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domingo, 30 de novembro de 2014

PERGUNTA DE UM LEITOR: Sobre o desejo de voar das crianças

A amiga leitora Thairys fez a seguinte pergunta:

Quando eu era criança eu tinha a sensação nítida de que podia voar, não entendia pq não conseguia e pq as pessoas não se utilizavam desse meio para se locomoverem, já que na minha mente infantil isso era algo natural, então me esforçava, tentava me concentrar e focar o pensamento, achava que o simples ato de pensar faria com que eu volitasse... bom, agora me ocorreu que talvez não seja apenas imaginação das crianças! Ao reencarnar podemos trazer resquícios, lembranças mesmo que inconscientes do intervalo que passamos no mundo espiritual? Abraços. Paz contigo.

Resposta: Conheço uma pessoa que também tinha esse desejo, essa vontade de voar quando criança, em que chegava a subir em mesas tentando o voo.
Como a Doutrina Espírita nos esclarece, as crianças tem uma percepção espiritual maior do que os adultos, devido que o seu perispírito ainda “não está totalmente encaixado” no corpo físico. E também sabemos que durante o sono nosso espírito se desdobra para recompor as forças orgânicas e morais; e neste tempo o espírito goza das suas faculdades espirituais, podendo volitar, com visão, audição mais apurados... Então, entendendo tudo isso temos as possibilidades que são:
- Do espírito da criança se desdobrar durante o sono e tem a capacidade de volitar, e nisto quando acordar pode ter a lembrança vaga, ou fica com o desejo da experiência vivenciada no mundo espiritual por meio de desdobramento.
- Como também há a possibilidade de lembrança vaga de quando ainda estava vivendo no mundo espiritual tendo todas as faculdades do espírito e assim vivendo mais livremente.
-  E também sabemos que o conteúdo de nossa mente é muito rico, principalmente quando estamos dormindo. No nosso inconsciente existem as memórias dos fatos que vivemos em outras existências, que vivemos em nossa infância atual, existem também o conteúdo psíquico de filmes, eventos, novelas que de algum modo pode ter marcado certa fase de nossa vida e que ficaram neste inconsciente muito vasto. Como também nossa mente usa uma linguagem simbólica que interpretamos mal ao acordar.  

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

PRECE PELOS ESPÍRITOS ENDURECIDOS

Senhor, dignai-vos lançar um olhar de bondade sobre os espíritos imperfeitos que estão ainda nas trevas da ignorância e vos desconhecem, notadamente sobre o de N...

Bons espíritos, ajudai-nos a fazê-lo compreender que induzindo os homens ao mal, obsidiando-os e atormentando-os, prolonga seus próprios sofrimentos; fazei com que o exemplo de felicidade de que gozais, seja um encorajamento para ele.

Espíritos que vos comprazeis ainda no mal, vindes de ouvir a prece que fizemos por vós; ela deve vos provar que desejamos vos fazer o bem, embora façais o mal.

Sois infelizes, porque é impossível ser feliz fazendo  o mal; por que, pois, permanecer em pena quando depende de vós dela sair? Olhai os bons espíritos que vos cercam; vede quanto são felizes, e se não vos seria mais agradável gozar da mesma felicidade!

Direi que isso vos é impossível; mas nada é impossível àquele que quer, porque Deus vos deu, como a todas as suas criaturas, a liberdade de escolher entre o bem e o mal; quer dizer, entre a felicidade e a infelicidade, e ninguém está condenado a fazer o mal. Se tendes a vontade de fazê-lo, podeis ter a de fazer o bem e de ser feliz.

Voltai vossos olhares para Deus; elevai-vos um só instante até ele pelo pensamento, e um raio de sua divina luz virá vos esclarecer. Dizei conosco estas simples palavras: Meu Deus, eu me arrependo, perdoai-me.  Experimentai o arrependimento e fazei o bem, em lugar de fazer o mal, e vereis que logo a sua misericórdia se estenderá sobre vós, e que um bem-estar desconhecido virá substituir as angustias que sentis.

Uma vez que houverdes dado um passo no bom caminho, o resto do percurso vos parecerá fácil. Compreendereis, então, quanto tempo perdestes, por vossa falta, de felicidade; mas um futuro radioso e cheio de esperança se abrirá diante de vós e vis fará esquecer vosso miserável passado, cheio de perturbação e de torturas morais que seriam, para vós, o inferno se devessem durar eternamente. Dia virá em que essas torturas serão tais que, a todo preço, querereis fazê-las cessar; quanto mais esperardes, porém, mais isso vos será difícil.

Não creiais que permanecereis sempre no estado em que estais; não, isso é impossível; tendes diante de vós duas perspectivas: uma é a de sofrer muito mais do que sofreis agora, a outra de ser feliz como os bons espíritos que estão ao vosso redor; a primeira é inevitável se persistis em vossa obstinação, e um simples esforço da vossa vontade basta para vos tirar da má situação em que estais. Apressai-vos, pois, porque cada dia de atraso é um dia perdido para a vossa felicidade.

Bons espíritos, fazei com que estas palavras encontrem acesso nessa alma atrasada, a fim de que a ajudem a se aproximar de Deus. Nós vos pedimos em nome de Jesus Cristo, que teve um tão grande poder sobre os maus espíritos.


Fonte: Coletânea de Preces Espíritas, de Allan Kardec. 

Post. 185: ESPÍRITOS ENDURECIDOS

Os maus espíritos são aqueles que o arrependimento ainda não tocou; que se comprazem no mal, e nele não concebem nenhum remorso; que são insensíveis às censuras, repelem a prece e, frequentemente, blasfemam contra o nome de Deus. São essas almas endurecidas que, depois da morte, se vingam, nos homens, dos sofrimentos que experimentam, e perseguem com o seu ódio aqueles a quem odiaram durante a vida, seja pela obsessão, seja por uma falsa influência qualquer.

