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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

AS SIMPATIAS E SUPERSTIÇÕES DE FINAL DE ANO

        Na Doutrina Espírita não há rituais, nem simpatias, nem imagens, nem
amuletos, nem talismãs, nem cor de vestimenta especifica... Nós espíritas acreditamos que estas coisas não traz poder para as pessoas, essa expectativa de poder mágico que é depositado nestas superstições não existe senão segundo O Livro dos Espíritos na questão 552: na imaginação de pessoas supersticiosas, ignorantes das verdadeiras leis da natureza.

        Estas simpatias e superstições levam as pessoas a buscarem segurança, melhoramento de vida em coisas materiais, assim é um objetivo material do que moral. Não é comer um determinado tipo de comida, ou vestir uma roupa de determinada cor, ou pular ondas, não é carregar amuletos... que vai mudar aspectos da vida de um indivíduo.

        No O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, na segunda parte, cap. XXV, item 282-17ª, encontramos a seguinte questão:
Pergunta: Certos objetos, como medalhas e talismãs, tem a propriedade de atrais ou repelir os espíritos, como pretendem algumas pessoas?
Resposta: Pergunta inútil, pois sabeis que a matéria não exerce nenhuma ação sobre os espíritos. Ficais certos de que jamais um espírito bom aconselha semelhantes absurdos. A virtude dos talismãs, de qualquer natureza, só existe na imaginação das criaturas supersticiosas.


        Então, o que vai mudar a sua vida é a sua atitude de querer muda-la. E não formulas, ou ritos, ou simpatias de final de ano, réveillon. O que temos que desenvolver em nós é a capacidade que carregamos de decisão , de superação do que queremos de melhorar em nossa vida. Temos que firmar a nossa fé na razão, acreditar em nós mesmos, na ação dos bons espíritos, na harmonia universal, e acima de tudo em Deus, e não em formulas materiais, em superstições, pois, como por exemplo: você não vai se tornar uma pessoa com paz interior se você vestir uma roupa branca no réveillon. A paz é uma conquista árdua que vamos construindo em nosso espírito, porque para ofertar a paz temos que desenvolve-la em nosso interior, pelo simples fato que não podemos dar o que não possuímos. Ou simpatias para ganhar dinheiro, se não trabalharmos com dedicação não haverá dinheiro para nosso sustento material. E assim com as demais simpatias e superstições.

        O que precisamos para nossa vida é de mudança de atitude. É praticar diariamente os ensinos que Mestre Jesus nos trouxe, é saber servir sem esperar nada em troca, é sentir amor. O azar não existe, o que existe é o merecimento perante as leis universais de um esforço de boa conduta para a vida.

        Para finalizar é preciso deixar claro que nós espíritas não somos contra quem realiza simpatias, rituais, ou usa amuletos... O conteúdo da postagem é para explicar o tema a luz do Espiritismo.



sábado, 24 de dezembro de 2016

PRECE DIANTE DA MANJEDOURA

Vídeo com a Prece Diante da Manjedoura, na voz de Chico Xavier.



Senhor, 
diante da manjedoura em que nos descerras o coração, ensina-nos a abrir os braços para receber-te. 

Não nos relegues ao labirinto de nossas ilusões, nem nos abandones ao luxo de nossos problemas. 

Vimos ao teu encontro, cansados de nossa própria fatuidade. 

Sol da Vida, não nos confies às trevas da morte. 

Fortalece-nos o bom ânimo. 

Reaviva-nos a fé. 

Induze-nos à confiança e à boa vontade. 

Tu que renunciaste ao Céu, em favor da Terra, ajuda-nos a descer, com o Supremo Bem, para sermos mais úteis!... 

Tu que deixaste a companhia dos anjos sábios e generosos, por amor aos homens ignorantes e infelizes, auxilia-nos a estender com os irmãos mais necessitados que nós mesmos o tesouro de luz que nos trazes!... 

Defende-nos contra os vermes da vaidade. 

Ampara-nos contar as serpes do orgulho. 

Conduze-nos ao caminho do trabalho e da humildade. 

E, reconhecidos à frente do teu berço de luminosa esperança, nós te rogamos, sobretudo, os dons da simplicidade e da paz, para que sejamos contigo fiéis a Deus, hoje e sempre. 

Assim Seja. 


Pelo Espírito Emmanuel.
Psicografia de Chico Xavier.



Fonte: Livro Antologia Mediúnica do Natal. Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

ALGO A MAIS NO NATAL


Senhor Jesus!
Diante do Natal, que te lembra a glória da manjedoura, nós te agradecemos:

a música da oração; 
o regozijo da fé; 
a mensagem de amor; 
a alegria do lar;
o apelo à fraternidade; 
o júbilo da esperança; 
a bênção do trabalho;
a confiança no bem; 
o tesouro de tua paz; 
a palavra da Boa Nova;
e a confiança no futuro!...

Entretanto oh! Divino Mestre, de corações voltados para o teu coração, nós te suplicamos algo mais!...

Concede-nos, Senhor, o dom inefável da humildade, para que tenhamos a precisa coragem de seguir-te os exemplos!

Pelo Espírito Emmanuel.
Psicografia de Chico Xavier.


domingo, 18 de dezembro de 2016

Mensagem: NATAL


Natal! Grande bolo à mesa, 
A árvore linda em festa. 
O brilho da noite empresta 
Regozijo ao coração...
É como se a natureza
Trouxesse Belém de novo
Para os júbilos do povo
Em doce fulguração. 

Tudo é bênção que se enflora, 
De envolta na melodia
Da luminosa alegria
Que te beija se segue além...
Mas se reparas, lá fora, 
O quadro que tumultua, 
Verás quem passa na rua
Sem ânimo e sem ninguém. 

Contemplarás pequeninos 
De faces agoniadas, 
Pobres mães desesperadas,
Doentes em chagas e dor...
E, ajudando aos peregrinos
Da esperança quase morta,
Talvez enxergues à porta
O Mestre pedindo amor.

É sim!... É Jesus que volta
Entre os pedestres sem nome,
Dando pão a quem tem fome, 
Luz às trevas, roupa aos nus!
Anjos dos Céus sem escolta,
Embora a expressão serena,
Tem nas mãos com que te acena
Os tristes sinais da cruz. 

Natal! Reparte o carinho
Que te envolve a noite santa.
Veste, alimenta e levanta
O companheiro a chorar.
E, na gloria do caminho
Dos teus gestos redentores, 
Recorda por onde fores
Que o Cristo nasceu sem lar. 

Pelo Espírito Irene S. Pinto
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


Fonte: Do livro – Antologia Mediúnica do Natal.


quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

VOCÊ SABIA QUE ANDREA BOCELLI PODERIA TER SIDO ABORTADO POR ORIENTAÇÃO MÉDICA?

   

No vídeo abaixo Andrea Bocelli conta a história da sua vida, em que sua mãe Edi passou por um problema de saúde, e os médicos orientaram que ela abortasse o bebê, mas ela se recusou. Andrea Bocelli falou o porque de trazer ao publico esse fato da sua vida: 




        Em uma entrevista Andrea Bocelli deu a seguinte declaração: “Minha mãe, Edi, é uma mulher extraordinária. Entre os muitos ensinamentos que pude receber dela e do meu pai, Sandro, encontram-se: a força, a garra e a capacidade de não me render, que eles mesmos mostraram quando, estando grávida, os médicos aconselharam minha mãe a abortar, porque seu filho nasceria com graves patologias. Ela ignorou estes imprudentes conselhos e prosseguiu com a gravidez, com o apoio do meu pai. Sem aquele gesto de coragem e fé, eu não estaria aqui para contar isso hoje. E, se eu tornei pública esta vivência privada, foi para oferecer minha pequena contribuição para dar um apoio psicológico e um pouco de esperança a todas aquelas mulheres que, por milhares de motivos, não se sentem com força para defender a vida que carregam em seu útero.”

