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quinta-feira, 26 de março de 2015

QUEM FOI O SOLDADO QUE PERFUROU JESUS COM UMA LANÇA?

Existem pouquíssimos relatos acerca da vida deste soldado romano que perfurou Jesus. O seu nome era Longinus. Ele tinha um problema ocular no qual dificultava sua visão, e para que ninguém soubesse do seu problema de visão, e nem coloca-lo para fora do exercito romano, ele procurava lutar sem medo e com destreza tinha força e velocidade em sua lança. E com o passar do tempo, perto de se aposentar, foi enviado para Jerusalém para designar seu último serviço como comandante de guarda. Seu nome Longinus é derivado do grego que significa “uma lança”, é referido como tendo sido o soldado romano que perfurou Jesus com uma lança (Jo 19,34), ou como o centurião que, na crucificação, reconheceu Jesus como “o filho de Deus” (Mt 27,54; Mc 15,39; Lc 23,47)

Durante o percurso do calvário Longinus escutou alguns homens do Sinédrio comentar que os joelhos de Jesus deveriam serem quebrados, pois, as profecias diziam que o messias não teria nenhum osso quebrado (Salmo34:20 – Êxodo12:46), e também pelo fato  de que ao pôr do sol iria iniciar-se o Shabat, para que os corpos dos condenados não profanassem o dia santo, assim os seus joelhos deveriam serem quebrados para apressar a morte e para que a profecia não fosse cumprida. Longinus escutando tal conversa ficou indignado com tal perversidade articulada contra um homem humilde, já com o corpo abatido, e sem ter realizado nenhuma reclamação ou revolta estando em tal situação.

Então, no momento de quebrarem os joelhos dos crucificados, Longinus vai até Jesus, e assim para comprovar-lhe o óbito sem a necessidade dos seus joelhos serem quebrados como queria o Sinédrio, perfurou-lhe o corpo com uma lança. O líquido saído do corpo de Jesus bateu nos olhos do Longinus, curando-o instantaneamente da sua grave doença ocular, e também o curando na alma, pois atribui-se a ele as palavras de um soldado presente na hora da morte de Jesus: “Verdadeiramente este homem era o filho de Deus.” Depois desse fato Longinus converteu-se e abandonou o exercito romano.

Após abandonar o exercito romano por causa de sua conversão, Longinus fugiu para Cesárea e, depois, Capadócia, na atual Turquia. Mas, foi descoberto pelo Governador da Capadócia e denunciado a Pôncio Pilatos. No processo, foi acusado de desertor e condenado a pena de morte. Se ele renunciasse à sua fé em Jesus Cristo seria perdoado. Mas, ele se manteve firme e não renegou Jesus. Por isso, foi torturado, teve seus dentes arrancados e sua língua cortada. Depois, foi decapitado.

Longinus foi canonizado santo pela Igreja Católica no ano de 999, pelo Papa Silvestre II. tendo recebido o nome de São Longuinho.

Depois desta vida, Longinus reencarnou várias vezes, a última sendo como o imperador Dom Pedro II.



LONGINUS REENCARNA COMO D. PEDRO II

Definitivamente proclamada a independência do Brasil, o guia espiritual do Brasil, Ismael, leva a Jesus o relato de todas as conquistas verificadas, solicitando o amparo do seu coração compassivo e misericordioso para a organização política e social do Brasil.

Corriam os primeiros messes de 1824, encontrando-se a emancipação do pais mais ou menos consolidada perante a metrópole portuguesa. Os estadistas topavam com dificuldades para a organização estatal da terra do Cruzeiro. A constituição, depois de calorosos debates e dos famosos incidentes dos Andradas, incidentes que haviam terminado com a dissolução da Assembleia  Constituinte e com o exílio desses notáveis brasileiros, só fora aclamada e jurada, justamente naquela época , a 25 de março de 1824. Nesse dia, findava a mais difícil de todas as etapas da independência e o coração inquieto do primeiro imperador podia gabar-se de haver refletido, muitas vezes, naqueles dias turbulentos, os ditames dos emissários invisíveis, que revestiram as suas energias de novas claridades, para o formal desempenho da sua tarefa nos primeiros anos de liberdade da pátria.

