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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

CRIANÇAS, SOB A LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA

Os espíritos não chegam à perfeição senão depois de terem passado pelas provas da vida corporal; os que são errantes (errantes=espíritos que estão no mundo espiritual) esperam que Deus lhes permita retomar uma existência que deve fornecer-lhe um meio de adiantamento, seja pela expiação de suas faltas passadas por meio das vicissitudes às quais são submetidos, seja cumprindo uma missão útil à Humanidade. Seu adiantamento e sua felicidade futura serão proporcionais à maneira pela qual terão empregado o tempo que devem passar na Terra. O encargo de guiar seus primeiros passos, e de os dirigir para o bem, está confiado aos seus pais, que responderão, diante de Deus, pela maneira com que terão cumprido o seu mandato. Foi para facilitar-lhes a execução, que Deus fez do amor paternal e do amor filial uma lei da Natureza, lei que jamais é violada impunemente.


O objetivo humano no mundo material é evoluir, então, Deus impõe a encarnação com o objetivo de fazer-nos chegar à perfeição. Mas para alcançarmos a perfeição devemos suportar todas as dificuldades da existência corporal. Compreendendo a si mesmo e o  mundo que  nos cerca, corrigindo erros de vidas passadas, superando defeitos, desenvolvendo o potencial interior... Isso porque o homem é um ser destinado ao melhoramento, pelo fato que carrega a semente da perfeição, como herança de Deus.  

A visão do Espiritismo sobre crianças é que, cada criança é um espírito que já viveu inúmeras vidas anteriormente. O espírito que habita o corpo de um filho pode ser mais antigo que os dos seus pais, ou também muito mais evoluído. A questão 379 de O Livro dos Espíritos, nos trás esta informação:
Pergunta: O espírito que anima o corpo de uma criança é tão desenvolvido como o de um adulto?
Resposta: Pode ser mais, se mais progrediu; não são senão os órgãos imperfeitos que o impedem de se manifestar. Ele age de acordo com o instrumento, com a ajuda do qual pode se manifestar.

Apesar da criança chegar ao mundo material fisicamente pequena e indefesa, ela já carrega seus valores e seu gênio próprio, e com o passar do tempo estas características se desabrocham cada vez mais, isto porque a personalidade do espírito reencarnante se manifesta aos poucos, de acordo com o desenvolvimento dos órgãos, como para ele é uma nova existência é necessário que aprenda a se servir do novo corpo físico, as ideias lhe tornam pouco a pouco, sendo assim, durante os primeiros anos o espírito é verdadeiramente criança, porque as ideias que forma o fundo do seu caráter estão ainda adormecidas. Então, durante o tempo em que seus instintos dormitam ele é mais flexível e, por isso mesmo, mais acessível às impressões que podem modificar sua natureza e fazê-lo progredir, o que torna mais fácil a tarefa de responsabilidade dos pais, a educação. A espiritualidade esclarece-nos que entre o nascimento e os 7 anos de idade a criança está mais aberta às influencias dos pais, isto porque como vimos o seu espírito está ainda se ajustando a nova encarnação. Desta forma, é nesta fase que a educação moral vai ter mais sucesso. Com o incentivo ao filho, dele cultivar bons sentimentos, os ensinando a ser bom, caridoso, ajudar o próximo, não prejudicar as pessoas, não contar mentiras, ser paciente, respeitoso, ser humilde... e instruir que os maus sentimentos são prejudiciais, que a felicidade não se resume ao ter material.

A questão 380 de O Livro do Espíritos nos diz: ,
Pergunta: Em uma criança de tenra idade, o Espírito, pondo-se de lado o obstáculo que a imperfeição dos órgãos opõe à sua livre manifestação, pensa como uma criança ou um adulto?
Resposta: Quando ele é criança, é natural que os órgãos da inteligência, não estando desenvolvidos, não podem lhe dar a intuição de um adulto. Ele tem, com efeito, a inteligência muito limitada enquanto a idade faz amadurecer sua razão. A perturbação que acompanha a reencarnação não cessa subitamente no momento de nascer; ela não se dissipa senão gradualmente com o desenvolvimento dos órgãos.


Com as explicações da Doutrina Espírita entendemos que as crianças não herdam, ou puxam, ou são como os pais ou as mães em seus gênios, porque somos todos nós seres individuais. As crianças trazem já seus valores positivos ou negativos, conquistados em outras vidas. É pela Lei da Atração, lei esta Universal, que semelhante atrai semelhante; nisto na maioria das vezes a criança encarna em um grupo que tenha o mesmo nível espiritual dela, ou seja, vem daí os mesmo gestos, interesses, traços de personalidade dos pais, porque são espíritos semelhantes em busca do progresso do espírito.

           As crianças são espíritos antigos e que possivelmente já conviveram com sua família em outras vidas; e que necessitam do amor, da educação moral, do cuidado, do zelo, da orientação... dos pais e/ou responsáveis. Um futuro melhor está na educação e nos valores que os pais ensinam os seus filhos. Ensinemos as crianças o amor, a amarem, e Jesus é um magnífico e complexo exemplo.


Fontes: O Livro dos Espíritos / O Evangelho Segundo o Espiritismo / Coletânea de Preces Espíritas 

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