        Andrea Bocelli,é apenas um exemplos que citamos de mães que escolheram a vida ao invés da morte por meio do aborto de seus filhos. Mas, quantos “Andreas” tem por aí que foram abortados, que poderiam ter feito a diferença de alguma forma para a sociedade, diferença até mesmo no anonimato? São por meios desses exemplos e de outros que, poderemos começar a conscientizar as pessoas sobre a importância da vida, para não escolherem o aborto. Os adultos tem escolha a fazer por meio de diversos contraceptivos, mas aquele bebê não tem escolha alguma, é um espírito que está se preparando para voltar ao mundo material, cheio de insegurança, de incerteza, em que depende inteiramente da sua mamãe como fonte de criação para seu corpo físico, e como proteção contra tudo que ela pode fazer para o proteger na sua volta a vida física. Mas, estarrecedor quando é essa mamãe que se torna o seu medo, o seu algoz, a pessoa que destrói seu corpo físico e a esperança de reencarnar para poder evoluir, evolução esta que se cumpre de diversas formas, até mesmo por meio de doenças congênitas, assim fazendo resgate tanto do espírito reencarnate, como da mãe, do pai e da família.



sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

VOCÊ SABIA QUE DIVALDO FRANCO PODERIA TER SIDO ABORTADO POR ORIENTAÇÃO MÉDICA?

Encontramos esta informação no Livro Sexo e Consciência de Divaldo Franco. Organizado por Luiz Fernando Lopes.


        O médium Divaldo Franco é o décimo terceiro filho de uma família numerosa, e quase não pode renascer... Pelo desejo dos seus pais, o irmão que é cinco anos mais velho do que Divaldo, seria o último filho a nascer. A mãe de Divaldo Franco, Ana, já experimentava os primeiros sinais do climatério quando percebeu algo estranho no seu corpo e consultou-se com um médico, que lhe deu a inesperada notícia de uma gravidez tardia. Por causa do organismo debilitado, depois de doze partos e três abortos espontâneos, o médico sugeriu-lhe que interrompesse a gestação para que ela não tivesse a saúde gravemente comprometida. A orientação médica foi dada nos seguintes termos:

        — Dona Ana, vamos fazer o aborto! A senhora já realizou sua missão de mãe com os doze filhos que Deus lhe concedeu.

       — Não, doutor! Eu não vou abortar meu filho!

       — Mas esta criança vai matá-la! A senhora não tem condições de saúde para resistir!

       Divaldo diz no livro Sexo E Consciência que: “Diante dos argumentos do médico, era provável que qualquer pessoa aderisse à proposta por ele apresentada. Nossa família tinha muitas dificuldades financeiras e faria ainda maiores sacrifícios se mais uma criança viesse ao mundo. Não obstante, a minha mãe, contrariando aquilo que para muitos seria uma solução óbvia, voltou-se para o médico e respondeu:
       — Se eu morrer no intuito de dar a vida a um filho, para mim será uma honra!
      (...) E a minha mãe não me abortou. Eu tenho para com ela uma dívida de gratidão indescritível! Ao correr o risco de sacrificar sua própria vida, ela me permitiu mais de oitenta anos de existência física. Se me tivesse abortado, será que eu a amaria? Será que eu não estaria hoje dominado pela mágoa (e até mesmo pelo ódio) de ver perdida a chance que a Divindade me desenhava naquele momento? Não se pode descartar esta hipótese. No entanto, aqueles seres que indubitavelmente ainda se encontram num patamar incipiente de evolução psicológica cultivarão sentimentos de animosidade e de revolta que geram obsessões das mais lamentáveis, com consequências que se estendem para a vida espiritual.
      É fascinante constatar como devemos fazer tudo ao nosso alcance para preservar a vida. A vida humana é patrimônio de Deus e ninguém, sob pretexto algum, tem o direito de interrompê-la. O aborto, sob qualquer aspecto em que se apresente, permanece como crime hórrido que um dia desaparecerá da Terra, em face da crueldade e covardia de que se reveste.”

Divaldo Franco, é apenas um dos exemplos que citamos de mães que escolheram a vida ao invés da morte por meio do aborto de seus filhos. Mas, quantos “Divaldos” tem por aí que foram abortados, que poderiam ter feito a diferença de alguma forma para a sociedade, diferença até mesmo no anonimato? São por meios desses exemplos e de outros que, poderemos começar a conscientizar as pessoas sobre a importância da vida, para não escolherem o aborto. Os adultos tem escolha a fazer por meio de diversos contraceptivos, mas aquele bebê não tem escolha alguma, é um espírito que está se preparando para voltar ao mundo material, cheio de insegurança, de incerteza, em que depende inteiramente da sua mamãe como fonte de criação para seu corpo físico, e como proteção contra tudo que ela pode fazer para o proteger na sua volta a vida física. Mas, estarrecedor quando é essa mamãe que se torna o seu medo, o seu algoz, a pessoa que destrói seu corpo físico e a esperança de reencarnar para poder evoluir, evolução esta que se cumpre de diversas formas, até mesmo por meio de doenças congênitas, assim fazendo resgate tanto do espírito reencarnate, como da mãe, do pai e da família. 


Fonte da informação: Livro Sexo e Consciência de Divaldo Franco. Organizado por Luiz Fernando Lopes.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

ABORTO PROVOCADO

A sociedade brasileira está passando pela questão da legalização do aborto. Aborto e suicídio são temas que devemos sempre levar informações das suas consequências a luz da Doutrina Espírita, por isso, que aqui no Jardim Espírita sempre faço postagem sobre esses dois temas, que são os crimes mais terríveis, hediondos que podem serem cometidos, em que vai contra as leis cósmicas e tendo a reação da ação negativa praticada. A lei humana pode até legalizar o aborto, no entanto, a Lei Maior, que realmente guia as nossas vidas, que são as Leis Divinas, não deixa passar sem impunidade aqueles que praticam, induzem, e aos profissionais que realizam , em algum momento a Lei de Ação e Reação vai se apresentar, é inexorável. 


Para nos informar mais ainda sobre o tema, abaixo coloco o texto do Livro Sexo e Consciência de Divaldo Franco, Organizado por Luiz Fernando Lopes, sobre o aborto provocado.



        O aborto provocado é um crime hediondo! É, acima de tudo, um crime covarde, pois vai interromper a vida de alguém que não se pode defender. O Espiritismo, assim como as outras religiões, desaprova o aborto provocado.

        De acordo com a Lei Divina, a união sexual, além das emoções e das sensações que proporciona, tem como efeito próximo e imediato a procriação. Quando o casal se encontra para o relacionamento sexual, é óbvio que deve esperar a geração de um ser, consequência daquele ato livre e espontaneamente aceito. O exercício da sexualidade deve estar acompanhado de responsabilidade.