Recebendo as confidencias de Ismael, que apelava para a sua misericórdia infinita, considerou o Senhor a necessidade de polarizar as atividades do Brasil num centro de exemplos e de virtudes, para modelo geral de todos. Assim, Jesus chamou Longinus à sua presença, e falou com bondade:

- Longinus, entre as nações do orbe terrestre, organizei o Brasil como coração do mundo. Minha assistência misericordiosa tem velado constantemente pelos seus destinos e, inspirado a Ismael e seus companheiros do Infinito, consegui evitar que a pilhagem das nações ricas e poderosas fragmentasse o seu vasto território, cuja configuração geográfica representa o órgão do sentimento no planeta, como um coração que deverá pulsar pela paz indestrutível e pela solidariedade coletiva e cuja evolução terá de dispensar, logicamente, a presença continua dos meus emissários para a solução dos seus problemas de ordem geral. Bem sabes que os povos tem a sua maioridade, como os indivíduos, e se bem não os percam de vista os gênios tutelares do mundo espiritual, faz-se mister se lhes outorgue toda a liberdade de ação, a fim de aferirmos o aproveitamento das lições que lhes foram prodigalizadas. Sente-se o teu coração com a necessária fortaleza para cumprir uma grande missão na Pátria do Evangelho?”

 - Senhor – respondeu Longinus, num misto de expectativa angustiosa e de refletida esperança – bem conheceis o meu elevado propósito de aprender as vossas lições divinas e de servir à causa das vossas verdades sublimes, na face triste da Terra. Muitas existências de dor tenho voluntariamente experimentado, para gravar no íntimo do meu espírito a compreensão do vosso amor infinito, que não pude entender ao pé da cruz dos vossos martírios no Calvário, em razão dos espinhos da vaidade e da impenitência, que sufocam, naquele tempo, a minha alma. Assim, é com indizível alegria, Senhor, que receberei vossa incumbência para trabalhar na terra generosa, onde se encontra a árvore magnânima da vossa inesgotável misericórdia. Seja qual for o gênero de serviço que me forem confiados, acolherei as vossas determinações como um sagrado ministério.

- Pois bem – redarguiu Jesus com grande piedade – essa missão, se for bem cumprida por ti, constituirá a tua última romagem pelo planeta escuro da dor e do esquecimento. A tua tarefa será daquelas que requerem o máximo de renúncias e devotamentos. Serás imperador do Brasil, até que ele atinja a sua perfeita maioridade, como nação. Concentrarás o poder e a autoridade para beneficiar a todos os seus filhos. Não é preciso encarecer aos teus olhos a delicadeza e sublimidade desse mandato, porque os reis terrestres, quando bem compenetrados das suas elevadas obrigações diante das leis divinas, sentem nas suas efêmeras um peso maior que o das algemas dos forçados. A autoridade, como a riqueza, é um patrimônio terrível para os espíritos dos seus grandes deveres. Dos teus esforços se exigirá de meio século de lutas e dedicações permanentes. Inspirarei as tuas atividades; mas, considera sempre a responsabilidade que permanecerá nas tuas mãos. Ampara os fracos e os desvalidos, corrige as leis despóticas e inaugura um novo período de progresso moral para o povo das terras do Cruzeiro. Institui, por toda parte do continente, o regime do respeito e da paz, e lembra-te da prudência e da fraternidade que deverá manter o país nas suas relações com as nacionalidades vizinhas.  Nas lutas internacionais, guarda a tua espada na bainha e espera o pronunciamento da minha justiça, que surgirá sempre, no momento oportuno. Fisicamente consideradas, todas as nações constituem o patrimônio comum da humanidade e, se algum dia for o Brasil menosprezado, saberei providenciar para que sejam devidamente restabelecidos os princípios da justiça e da fraternidade universal. Procura aliviar os padecimentos daqueles que sofrem nos martírios do cativeiro, cuja abolição se verificará nos últimos tempos do teu reinado. Tuas lides terminarão ao fim deste século, e não deves esperar a gratidão dos teus contemporâneos; ao fim delas, serás alijado da tua posição por aqueles mesmos a quem proporcionares os elementos de cultura e liberdade. As mãos aduladoras, que buscarem a proteção das tuas, voltarão aos teus palácios transitórios, para assinar o decreto da tua expulsão do solo abençoado, onde semearás o respeito e a honra, o amor e o dever, com lágrimas redentoras dos teus sacrifícios. Contudo, amparar-te-ei o coração nos angustiosos transes do teu último resgate, no planeta das sombras. Nos dias da amargura final, minha luz descerá sobre os teus cabelos brancos, santificando a tua morte. Conserva as tuas esperanças na minha misericórdia, porque se observares as minhas recomendações, não cairá uma gota de sangue no instante amargo em que experimentares o teu coração igualmente trespassado pelo gládio da ingratidão. A posteridade, porém, saberá descobrir as marcas dos teus passos na Terra, para se firmar no roteiro da paz e da missão evangélica do Brasil.

