Os espíritos não chegam à
perfeição senão depois de terem passado pelas provas da vida corporal; os que
são errantes (errantes=espíritos que estão no mundo espiritual) esperam que
Deus lhes permita retomar uma existência que deve fornecer-lhe um meio de
adiantamento, seja pela expiação de suas faltas passadas por meio das
vicissitudes às quais são submetidos, seja cumprindo uma missão útil à
Humanidade. Seu adiantamento e sua felicidade futura serão proporcionais à
maneira pela qual terão empregado o tempo que devem passar na Terra. O encargo
de guiar seus primeiros passos, e de os dirigir para o bem, está confiado aos
seus pais, que responderão, diante de Deus, pela maneira com que terão cumprido
o seu mandato. Foi para facilitar-lhes a execução, que Deus fez do amor
paternal e do amor filial uma lei da Natureza, lei que jamais é violada
impunemente.
O objetivo humano no mundo material é evoluir, então, Deus impõe a encarnação
com o objetivo de fazer-nos chegar à perfeição. Mas para alcançarmos a
perfeição devemos suportar todas as dificuldades da existência corporal. Compreendendo
a si mesmo e o mundo que nos cerca, corrigindo erros de vidas passadas,
superando defeitos, desenvolvendo o potencial interior... Isso porque o homem é
um ser destinado ao melhoramento, pelo fato que carrega a semente da perfeição,
como herança de Deus.
A visão do Espiritismo sobre crianças é que, cada criança é um espírito
que já viveu inúmeras vidas anteriormente. O espírito que habita o corpo de um
filho pode ser mais antigo que os dos seus pais, ou também muito mais evoluído.
A questão 379 de O Livro dos Espíritos, nos trás esta informação:
Pergunta: O
espírito que anima o corpo de uma criança é tão desenvolvido como o de um
adulto?
Resposta: Pode
ser mais, se mais progrediu; não são senão os órgãos imperfeitos que o impedem
de se manifestar. Ele age de acordo com o instrumento, com a ajuda do qual pode
se manifestar.
Apesar da criança chegar ao mundo material fisicamente pequena e
indefesa, ela já carrega seus valores e seu gênio próprio, e com o passar do
tempo estas características se desabrocham cada vez mais, isto porque a
personalidade do espírito reencarnante se manifesta aos poucos, de acordo com o
desenvolvimento dos órgãos, como para ele é uma nova existência é necessário
que aprenda a se servir do novo corpo físico, as ideias lhe tornam pouco a
pouco, sendo assim, durante os primeiros anos o espírito é verdadeiramente
criança, porque as ideias que forma o fundo do seu caráter estão ainda
adormecidas. Então, durante o tempo em que seus instintos dormitam ele é mais
flexível e, por isso mesmo, mais acessível às impressões que podem modificar
sua natureza e fazê-lo progredir, o que torna mais fácil a tarefa de
responsabilidade dos pais, a educação. A espiritualidade esclarece-nos que
entre o nascimento e os 7 anos de idade a criança está mais aberta às
influencias dos pais, isto porque como vimos o seu espírito está ainda se
ajustando a nova encarnação. Desta forma, é nesta fase que a educação moral vai
ter mais sucesso. Com o incentivo ao filho, dele cultivar bons sentimentos, os
ensinando a ser bom, caridoso, ajudar o próximo, não prejudicar as pessoas, não
contar mentiras, ser paciente, respeitoso, ser humilde... e instruir que os
maus sentimentos são prejudiciais, que a felicidade não se resume ao ter material.
A questão 380 de O Livro do Espíritos nos diz: ,
Pergunta: Em
uma criança de tenra idade, o Espírito, pondo-se de lado o obstáculo que a
imperfeição dos órgãos opõe à sua livre manifestação, pensa como uma criança ou
um adulto?
Resposta: Quando
ele é criança, é natural que os órgãos da inteligência, não estando
desenvolvidos, não podem lhe dar a intuição de um adulto. Ele tem, com efeito,
a inteligência muito limitada enquanto a idade faz amadurecer sua razão. A
perturbação que acompanha a reencarnação não cessa subitamente no momento de
nascer; ela não se dissipa senão gradualmente com o desenvolvimento dos órgãos.
Com as explicações da Doutrina Espírita entendemos que as crianças não
herdam, ou puxam, ou são como os pais ou as mães em seus gênios, porque somos
todos nós seres individuais. As crianças trazem já seus valores positivos ou
negativos, conquistados em outras vidas. É pela Lei da Atração, lei esta
Universal, que semelhante atrai semelhante; nisto na maioria das vezes a
criança encarna em um grupo que tenha o mesmo nível espiritual dela, ou seja, vem
daí os mesmo gestos, interesses, traços de personalidade dos pais, porque são
espíritos semelhantes em busca do progresso do espírito.
As crianças
são espíritos antigos e que possivelmente já conviveram com sua família em
outras vidas; e que necessitam do amor, da educação moral, do cuidado, do zelo,
da orientação... dos pais e/ou responsáveis. Um futuro melhor está na educação
e nos valores que os pais ensinam os seus filhos. Ensinemos as crianças o amor,
a amarem, e Jesus é um magnífico e complexo exemplo.
Fontes: O
Livro dos Espíritos / O Evangelho Segundo o Espiritismo / Coletânea de Preces
Espíritas
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