        Justifique-se o aborto como se melhor pretenda. Todavia, matar um ser indefeso é, sem dúvida, um dos mais graves delitos praticados contra a vida, ainda mais se pensarmos que este ser não teria pedido para ser formado por quem se conjuga sexualmente de forma leviana.

        Receber nos braços um filho que a vida nos enseja é sempre uma bênção. A alegação de que a mulher é dona do seu corpo pode oferecer-nos no futuro uma argumentação sofista de filhos ingratos, constrangidos a atender pais escleróticos, hemiplégicos, deficientes mentais, podendo eles ser tentados a propor nas altas Casas do Legislativo um conjunto de leis para se livrarem desses genitores, estabelecendo a morte piedosa deles, em benefício de suas comodidades. De liberação em liberação do crime que se deseje legalizar, poder-se-á responder por mais tremendas e hediondas consequências.

        Um ato como esse é programado nas trevas da consciência da mulher, que por alguma razão se sente culpada ou deseja vingar-se daquele que a fecundou e a abandonou em situação deplorável ante os padrões sociais vigentes. Trata-se de uma tentativa de agredir moralmente o companheiro que a deixou em uma situação de severas dificuldades materiais. Frequentemente a mulher que passa por essa circunstância adversa, desenvolve um sentimento de ódio pelo parceiro que a desconsiderou. E, por um desejo de vingança que eclode em sua intimidade, não podendo matá-lo, ela o faz contra o fruto daquele relacionamento que lhe provocou a mágoa de grandes proporções. O aborto também é praticado por mulheres que simplesmente rejeitam a maternidade. Devido à insatisfação com essa gestação não planejada ou mesmo por futilidade, quando tem receio de sofrer alterações estéticas no corpo, opta pelo aborto criminoso, adquirindo uma grande dívida perante a
Consciência Cósmica.

       Em nenhuma circunstância serão encontradas justificativas para o infanticídio. Não somos autores da vida! Por isso não temos o direito de submetê-la aos nossos caprichos, eliminando-a.

       Perante os códigos éticos da vida espiritual apenas uma situação nos autoriza a praticar a interrupção do processo gestacional: o aborto terapêutico. Allan Kardec transcreveu a opinião dos Espíritos sobre o aborto, no qual se pretende salvar a vida da gestante. Quando a integridade física da mãe está em risco é preferível que preservemos uma vida já consolidada do que comprometê-la em razão de uma vida ainda cm formação. Salvando-se a vida da mulher-mãe ela terá outra oportunidade de ter filhos e de trazer à vida física o Espírito ora candidato à reencarnação.

       Justifica-se que, se o aborto tornar-se um ato legal, a onda de crimes em torno dele, se fará muito menor, o que é equívoco. As estatísticas demonstram a continuidade do aborto clandestino, pondo-se em risco a vida da mulher. Se tivermos de legitimar o aborto para impedir outros crimes, retornaremos às faixas primárias da vida! Abortar para evadir-se da responsabilidade livremente aceita, nunca!

       Por mais que o aborto receba a legalização oficial, nunca deixará de ser um crime hediondo contra a humanidade. No entanto, a criatura humana, pelos seus instintos agressivos, procura o mecanismo desculpista nas leis terrenas, invariavelmente injustas, para dar vazão aos seus sentimentos perturbadores, qual ocorre nestes dias, em que o abortamento é ilegal. Mesmo que as leis se tornem favoráveis ao crime do infanticídio, aqueles que o cometerem não poderão alegar que agiam sob o amparo da legislação humana, porquanto está estabelecido no Decálogo: “Não matarás”. E este preceito não tem exceção. Diante da Consciência Cósmica a interrupção da vida da criança sempre representará um grave delito.

        Ademais, repugna à consciência humana matar uma vítima indefesa, somente porque os caprichos, os preconceitos e os anseios desvairados impõem essa atitude, que nunca terá justificativa.

        Pesquisas feitas ao longo das últimas décadas dão conta do aumento desenfreado de mulheres praticando o aborto em diversos países, como o Brasil. A partir da década de 1960, quando as mulheres passaram a sentir-se no direito de experimentar o sexo sem amor e sem vínculos, elas resolveram aderir à comodidade de rapidamente se verem livres de uma gestação que se transforma em empecilho para a busca de novos prazeres. E um fator que intensificou esta escolha foi a facilidade de praticar-se abortos clandestinos em todos os lugares.

        Por outro lado, a ausência de educação em saúde contribui para que meninas em todo o mundo engravidem cada vez mais cedo. Em nosso serviço de saúde, na Mansão do Caminho, conhecemos meninas grávidas aos onze anos de idade, que se tornaram mães nesta faixa etária, o que significa uma verdadeira aberração, uma falência da sociedade em educar os seus jovens. Essas meninas praticaram sexo sem nem ao menos possuírem um organismo preparado para isto, estimuladas pela curiosidade e pela desinformação.


                        

         Os fatores que incentivam a prática do aborto são diversos. Primeiro a desinformação. Depois a influência da cultura em que a pessoa está imersa. E por fim, a facilidade em se executar uma intervenção médica que é oferecida indiscriminadamente em clínicas desumanas e exploradoras.

         Em meu contato com comunidades extremamente vulneráveis, tenho percebido que o aborto é muito disseminado no seio da ignorância, pois, nas classes privilegiadas, do ponto de vista socioeconômico, as orientações para evitar a gravidez são ministradas em todos os lugares, concedendo às pessoas os meios para tomarem precauções antes de iniciarem uma relação íntima. Contudo, em comunidades com severas restrições educacionais, conheci jovens que nem sequer sabiam como ocorre a fecundação. E quando se veem grávidas, em meio aos relacionamentos múltiplos que cultivam, não são capazes de identificar o pai do ser em gestação e se submetem à intervenção dos métodos abortivos, que invariavelmente traumatizam a mulher, quando não a condenam à morte...

        O homem, além de abandonar a mulher que fecundou, pode ainda chantageá-la para que ela pratique o aborto, condicionando a continuidade do relacionamento à realização do infanticídio, somente para se ver livre das responsabilidades que acompanharão a sua futura condição de pai. E algumas mulheres cedem ao apelo, e eliminam a criança, para depois se arrependerem quando percebem que foram enganadas por um parceiro que já planejava abandoná-la desde o princípio.

       Somente algumas mulheres de fibra, verdadeiras heroínas, decidem enfrentar todas as adversidades para levar adiante o compromisso da maternidade, mesmo que ele não tenha sido programado, como seriai ideal. Elas entendem que é preferível ter um filho a ter um amante inconsequente e manipulador.



Fonte: Livro Sexo e Consciência de Divaldo Franco. Organizado por Luiz Fernando Lopes.


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Post.236: AIDS: POR QUE O VÍRUS HIV SOFRE MUTAÇÃO?

        A AIDS, é o resultado da promiscuidade sexual. Quando abusamos do sexo corrompemos a sua função, e sofremos as consequências dessa injunção.

        Até o momento a AIDS é incurável. Uma das maiores dificuldades em encontrar uma cura para a doença é que o vírus HIV sofre mutação. Quando a ciência produz um medicamento eficaz para interromper o ciclo viral, ocorre uma modificação na estrutura do micro-organismo, e ele assume uma nova identidade. Este fenômeno é consequência do desequilíbrio do psiquismo humano que aderiu ao mau uso do sexo. É a mente indisciplinada que induz o vírus a se tornar agressivo ao organismo.