Longinus recebeu com humildade a designação de Jesus, implorando o socorro de suas inspirações divinas para a grande tarefa do trono.

Ele nasceria no ramo enfermo da família dos Braganças; mas, todas as enfermidades tem na alma as suas raízes profundas.

Foi assim que Longinus preparou a sua volta à Terra, depois de outras existências tecidas de abnegações edificantes em favor da humanidade, e, no dia 2 de dezembro de 1825, no Rio de janeiro, nascia de Dona Leopoldina, esposa de D. Pedro, aquele que seria no Brasil o grande imperador e que, na expressão dos seus próprios adversários, seria “o maior de todos os republicanos de sua pátria.”

No fim da sua vida, D. Pedro II, que já houvera perdido a esposa, que estava abandonado, esquecido, num modesto quarto de hotel, longe da pátria e dos amigos protegidos pelo boníssimo monarca. Mas tudo isso não conseguia “turva-lhe a majestática serenidade de ânimo” e apenas levou-o a mandar buscar do Brasil um caixotinho de terra, talvez da mesma terra da sua vivenda em Petrópolis; só a uns dois ou três amigos íntimos revelou o motivo daquela encomenda, que era: repousar a cabeça depois de morto! Sendo este o conteúdo do seu belíssimo e perfeito soneto: Terra do Brasil.

Depois, alquebrado pela moléstia e pela velhice, expulso da pátria como um réprobo, privado de tudo quanto amava, no modestíssimo Hotel Bedford, à rua de l’Arcade, 17, em paris, faleceu o ex-imperador do Brasil a 5 de dezembro de 1891. Suas derradeiras palavras foram estas: “Nunca me esqueci do Brasil. Morro pensando nele. Deus o proteja.”

Soneto de D. Pedro II:

Terra do Brasil
“Espavorida agita-se a criança
De noturno fantasmas com receio.
Mas se abrigo lhe dá materno seio,
Fecha os doridos olhos e descansa.

Perdida é para mim toda a esperança
De volver ao Brasil; de lá me veio
Um pugilo de terra: e neste, creio,
Brando será meu sono e sem tardança...

Qual infante a dormir em peito amigo,
Tristes sombras varrendo da memória,
Ó doce Pátria, sonharei contigo!

E entre visões de paz, de luz, de glória
Sereno aguardarei no meu jazigo
A justiça de Deus na voz da História!”




