será utilizada de formas variadas. Afinal, os fatores diferenciais do sexo (masculino e feminino) podem ser localizados no sistema reprodutor. Mas a sexualidade está localizada em todo o corpo, na mente, na aura e na emanação psíquica que possuímos.

         Na realidade não é a relação sexual em si mesma que desgasta o corpo e compromete o funcionamento do sistema reprodutor, mas é a mente viciada que lança toxinas psíquicas na estrutura dos órgãos e glândulas sexuais. Quando um casal se ama e se respeita, no momento da relação sexual são liberados também hormônios psíquicos de ternura, que se convertem em verdadeiro nutriente para o corpo e para a mente dos parceiros.

         Certa vez um Espírito amigo disse a Divaldo Franco que:
- “Em uma relação sexual feita de ternura ocorre uma transmissão de energia das mais profundas, semelhante a uma aplicação de passe. Na terapia do passe as energias penetram lentamente a aura e os poros do períspirito para depois beneficiar o corpo físico. Durante a intimidade de um casal que se ama a bioenergia sexual penetra com mais intensidade no organismo. Há um fluxo de bioenergia de fora para dentro, a partir da radiação psíquica absorvida do parceiro, e outro de dentro para fora, que se origina no próprio organismo do indivíduo. Os dois fluxos de energia exercem sobre o casal um efeito terapêutico, irradiando-se pelos órgãos e produzindo saúde. E tudo isso graças ao milagre do amor!”

                     
                     


CANALIZAÇÃO DA ENERGIA SEXUAL


          No livro Missionários da Luz, o Espírito André Luiz refere-se à canalização das energias para o trabalho saudável com o corpo. Ele afirma que os exercícios físicos e a prática esportiva constituem uma forma de eliminar os excessos de energia que se manifestam no indivíduo, sobretudo nos mais jovens.

         Todavia, o autor espiritual também se refere a uma forma de exercício que foi sugerida por Jesus e que a Doutrina Espírita preconiza: a prática do bem. Se pensarmos nos problemas que os nossos irmãos de caminhada evolutiva experimentam, concluiremos que os dramas sexuais que nos alcançam não são tão espinhosos quanto parecem. Há sempre alguém inserido em um processo expiatório ou provacional mais doloroso do que o nosso. Nós até conseguimos pensar no sofrimento de outras pessoas, mas preferimos utilizar o tempo chorando os nossos pesares. Se olharmos aqueles que gostariam de ter pelo menos uma parte do que possuímos, mesmo com aquele problema que nos estiola por dentro iremos reconhecer o quanto temos a agradecer e quão pouco necessitamos de pedir.

         Canalize as suas forças para o Bem. Se na sua percepção o fluxo de energias está excessivo, suba morros e visite residências humildes. Leia o Evangelho para um idoso e deposite um pouco de alegria em um coração amargurado. Não pense que se manterá em equilíbrio apenas estudando a Doutrina Espírita em seu aspecto científico, o que é muito válido. No entanto, todas as pessoas necessitam aliar a teoria à prática. Em vez de ser apenas médiuns de Espíritos desencarnados, que se transformem em médiuns da vida. Concentrar a atenção exclusivamente no estudo científico é um mecanismo de fuga para não se ter que enfrentar o desafio do autoburilamento espiritual.

         Portanto, lembremo-nos todos deste precioso recurso psicoterapêutico para as terríveis expressões do nosso egoísmo, que nos levam a ceder às paixões: visitar pessoas doentes, conviver com as pessoas simples e sofredoras.

       Para conservar o equilíbrio psicológico dispomos também de dois equipamentos infalíveis que Jesus nos ofereceu: a vigilância e a oração. Vigiar as imperfeições, estar atento às deficiências, identificar o próprio calcanhar de Aquiles. São perguntas que teremos que nos fazer constantemente: “Onde está o meu ponto nevrálgico? Em qual ângulo do meu comportamento eu sou frágil e não resisto?” Com essa conduta poderemos trabalhar o ser interior que somos sem desânimo e sem nunca cessar o processo de aprimoramento.

       Se cairmos, levantemos para seguir adiante, porque todos tombamos em algum momento da vida. Não nos esquecermos dos instrumentos da solidariedade e da fraternidade.