       Os amigos espirituais nos dizem que, devido à promiscuidade sexual, o vírus sofreu a interferência do psiquismo humano e se potencializou para atingir o sistema imunológico, destruindo as células de defesa do organismo. Isto demonstra que há um perfeito inter-relacionamento entre o psíquico e o físico, conforme demonstrado pela psiconeuroimunoendocrinologia, mediante experiências admiráveis realizadas em laboratórios, a respeito da imunoglobulina encontrada na saliva.

       Portanto, a vida sexual promiscua, a falta de higiene e a mente desorganizada contribuíram para dar ao vírus uma maior resistência.

      A mente não é o cérebro. A mente é a autora do pensamento, que o cérebro recebe e decodifica. A mente pode viver sem o cérebro, mas o cérebro não pode permanecer lúcido e com as suas funções sem mente, que é o Espírito imortal. Em momentos de exacerbação do instinto sexual ou do ódio, ficamos vulneráveis e mais suscetíveis a contrair infecções. Na hora em que nos elevamos emocionalmente, em que sorrimos e amamos, adquirimos resistências imunológicas contra vários tipos de microrganismos.

      Aprendemos com o Evangelho, e reconfirmamos com a Doutrina Espírita, que a nossa sementeira é livre, mas a colheita tornasse-nos compulsória. Assim, o ser humano é o responsável pela atual problemática de natureza pandêmica, ameaçadora e cruel. Embora a gravidade que envolve o problema da AIDS, muitas criaturas ainda permanecem distraídas e insensatas, permitindo-se a promiscuidade sexual e o abuso as drogas injetáveis em grupo, com agulhas contaminadas, na falsa confiança de que não lhes acontecerá a infecção letal. Ao mesmo tempo, governos levianos permitem-se descuidar das análises do sangue, distribuindo-o em condições lastimáveis, assim infectando incontáveis números de pacientes que se tornam vítimas indefesas.

       Nenhum de nós está livre da contaminação. Mas como explicar o caso dos
hemofílicos, que foram contaminados em transfusões de sangue, e não em comportamentos de promiscuidade? Qual seria a razão de alguém se contaminar mesmo tendo uma vida saudável? A explicação obedece aos imperativos da Lei de Causa e Efeito. 

       Se eles não fizeram nada para adquirirem a doença nesta encarnação, a causa desse episódio repousa em vidas anteriores. A tese também é válida para os casos em que uma criança nasce e logo está contaminada.

       Portanto, indivíduos que receberam transfusão de sangue contaminado e crianças que nasceram com o vírus transmitido pelo organismo da mãe, estão incurso em um problema cármico expiatório. Por outro lado, nos casos daqueles que se infectaram por promiscuidade sexual ou por agulhas compartilhadas no uso de drogas, foram eles que escolheram contrair a doença. Não estava no mapa reencarnatório traçado anteriormente. Trata-se do efeito do seu comportamento atual.

        Quando o indivíduo modifica a sua estrutura moral e psíquica para melhor, a sua vida torna-se mais feliz, menos afetada, não somente pela AIDS, mas também por outros fatores destrutivos. Como é uma doença sem cura até este momento, toda terapia que fazemos é de misericórdia, não de esperança em uma recuperação total. Tenho visto que todos os pacientes soropositivos que não assumem o seu estado desencarnam rapidamente. Quando o paciente admite que é portador de um vírus que vai levá-lo à morte e com isso muda de comportamento, ele elabora psiquicamente fatores que sustentam a vida, alongando mais a sua existência.

        Portanto, a proposta apresentada pelo mundo espiritual repousa nos alicerces da dignificação do ser e da sua constante transformação para melhor.

        O vírus passa por mutação. Toda vez que a ciência está a ponto de produzir uma vacina eficaz, ele muda a estrutura molecular, e o medicamento perde a eficácia. Mas segundo os benfeitores da vida maior, é licito que acalentemos esperanças para que esses, como outros flagelos que afligem a humanidade, sejam vencidos. No entanto, em razão do próprio atraso do ser humano, que teima em permanecer na ignorância ou na indiferença a respeito das Leis de Deus, a cura da AIDS, por exemplo, não será para breves tempos. Não obstante, já se encontram reencarnados na Terra os missionários encarregados de debelarem esse mal, apresentando, oportunamente, não somente a terapia eficiente para a libertação da grave enfermidade, como também uma vacina para prevenir do seu contágio.

        Felizmente, a medicina conseguiu elaborar medicamentos que controlam a proliferação do vírus, e oferece ao indivíduo soropositivo uma maior sobrevida. Porém, ninguém tenha ilusões quanto a isso.

        Vale considerar que, se não houver uma real transformação moral e espiritual do ser humano, libertando-se desse terrível adversário que é o vírus HIV, os seus atos gerarão outro equivalente, senão pior.

        A partir do final do século XX, fatores psíquicos permitiram que o vírus atingisse a humanidade em larga escala, conforme já mencionamos. É que, chegando ao extremo da perversão dos nossos sentidos, pelo barateamento e pela vulgaridade promiscua das nossas emoções, a Divindade nos permite uma forma de reflexão, não como um freio ao exercício do sexo em si mesmo, mas como um apelo ao exercício equilibrado do ato sexual.



Fonte: Livro Sexo e Consciência de Divaldo Franco. Organizado por Luiz Fernando Lopes.


segunda-feira, 21 de novembro de 2016

A MÚSICA ESPÍRITA POR ROSSINI

        Encontramos no livro Obras Póstumas, de Allan Kardec, a mensagem do Espírito Rossini sobre a música espírita. Nos dar um bom entendimento sobre o que é realmente música. As mensagens seguem a baixo.

Gioachino Antonio Rossini, foi um renomado compositor italiano erudito, muito popular em seu tempo, que criou 39 óperas, assim como diversos trabalhos para música sacra e música de câmara. Rossini nasceu em 29 de fevereiro de 1792, em Pésaro, Itália. E faleceu em 13 de novembro de 1868, em Passy, Paris, França. 


         Recentemente, na sede da Sociedade Espírita de Paris, o presidente me deu a honra de pedir a minha opinião sobre o estado atual da música e sobre as modificações que lhe poderiam advir por influência das crenças espíritas. Se de pronto não cedi a esse apelo benévolo e simpático, foi, crede-o, meus senhores, por uma causa de ordem superior.

         Os músicos são homens como os outros, mais homens, talvez, e, nessas condições, falíveis e sujeitos a pecar. Nunca estive isento de fraquezas e, se Deus me fez longa a vida, a fim de que eu tivesse tempo de me arrepender, a embriaguez do êxito, a complacência dos amigos e as lisonjas dos cortejadores muitas vezes me tiraram o meio de efetivar esse arrependimento. Um maestro é uma potência neste mundo, onde o prazer desempenha tão importante papel. Àquele cuja arte consiste em deleitar os ouvidos e enternecer os corações muitas ciladas se lhe armam diante dos passos, nas quais cai o infeliz. Ele se inebria da ebriez dos outros; os aplausos lhe tapam as ouças e ei-lo a caminhar direto para o abismo, sem procurar um ponto de apoio para resistir ao arrastamento.