Fonte: Livro – Brasil, Coração do Mundo – Pátria do Evangelho. Pelo espírito Humberto de Campos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
             Livro – Chico Xavier D. Pedro II e o Brasil. De Walter José Faé
             Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Longino

segunda-feira, 23 de março de 2015

Post.197: O EGOÍSMO – PELO ESPÍRITO EMMANUEL

O Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, contém uma mensagem do Espírito Emmanuel, intitulada “O Egoísmo”, em que menciona a figura de Pôncio Pilatos. Esta mensagem está no capítulo XI – item 11. Segue a baixo a mensagem de Emmanuel sobre o egoísmo:

O egoísmo

                O egoísmo, esta chaga da Humanidade, deve desaparecer da Terra, cujo progresso moral retarda; ao Espiritismo está resevada a tarefa de fazê-la subir na hierarquia dos mundos. O egoísmo é, pois, o objetivo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas armas, suas forças e sua coragem; digo coragem porque é preciso mais coragem para vencer a si mesmo do que para vencer os outros. Que cada um, pois, coloque todos os seus cuidados para combatê-lo em si, porque esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é a fonte de todas as misérias deste mundo. É a negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens.
                Jesus vos deu o exemplo da caridade e, Pôncio Pilatos, o do egoísmo; porque enquanto o Justo vai percorrer as santas estações do seu martírio, Pilatos lava as mãos dizendo: Que me importa! Ele disse aos judeus: Este homem é justo, por que quereis crucificá-lo? E, entretanto, deixa que o conduzam ao suplício.
                É a esse antagonismo da caridade e do egoísmo, à invasão dessa lepra do coração humano, que o Cristianismo deve não ter cumprido ainda toda a sua missão. É a vós, apóstolos novos da fé e que os Espíritos Superiores esclarecem, a quem incumbe a tarefa e o dever de extirpar esse mal, para dar ao Cristianismo toda a sua força e limpar o caminho das sarças que lhe entravam a marcha. Extirpai o egoísmo da Terra, para que ela possa gravitar na escala dos mundos, porque já é tempo de a Humanidade vestir o seu traje viril e, para isso, é preciso primeiro extirpá-lo do vosso coração. (EMMANUEL, Paris, 1861).


Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XI, item 11.

quinta-feira, 19 de março de 2015

INDICAÇÃO DE PEDRO

"Aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a." 
- Pedro. (I PEDRO, 3:11.)


           A indicação do grande Apóstolo, para que tenhamos dias felizes, parece extremamente simples pelo reduzido número de palavras, mas revela um campo imenso de obrigações. 

         Não é fácil apartar-se do mal, consubstanciando nos desvios inúmeros de nossa alma através de consecutivas reencarnações, e é muito difícil praticar o bem, dentro das nocivas paixões pessoais que nos empolgam a personalidade, cabendo-nos ainda reconhecer que, se nos conservarmos envolvidos na túnica pesada de nossos velhos caprichos, é impossível buscar a paz e segui-la.

         Cegaram-nos males numerosos, aos quais nos inclinamos nas sendas evolutivas, e, acostumados ao exclusivismo e ao atrito inútil no desperdício de energias sagradas, ignoramos como procurar a tranquilidade consoladora. Esta é a situação real da maioria dos encarnados e de grande parte dos desencarnados que se acomodam aos círculos do homem, porque a morte física não soluciona problemas que condizem com o foro íntimo de cada um.

          A palavra de Pedro, desse modo, vale por desafio generoso.

          Nosso esforço deve convergir para a grande realização. 
  
          Dilacere-se-nos o ideal ou fira-se-nos a alma, apartemo-nos do mal e pratiquemos o bem possível, identifiquemos a verdadeira paz e sigamo-la. E tão logo alcancemos as primeiras expressões do sublime serviço, referente à própria edificação, lembremo-nos de que não basta evitar o mal e sim nos afastarmos dele, semeando sempre o bem, e que não vale tão somente desejar a paz, mas buscá-la e segui-la com toda a persistência de nossa fé.


Fonte: Vinha de Luz – Chico Xavier pelo espírito Emmanuel

domingo, 15 de março de 2015

O HOMEM TEM SEU LIVRE-ARBÍTRIO OU ESTÁ SUBMETIDO À FATALIDADE?