       Portanto, a melhor maneira de lutar contra essas paixões que predominam na natureza humana é a coragem da autoanálise e o esforço para ser a cada instante melhor do que antes, evoluindo sempre.



Fonte: Sexo e Consciência. Divaldo Franco. Organizado por Luiz Fernando Lopes.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

AMOR E SEXO. PELO ESPÍRITO VICTOR HUGO.

                


                O sexo, no entanto, é instrumento divino para a vida.
                O amor pode expressar-se sem o sexo; o sexo, também, pode externar-se sem amor.
                Quando o amor independe do sexo é santificação, escada de luz nos rumos da Divindade.
                O sexo, no entanto, quando se apresenta sem amor, faz-se ruína e se converte em mecanismo de infelicidade, que arroja à loucura e ao crime.
                O amor, conjugando-se ao sexo, preenche superiores finalidades da reencarnação humana, com vistas à criação física, intelectual, artística, espiritual...
                Na permuta de forças fisiopsíquicas, mediante a afetividade sexual, renovam-se as paisagens da alma e plasmam-se as construções relevantes da Humanidade.
                Baratear o amor, vulgarizar o sexo, são meios de extermínio moral em que sucumbem, também, os apaniguados da utopia libertina da sensualidade.
                Por amor a Beatriz padeceu Dante inomináveis suplícios, no entanto, do seu mar de infortúnios, premiou a literatura universal com a “Divina Comédia”.
                Amando, Abelardo sofreu os mais vis opróbrios, ganhando a História as célebres “Cartas a Heloísa”, seu amor, e toda uma literatura incomparável, conforme a publicou Cousin, em 1836, enfeixadas sob a epígrafe: “Obras Inéditas de Abélard”.
                Não são poucos os milagres do amor no Pensamento, na Humanidade, arrebatando homens e mulheres às culminâncias do martírio, da glória, da renúncia, do heroísmo, da santificação, da beleza.
                Mostrem-me uma realização sublime e eu a apontarei como filha do amor.
                Sintoma de decadência de um povo, a expansão libertina do sexo; sinal de degenerescência de uma época, a alucinação sexual.

Pelo Espírito Victor Hugo.
Psicografia de Divaldo Franco.


Fonte:  Livro – Do Abismo às Estrelas. Ditado pelo Espírito Victor Hugo. Psicografia de Divaldo Franco.


quarta-feira, 9 de agosto de 2017

SEXO, NO ENTENDIMENTO DO ESPIRITISMO

         A função sexual considerada como fonte de vida pelo milagre da reprodução, é acompanhada pelo prazer no seu exercício saudável, tornando-se, também, fator de desequilíbrio quando alguma dificuldade a inibe, a direciona equivocadamente, através da eleição de conduta patológica.

        Fundamentada na ética do amor, a Doutrina Espírita propõe ao comportamento
sexual higiene moral e respeito indispensável ao exercício da sua função dentro de padrões equilibrados, de modo que se constitua elemento proporcionador de saúde e de bem estar, contribuindo seguramente para o desenvolvimento de todos os valores intelectuais e espirituais em que a vida se estrutura triunfante.

        Isso, porém, deflui da conquista da consciência, do nobre instrumento da razão e do discernimento, que capacita o indivíduo a viver da função e não exclusivamente para ela ou sem ela...

        A partir da gestação, quando o espírito vincula-se ao futuro corpo, as ocorrências do intercâmbio entre a mãe e o futuro filho, as imposições do ambiente, a conduta na vida infantil, a convivência social, influem de maneira inequívoca na construção da sua saudável ou doentia conduta sexual, imprimindo no inconsciente receptivo às informações exteriores, os instrumentos hábeis para o seu desenvolvimento, no que resultam o equilíbrio ou os transtornos graves durante toda a existência.

       O Espírito André Luiz afirma que as nossas atividades sexuais a imundície não está no sexo em si mesmo, mas no comportamento da nossa mente.