Entre os espíritos perversos, há duas categorias bem distintas: aqueles que são francamente maus e os que são hipócritas.

Os espíritos francamente maus
São infinitamente mais fáceis de conduzir ao bem do que os espíritos hipócritas; são, o mais frequentemente, de natureza bruta e grosseira, como são vistos entre os homens, que fazem o mal mais por instinto do que por cálculo, e não procuram se fazer passar por melhores do que são; mas há neles um germe latente que é preciso fazer eclodir, o que é conseguido, quase sempre, com a perseverança, a firmeza unida à benevolência, pelos conselhos, pelo raciocínio e pela prece. Na mediunidade, a dificuldade que eles tem em escrever o nome de Deus é indicio de um temor instintivo, de uma voz íntima da consciência que lhes diz que são indignos; aquele com quem ocorre isso, está no limiar da conversão, e pode-se esperar tudo dele: basta encontrar o ponto vulnerável do coração.

Os espíritos hipócritas
São quase sempre muito inteligentes, mas não tem no coração nenhuma fibra sensível; nada os toca; simulam todos os bons sentimentos para captar confiança, e ficam felizes quando encontram tolos que os aceitam como santos espíritos, e que eles podem governar à sua vontade. O nome de Deus, longe de lhes inspirar o menor temor, lhes serve de máscara para cobrir as suas torpezas. No mundo invisível, como no mundo visível, os hipócritas são os seres mais perigosos porque agem na sombra, e deles não se desconfia. Eles tem as aparências da fé, mas não a fé sincera.


Fonte: Coletânea de Preces, de Allan Kardec

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

PRECE PARA ESPÍRITO OBSESSOR

Deus infinitamente Bom, imploro a vossa misericórdia para o espírito que obsidia (falar o nome da pessoa obsediada); fazei-o entrever as divinas claridades, a fim de que ele veja o falso caminho emque está empenhado. Bons espíritos, ajudai-me a fazê-lo compreender que tem tudo a perder fazendo o mal, e tudo a ganhar fazendo o bem.

Espírito que vos comprazeis de atormentar (falar o nome da pessoa obsediada), escutai-me porque eu vos falo em nome de Deus.

Se quiserdes refletir, compreendereis que o mal não pode impor-se ao bem, e que não podeis ser mais forte do que Deus e os bons espíritos.

Eles poderiam preservar (falar o nome da pessoa obsediada) de todo golpe da vossa parte; se não o fizeram, foi porque ele (ou ela) tinha uma prova a suportar. Mas quando essa prova tiver acabado, vos tirarão toda ação sobre ele; o mal que  lhe tendes feito, em lugar de prejudicá-lo, servirá para o seu adiantamento, e com isso não será senão mais feliz; assim vossa maldade terá sido uma pura perda para vós e reverterá contra vós.

Deus, que é todo-poderoso, e os espíritos superiores, seus servidores, que são mais poderosos do que vós, poderão, pois, por fim a essa obsessão quando o quiserem, e vossa tenacidade se quebrará diante dessa suprema autoridade. Mas, pelo fato mesmo de que Deus é bom, Ele quer vos deixar o mérito de cessá-la de vossa própria vontade. É uma moratória que vos é concedida; se não a aproveitais, sofrereis as suas deploráveis consequências; grandes castigos e cruéis sofrimentos vos esperam; sereis esforçados a implorar a piedade e as preces da vossa vítima, que já vos perdoa e ora por vós, o que é um grande mérito aos olhos de Deus, e apressará a sua libertação.

Refleti, pois, enquanto é tempo ainda, porque a justiça de Deus se abaterá sobre vós como sobre todos os espíritos rebeldes. Pensai que o mal que fazeis neste momento terá forçosamente um fim, enquanto que, se persistis no vosso endurecimento, vossos sofrimentos irão aumentando sem cessar.

Quando estáveis sobre a Terra, não teríeis achado estúpido sacrificar um grande bem por pequena satisfação de um momento? Ocorre o mesmo agora que sois espírito. Que ganhais com o que fazeis? O triste prazer de atormentar alguém, o que não vos impede de ser infeliz, o que quer que possais dizer, vos tornará mais infeliz ainda.

Ao lado disso, vede o que perdeis; olhai os bons espíritos que vos cercam e deve se sua sorte não é preferível à vossa. A felicidade que eles gozam será vosso quinhão quando o quiserdes. O que é preciso para isso? Implorar a Deus e fazer o bem, em lugar de fazer o mal. Eu sei que não podeis vos transformar de repente; mas Deus não pede o impossível; o que Ele Quer é a boa vontade. Experimentai pois, e nós vos ajudaremos. Fazei com que logo possamos dizer por vós a prece pelos espíritos arrependidos, e não mais vos situar entre os maus espíritos, até que possais estar entre os bons.

Que assim seja.


Fonte: Coletânea de Preces Espíritas, de Allan Kardec. 

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Pesquisa científica comprova veracidade das cartas de Chico Xavier

     A ciência vem comprovando cada vez mais a existência de “algo além” da matéria, como nós espíritas acreditamos, pelo fato que o Espiritismo está com base na ciência também, além das bases da filosofia e da religião. A mais nova notícia é esta sobre a pesquisa cientifica realizada sobre as cartas de Chico Xavier.  A matéria a baixo está no site da Globo, vejamos:

Pesquisa científica avalia veracidade das cartas de 

Chico Xavier

Estudo realizado na Universidade Federal de Juiz de Fora abrange supostas mensagens de afogado em 1974

POR ÉLCIO BRAGA
26/11/2014 7:42 / ATUALIZADO 26/11/2014 12:53


RIO — O domingo de 3 de fevereiro de 1974 prometia muitas alegrias para o estudante de Engenharia Jair Presente. Ele havia saído de casa, onde morava com os pais e a irmã, para um animado fim de semana com os amigos. Mas, o passeio terminaria em tragédia: Jair morreria afogado na Praia Azul, em Americana, a 37 quilômetros de Campinas. A história do rapaz, porém, não acabaria ali. Ele teria escrito 13 cartas após a morte, reproduzidas em psicografias do médium Chico Xavier. Quarenta anos depois, uma pesquisa científica investigou o conteúdo das mensagens e comprovou a autenticidade das informações.

