Jesus apenas curou aqueles que já estavam preparados, os que tinham
merecimento, em que tinham começado com sinceridade seu processo de auto
aprendizado, estes estavam aptos para serem curados e não mais voltar a cair
nos mesmos erros. Pois, se Jesus tivesse curado deliberadamente a todos Ele não
teria dado a oportunidade dessas pessoas buscarem a sua iluminação, de
irem em busca de seu melhoramento. Iriam
cometer os mesmos erros, e assim atrasar o seu processo evolutivo. Aquelas
pessoas que foram curadas já estavam aptas, tinham a capacidade de entender , e
seguir as máximas de Cristo Jesus.
Jesus era um passista; com um potencial magnético inigualável. E o
exemplo maior de médium curador. É por isso que realizou tantas curas. Os que
tinham merecimento para serem curados, eram curados. Jesus doava fluidos
terapêuticos medicamentosos, e ensinou os seus discípulos tal meio de cura e
recomendou-os claramente para também realizarem: “Curai os enfermos.” (Mt.
10:8). No final do dia, quando as tarefas diárias eram encerradas, as pessoas
levavam seus parentes até Jesus, na esperança de serem curados. Lucas nos informa sobre os poderes curativos
de Jesus, que: “Ao pôr-do-sol, todos os que tinham enfermos de varias moléstias
lhos traziam; e Ele os curava impondo as mãos sobre cada um.” (Lc 4:40)
O fato preponderante para a cura é a postura do paciente, sua fé e o
empenho de renovação. Por isso que Jesus
deixava bem claro, em duas expressões que usava com frequência, a primeira: “A
fé te salvou”. Pois, nem todos eram curados. Havia uma condição essencial: a
fé, a certeza de que haveria o beneficio da cura. Não se tratava de premiar os
fervorosos, mas, apenas atender aos imperativos da sintonia, porque quem
acreditava, sintonizava com Jesus e podia ser beneficiado. A outra expressão:
“Vai e não peques mais,para que não te suceda pior”, significa que os nossos
males estão subordinados ao comportamento, a Lei de Causa e Efeito. Portanto, é
preciso que estejamos dispostos a mudar, superando nossas mazelas. Caso contrário,
eles sempre aumentarão.
O fluido que Jesus liberava era muito puro, desta forma curou muitos
pela imposição divina de suas mãos. Posteriormente, os discípulos de Jesus por
meio do ensino do Mestre usaram a imposição de mãos com fins terapêuticos, como
também para curas. O ato dessa transmissão de fluidos terapêuticos de uma para
outra pessoa nada tem de milagroso e fantástico. É uma natural conjunção de
recursos que podem ser cultivados e aprimorados. Essa transmissão fluídica será
tanto mais qualificada quanto sejam as qualidades morais do doador. Assim, é
que a fé, o equilíbrio emocional e espiritual do doador, aliado à boa vontade e
sintonia com os bons espíritos são fatores primordiais para a boa transmissão
desses fluidos.
E como vimos, a fé das pessoas enfermas contribuíam para essas curas.
Porque, a fé tem o poder de plasmar a forma mental da coisa desejada. Paulo, na
Carta aos Hebreus, diz: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a
convicção de fatos que se não veem.”
É lógico que Jesus não veio apenas curar nossos corpos físicos mas,
sobretudo, a paralisia de nossas almas. Seus apóstolos e discípulos sabiam que
as moléstias refletiam a enfermidade da alma.
As doenças no estado de evolução em que encontramos são numerosas
porque numerosas são nossas falhas e dificuldades. Além das desarmonias atuais,
trazemos outras dificuldades das nossas vidas passadas. Nossas enfermidades,
portanto, começam e terminam no nosso espírito. Tanto a saúde quanto a
enfermidade tem a sua origem na mente, nas emoções, nos sentimentos e em todas
as sensações da criatura, como um ser vivo formado de corpo e alma.
A doença nasce primeiramente na organização perispiritual, para então
ser projetada em nosso corpo. O mal viver, o mal sentir e o mal pensar podem
nos levar a quadros mórbidos dolorosos. Daí vem a necessidade de abandonar as
praticas negativas, para deixar surgir um novo modo de viver, com amor e
harmonia. Temos que cuidar da nossa mente para que a saúde reflita-se em nosso
corpo. É como Jesus afirmou: “Procuremos as coisas de Deus (espirituais) e tudo
o mais nos será dado por acréscimo.” Quem quer saúde não pode continuar a viver
pensando mal, agindo mal, odiando e guardando mágoas e ódio em seu coração.
Quando tivermos os
ensinos de Cristo Jesus no íntimo, as nossas necessidades serão completamente
modificadas, pois para renovar as noções de dor e sofrimento é preciso
compreender e levar o evangelho no nosso coração, é o processo da auto
iluminação, ou seja, é educar o espírito, é entrar em um processo de auto
conhecimento e auto descobrir-se, para trabalhar nossas dificuldades, nossas
falhas. A afirmação de Mestre Jesus: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim
nunca mais terá fome, e o que crê em mim, nunca mais terá sede.” (Jo 6:35)
O Espiritismo é uma
doutrina que visa promover a evolução do homem, por meio da sua transformação
ética e moral, ajudando-nos a encontrar-nos com nós mesmos para entendermos
nossas necessidades, e trabalharmos nas mudanças para a reforma interna do
nosso ser imortal. A Doutrina Espírita não é uma corrente religiosa de caráter
salvacionista, mas sim de doutrina que impulsiona a renovação humana. Pois, a
cura para todos os males físicos e espirituais está no processo de renovação do
ser humano à luz dos ensinos de Jesus Cristo.
A Doutrina Espírita nos
mostra que somos seres em evolução, conscientizado-nos da nossa realidade
espiritual, que incentiva-nos ao soerguimento e à busca de conquistas
espirituais, que são os bens imperecíveis e que impulsiona no progresso e cura todas
as nossas enfermidades tanto física como espiritual.
Então, não haverá cura sem renovação de atos e atitudes, sem reforma
interior. Se observarmos atentamente o Evangelho veremos que Jesus falou para
grandes multidões, porém, curou poucos.
Como Ele mesmo disse: “Não vim destruir a Lei”, ou seja, não veio curar
a todos que cruzavam seu caminho, e sim aqueles que já estavam preparados para
a cura. Jesus nos impulsiona a vencer a nossa paralisia espiritual.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo o espírito de J. B. Vianney, Cura
D’Ars, assim se exprime:
“Meu Pai,
curai-me, mas fazei com que a minha alma doente seja curada antes das
enfermidades do corpo; que minha carne seja castigada, se necessário, para que
a minha alma se eleve para vós com a brancura que possuía quando a criastes.”
Fonte: Livro
A Casa do Caminho. De Sergito de Souza Cavalcanti.
Muito Obrigada pelo Artigo ! Excelente - Abraços de Viena.
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