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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Post.237: ABORTO PROVOCADO

A sociedade brasileira está passando pela questão da legalização do aborto. Aborto e suicídio são temas que devemos sempre levar informações das suas consequências a luz da Doutrina Espírita, por isso, que aqui no Jardim Espírita sempre faço postagem sobre esses dois temas, que são os crimes mais terríveis, hediondos que podem serem cometidos, em que vai contra as leis cósmicas e tendo a reação da ação negativa praticada. A lei humana pode até legalizar o aborto, no entanto, a Lei Maior, que realmente guia as nossas vidas, que são as Leis Divinas, não deixa passar sem impunidade aqueles que praticam, induzem, e aos profissionais que realizam , em algum momento a Lei de Ação e Reação vai se apresentar, é inexorável. 


Para nos informar mais ainda sobre o tema, abaixo coloco o texto do Livro Sexo e Consciência de Divaldo Franco, Organizado por Luiz Fernando Lopes, sobre o aborto provocado.



        O aborto provocado é um crime hediondo! É, acima de tudo, um crime covarde, pois vai interromper a vida de alguém que não se pode defender. O Espiritismo, assim como as outras religiões, desaprova o aborto provocado.

        De acordo com a Lei Divina, a união sexual, além das emoções e das sensações que proporciona, tem como efeito próximo e imediato a procriação. Quando o casal se encontra para o relacionamento sexual, é óbvio que deve esperar a geração de um ser, consequência daquele ato livre e espontaneamente aceito. O exercício da sexualidade deve estar acompanhado de responsabilidade.

        Justifique-se o aborto como se melhor pretenda. Todavia, matar um ser indefeso é, sem dúvida, um dos mais graves delitos praticados contra a vida, ainda mais se pensarmos que este ser não teria pedido para ser formado por quem se conjuga sexualmente de forma leviana.

        Receber nos braços um filho que a vida nos enseja é sempre uma bênção. A alegação de que a mulher é dona do seu corpo pode oferecer-nos no futuro uma argumentação sofista de filhos ingratos, constrangidos a atender pais escleróticos, hemiplégicos, deficientes mentais, podendo eles ser tentados a propor nas altas Casas do Legislativo um conjunto de leis para se livrarem desses genitores, estabelecendo a morte piedosa deles, em benefício de suas comodidades. De liberação em liberação do crime que se deseje legalizar, poder-se-á responder por mais tremendas e hediondas consequências.

        Um ato como esse é programado nas trevas da consciência da mulher, que por alguma razão se sente culpada ou deseja vingar-se daquele que a fecundou e a abandonou em situação deplorável ante os padrões sociais vigentes. Trata-se de uma tentativa de agredir moralmente o companheiro que a deixou em uma situação de severas dificuldades materiais. Frequentemente a mulher que passa por essa circunstância adversa, desenvolve um sentimento de ódio pelo parceiro que a desconsiderou. E, por um desejo de vingança que eclode em sua intimidade, não podendo matá-lo, ela o faz contra o fruto daquele relacionamento que lhe provocou a mágoa de grandes proporções. O aborto também é praticado por mulheres que simplesmente rejeitam a maternidade. Devido à insatisfação com essa gestação não planejada ou mesmo por futilidade, quando tem receio de sofrer alterações estéticas no corpo, opta pelo aborto criminoso, adquirindo uma grande dívida perante a
Consciência Cósmica.

       Em nenhuma circunstância serão encontradas justificativas para o infanticídio. Não somos autores da vida! Por isso não temos o direito de submetê-la aos nossos caprichos, eliminando-a.

       Perante os códigos éticos da vida espiritual apenas uma situação nos autoriza a praticar a interrupção do processo gestacional: o aborto terapêutico. Allan Kardec transcreveu a opinião dos Espíritos sobre o aborto, no qual se pretende salvar a vida da gestante. Quando a integridade física da mãe está em risco é preferível que preservemos uma vida já consolidada do que comprometê-la em razão de uma vida ainda cm formação. Salvando-se a vida da mulher-mãe ela terá outra oportunidade de ter filhos e de trazer à vida física o Espírito ora candidato à reencarnação.