O resultado do trabalho foi publicado pela revista científica “Explore”, da Editora Elservier, sediada em Amsterdã, na Holanda.

– Estas cartas produzem informações verificáveis. Não são informações genéricas. Trazem nomes de pessoas, situações que aconteceram, e estas informações eram, de modo geral, verídicas – observa o psiquiatra Alexander Moreira-Almeida, o diretor do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (Nupes), da Universidade Federal de Juiz de Fora, o orientador da pesquisa.

O estudo das cartas atribuídas a Jair Presente é o primeiro de uma série realizada pelos pesquisadores Alexandre Caroli Rocha e Denise Paraná, resultado do trabalho de pós-doutorado, parceria entre a Universidade Federal de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

– A grande discussão que existe no meio acadêmico é se estas cartas, efetivamente, proporcionam evidências, informações verídicas, sobre a pessoa falecida, e se o médium não teria tido acesso por meios normais. Esta é a grande pergunta – atesta Almeida, também coordenador das seções de Espiritualidade e Psiquiatria da Associação Mundial de Psiquiatria.

O médium Chico Xavier, que morreu em 2002, chegou a ser acusado de infiltrar seguidores entre o público durante as seções espíritas, justamente para conseguir informações essenciais e inseri-las nas cartas. A acusação sempre foi refutada por admiradores do médium.

– A grande limitação do estudo – reconhece Almeida – é que estamos analisando fatos que aconteceram 20, 30 anos atrás. É difícil ter certeza do grau de informações passadas para Chico Xavier.
A metodologia da pesquisa incluiu entrevistas em profundidade com familiares e pessoas que tiveram acesso aos fatos, além da checagem de recortes de jornal e de outros documentos.

– Houve casos, por exemplo, nos quais nem as pessoas que foram obter a carta com Chico Xavier tinham aquela informação que estava na mensagem – observa Almeida –. Apenas posteriormente foi feita uma investigação pelos próprios familiares para descobrir que aquelas informações eram também verídicas.


A pesquisa, porém, não é a comprovação de que as cartas foram mesmo escritas por alguém já morto, mas que as informações ali contidas são verdadeiras. Os pesquisadores se preparam para concluir as avaliações de conjuntos de mensagens de mais três casos psicografados por Chico Xavier. O médium passou pelo primeiro teste.




segunda-feira, 24 de novembro de 2014

NÃO TRANSFORME O EVANGELHO NO LAR EM REUNIÃO MEDIÚNICA

O Evangelho no Lar não é uma reunião mediúnica, os médiuns presentes não podem e não devem deixar os espíritos se manifestarem. O Plano Espiritual recomenda insistentemente para não realizar sessões de desenvolvimento mediúnico, nem de desobsessão, não realizar qualquer tipo de comunicação com os desencarnados no ambiente familiar. Isto porque os lares não estão preparados para estes tipos de trabalhos, e nem o Evangelho no Lar é destinado para este fim, pois estes trabalhos requerem condições vibratórias especiais, que só é encontrado nos centros espíritas.

Carlos Baccelli esclarece que: “As reuniões que se improvisam no lar, quase sempre ficam a mercê de entidades mistificadoras, daquelas que, tendo o seu tempo ocioso na vida de além túmulo, se prevalecem da invigilância dos médiuns para ludibriar.”

Evite também conversas pessoais e sem objetivo, histórias irrelevantes (sem importância), criticas entre os participantes, e ataques ou criticas a outras denominações religiosas.

        O Evangelho no Lar é destinado para a evangelização da família. Pois, todos nós precisamos nos evangelizar sempre.



quarta-feira, 19 de novembro de 2014

E COMO ESTÁ NOSSA CONVERSA COM DEUS?

Será que todos os dias conversamos com Deus? Será que nossas conversas diárias com Deus estão “saudáveis”? Será que em nossas preces diárias estamos mais pedindo a Deus do que agradecendo? Somos como crianças que em teimosia pedimos, pedimos e pedimos, mas será que o que estamos pedindo a Deus é realmente necessário? E será que nos vai fazer bem? Deus Pai, Sabe em Perfeição o que precisamos, o que nos vai fazer bem, por isso que muitas vezes o que pedimos a ELE, não recebemos, pelo fato que não vai ser bom, útil, verdadeiro para nós, não vai nos permitir crescer. Então, como essas crianças teimosas continuamos a pedir o que não sabemos. Nossos pais em nossa infância nos dar as coisas úteis e boas para nós. E nós para Deus estamos no período da nossa infância. E nem é necessariamente o que pedimos que recebemos, as vezes o nosso pedido vem “disfarçado” para podermos atingir nosso objetivo final, isso nos dar trabalho, e trabalho é progresso, é evolução, e Deus Quer isso para nós. É como dizem “Há males que vem para o bem”, só que quando estamos passando por esses males muitas vezes não conseguimos identificá-los.

Assim, prosseguimos na nossa jornada evolutiva, sempre conectados com Deus, Nosso Arquiteto. Pois, Deus nos Dar as ferramentas para que possamos construir.