         Entretanto, sem embargo dos meus erros, eu depositava fé em Deus; eu cria na alma que vibrava em mim e, libertando-se da gaiola sonora, ela presto se reconheceu em meio das harmonias da criação e confundiu sua prece com as que se elevam da natureza ao infinito, da criação ao Ser incriado!...

        Sou feliz pelo sentimento que a minha vinda ao seio dos espíritas provocou, porque foi a simpatia que o determinou, e, se a princípio só a curiosidade me atraiu, é ao meu reconhecimento que devereis a explanação do tema que me propuseram.

        Eu ali estava, pronto a falar, supondo tudo saber, quando, abatido o meu orgulho, a minha ignorância se me patenteou. Fiquei mudo e a escutar. Voltei, instruí-me e, quando às palavras de verdade, ditas pelos vossos mentores, se juntaram a reflexão e a meditação, disse eu de mim para comigo:
O grande maestro Rossini, o criador de tantas obras-primas segundo os homens, nada mais fez, ah! do que debulhar algumas das pérolas menos perfeitas do escrínio musical criado pelo Mestre dos mestres. Rossini reuniu notas, compôs melodias, bebeu da taça que contém todas as harmonias, roubou algumas centelhas ao fogo sagrado, mas, esse fogo sagrado nem ele, nem outros o criaram! — Nada inventamos: copiamos do grande livro da Natureza e a multidão aplaude, quando não apresentamos por demais deformada a partitura.

        Uma dissertação sobre a música celeste! Quem poderia de tal coisa encarregar-se? Que Espírito sobre-humano poderia fazer vibrar a matéria em uníssono com essa arte encantadora? Que cérebro humano, que Espírito encarnado poderia apanhar-lhe os matizes infinitamente variados? Quem possui a esse ponto o sentimento da harmonia?... Não, o homem não está feito em tais condições!... Mais tarde!... muito mais tarde!...

        Por agora, virei, talvez dentro em pouco, satisfazer ao vosso desejo e dar-vos a minha apreciação sobre o estado atual da música e dizer-vos das transformações, dos progressos que o Espiritismo poderá fazer que ela experimente. — Hoje, é ainda muitíssimo cedo. O assunto é vasto, já o estudei, mas ele ainda me excede. Quando dele me houver assenhoreado, se isso for possível, ou, melhor, quando eu haja entrevisto tanto quanto o estado de meu espírito me permitir, eu vos satisfarei. Um pouco mais de tempo. Se somente um músico pode falar da música do futuro, deve fazê-lo como mestre e Rossini não quer falar dela como um escolar.

Rossini
(Médium: Desliens)

                                         

        Foi explicado o silêncio que guardei sobre a questão que o Mestre da Doutrina Espírita me propôs. Era conveniente que, antes de entrar em tão difícil assunto, eu me concentrasse, reunisse as minhas lembranças e condensasse os elementos que me estavam ao alcance. Não me cabia estudar a música, tinha apenas de classificar com método os argumentos, a fim de apresentar um resumo capaz de dar idéia da minha concepção da harmonia. Esse trabalho, que não fiz sem dificuldade, se acha concluído e estou pronto a submetê-lo à apreciação dos espíritas.

        A harmonia é difícil de definir-se; muitas vezes, confundem- na com a música, com os sons, como resultante de um arranjo de notas e das vibrações dos instrumentos que reproduzem esse arranjo. Mas, não é isso a harmonia, do mesmo modo que a chama não é a luz. A chama resulta da combinação de dois gases: é tangível; a luz que ela projeta é um efeito dessa combinação e não a própria chama: não é tangível. Aqui, o efeito é superior à causa. O mesmo se dá com a harmonia; ela resulta de um arranjo musical, é um efeito igualmente superior à causa. Esta é brutal e tangível; o efeito é sutil e intangível.

         Pode-se conceber a luz sem chama e compreender a harmonia sem música. A alma é apta a perceber a harmonia, excluído todo o concurso de instrumentação, como é apta a ver a luz sem o concurso de combinações materiais. A luz é um sentido íntimo que a alma possui: quanto mais desenvolvido ele, tanto melhor percebe ela a luz. A harmonia é igualmente um sentido íntimo da alma, que a percebe em relação com o desenvolvimento desse sentido. Fora do mundo material, isto é, fora das causas tangíveis, a luz e a harmonia são de essência divina. A posse de uma e outra está na razão dos esforços empregados para adquiri-las. Se comparo a luz e a harmonia, é para me fazer mais bem compreendido e também porque esses dois sublimes gozos da alma são filhos de Deus e, portanto, irmãos.

         É tão complexa a harmonia do Espaço, tem tantos graus que eu conheço e muitos outros mais que se me conservam ocultos no éter infinito, que aquele que se acha colocado a uma certa altura de percepções é como que tomado de espanto ao contemplar essas diversas harmonias, que constituiriam, se reunidas, a mais insuportável cacofonia; enquanto que, ao contrário, percebidas separadamente, constituem a harmonia particular a cada grau. Nos graus inferiores, essas harmonias são elementares e grosseiras; levam ao êxtase, nos graus superiores. Tal harmonia, que choca um Espírito de percepções sutis, encanta um outro de percepções grosseiras e, quando é dado ao Espírito inferior deleitar-se com os encantos das harmonias superiores, o êxtase o arrebata e a prece lhe penetra o íntimo. O encantamento o transporta às elevadas esferas do mundo moral; ele entra a viver uma vida superior à sua e assim desejara continuar a viver para sempre. Mas, desde que a harmonia deixe de penetrá-lo, ele desperta, ou, se o preferirem, adormece. Em todo caso, volta à realidade da sua situação e, dos lamentos que lhe escapam por haver descido, se exala uma prece ao Eterno, a pedir-lhe forças para de novo subir. Aí tem ele um grande motivo de emulação.

          Não tentarei explicar os efeitos musicais que o Espírito produz atuando sobre o éter; o que é certo é que o Espírito produz os sons que queira e que não pode querer o que não sabe. Assim, pois, aquele que compreende muito, que tem em si a harmonia, que se acha dela saturado, que goza do seu sentido íntimo, desse nada impalpável, dessa abstração que é a concepção da harmonia, atua quando quer sobre o fluido universal que, instrumento fiel, reproduz o que ele concebe e deseja. O éter vibra sob a ação da vontade do Espírito; a harmonia, que este último traz em si, concretiza-se, por assim dizer; evola-se, doce e suave, como o perfume da violeta, ou ruge como a tempestade, ou estala como o raio, ou solta queixumes como a brisa. É rápida qual relâmpago, ou lenta como a neblina; tem os despedaçamentos de um soluço, ou é contínua como a relva; é precipitada qual catarata, ou calma como um lago; murmura como um regato, ou ronca como uma torrente. Ora apresenta a rudeza agreste das montanhas, ora a frescura de um oásis; é alternativamente triste e melancólica como a noite, leda e jovial como o dia; caprichosa como a criança, consoladora como uma mãe e protetora como um pai; desordenada como a paixão, límpida como o amor e grandiosa como a Natureza. Quando chega a este último terreno, confunde-se com a prece, glorifica a Deus e leva ao arroubamento aquele mesmo que a produz, ou a concebe.

          Oh! comparação! comparação! Por que havemos de ser obrigados a servir-nos de ti! Por que havemos de dobrar-nos à necessidade degradante de buscar, de tomar de empréstimo à natureza tangível imagens grosseiras, para fazermos compreensível a sublime harmonia em que o Espírito se deleita! E, a despeito das comparações, não se consegue dar ideia dessa abstração, sentimento quando causa, sensação quando se torna efeito.

