Se me amais, guardai
os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de
que fique eternamente convosco: – O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber,
porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós,
conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. – Porém, o Consolador,
que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as
coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito. (S. JOÃO, 14:15 a 17
e 26.)
Jesus não falou tudo o que
poderia ter nos dito. Ele não teve como transmitir tudo o que Ele poderia, pelo
fato que a humanidade não estava pronta para entender certas verdades, nem
moralmente, nem intelectualmente, nem cientificamente. Pois, o conhecimento
para a compreensão de tais ensinamentos que Jesus não pode transmitir só seriam
adquiridos com o tempo. Além de novos conhecimentos, só o tempo poderia
completar seus ensinamentos no sentido de explicar e desenvolver as suas
máximas, pois tudo o que Ele ensinou deixou na forma de germe, de semente,
faltando apenas o amadurecimento do intelecto e da moral humana para aprender e
compreender o sentido de seus ensinamentos.
O Mestre Jesus, conforme passagem
do Evangelho acima, nos declara que seus ensinamentos estavam incompletos, por
isso que já anunciava a vinda daquele que os deveria completar; previa também
que se enganariam sobre suas palavras, que se desviariam de seus ensinamentos,
ou seja, iriam desfazer tudo aquilo que Ele tinha construído, a essência dos
seus ensinamentos seria perdida, por isso Jesus declarou que todas as coisas
deveriam ser restabelecidas.
Além disso, Jesus também sabia da
necessidade que o ser humano teria em buscar e ter consolação, podendo essa
necessidade de consolação implicar na insuficiência da crença que iriam seguir.
Consolação para as provações e expiações que iriam suportar no mundo material,
em um planeta em estágio evolutivo de Provas e Expiações, necessidade de
consolação para curar e prevenir doenças psíquicas, e os sentimentos tantas
vezes tumultuados...
Jesus nesta passagem do Evangelho foi muito
claro, com um sentido altamente profético.
O Espiritismo é o Consolador
prometido, por ser uma Doutrina que consola, e que está resgatando a essência dos
ensinamentos de Jesus; explica os por quês da nossa existência, e assim nos faz
entender as provações, as barreiras, as expiações que se apresenta na vida na
matéria, a partir do momento em que compreendemos somos consolados, e
consolados acima de tudo pela busca sincera de aprender as máximas do Cristo
com total sinceridade e amor. Consolação que nos faz buscar nosso melhoramento...
Sabemos que o Espiritismo é a
Terceira Revelação de Deus. E que a Doutrina Espírita não está centralizada em
uma pessoa, e sim nos espíritos superiores que revelaram tais ensinamentos, com
a permissão de Jesus, e tudo com base nas máximas do Cristo.
No Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, o capítulo 6 – item 3 e 4,
fala sobre O Consolador Prometido:
4. Jesus promete outro
consolador: o Espírito de Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro para o compreender,
consolador que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há dito. Se, portanto, o
Espírito de Verdade tinha de vir mais tarde ensinar todas as coisas, é que o Cristo não dissera tudo; se ele vem relembrar
o que o Cristo disse, é que o que este disse foi esquecido ou mal compreendido.
O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do
Cristo: preside ao seu advento o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à
observância da lei; ensina todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só
disse por parábolas. Advertiu o Cristo: “Ouçam os que têm ouvidos
para
ouvir.” O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala sem
figuras, nem alegorias; levanta o véu intencionalmente lançado sobre certos
mistérios. Vem, finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados da Terra
e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores.
Disse o Cristo: “Bem-aventurados os aflitos, pois que serão
consolados.” Mas, como há de alguém sentir-se ditoso por sofrer, se não sabe
por que sofre? O Espiritismo mostra
a causa dos sofrimentos nas existências anteriores e na destinação da Terra,
onde o homem expia o seu passado. Mostra o objetivo dos sofrimentos,
apontando-os como crises salutares que produzem a cura e como meio de depuração
que garante a felicidade nas existências futuras. O homem compreende que
mereceu sofrer e acha justo o sofrimento. Sabe que este lhe auxilia o
adiantamento e o aceita sem murmurar, como o obreiro aceita o trabalho que lhe
assegurará o salário. O Espiritismo lhe dá fé inabalável no futuro e a dúvida
pungente não mais se lhe apossa da alma. Dando-lhe a ver do alto as coisas, a
importância das vicissitudes terrenas some-se no vasto e esplêndido horizonte
que ele o faz descortinar, e a perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a
paciência, a resignação e a coragem de ir até ao termo do caminho.
Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse
do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba
donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros
princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.
Para saber mais sobre as 3 revelações de Deus, leia a
postagem: http://jardim-espirita.blogspot.com.br/2013/06/post48-tres-revelacoes-de-deus.html
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