Na mensagem abaixo podemos nos identificar ao menos com uma dessas situações. A mensagem se chama Conversando com Deus, da Seleção de Geovani Talles Batista de Sousa. Que possamos refletir sobre esta linda mensagem:



Conversando com Deus

Pedi força e vigor, Deus me mandou dificuldades para me fazer forte.
Pedi sabedoria, Deus me mandou problemas para resolver.
Pedi prosperidade, Deus me deu energia e cérebro para trabalhar.
Pedi coragem, Deus me mandou situações para superar.
Pedi amor, Deus me mandou pessoas com problemas para eu ajudar.
Pedi favores, Deus me deu oportunidades.
Não recebi nada do que queria; recebi tudo o que precisava: minhas preces foram atendidas!



Fonte da mensagem Conversando com Deus: Seleção de Geovani Talles Batista de Sousa – Manhuaçu/MG

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

NINGUÉM MORRE

Não reclames da terra
Os seres que partiram...
Olha a planta que volta
Na semente a morrer.
Chora, de vez que o pranto
Purifica a visão.
No entanto, continua
Agindo para o bem.
Lágrimas sem revolta
É orvalho da esperança.
A morte é a própria vida
Numa nova edição.

Emmanuel




Fonte: Livro Caravana de Amor, psicografia de Francisco C. Xavier.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

COMO É A VIDA NAS COLÔNIAS ESPIRITUAIS?

             Como é a vida no mundo espiritual? Como é o mundo dos espíritos?Os espíritos trabalham? Comem? Dormem? Se encontram com os entes queridos também já desencarnados? Visitam os parentes na Terra? Essas e muitas outras perguntas são feitas por nós. No entanto, a espiritualidade nos informa por meio de psicografia um pouco sobre o mundo espiritual. As informações a seguir é da Revista Espiritismo – Filosofia-Ciência-Religião; do Ano 2, n°5 – 2008.

            Ao desencarnar, o espírito é atraído para determinadas regiões em as quais se assimila espiritualmente. André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, nos apresentou vastas informações sobre a vida nestes planos, e a Federação Espírita Brasileira transformou estas informações na Coleção Mundo Espiritual. (...)
(...)
           Pelas informações do espírito André Luiz a vida no mundo espiritual não é muito diferente do que acontece no plano físico, porém, em um estado muito mais adiantado do que o nosso. (...)
           O espírito desencarnado é arremessado ao plano espiritual, despertando em um novo estado de consciência. Mas a definição do lar do recém-desencarnado dependerá de suas atitudes enquanto encarnado. Assim sendo, homens de bem normalmente são atraídos para as colônias de resgate e amparo, outros, cuja conduta não foi pautada no bem e no equilíbrio, são atraídos para regiões do umbral ou perambulam próximos a crosta terrestre, aguardando o momento de buscar a proteção e o amparo divino em seu próprio benefício.



COLÔNIAS
            As cidades espirituais se localizam fisicamente acima das cidades terrenas em um universo paralelo, segundo Hernani Guimarães Andrade, e se ligam espiritualmente a essas regiões. Normalmente são encaminhados para estas cidades espirituais os que são das proximidades e desencarnam, e é claro, de acordo com o merecimento de cada um. As cidades são construídas através do trabalho de espíritos mais evoluídos e abnegados ao bem comum, que usando a força do pensamento e a manipulação do fluído cósmico universal levantam edificações como as bases da cidade. Estas cidades ou colônias espirituais tem uma estrutura muito próxima à estrutura de nossas cidades físicas, e servem, como um tipo de cidade cenográfica para os exercícios de aprendizagem de atividades de espíritos de evolução mediana. No entanto, há fatores que as diferenciam totalmente das nossas cidades do mundo físico em sua organização e objetivos. Pense em uma cidade muito bem administrada, bonita e bem cuidada aqui na Terra, melhore-a muitas vezes. Pronto, você terá um esboço do que vem a ser uma colônia espiritual.


ORGANIZAÇÃO
                Autores Espirituais como André Luiz (Nosso Lar – Chico Xavier – FEB) e Patrícia (Violetas na janela – Vera Lucia M. Carvalho – Petit Editora), entre outros, nos relatam que estas cidades possuem edificações próprias que servem como hospitais, escolas, moradias, fabricas, espaço para lazer, órgãos administrativos, etc. A colônia mais conhecida em nosso meio é Nosso Lar, descrita no livro homônimo de Chico Xavier.

VÁRIAS MORADAS
                Nosso Lar é o nome de uma cidade espiritual localizada próxima ao Rio de Janeiro. Sua fundação data do século XVI por portugueses desencarnados no Brasil. Alvorada Nova é uma pequena colônia de aproximadamente 250 mil habitantes localizada acima da cidade de Santos, em São Paulo.  É uma das mais antigas colônias brasileiras, e segundo André Luiz, foi planejada mesmo antes da criação geográfica do Brasil por mensageiros do Cristo, que já sabiam da necessidade desta base em Terras tropicais. Além destas duas cidades existem outras tantas, porém, cada uma com objetivos distintos. Podem citar a Colônia Socorrista Moradia que é ligada ao umbral e está encarregada de atender a população desta região, e a Colônia Campo da Paz, também muito próxima à crosta da Terra.

RESPONSABILIDADE
                Os responsáveis pela manutenção estrutural da colônia tem o compromisso de não subirem a esferas superiores, abstendo-se de alçar voos a planos mais elevados em prol da manutenção da colônia a qual dirigem. Pela suas defesas e pela vibração mental dos administradores e dos seus habitantes, as colônias se mantém belas e impenetráveis pelas forças trevosas do Umbral. Espíritos abnegados ao bem emitem pensamentos nobres e de alto padrão vibratório, além é claro de trabalharem incansavelmente pelo bem-estar de todos.