          Se a conduta do homem estivesse submetida à fatalidade, ele não  teria nem responsabilidade do mal, nem mérito do bem; desde então toda punição seria injusta e toda recompensa sem sentido. O livre-arbítrio do homem é uma consequência da justiça de Deus, é o atributo que lhe dá sua dignidade e o eleva acima de todas as outras criaturas. Isso é tão verdadeiro que a estima dos homens, uns pelos outros, está em razão do livre-arbítrio; aquele que o perde acidentalmente, por doença, loucura, embriaguez, é lamentado ou desprezado.

         O materialismo, que faz depender do organismo todas as faculdades morais e intelectuais, reduz o homem ao estado de máquina, sem livre-arbítrio,a consequência seria que o indivíduo não teria responsabilidade do mal e nem o mérito do bem que ele faz.




Fonte: O que é o Espiritismo – Allan Kardec 

quarta-feira, 11 de março de 2015

Post.195: LIVRE-ARBÍTRIO

É no pensamento que o homem possui uma liberdade sem limites, porque não conhece entraves. E sendo a consciência um pensamento íntimo que pertence ao homem, como todos os outros pensamentos.

O ser humano seria uma máquina sem livre-arbítrio. Visto que temos a liberdade de pensar, e de agir. Há liberdade de agir desde que haja liberdade de fazer. Nos primeiros tempos da vida na matéria a liberdade é quase nula; ela se desenvolve e muda de objetivo conforme o crescimento do indivíduo. A criança, tendo pensamentos relacionados com as necessidades de sua idade, aplica seu livre-arbítrio às coisas que lhe são necessárias.

As predisposições instintivas que o homem traz ao nascer são as do espírito antes de sua encarnação. Conforme for ele mais ou menos avançado, elas podem solicitá-lo para atos repreensíveis, e ele será auxiliado nisso pelos espíritos que simpatizam com essas disposições, mas não há arrebatamento irresistível, quando se tem a vontade de resistir.  Devemos lembrar de que querer é poder. 


O espírito é influenciado pelo corpo físico que o pode entravar em suas manifestações. Eis por que, nos mundos onde os corpos são menos materiais comparado a Terra, as faculdades se desdobram com mais liberdade, mas o instrumento não dá a faculdade. De resto, é preciso diferenciar aqui as faculdades morais das faculdades intelectuais; se um homem tem o instinto de homicida, é seguramente seu espírito que o possui e que lhe transmite, mas não seus órgãos. Aquele que anula seu pensamento para não se ocupar senão com a matéria, torna-se semelhante ao bruto, e pior ainda, ele nem sonha mais em se precaver contra o mal, e é nisto que é culpado, visto que age assim por sua vontade. Pois, o corpo físico não é senão um envoltório do espírito, como a roupa é o envoltório do corpo. Unindo-se ao corpo, o espírito conserva os atributos de sua natureza espiritual.

Já a perturbação das faculdades intelectuais por embriaguez não é desculpa para os atos censuráveis, porque o bêbado está voluntariamente privado de sua razão para satisfazer paixões brutais: em lugar de uma falta, ele comete duas.

No homem em estado selvagem, a faculdade dominante é o instinto, o que não o impede de agir com uma liberdade para certas coisas. Mas, como a criança, aplica essa liberdade às suas necessidades, e ela se desenvolve com a inteligência. Por conseguinte, os adultos que é mais esclarecido que um selvagem, é também mais responsável que ele pelo que faz; ou seja, quanto mais consciência mais responsabilidade sob o atos.

A questão 850 de O Livro dos Espíritos nos esclarece o livre-arbítrio em relação a posição social:
850 – A posição social, algumas vezes, não é um obstáculo à interia liberdade dos atos?
Resposta: “O mundo tem, sem dúvida, suas exigências. Deus é justo e leva tudo em conta, mas deixa-nos a responsabilidade do pouco esforço que fazemos para superar os obstáculos.”