       Justifica-se que, se o aborto tornar-se um ato legal, a onda de crimes em torno dele, se fará muito menor, o que é equívoco. As estatísticas demonstram a continuidade do aborto clandestino, pondo-se em risco a vida da mulher. Se tivermos de legitimar o aborto para impedir outros crimes, retornaremos às faixas primárias da vida! Abortar para evadir-se da responsabilidade livremente aceita, nunca!

       Por mais que o aborto receba a legalização oficial, nunca deixará de ser um crime hediondo contra a humanidade. No entanto, a criatura humana, pelos seus instintos agressivos, procura o mecanismo desculpista nas leis terrenas, invariavelmente injustas, para dar vazão aos seus sentimentos perturbadores, qual ocorre nestes dias, em que o abortamento é ilegal. Mesmo que as leis se tornem favoráveis ao crime do infanticídio, aqueles que o cometerem não poderão alegar que agiam sob o amparo da legislação humana, porquanto está estabelecido no Decálogo: “Não matarás”. E este preceito não tem exceção. Diante da Consciência Cósmica a interrupção da vida da criança sempre representará um grave delito.

        Ademais, repugna à consciência humana matar uma vítima indefesa, somente porque os caprichos, os preconceitos e os anseios desvairados impõem essa atitude, que nunca terá justificativa.

        Pesquisas feitas ao longo das últimas décadas dão conta do aumento desenfreado de mulheres praticando o aborto em diversos países, como o Brasil. A partir da década de 1960, quando as mulheres passaram a sentir-se no direito de experimentar o sexo sem amor e sem vínculos, elas resolveram aderir à comodidade de rapidamente se verem livres de uma gestação que se transforma em empecilho para a busca de novos prazeres. E um fator que intensificou esta escolha foi a facilidade de praticar-se abortos clandestinos em todos os lugares.

        Por outro lado, a ausência de educação em saúde contribui para que meninas em todo o mundo engravidem cada vez mais cedo. Em nosso serviço de saúde, na Mansão do Caminho, conhecemos meninas grávidas aos onze anos de idade, que se tornaram mães nesta faixa etária, o que significa uma verdadeira aberração, uma falência da sociedade em educar os seus jovens. Essas meninas praticaram sexo sem nem ao menos possuírem um organismo preparado para isto, estimuladas pela curiosidade e pela desinformação.


                        

         Os fatores que incentivam a prática do aborto são diversos. Primeiro a desinformação. Depois a influência da cultura em que a pessoa está imersa. E por fim, a facilidade em se executar uma intervenção médica que é oferecida indiscriminadamente em clínicas desumanas e exploradoras.

         Em meu contato com comunidades extremamente vulneráveis, tenho percebido que o aborto é muito disseminado no seio da ignorância, pois, nas classes privilegiadas, do ponto de vista socioeconômico, as orientações para evitar a gravidez são ministradas em todos os lugares, concedendo às pessoas os meios para tomarem precauções antes de iniciarem uma relação íntima. Contudo, em comunidades com severas restrições educacionais, conheci jovens que nem sequer sabiam como ocorre a fecundação. E quando se veem grávidas, em meio aos relacionamentos múltiplos que cultivam, não são capazes de identificar o pai do ser em gestação e se submetem à intervenção dos métodos abortivos, que invariavelmente traumatizam a mulher, quando não a condenam à morte...

        O homem, além de abandonar a mulher que fecundou, pode ainda chantageá-la para que ela pratique o aborto, condicionando a continuidade do relacionamento à realização do infanticídio, somente para se ver livre das responsabilidades que acompanharão a sua futura condição de pai. E algumas mulheres cedem ao apelo, e eliminam a criança, para depois se arrependerem quando percebem que foram enganadas por um parceiro que já planejava abandoná-la desde o princípio.

       Somente algumas mulheres de fibra, verdadeiras heroínas, decidem enfrentar todas as adversidades para levar adiante o compromisso da maternidade, mesmo que ele não tenha sido programado, como seriai ideal. Elas entendem que é preferível ter um filho a ter um amante inconsequente e manipulador.



Fonte: Livro Sexo e Consciência de Divaldo Franco. Organizado por Luiz Fernando Lopes.


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