HOSPITAIS
                Os hospitais existem tanto nas colônias quanto nos postos de socorro, e estão equipados
com a mais alta tecnologia para, atuando no perispírito, atender os espíritos recém-chegados, e aqueles que precisam de tratamentos. Normalmente trabalham médicos, enfermeiros e profissionais como nos hospitais da Terra. Lá  espíritos que foram profissionais de saúde tem a oportunidade de aprimorarem seus conhecimentos na área de forma a ajudar nos trabalhos de amparo aos necessitados.

TRABALHO
                Todos os espíritos que habitam as colônias espirituais, após refazerem o bem-estar e o equilíbrio psíquico são convidados ao trabalho edificante. Ninguém nas colônias cultiva o ócio, e a maioria que lá habita se sente envergonhada de nada fazer, dado que a sua permanência nesta região visa o aprimoramento e aperfeiçoamento moral e intelectual. Normalmente a jornada de trabalho acompanha a nossa aqui na Terra, isto é, oito horas diárias de serviço. Cada colônia controla o trabalho de seus habitantes a seu modo, e beneficia os trabalhadores de formas distintas. Em Nosso Lar, cada trabalhador tem o bônus-hora que é pago àqueles espíritos com uma jornada diária de trabalho em qualquer área em que estejam atuando.

O QUE É O BÔNUS-HORA?
                Bônus-hora é a moeda oficial na colônia Nosso Lar. É um tipo de remuneração espiritual conquistada a cada hora de serviço prestado. Porém, nenhum espírito fica sem moradia, alimentação e vestimenta, mesmo se não trabalhar. Há o básico para todos, mas quem deseja se aperfeiçoar espiritualmente e ter outras conquistas para si e para seus entes queridos que lá se encontrem pode trabalhar e receber benefícios pelos serviços prestados, tendo a liberdade de usar este “pagamento” como bem lhe convier, como participando de espetáculos artísticos ou mesmo adquirindo uma residência na colônia. Pode também “comprar” benefícios, como por exemplo, apresentando determinado numero de Bônus-hora o espírito consegue a permissão para visitar parentes encarnados, ou mesmo ter outros pedidos atendidos em seu benefício, claro que, se houver permissão e merecimento. Lá não é igual na  Terra, onde quem tem dinheiro compra o que deseja; lá se  pode conquistar, mas, não adquirir sem merecer. 

PATRIMÔNIO
                Quem trabalha pode adquirir casa própria em Nosso Lar, conforme informa André Luiz. Segundo ele com trinta mil Bônus-hora o espírito pode adquirir sua moradia. Enquanto não tem seu cantinho próprio, o espírito fica em alojamentos coletivos, ou como hospede na casa de algum parente ou amigo. A  mobília do lar também pode ser alterada usando os benefícios do Bônus-hora, porém, todas as casas são iguais e cada  espírito pode adquirir somente uma moradia. Em caso de encarnação, ele pode deixá-la como herança para seus familiares e amigos. As residências nas colônias possuem repartições iguais às casas da Terra como sala e quartos e são mobiliadas com moveis e utensílios como camas, mesas, cadeiras, televisores e comunicadores que servem de contato entre as colônias e seus departamentos, além de manter contato também com a Terra. Porém, todas as moradias são decoradas com muita simplicidade e sem apego ao luxo.

DIVERSÃO
                No plano espiritual o lazer é tão importante para os espíritos como o estudo e o trabalho. Praticamente todas as colônias estão equipadas com espaços próprios para descanso e lazer. Como aqui, lá existem parques e áreas verdes, teatros, bibliotecas, cinemas e locais reservados aos casais apaixonados como o Bosque das Águas, reservatórios do Rio Azul, na cidade de Nosso Lar.

CASAIS APAIXONADOS?
                Sim. Os casais que se encontram em Nosso Lar e planejam seu retorno ao mundo físico, normalmente se reúnem nesse local, a beleza e tranquilidade, lhes proporcionam momentos de planejamento para o futuro na Terra. Não é um local lascivo e sim de respeito mútuo e amor fraterno. Nas colônias não há espaço para desrespeito.

FAMÍLIA ESPIRITUAL
                Os cônjuges, ao desencarnarem, nem sempre são encaminhados para o mesmo local. É muito comum um dos dois habitar esferas elevadas enquanto o outro ainda esteja perdido no umbral. Mas quando são espíritos elevados, normalmente o primeiro parceiro a desencarnar prepara o terreno para a chegada dos demais familiares, e, até mesmo o auxiliando automaticamente após o desenlace físico. Em caso de segundas núpcias, normalmente o espírito se liga àqueles aos quais se encontra emocionalmente conectado, entendendo que os demais tem outros desígnios a cumprir.

E O CIÚME?
                Não é raro ver histórias de homens que ficam viúvos e, casando novamente, tem a aprovação e a proteção da esposa desencarnada, que pode inclusive inspirar à nova companheira do marido, bons sentimentos e ações para que ela também possa cumprir junto dele o resgate que lhe cabe. Para os espírito que já possuem um certo grau de evolução, não existe o ciúme, pois sabem que casamentos na Terra nada valem quando a  alma faz a transição para o plano espiritual. Em um caso de  viuvez, os cônjuges, assim que desencarnam, vão em busca daqueles que lhe são afins.

LOCOMOÇÃO
                Autores espíritas já relataram varias formas de locomoção no espaço espiritual, como a volitação e o tele-transporte. Os espíritos que já detém este conhecimento, certamente se deslocam
desta forma, porém, algumas colônias usam veículos específicos para transporte coletivos, principalmente para espíritos resgatados no umbral e para transito nas colônias. André Luiz nos apresenta o Aeróbus, um carro aéreo de grande comprimento e alta velocidade que pode ser comparado a um ônibus voador.