       O sexo, assim como qualquer outra função que se manifesta em nossa maquinaria orgânica, deve ser utilizado com o respeito que devemos dedicar aos demais mecanismos fisiológicos. Encarregado de perpetuar a espécie, a sua prática reveste-se de significados profundos, por ensejar a reprodução, particularmente na espécie humana. Igualmente portador de hormônios fisiológicos e psicológicos, pelo prazer que proporciona, merece o envolvimento do amor, sem o qual se torna automatismo orgânico destituído de mais elevada consequência. Ademais, pelo fato de envolver outra pessoa, quando nos relacionamentos saudáveis, sempre se torna responsável pelos efeitos psicológicos que vinculam uma à outra. A sua utilização promíscua e irresponsável sempre gera distúrbios morais, sociais e emocionais profundos, de que padece a nossa sociedade, alguns dos quais serão transferidos para o Além-túmulo.

       Quando observamos a promiscuidade sexual, notamos que a pessoa muda de parceiro, mas não muda de comportamento. E vai procurar no outro parceiro (masculino ou feminino) aquilo que faltava no anterior. É a busca do novo, do diferente, que em breve será normal, repetitivo, cansativo. E, por consequência, o indivíduo passa a usar a função sexual como alimento de variação constante, sem jamais alcançar uma digestão de plenitude.

       Conforme já foi amplamente elucidado, os transtornos da sexualidade não são causados pela estrutura anatomofisiológica do sistema reprodutor, mas residem nas forças mentais que tipificam as criaturas humanas. A mente que retornou viciada à Terra, trazendo seus conflitos do mundo invisível, tem sede, não se incomodando em que recipiente vai sorver a água para saciar-se.

       Não poderemos contestar uma lei que tem vigência nos Soberanos Códigos da Vida: temos o dever de nos respeitar e de respeitar o nosso próximo. Portanto, o que recomendamos é que o indivíduo evite manter uma vida promíscua, entregando-se a aventuras sexuais variadas, sem nenhum respeito por si mesmo nem pelo outro. Esta recomendação é válida para qualquer circunstância. Um indivíduo promíscuo na heterossexualidade, por exemplo, é alguém que estará de alguma forma lesando a sua própria saúde física e psíquica, qual ocorrerá com a promiscuidade em qualquer modalidade de orientação sexual.

      Um dos nossos desafios é manter o equilíbrio sexual, mesmo que sejamos estimulados pela sociedade contemporânea à vulgaridade. Quando exercemos o sexo, sem educação mental, dando campo à pornografia e à utilização de recursos esdrúxulos, produzimos mecanismos de desajuste psicoemocional. A mídia e os meios de difusão da arte projetam conceitos ilusórios em torno do sexo, que contribuem para o nosso desequilíbrio.

       Somente os estímulos sexuais produzidos pela mente bem direcionada, acompanhada do toque de amor, são capazes de gerar saúde integral.

       Segundo os bons Espíritos, o sexo será tão aviltado, conforme já vem acontecendo, que em breve não nos sentiremos estimulados quando focarmos nos veículos de comunicação de massa pessoas completamente desnudas. Paradoxalmente, iremos sentir os ardores da libido quando olharmos as pessoas vestidas. Como o sexo é fortemente induzido pelos recursos da imaginação, um produto excessivamente exposto não provoca a excitação, senão uma volúpia fugaz.

       O sexo sempre foi livre. Infelizmente também foi sempre libertino. Ser livre não significa permitir-se todas as aberrações em nome do prazer, porque, senão, os portadores de transtornos sexuais seriam as pessoas mais felizes da Terra. E não o são!

       Se fizermos um exercício de disciplina mental, poderemos receber as notícias
que circulam na mídia com naturalidade, bloqueando qualquer possibilidade de sermos afetados. Tenhamos a nossa mente tranquila.

      O abuso, o uso inadequado da sexualidade, levam-nos a assumir responsabilidades muito grandes. Em qualquer situação da vida, nós deveremos utilizar o bom senso para viver com saúde integral. Da mesma forma como temos respeito pelos órgãos da digestão, pelo sentido da visão e por outras funções fisiológicas, o sexo, sendo um órgão que faz parte do santuário do corpo, precisa ser vivenciado com critério e dignidade. Quando agredimos o sistema digestório, adotando uma alimentação excessiva, os órgãos que o compõem apresentam falhas funcionais que causam transtornos como a diarreia e as dores abdominais. Quando abusamos do álcool, temos a tendência natural a desenvolver cirrose hepática. Quando abusamos do cigarro, marchamos inevitavelmente para o enfisema pulmonar. Assim também, quando abusamos do sexo, corrompemos a sua função, e sofremos as consequências dessa injunção.

