Translate

terça-feira, 8 de setembro de 2020

HISTÓRIA DE SUICÍDIO POR CIÚMES

Estamos no setembro amarelo, mês de prevenção contra o suicídio. E como espíritas temos a convicção de que a morte não é o fim, a vida continua.

No livro Sexo e Consciência, Divaldo Franco, organizado por Luiz Fernando Lopes. Divaldo Franco relata a seguinte história sobre suicídio, que nos leva a refletir sobre como as ilusões do mundo físico nos entorpece, podendo a nos levar a atos como o suicídio.

Em uma oportunidade eu tive notícias de um suicídio que me impressionou muito. Desde então comecei a orar por aquela pessoa desconhecida. Era uma jovem senhora que tirou a própria vida quando descobriu que o marido tinha uma amante.                      

Dez anos depois, em um momento de oração e meditação, ela me apareceu e contou-me o seu sofrimento no mundo espiritual, ainda demonstrando profundo desespero.

Vinte anos mais tarde ela veio ao meu encontro novamente. Já estava mais serena, embora estivesse amargurada devido a uma dolorosa constatação. Após as dores excruciantes da substância tóxica que havia ingerido, ela agora vivia as dores morais, ao observar os filhos que deixou na orfandade e a mãezinha que enlouqueceu de dor. Porque o suicida não mata somente ele. Mata também aqueles que o amam. E um ato de vingança contra os outros e contra a sociedade, que expõe as feridas não cicatrizadas de um drama psicológico de alta complexidade.

Profundamente entristecida, ela me concedeu o seguinte depoimento:

— Divaldo, o que mais me dói é a raiva que eu tenho de mim mesma! Eu me matei por ciúmes daquele homem! Nesses vinte anos em que estou do lado de cá eu nunca mais o tinha visto. Agora que estou lúcida, fui recentemente atraída até ele. E confesso-lhe que tive dificuldades de reconhecê-lo. Ele está com setenta anos, com mal de Parkinson, envelhecido e com clemência em fase avançada. Parece uma bola de carne de tão deteriorado e doente! Então eu pensei: “Meu Deus! Foi por causa dessa coisa que eu me matei? Eu merecia agora um castigo ainda maior! Onde está aquele homem lindo, sedutor, sexualmente atraente, másculo e confiante?!”.

Essa é uma importante lição para vermos como a juventude e o corpo são ilusões que o tempo dilui.

 

Fonte: Livro – Sexo e Consciência, Divaldo Franco, organizado por Luiz Fernando Lopes.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos podem deixar seu comentário no Blog Jardim Espírita. Se for caso de resposta, responderei assim que poder, podendo levar alguns dias.
Não publicarei comentários que contenham termos vulgares, palavrões, ofensas, publicidade e dados pessoais (como e-mail, telefone, endereços, etc.). E não entrarei em contato por ligação telefônica, nem mensagem de SMS, nem por mensagem de Whatsapp... Podemos nos comunicar sempre por aqui pela área dos comentários do Blog, que acompanhamos as suas mensagens e respondemos no mesmo local, na mesma postagem que foi realizada a mensagem conforme o tempo que tenho disponível. Então fiquem a vontade para comentar!