Fonte: O Livro dos Espíritos – cap. X

quinta-feira, 5 de março de 2015

PRECE PELOS ESPÍRITOS ARREPENDIDOS

Seria injusto situar na categoria dos maus espíritos os espíritos sofredores e arrependidos que pedem preces; estes puderam ser maus, mas não o são mais do momento em que reconhecem as suas faltas e as lamentam: eles não são senão infelizes; alguns mesmo começam a ter uma felicidade relativa.

Prece:
Deus de misericórdia, que aceitais o arrependimento sincero do pecador, encarnado ou desencarnado, eis um espírito que se comprazia no mal, mas que reconheceu seus erros e entra no bom caminho; dignai, ó Deus, recebê-lo como um filho pródigo e perdoai-lhe.
Bons espíritos, cuja voz ele desconheceu, ele quer vos escutar de hoje em diante; permiti-lhe entrever a felicidade dos eleitos do Senhor, a fim de que persista no desejo de se purificar para alcançá-lo; sustentai-o em suas boas resoluções e dai-lhe a força de resistir aos seus maus instintos.
                Espírito de N..., nós vos felicitamos pela vossa mudança, e agradecemos aos bons espíritos que vos ajudaram.
                Se vos comprazíeis outrora em fazer o mal, foi porque não compreendíeis o quanto é doce a alegria de fazer o bem; vós vos sentíeis também muito baixo para esperar atingi-lo. Mas desde o instante em que colocaste o pé no bom caminho, uma luz se fez para vós; começastes a provar uma felicidade desconhecida, e a esperança entrou no vosso coração. É que Deus escuta sempre a prece do pecador arrependido e não repele nenhum daqueles que vão a Ele.
                Para entrar completamente em graça junto Dele, aplicai-vos de hoje em diante, não somente a não mais fazer o mal, mas a fazer o bem, e sobretudo a reparar o mal que fizestes; então, tereis satisfeito a justiça de Deus; cada boa ação apagará uma das vossas faltas passadas.
                O primeiro passo está dado; agora quanto mais avançares, tanto mais o caminho vos parecerá fácil e agradável. Perseverai, pois, e, um dia, tereis a glória de ser contado entre os bons espíritos e os espíritos felizes.  


Fonte: Coletânea de Preces Espíritas – Allan Kardec 

segunda-feira, 2 de março de 2015

COUSAS MÍNIMAS

 “Pois se nem ainda podeis com as coisas mínimas, porque estais ansiosos pelas outras?” - Lucas: - 12-26

Pouca gente conhece a importância da boa execução das cousas mínimas.

Há homens que, com falsa superioridade, zombam das tarefas humildes, como se não fossem imprescindíveis ao êxito dos trabalhos de maior envergadura.

Um sábio não poderá esquecer que, um dia, necessitou aprender com as letras simples do alfabeto.

Além disso nenhuma obra poderá ser perfeita, se os detalhes não foram considerados e compreendidos.

De um modo geral, o homem está sempre atarefado com as situações de grande evidencia, com os destinos dramáticos e empolgantes.

Destacar-se, entretanto, exige sempre muitos cuidados.

Os espinhos também se destacam, as pedras salientam-se na estrada comum.

Convirá, desse modo, atender-se a todas as cousas mínimas da senda que Deus nos reservou, para que nossa ação se destaque com real proveito à vida.

A sinfonia estará perturbada, se faltou uma nota; o poema é confuso quando se omite um verso.

Cuidemos das cousas pequeninas. Elas são partes integrante e inalienável dos grandes feitos.

Compreendendo a importância disso, o Mestre nos interroga no Evangelho de Lucas: “Pois se nem podeis ainda com as cousas mínimas, porque estais ansiosos pelas outras?”

Emmanuel
Psicografia Francisco Cândido Xavier


Fonte: Livro - Luz no Caminho