        A exposição excessiva dos corpos tem repercussões deletérias para o indivíduo. O corpo é muito transitório, por mais belo ou dotado de próteses que ele seja. Por mais que tenha sido submetido a cirurgias para torná-lo atraente, termina por decair. É lógico que os recursos da medicina estética podem ser utilizados para que a pessoa se sinta bem e esteja feliz. Contudo, quando esses recursos são empregados exclusivamente para o erotismo, a estimulação visual desencadeia nos seus admiradores ondas mentais de desejo que vão invadir a estrutura fisiopsíquica do homem ou da mulher, causando-lhes prejuízos na saúde, produzindo, depois de certo tempo, transtornos sexuais como a frigidez ou a impotência. Os danos à função sexual farão com que esses indivíduos procurem as drogas para regularizar o organismo, estabelecendo ligações com Espíritos obsessores que se lhes acoplam. Ao desencarnar, esses atormentados do sexo prosseguem sendo vampirizados, como vítimas de si mesmos e dos seres que sintonizaram na mesma frequência mental. São cenas dantescas que normalmente é evitado descrever para não criar imagens perturbadoras na mente das pessoas.

        Divaldo Franco diz no livro Sexo e Consciência: Certo dia eu perguntei aos amigos espirituais até que ponto iríamos suportar o sexo corrompido e vulgar. Eles me contestaram, informando que chegaria um ponto em que ocorreria uma saturação. Quando vemos o triunfo do sadomasoquismo, das drogas estimulantes e outras aberrações, significa que o sexo em si mesmo foi subtraído das suas finalidades. Em alguns segmentos sociais, o sexo natural, defluente do amor, cedeu lugar a esses descalabros, que já nos estão fazendo pensar em voltar aos tempos da afetividade. Daí, a humanidade vai começar a sentir saudades do namoro, do sorriso, do aperto de mão, da relação sexual enriquecida pela amizade entre os parceiros, adornada pela atitude gentil e enobrecedora. Portanto, chegaremos ao máximo, às culminâncias do absurdo, para logo depois fazermos o movimento de retorno, inclusive voltando aos carnavais mais ingênuos que tinham lugar em alguns grupos sociais do passado, divertindo-nos sem mergulharmos na alucinação sexual.

       Quando formos capazes de amar e de usar o sexo com a finalidade reprodutiva para a qual a Divindade o dotou, bem como para o intercâmbio saudável de hormônios, de emoções e de sensações, com ternura e respeito pelo parceiro, ele será uma fonte inexaurível de bênçãos, mesmo que haja uma ou outra dificuldade em nossa caminhada.



Fonte: Sexo e Consciência. Divaldo Franco. Organizado por Luiz Fernando Lopes.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

DEUS E NÓS


Somente Deus é a Vida em si.
Entretanto, você pode auxiliar alguém a encontrar o contentamento de viver.

Somente Deus sabe toda a Verdade.
Mas você pode iluminar de compreensão a parte da verdade em seu conhecimento.

Somente Deus consegue doar todo o Amor.
Você, porém, é capaz de cultivar o Amor na alma dessa ou daquela criatura, com alguma parcela de bondade.

Somente Deus é Criador da verdadeira Paz.
No entanto, você dispõe de recursos para ceder um tanto em seus pontos de vista para que a harmonia seja feita.

Somente Deus pode formar a Alegria Perfeita.
Mas você pode ser o sorriso da esperança e da coragem, do entendimento e do perdão.

Somente Deus realiza o impossível.
Entretanto, diante do trabalho para a construção do bem aos outros não se esqueça que Deus lhe entregou o possível para você fazer.



Pelo Espírito André Luiz.
Psicografia de Chico Xavier. 



Fonte: do livro – Antologia da Criança. Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diversos.