ALIMENTAÇÃO
                Muitos dos espíritos hospedados nas colônias, espíritos andarilhos, perdidos e habitantes do umbral sentem fome e são alimentados, porém, de formas e ingredientes diferentes. Os habitantes das colônias aprendem que o amor é o alimento universal das almas, e que o correto é diminuir gradativamente o uso da alimentação fluídica mais densa. O alimento servido aos recém-desencarnados e resgatados do umbral é diferente da alimentação dos mais antigos na colônia. Sua alimentação traz remédios e fluidos que, atuando no perispírito, revigoram as forças dos novos habitantes, que aos poucos vão trocando a alimentação  por fluidos benéficos menos densos. Eles absorvem os fluidos de frutas, sucos e caldos.

E SE ELES NÃO COMEREM? 
                Se os espíritos não se alimentarem eles não irão morrer, pois este fato não existe entre os espíritos, o que ocorre é que sentem um enfraquecimento que levam a uma queda energética. Por estarem ligados ainda à vida física, eles não sentem bem de outra forma que não seja a de se alimentarem assim como o faziam na vida material.


LIBERDADE DE IR E VIR
                Os espíritos em tratamento nas cidades espirituais tem permissão para transitarem dentro das dependências da mesma, mas não podem sair de lá sem autorização ou acompanhamento das entidades responsáveis por seu tratamento. Normalmente depois de um tempo de trabalho e equilíbrio os desencarnados obtém autorização para visitarem seus parentes encarnados, e até mesmo, participarem de excursões a outras colônias ou ao umbral a trabalho.

POR QUÊ?
                Para mudar de plano é preciso se preparar. Imagine uma entidade que vive em Nosso Lar, que tem uma piscosfera totalmente equilibrada, adentrando regiões mais densas e pesadas como as regiões do umbral e o plano dos encarnados. Imagine o sofrimento do espírito de um pai se chegar ao seu antigo lar terreno e encontrar um lar desestruturado, brigas em família ou um ambiente totalmente desestabilizado. Muitos não aguentam o sofrimento e tentam ficar ao lado dos seus entes queridos para protegê-los, e, muitas vezes acabam entrando em desequilíbrio e também desequilibram mais ainda os familiares encarnados, em um processo interativo e vicioso. Mas quando o espírito opta por ficar entre os seus, no entanto, seu livre-arbítrio é respeitado, ainda que em prejuízo de ambos.

ESFERAS ELEVADAS
                Se não é aconselhável descer à Terra sem a supervisão de benfeitores, ascender a planos superiores é praticamente impossível ao espírito sem a elevação moral justa. Isso acontece, principalmente, pela incompatibilidade vibratória dos espíritos menos evoluídos em relação aos de maior elevação. Essa mudança somente ocorre diante de sua real mudança moral.  No entanto, a realidade da grande maioria dos desencarnados ainda é a de débitos a corrigir no seio da carne, passando alguns anos nas colônias de amparo, se preparando para a futura reencarnação; neste período é quando o desencarnado revê alguns erros da última ou das últimas reencarnações e programa a sua volta ao plano físico, tentando reencontrar os antigos desafetos para entendimento e perdão recíprocos, e também programando situações que lhe proporcionem aprendizado em vários campos da evolução humana.


PRIVACIDADE
                Bom, se alguns espíritos podem transitar livremente entre os encarnados, como fica a questão da intimidade dos encarnados? Será que um espírito pode adentrar a casa das pessoas? Pode vê-las no banho? Interferir em suas vidas? A espiritualidade ensina que o que une as pessoas é a sintonia de pensamento e ação. Um homem de extrema ignorância moral não se sentirá a vontade em permanecer em um lar onde impera a paz e o amor, um lar despido dos maus pensamentos e da má conduta. Portanto os espíritos que vibram em faixas vibratórios mais nobres jamais se sentirão bem na companhia de pessoas que só emitem vibrações perniciosas e degradadas.

ISSO SIGNIFICA QUE...
                Semelhante atrai semelhante. Se você quer a companhia dos bons espíritos, seja como eles. Caso contrário, você corre o risco de ter a sua privacidade invadida por entidades espirituais que se comprazem nos excessos do sexo atraídas por pensamentos, palavras e atos de igual naipe. Há relatos de espíritos que se ligam em suas companhias na rua e a seguem até a sua casa. Às vezes uma simples passadinha no bar, em uma tarde de segunda feira após o almoço ou em ambiente com praticas sexuais lascivas, você pode levar para casa um espectador e até participante de sua intimidade.

SABE POR QUÊ?
                Porque você será o parceiro perfeito para que esse espírito continue a ter os mesmos prazeres que tinha em vida seja o vício do sexo, do jogo, das drogas, os excessos da gula, etc. será a simbiose perfeita, pois você estará sempre produzindo sensações a você e a ele. Depois de um tempo assim, a pessoa fica mais e mais destruída de vontade própria e acaba ficando como vítima e um parasita espiritual desequilibrado. É assim que muitos casos sérios de obsessão acontecem.

O QUE FAZER?
                Calma. Se eles podem estar em vários lugares, inclusive aquele onde você mais gosta de ir, não se preocupe. Como dissemos, o que atrai os espíritos é a sintonia, se a sua mente está limpa e pura, emanando bons pensamentos e boas intenções, e sua conduta é a atitude de um homem de bem, pode ter certeza que, para espíritos obsessores, você será visto como que revestido em uma psicosfera que os repelirão, e eles logo tratarão de se afastar, deixando o caminho livre para a aproximação de entidades superiores e equilibradas que jamais interferirão em sua intimidade, além de que, a sua casa emanará uma energia de paz criando uma proteção fluídica contra a entrada de entidades mal-intencionadas.