          O Espírito que tem o sentimento da harmonia é como o Espírito que tem a riqueza intelectual: um e outro gozam constantemente da propriedade inalienável que granjearam. O Espírito inteligente, que ensina a sua ciência aos que ignoram, experimenta a ventura de ensinar, porque sabe que torna felizes aqueles a quem instrui; o Espírito que faz ressoar no éter os acordes da harmonia que traz em si experimenta a felicidade de ver satisfeitos os que o escutam.

          A harmonia, a ciência e a virtude são as três grandes concepções do Espírito: a primeira o arrebata, a segunda o esclarece, a terceira o eleva. Possuídas em toda a plenitude, elas se confundem e constituem a pureza. Oh! Espíritos puros que as possuís! descei às nossas trevas e iluminai a nossa caminhada. Mostrai-nos a estrada que tomastes, a fim de que sigamos as vossas pegadas!

         Quando penso que esses Espíritos, cuja existência mal posso compreender, são seres finitos, átomos, em face do eterno Senhor do Universo, a minha razão se confunde ao cogitar da grandeza de Deus e da bem-aventurança infinita, de que ele goza em si mesmo, pelo só fato de ser infinita a sua pureza, pois que tudo o que a criatura adquire não é mais que uma parcela do que emana do Criador. Ora, se a parcela chega a fascinar pela vontade, a cativar e a deslumbrar pela suavidade, a resplandecer pela virtude, que não produzirá a fonte eterna e infinita donde provém a criatura? Se o Espírito, ser criado, chega a extrair da sua pureza tanta felicidade, que idéia se há de ter da que o Criador tira da sua pureza absoluta? Problema eterno!

         O compositor que concebe a harmonia a traduz na grosseira linguagem chamada música; concreta a sua idéia e a escreve. O artista aprende a forma e escolhe o instrumento que lhe permita exprimir a ideia. Acionado pelo instrumento, o ar a transporta ao ouvido do ouvinte e o ouvido a transmite à alma. Mas, o compositor foi impotente para expressar inteiramente a harmonia que concebera, por falta de uma língua apropriada. O executante, a seu turno, não compreendeu toda a idéia escrita e o instrumento indócil de que ele se serve não lhe permite traduzir tudo o que haja compreendido. O ouvido é afetado pelo ar grosseiro que o cerca e a alma, enfim, recebe, por um órgão rebelde, a horrível tradução da idéia desabrochada na alma do maestro. Essa idéia era o seu sentimento íntimo. Embora desvirtuada pelos agentes da instrumentação e da percepção, ela sempre causa sensações nos que a ouvem traduzida; essas sensações são a harmonia.

         A música as produziu; elas são efeito da música. Esta é posta a serviço do sentimento para ocasionar a sensação. O sentimento, na composição, é a harmonia; a sensação, no ouvinte, é também a harmonia, com a diferença de que é concebida por um e recebida pelo outro. A música é o médium da harmonia; ela a recebe e a dá, como o refletor é o médium da luz, como tu és o médium dos Espíritos. Transmite-a mais ou menos deformada, conforme seja bem ou mal executada, do mesmo modo que o refletor envia mais ou menos bem a luz, conforme seja mais ou menos brilhante e polido, do mesmo modo que o médium exprime mais ou menos bem os pensamentos dos Espíritos, conforme seja mais ou menos maleável.

        Agora, que a harmonia está bem compreendida na sua significação, que se sabe ser ela concebida pela alma e transmitida à alma, compreender-se-á a diferença que existe entre a harmonia da Terra e a do Espaço.

         Na Terra, tudo é grosseiro: o instrumento de tradução e o instrumento de percepção. Entre nós, tudo é sutil: vós tendes o ar, nós temos o éter; tendes um órgão que obstrui e vela; nós temos a percepção direta. Entre vós, o autor é traduzido; entre nós, ele opera sem intermediário e numa língua que exprime todas as concepções. Entretanto, essas harmonias têm a mesma fonte de origem, como a luz da Lua tem a mesma fonte de origem que a do Sol; a harmonia da Terra não é mais do que reflexo da harmonia do Espaço.

        É tão indefinível a harmonia, quanto a felicidade, o temor, a cólera. É um sentimento. Só a pode compreender quem a possui e só a possui quem a tenha adquirido. O homem jovial não pode explicar a sua jovialidade; o que é timorato não pode explicar a sua timidez; podem expor os fatos que esses sentimentos provocam, defini-los, descrevê-los; mas, os sentimentos, esses se conservam inexplicados. O fato que a um causa alegria, nada a outro produzirá; o objeto que ocasiona o temor em um determinará a coragem noutro. As mesmas causas geram efeitos contrários; em física isto não existe, em metafísica existe. Existe, porque o sentimento é propriedade da alma e as almas diferem de sensibilidade entre si, de impressionabilidade, de liberdade.

         A música, que é a causa segunda da harmonia percebida, penetra e transporta a um, deixando frio e indiferente a outro. É que o primeiro se acha em estado de receber a impressão que a harmonia produz, ao passo que o segundo se acha em estado oposto; ele ouve o ar que vibra, mas não compreende a idéia lhe que ele traz. Este chega a entediar-se e a adormecer, enquanto que aquele outro se entusiasma e chora. Evidentemente, o homem que goza as delícias da harmonia é muito mais elevado, mais depurado, do que aquele em quem ela não logra penetrar; sua alma, mais apta a sentir, desprende-se mais facilmente e a harmonia lhe auxilia o desprendimento; transporta-a e lhe permite ver melhor o mundo moral. Deve-se concluir daí que a música é essencialmente moralizadora, uma vez que traz a harmonia às almas e que a harmonia as eleva e engrandece.

         Toda gente reconhece a influência da música sobre a alma e sobre o seu progresso. Mas, a razão dessa influência é em geral ignorada. Sua explicação está toda neste fato: que a harmonia coloca a alma sob o poder de um sentimento que a desmaterializa. Este sentimento existe em certo grau, mas desenvolve-se sob a ação de um sentimento similar mais elevado. Aquele que esteja desprovido de tal sentimento é conduzido gradativamente a adquiri-lo: acaba deixando-se penetrar por ele e arrastar ao mundo ideal, onde esquece, por instantes, os prazeres inferiores que prefere à divina harmonia.

         Agora, se considerarmos que a harmonia sai do concerto do Espírito, deduziremos que a música exerce salutar influência sobre a alma e a alma que a concebe também exerce influência sobre a música. A alma virtuosa, que nutre a paixão do bem, do belo, do grandioso e que adquiriu harmonia, produzirá obras primas capazes de penetrar as mais endurecidas almas de comovê-las. Se o compositor é terra-a-terra, como poderá exprimir a virtude de que desdenha, o belo que ignora e o grandioso que não compreende?

         Suas composições refletirão seus gostos sensuais, sua leviandade, sua negligência. Serão ora licenciosas, ora obscenas, ora cômicas, ora burlescas; comunicarão aos ouvintes os sentimentos que exprimirem e os perverterão, em vez de melhorá-los.

         O Espiritismo, com o moralizar os homens, exercerá, pois, grande influência sobre a música. Produzirá mais compositores virtuosos, que transfundirão suas virtudes ao fazerem ouvidas suas composições.
 
