A palavra jejum vem do latim – jejunus – que significa: privação, abstenção de toda espécie de alimento durante o dia ou de outro período de tempo, por penitência.
Estamos com a consciência madura para direcionar o nosso “jejum” para nossa mente, atos e fala. Isto por que, o que adianta nos privar de comida se direcionamos nossas atitudes, conversação e pensamentos para a inferioridade? É como Jesus falou: “O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem.”(Mt 15:11) Não é o jejum que torna o ser melhor, nem que vai ser “mais visto” por Deus, mas sim, o que se faz da vida, como direcionamos nossos pensamentos, fala, atitudes, visão, audição; como tratamos as pessoas, como nos comportamos a cada dia... Não é o que entra pela boca, mas como Cristo Jesus falou, é o que procede do coração, e isso contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicações, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.(Mt 15:18-19)
Voltemos a nossa determinação para o aprimoramento espiritual, pois antes de tudo, somos seres espirituais vivenciando a experiência física. Nossas necessidades não se limitam as físicas, mas vai muito além, na nossa essência – nosso espírito. Jejuemos da preguiça, da raiva, da falta de compaixão, da maledicência – fofoca, da falta de educação, dos pensamentos inferiores, dos atos negativos, dos sentimentos torpes, das mentiras, do egoísmo, da inveja, do julgamento alheio, da cobiça... De tudo que faz mal e traz negatividade à nossa vida e a vida alheia.
Há um texto bastante enriquecedor de São João Crisóstomo, sobre o Jejum, segue abaixo para refletirmos:
“A honra do jejum consiste não na abstinência da comida, mas em evitar as ações pecaminosas; quem limita o seu jejum apenas à abstinência de carnes o desonra. Praticas o jejum? Prova-me por tuas obras! Perguntas que tipo de obras?
Se vires um inimigo, reconcilia-te com ele!
Se vires um amigo tendo sucesso, não o inveje!
Se vires uma mulher bonita, passe sem olhar!
Que não apenas a boca jejue, mas também os olhos, e os ouvidos, e os pés, e as mãos, e todos os membros de nossos corpos.
Que as mãos jejuem sendo puras da avareza e da rapina.
Que os pés jejuem, deixando de caminhar para espetáculos imorais.
Que os olhos jejuem, não se detendo sobre feições belas, ou se ocupando de belezas exóticas.
Pois o que é visto é a comida dos olhos, mas se o que for visto for imoral ou proibido, macula-se o jejum e perturba toda a segurança da alma; mas se for moral e seguro, o que é visto adorna o jejum. Pois seria absurdo abster-se da comida permitida por causa do jejum, mas devem os olhos absterem-se até de tocar o que é proibido. Não comes carne? Então não se alimente de luxúria através dos olhos.
Que também os ouvidos jejuem. O jejum dos ouvidos consiste em recusar-se a ouvir assuntos perversos e calúnias. ‘Não receberás notícias falsas’, já foi dito.
Que a boca também jejue de falar coisas vergonhosas e de ficar reclamando. Pois que ganhas se te absténs de pássaros e peixes, e mesmo assim mordes e devoras teu próximo? O que tem fala maligna come a carne de seu irmão, e morde o corpo de seu próximo.” (São João Crisóstomo)
Nossa, estou encantada com seu blog. Posso compartilhar algumas mensagens? Principalmente agora na semana santa?
ResponderExcluirDeus te abençoe e guarde. E continue seu trabalho, pois com certeza está pessoas. Boa pascoaajudando a muit
Olá, Patrícia!
ExcluirPrimeiramente desculpe a demora em responder, a última semana estava em viagem, houve impossibilidade de responder aos comentários.
Patrícia, fique a vontade para compartilhar as postagens as mensagens, apenas por favor divulgue a fonte do nosso blog, para que mais pessoas possam acessar e conhecer o Jardim Espírita, o nosso pequeno trabalho, que é para vocês que ele existe.
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