COMUNICAÇÃO COM OS PARENTES TERRENOS
                A comunicação, em determinadas situações, ocorre com o tempo, pois nem todos os espíritos já se encontram com equilíbrio emocional para contatar pela via mediúnica seus entes queridos encarnados. Para os que ficam desde lado de existência, é natural sentir saudade. Quando isto acontecer, a recomendação é fazer preces, com pensamentos pacificados e sem inconformismos, solicitando a Deus o amparo a este irmão ou irmã que se encontra no plano espiritual. O efeito da oração de quem ficou surte imediatamente alívio ao desencarnado, que recebe a oração como um remédio a acalmar suas feridas espirituais. Para quem fica é importante buscar a normalidade da rotina. É recomendável ocupar o tempo com atividades produtivas como o trabalho voluntário, estudo ou artes. Evite pedir ajuda ao desencarnado quando em dificuldades, pois ele provavelmente deve estar se adaptando à vida no mundo espiritual e nem sempre está em condições de ajudar. Em dificuldades ore a Jesus ou a outras entidades sabidamente evoluídas e, por isso, em condições de nos dar auxílio.



REENCARNAR
                Assim como temos receio de desencarnar, os espíritos também ficam apreensivos na hora de reencarnar. Como é sabido, a volta à carne para os espíritos mais evoluídos é como uma prisão para eles que gozam de liberdade maior quando estão no plano espiritual.




Saiba mais:
. Alvorada Nova – Psicografia de Abel Glase ditado pelo Espírito Caibar Schutel – Editora O Clarim
. Francisco de Assis – Psicografia de João Nunes Maia – Ditado pelo espírito Miramez
. Cidade no Além – Psicografado pelos Médiuns Heigorina Cunha (desenhos da cidade via desdobramento) e Francisco Cândido Xavier – Obra ditada pelos Espíritos Lúcius e André Luiz – Editora IDE
. Violetas na Janela – Psicografia de Vera Lucia M. de Carvalho – Ditado pelo Espírito Patrícia – Petit Editora. 


*As imagens são do filme Nosso Lar.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Post.182: UMBRAL

Como vimos na postagem anterior de número 181, o umbral é uma das esferas de vida no mundo espiritual. Nesta postagem, vamos conhecer mais um pouco sobre este local de sofrimento.


A palavra Umbral é usada para definir zonas de dor e sofrimento. No umbral se encontra todo tipo de revoltados. O que determina para onde o espírito vai depois do desencarne é a conduta que teve em vida. Aqueles que desencarnam em baixa vibração acabam sendo atraídos para regiões de dor e sofrimento, que chamamos de umbral.

No livro Nosso Lar, de André Luiz psicografado por Chico Xavier, Lísias nos esclarece que: “O umbral começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram atravessar as portas dos deveres sagrados a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano de erros numerosos.” Esta região está bem próxima à Terra e seus habitantes mantém estreita relação com os encarnados.

O espírito Manoel Philomeno de Miranda nos conta por meio da psicografia de Divaldo Franco, no livro Fronteiras da Loucura, que: “Em muitos desses sítios programam-se atentados sórdidos contra os homens e elaboram-se atividades que objetivam a extinção do bem, assim como a instalação do primado da força bruta no mundo. Pelo processo de sintonia, desencarnados imantam-se aqueles que lhe são afins, sempre conjugando os valores morais que os caracteriza.”


Os espíritos nos narra que o umbral é como cidades em ruínas, locais escuros e lodosos. Os espíritos que habitam esta região são espíritos sofredores, criminosos, devedores de todo tipo e predomina lamentos e demonstrações de desespero.

No umbral impera a lei do mais forte, que na maioria das vezes escravizam os mais fracos e desprotegidos. É a hierarquia imposta pelos seus habitantes, e vai de acordo com as idéias que alimentam.

O que dar forma ao umbral são os pensamentos de seus habitantes. São pensamentos de todo o tipo de mau, sentimentos contrários ao bem, como por exemplo a vingança contra os inimigos encarnados  e/ou desencarnados.

Quando a pessoa desencarna, leva consigo todos os vícios, hábitos e lembranças que tinha quando estava vivendo na matéria. Os que habitam a zona umbralina tem as mesmas sensações que possuíam quando estavam encarnados, ou seja, sentem medo, raiva, ódio, frio, fome, sede, dores da causa que levou a sua desencarnação...


Não há tempo determinado para um espírito permanecer no umbral, porque o que determina a sua  passagem pelas zonas umbralinas é a sua consciência, quando desperta para o perdão, para o pedido sincero de auxilio, querendo buscar  o bem, se arrependendo dos seus erros, rogando misericórdia a Deus, é o despertar para as verdades eternas.

A alimentação
                No umbral a alimentação é fluídica, porém, composta por fluidos grosseiros e pesados, ou de alimentação plasmadas mentalmente pelos habitantes desta região, que muito se assemelha a alimentação dos encarnados. Já os espíritos que tem a liberdade  de saírem do umbral, e, mesmo aqueles que vivem entre os homens, muitas vezes se sentem alimentados pelos fluidos liberados por pessoas encarnadas que se comprazem em viciações alimentares. Vivem como mendigos, à espera, absorvendo todo o fluido vicioso plasmado pelos pensamentos destes encarnados, durante a alimentação.

A liberdade de ir e vir
                Os espíritos inferiores não aguentam e não podem captar as impressões dos fluidos mais etéreos e não podem entrar nem esferas mais elevadas. Nem sempre, também, tem permissão para saírem do umbral e visitarem o plano dos encarnados. A maioria vive sob domínio de outros seres ou atormentados por sua consciência. Mas há aqueles que vivem entre os encarnados, atraídos por similitude de valores, e os perturbam com frequência.
               
Postos de socorro no umbral
Os postos de socorro são pontos de trabalho, amparo e resgate administrados pela espiritualidade superior nas regiões umbralinas. São construções bem protegidas para evitar invasões de espíritos inferiores. Os espíritos que são socorridos, resgatados são encaminhados para às colônias em que os postos de socorro estão conectados.