         Rir-se-á menos; chorar-se-á mais; a hilaridade cederá lugar à emoção, a fealdade à beleza e o cômico à grandiosidade.

         Por outro lado, os ouvintes que o Espiritismo dispuser a receber facilmente a harmonia gozarão, ouvindo a música séria, de verdadeiro encanto; desprezarão a música frívola e licenciosa, que seduz as massas. Quando o grotesco e o obsceno forem varridos pelo belo e pelo bem, desaparecerão os compositores daquela ordem, porquanto, sem ouvintes, nada ganharão, e é para ganhar que eles se emporcalham.
         Oh! sim, o Espiritismo terá influência sobre a música! Como poderia não ser assim? Seu advento transformará a arte, depurando-a. Sua origem é divina, sua força o levará a toda parte onde haja homens para amar, para elevar-se e para compreender. Ele se tornará o ideal e o objetivo dos artistas. Pintores, escultores, compositores, poetas irão buscar nele suas inspirações e ele lhas fornecerá, porque é rico, é inesgotável.

         O Espírito do maestro Rossini voltará, numa nova existência, a continuar a arte que ele considera a primeira de todas. O Espiritismo será seu símbolo e o inspirador de suas composições.

Rossini
(Médium: Nivart)


Fonte: Obras Póstumas. Allan Kardec.


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Post.234: MÚSICA NA VISÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA

         Toda a criação universal é sinfonia, tendo como força propulsora a Força Divina. Tudo no Universo é harmonia e está em sintonia. A música está em tudo até mesmo no silêncio. Mas, que ainda não compreendemos o que é Música. 

        Encontramos no O Livro dos Espíritos a questão 251, em que Allan Kardec perguntou aos espíritos superiores:
        Os espíritos são sensíveis à música? 

        Resposta: “Quereis falar de vossa música? O que é ela diante da música celeste? Desta harmonia que nada sobre a Terra pode vos dar uma ideia? Uma é para a outra o que o canto selvagem é para a suave melodia. Entretanto, os espíritos vulgares podem experimentar um certo prazer em ouvir a vossa música, porque não são ainda capazes de compreender outra mais sublime. A música tem para os espíritos encantos infinitos, em razão de suas qualidades sensitivas muito desenvolvidas. Refiro-me à música celeste, que é tudo o que a imaginação espiritual pode conceber de mais belo e de mais suave.”

        No livro O Espiritismo na Arte, de Léon Denis, nos é explicado o elo existente entre a música e a mediunidade: "Os grandes músicos terrestres podem, como os outros artistas, receber a inspiração, seja do espaço, seja como resultante de trabalhos anteriores. Trata-se exatamente do mesmo fenômeno que se produz com os outros artistas". Já no capítulo "A Música Terrestre", Léon Denis diz: "O canto e a música, em sua íntima união, podem produzir a mais alta impressão. Quando ela é sustentada por nobres palavras, a harmonia musical pode elevar as almas às regiões celestes. É o que se realiza com a música religiosa, com o canto sacro".

        Já o médium Divaldo Franco nos ensina que: “A música erudita e harmoniosa é uma emanação do Psiquismo Divino. Ela acalma e produz um ritmo nas células que favorece a saúde. Pesquisas científicas já demonstraram que, quando uma pessoa medita, ela altera os seus padrões de funcionamento cerebral, o que se evidência com o uso de técnicas modernas de neuroimagem, que registram alterações em áreas cerebrais relativas a certas percepções e emoções, com decorrência do estado mental que o indivíduo imprime a si mesmo. Algumas áreas são acionadas e outras sofrem uma momentânea redução no seu funcionamento. O mesmo raciocínio é válido para a influência que a música exerce sobre o cérebro.

       Existem músicas hipnóticas de efeito positivo, como é o caso dos mantras utilizados há milênios pelas tradições orientais. Mas algumas religiões ocidentais também se valem de técnicas semelhantes. Vemos, na Igreja Católica, a utilização das jaculatórias, que são breves orações ou invocações que incluem em uma sequência programada orações mais extensas. O terço é um instrumento que os religiosos utilizam para favorecer a manutenção de um ritmo nas orações. Essa ritmicidade específica funciona como um verdadeiro mantra, levando ao êxtase. Na música tribal, que os nossos antepassados cultivavam em seus rituais, existem expressões sonoras que excitam e despertam inclusive a sensualidade.”

        Nas musicas pesada e vulgares temos padrões sonoros que incitam à violência, pois geram no organismo grandes descargas de adrenalina produzidas pelas glândulas suprarrenais, que são atiradas na corrente sanguínea e o corpo não consegue eliminar rapidamente, causando excitações prolongadas. Como a oferta de sexo é abundante e pode ser encontrada em qualquer lugar, essa forte excitação induz o indivíduo a manter relacionamentos que satisfazem o apelo fisiológico a que foi submetido, satisfazendo satisfação que também se dá por meio do consumo de substâncias psicoativas, levando o indivíduo à dependência química.

        Allan Kardec abordou esse temática - música, em certa vez na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, o Espírito de Gioachino Antonio Rossini veio se comunicar com aqueles estudiosos. No livro Obras Póstumas, de Allan Kardec, Rossini que foi um renomado compositor italiano erudito, muito popular em seu tempo, que criou 39 óperas, assim como diversos trabalhos para música sacra e música de câmara. Afirmou que não é que haja música na espiritualidade, mas que a música é do mundo dos espíritos e que esta é sem comparação. E que as entidades elevadas que dominam a técnica musical a produzem por ação direta com o fluido cósmico, cujas vibrações penetram no âmago dos seres e se confundem com a prece, glorificando a Deus e elevando ao êxtase aqueles que são capazes de concebê-la. Tal configuração ressoa no éter de maneira que nenhum instrumento humano jamais será capaz de imitar ao menos aproximado.

        Se aqui na Terra essa carga de sentimentos de que se compõe uma música pode ser falseada ou mal reproduzida, no mundo espiritual isso não é possível, pois a transmissão é de espírito para espírito, sem uso de instrumentos rudes e limitados. Os Espíritos musicam o composto exato daquilo que são. Este se enleva com a qualidade da obra conforme seu estágio evolutivo. E escutar não é simplesmente um ato passivo, mas é, além disso, ressoar na mesma faixa de vibração — positiva ou negativa — tal qual uma câmara de eco. O gênero da musicalidade serve para classificar os espíritos. 



         No livro O Consolador, Emmanuel relata que o artista verdadeiro é sempre o médium das belezas eternas e o seu trabalho, em todos os tempos, foi tanger as cordas mais vibráveis do sentimento humano, alçando-o da Terra para o infinito e abrindo, em todos os caminhos, a ânsia dos corações para Deus nas suas manifestações supremas de beleza, de sabedoria, de paz e de amor.

         A arte faz parte da evolução humana desde muito antes do que imaginamos, encontramos cada vez mais por meio da ciência evidências de que nossos antepassados já se utilizávamos desta grandíssima ferramenta evolutiva. Abaixo coloco a música mais antiga do mundo como os cientistas a chama. Esta música tem cerca de 3.400 anos, foram os cientistas da Universidade da Califórnia, em Berkeley, que decodificaram um conjunto de antigos textos cuneiformes, e o resultado você ver abaixo da recriação da antiga peça musical.