Esses postos de socorro são criados e mantidos por aqueles que já estão voltados para o bem e que já dispõem de condições para o trabalho em esferas mais elevadas, no entanto, preferiram e preferem servir ao bem onde a dor é mais forte. Isto comprova que Deus ampara a todos, estando em qualquer tipo de vibração, basta querer ser auxiliado com sinceridade.

domingo, 2 de novembro de 2014

Post.181: ESFERAS DE VIDA NO MUNDO ESPIRITUAL

No Evangelho de João, cap. XIV, v. 1,2,3, encontramos: “Que vosso coração não se turbe. Crede em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, eu já vos teria dito, porque eu me vou para vos preparar o lugar e depois que eu tenha ido e que vos tenha preparado o lugar, eu voltarei e vos retomarei para mim, a fim de que lá onde eu estiver aí estejais também.”  
Quando Jesus fala que, “Há muitas moradas na casa de meu Pai.” Nós espíritas temos  duas forma de interpretar esta informação, que é:
. diferentes moradas são os mundos que circulam no Universo;
. diferentes esferas em torno da Terra.

Os espíritos por meio da mediunidade, informa-nos algumas das infinitas esferas de vida no Mundo Espiritual, informações estas que são nos passadas na maioria das vezes por meio da literatura mediúnica espírita. Assim, é do nosso conhecimento as seguintes esferas espirituais:
- Abismo
- Trevas
- Esferas Terrestres
- Umbral
- Zona de Transição
- Esferas Superiores
- Esferas Resplandescentes
Vejamos as características destas esferas espirituais:

ABISMO
Esta região espiritual é de sofrimentos indescritíveis, sendo destinada para aqueles espíritos que cometeram os mais graves crimes contra as Leis Divinas. Os espíritos ligam-se à esta região por meio da sua consciência e reúnem-se em “vales” ou “áreas”, conforme os erros graves que tenham realizado na ultima reencarnação.
No livro Memórias de um Suicida, o espírito Camilo relata os seus sofrimentos por causa do suicídio que cometeu.
Já o espírito Euzébio nos relata no livro A Luiz que: “Aqui os avarentos, os homicidas, os cúpidos e os viciados de todos os matizes se agregam em deplorável situação.”

TREVAS
São regiões espirituais sem qualquer luminosidade, sendo morada de espíritos ainda envolvidos por variadas vibrações do mal e que tenham tido comportamento moral condenável em suas reencarnações.
A Luiz no livro Libertação nos relata sobre uma expedição a uma região espiritual sustentada por vibrações espirituais negativas: “Vizinha a região dos homens, começa um vasto império espiritual. Aí se agitam milhões de espíritos imperfeitos, que partilham com as criaturas terrenas, as condições de habitabilidade da crosta do mundo.”

ESFERAS TERRESTRES
O Planeta Terra ainda é um mundo de Provas e Expiações, onde domina o mal. Desta forma, espíritos viciosos das mais diferentes natureza sintonizam com as vibrações inferiores das pessoas,  magnetizado-as permanecendo a ela ligados.
O espírito Manoel Philomeno de Miranda, no livro Nas Fronteiras da Loucura, psicografia de Divaldo P. Franco; comenta à época do carnaval na cidade do Rio de Janeiro, para que as pessoas possam avaliar o seu estado vibracional e o envolvimento com pensamentos de baixo nível. Manoel Philomeno, diz: “As mentes em torpe comércio de interesses subalternos, haviam produzido uma psicosfera pestilenta na qual se nutriam vibrões psíquicos, formas-pensamentos de mistura com entidades perversas, viciadas, dependentes, em espetáculo pandemônico, deprimente.”

UMBRAL
Esta região espiritual começa na crosta terrestre; concentrando-se no umbral tudo o que não tem finalidade para a vida superior. É uma região para esgotamento de resíduos mentais; os espíritos aí confinados julgam-se injustiçados e sentem-se sem esperança, alguns por não terem encontrado na vida espiritual aquilo que suas crenças religiosas divulgavam.
No livro Nosso Lar, psicografia de Francisco Cândido Xavier, encontramos a seguinte informação: “Legiões compactas de almas irresolutas e ignorantes, que não são suficientemente perversas para serem enviadas à colônia de reparação, mais dolorosa, nem bastante nobres para serem conduzidas a planos de elevação. Então, é uma região semitrevosa habitada por espíritos que carregam culpa na consciência, em consequência de erros diversos contra as Leis Divinas.

ZONAS DE TRANSIÇÃO
São as colônias espirituais. Os espíritos que nelas se encontram a alcançaram por méritos da sua consciência, encontrando nas colônias amparo, e assistência, tendo toda as condições para se reajustar e até mesmo evoluir. São espíritos que conquistaram as condições de vibrações mais evoluídas.
Nosso Lar, Colônia Socorrista Moradia, Colônia Campo de Paz, Casa Transitória de Fabiano, Colônia da Música, Redenção, Alvorada Nova, são algumas das colônias aqui do Brasil.

ESFERAS SUPERIORES
          Estas regiões são de felicidade, onde encontram-se espíritos devotados de grande elevação moral, que são os bons espíritos e os espíritos superiores.

ESFERAS RESPLANDESCENTES
São regiões espirituais onde impera a bondade, a confiança e a felicidade verdadeira.
O espírito Emmanuel no livro Renúncia, psicografado por Francisco Cândido Xavier, descreve uma região espiritual deste nível de esfera como sendo paisagens que nossa pobre imaginação não consegue nem sonhar.

Prestemos atenção porque quando desencarnarmos nós vamos para algumas destas esferas, cabe a nós trabalharmos pelo sucesso ou insucesso da nossa consciência.  Em qual esfera seremos dignos de habitar? Então vamos prestar atenção nas atitudes e no rumo que nossa vida está tomando.