O corpo das tubinhas cuneiformes anciãs, conhecidas como texto léxico, foi descoberto pela primeira vez na década de 1950 na antiga cidade Síria de Ugarit. Antes, não se sabia quase nada sobre a música sumério-babilônica, a não ser o tipo de instrumentos musicais utilizados, o que se deduziu a partir de imagens esculpidas e de vestígios arqueológicos encontrados. Eram completamente desconhecidas a teoria e a prática do que se considerava uma arte divina, cujo patrono era o deus Enki/Ea, que governava os reinos da magia, da arte e do artesanato.

Mas, recentemente, foi encontrada uma coleção que conta com quatro textos cuneiformes individuais e um quinto grupo de textos com uma teoria e notação musical complexas e um hino de louver de quase 3.400 anos, ou seja, a peça completa mais antiga da música escrita já descoberta. A tábua contém a letra de um hino a Nikkal, deusa das plantações, e intruçoes para um cantor, acompanhadas de um sammûm de nove cordas, um tipo de harpa ou lira.

Os especialistas da Universidade da Califórnia publicaram um livro de áudio chamado “Uma Canção do Culto Hurrian da Antiga Ugarit”. Outros cientistas e artistas realizaram suas próprias versões dessa música ancestral.



sábado, 5 de novembro de 2016

TODO PEDAÇO QUE DEIXARMOS PELO CAMINHO NOS OBRIGARÁ A VOLTAR PARA BUSCÁ-LO

        No pensamento teológico-cristão há uma velha tradição, que narra que todos nós possuímos uma cruz invisível que nos compete carregar na Terra a fim de chegarmos ao Reino dos Céus. Logo depois que morremos a cruz se torna visível em nossos ombros e deveremos carregá-la montanha acima, pois logo após o cume está a porta da libertação.

        Certa vez, uma alma que na Terra carregava uma cruz de largas proporções, já não aguentava mais de tanto sofrimento. Ao morrer e ver no mundo espiritual o tamanho de sua cruz, ficou inconsolável e não compreendeu a situação. Pensava consigo mesma: “Mas não é possível! A minha cruz é maior que a do Cristo! Eu não entendo!”.

        Enquanto se lamentava na subida da montanha, viu ao seu lado passarem outras almas carregando cruzes de tamanhos variados. Alguns transportavam cruzes bem menores e outros levavam apenas um pequeno crucifixo pendurado no pescoço. A pobre alma permanecia suportando o peso daquela cruz enorme, que ao ser arrastada, às vezes, ficava presa numa pedra ou numa frincha no solo, enquanto os outros, com suas cruzes minúsculas, passavam por ela e até riam da situação, o que lhe provocava mais insatisfação e revolta. Ela pensou então: “Realmente eu creio
que algo está errado!”.
        Na primeira oportunidade em que encontrou um local de repouso para a árdua subida, a alma viu um serrote pendurado numa porta e teve uma ideia: Em seguida pegou a ferramenta e cortou a sua cruz bem próximo ao local em que a tora vertical se fixa na horizontal. Como resultado, obteve uma cruz com apenas um terço do tamanho original, muito menor e mais leve para carregar. A alma exultou e subiu correndo, chegando ao topo com relativa facilidade.

        Do outro lado estava São Pedro, na entrada do Paraíso, conforme as lendas da teologia cristã relatam. Ele olhou para alma com ternura e disse:

— Venha! Estamos esperando por você! A porta está aberta!

        A viajante deu-se conta de que entre o cume da montanha e o Céu havia um espaço. Perguntou, então, ao nobre Santo:

— E este abismo? O que eu faço? São Pedro retrucou:

— Ponha a cruz e passe por cima dela, meu filho! Utilize-a como ponte!
Daí, a alma colocou a sua cruz e ela não era suficiente para chegar à porta.

        Em desespero, ela afirmou:

— São Pedro, a cruz não dá! É pequena demais! O porteiro celestial concluiu:

— Então vá buscar o resto da cruz que ficou lá embaixo, meu filho!


         O grande ensino desta lenda nos faz refletir que: todo pedaço que deixarmos pelo caminho nos obrigará a voltar para buscá-lo. Então devemos viver de uma forma para não deixarmos pedaços pelo caminho, pedaços estes que causa dificuldades de todos os tipos em nossa vida, e que continuam depois que desencarnarmos. Temos que trabalhar nessas dificuldades porque é uma perca de tempo no nosso processo evolutivo voltarmos para recuperar e colar estes pedaços de dificuldades que deixarmos pelo caminho. Lembremos sempre que a todo momento é uma nova oportunidade de recomeçar. 


“Somos livres para decidir sobre os nossos atos, muito embora, nos tornemos escravos de suas conseqüências.” (Chico Xavier)

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Mensagem: FAZER O BEM SEM CESSAR


“Eu nunca vos deixareis órfãos, eu ficarei convosco até a consumação dos evos. 
Quando qualquer dificuldade estiver ao vosso alcance pensai em mim e eu estarei convosco.”
Transcorreram dois mil anos e nesses dois mil anos em que o mundo se convulsionou inúmeras vezes, algo diferente hoje desenha-se no alicerce das almas: a presença do amor de Deus.

É necessário que tenhamos o sentimento profundo de compaixão para podermos entender a dor de quem chora.
Há muito sofrimento ao nosso lado esperando a mão amiga, e nós nos encontramos na Terra para servir.

Quem não se dedica a servir ainda não aprendeu a viver.
O serviço é a benção de Deus demonstrando o sentido existencial.
Fazei o bem, filhos e filhas da alma, além do vosso alcance. 
Nunca vos arrependereis de terdes erguido um combalido, saciado a sede ou alimentado alguém esfaimado.

Exultai pela honra, pela glória de crer e esse crer deve constituir a diretriz da vossa existência.
Embrulhai-vos na lã do cordeiro de Deus e sede mansos e pacíficos.
Dias virão em que o lobo e a ovelha comerão ao lado no mesmo pasto.
Dias estão chegando em que o amor e a solidariedade diluirão a violência e a agressividade.

Sede pioneiros dessa era nova contribuindo com o que tendes de mais valor, que é o vosso sentimento, auxiliando-vos a ascender na escala evolutiva e a erguer os que teimosamente permanecem nos degraus inferiores da vida.
A queda leva ao abismo, e abismos existem sem fundos como as escadas da degradação não têm o ultimo degrau.
Parai, detende o passo e começai a subir a escada do progresso, porque Cristo espera por vós.

Este é o vosso momento: não vos escuseis de amar ou de servir, tendo em mente que a vida física é breve como qualquer jornada, mas o ser que sois é permanente, imortal.
Transformai o amor em alimento da alma e o serviço em sustentação do amor.
Em nome dos Espíritos-espiritas aqui presentes rogamos as bênçãos de Deus para todos nós.

Voltai aos vossos lares ,jubilosos, esquecei, por momentos breves que sejam, das aflições e enriquecei o coração e a mente com a alegria de amar e de receber amor.
Em nome do Senhor eu vos abraço, filhos e filhas da alma, com carinho de servidor humílimo e paternal de sempre, Bezerra.

Pelo Espírito Bezerra de Menezes.

Psicofonia de Divaldo Franco.

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Fonte: Página recebida em psicofonia pelo médium Divaldo Pereira Franco, durante a palestra proferida na sede da Creche Amélia Rodrigues, no dia 22 de outubro de 2016, em Santo André, SP.