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domingo, 31 de maio de 2020

Música Espírita: É Chegada a Hora

Música: É chegada a hora 
CD: Luz de Chrystal 
Cantora: Helena Cristina



LETRA DA MÚSICA: É Chegada a Hora

Por que estas parado ai, irmão?
Sem rumo, sem direção.

A boa nova nos chama
É jesus quem clama
Por nossa renovação! (BIS)

Meu irmão não te demora
Tudo na vida tem hora,
Ela é evolução.

O momento é agora
É chegada a hora da
Grande separação

Do joio e do trigo, grão a grão (BIS)

Um mundo novo surgirá
Dessa transformação
Um mundo novo surgirá
De paz e união.

INTRODUÇÃO

REPETE TODA A MÚSICA NA INTEGRA




quinta-feira, 28 de maio de 2020

TEMPOS DE PANDEMIA

Artigo publicado de Divaldo Franco no jornal A Tarde, coluna Opinião, 14 de maio de 2020.


                                       DIVALDO P. FRANCO
                          Professor, médium e conferencista


   Sabemos, os cristãos, que a humanidade passará por terríveis aflições, mais ou menos neste período. O Velho como o Novo Testamento referem-se a esses testemunhos mais de uma vez, elucidando que defluirão da conduta das pessoas no seu transcurso carnal.

  Ninguém ignora que o Universo é mantido por Leis cosmofísicas extraordinárias, tenha-se ou não religião. A ordem mantém a Natureza dentro do equilíbrio que, em algumas vezes, se apresenta como um caos. E, mesmo nele, existe uma ordem que nos escapa.

     Os seres humanos alcançamos em nossa evolução antropológica um nível invejável nas conquistas da ciência e da filosofia, sem que nos fizéssemos acompanhar de grau idêntico de moralidade. Os valores morais foram deixados à margem como castradores e ultrapassados.

    As paixões sensoriais dominam a humanidade que estorcega entre as asselvajadas e o vazio existencial, denominado como falta de sentido para a vida.

     De tal maneira foram exauridos os gozos, que se saltou para as aberrações em grande violência contra o próprio viver, a fim de fruir-se prazer, que passou a ser o objetivo existencial, especialmente para os maduros e jovens.

      As ansiedades pelas novidades moldam-lhes a cada momento, além das experiências mais chocantes num desrespeito total às resistências e constituições do organismo. Somente interessa o que choca e o que provoca satisfações quase sempre sadistas.

     Violentadas as leis de harmonia que devem viger dentro de uma ordem transcendente, elas atendem as ansiedades mentais e emocionais em conteúdos semelhantes aos seus apelos.

       … E o COVID-19 surgiu, ameaçador…

     Autoridades e povos desprevenidos e acostumados à desordem e aos seus hábitos não lhe deram valor e deixaram-se contaminar, complicando com as suas demandas políticas de baixo nível moral, tornando muito difícil os comportamentos que já são desvairados, pelo excesso de informações conscientemente equivocadas ou ocultando interesses subalternos da pior qualidade.

   Uns governantes impõem o isolamento enquanto outros estimulam a convivência perigosa e o horror, como o desprezo por informações que conduzem outros.

     As terapias sofrem a interferência de pessoas totalmente desinformadas, mas poderosas, e embora já hajamos alcançado um milhão de curados, estamos sofrendo incertezas devastadoras.

     Que fazer? Todos sabemos como ocorre o contágio desse mal: o contato direto com o vírus. Seja qual for a orientação que recebamos, sigamos o bom senso, a cultura já adquirida.

      Assim, mantenhamos distância física do nosso próximo, usando máscara, lavando-nos com sabão e álcool em gel (especialmente as mãos) e oremos a Deus, o Supremo Governador do Universo.

            Mantenhamos a calma e o respeito ao próximo, no lar ou fora dele.


Fonte: Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, 14 de maio de 2020.


segunda-feira, 25 de maio de 2020

PERDA DE PESSOAS AMADAS

A perda de pessoas que nos são queridas nos causa um desgosto, essa causa de desgosto atinge tanto o rico quanto o pobre: é uma prova ou expiação, é a lei comum.


A dor inconsolável dos sobreviventes afetam os espíritos a que se dirigem, pois o espírito é sensível à lembrança e aos lamentos daqueles que amou, mas uma dor incessante e irracional o afeta penosamente, porque ele vê nessa dor excessiva uma falta de fé no futuro e de confiança em Deus em por conseguinte, um obstáculo ao progresso e, talvez, ao reencontro.

O espírito, estando mais feliz que sobre a Terra, lamentar-lhe a vida é lamentar que ele seja feliz. Dois amigos são prisioneiros e encerrados no mesmo cárcere; ambos devem ter um dia sua liberdade, mas um deles a obtém antes do outro. Seria caridoso, aquele que fica, estar descontente de que seu amigo seja libertado antes dele? Não haveria mais egoísmo que afeição de sua parte, em querer que partilhasse seu cativeiro e seus sofrimentos tanto tempo quanto ele? Ocorre o mesmo com dois seres que se amam, sobre a Terra: aquele que parte primeiro, está livre primeiro, e deve felicitá-lo por isso, esperando com paciência o momento em que estaremos por nossa vez.

Faremos, sobre esse assunto, uma outra comparação. Tendes um amigo que, perto de vós, está numa situação muito penosa; sua saúde ou seu interesse exige que ele vá para um outro país, onde estará melhor sob todos os aspectos. Ele não estará mais perto de vós, momentaneamente, mas estareis sempre em correspondência com ele: a separação não será senão material. Estaríeis descontentes com seu afastamento, visto que é para seu bem?

A Doutrina Espírita, pelas provas que não deixam dúvidas que dá da vida futura, da presença em torno de nós, daqueles que amamos, da continuidade da sua afeição e da sua solicitude, pelas relações que nos faculta manter com eles, nos oferece uma suprema consolação numa das causas mais legítimas de dor. Com o Espiritismo, não há mais solidão, mais abandono, porquanto o homem mais isolado, tem sempre amigos perto de si, com os quais pode conversar. 

Suportamos impacientemente as tribulações da vida e elas nos parecem tão intoleráveis que não compreendemos que as possamos suportar. Todavia, se as suportarmos com coragem, se houvermos imposto silencio às nossas murmurações, nós nos felicitaremos quando estivermos fora dessa prisão terrestre, como o paciente que sofre se felicita, quando está curado, de se ter resignado a um tratamento doloroso.

 

Fonte: O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. Livro IV – Cap. I – Penas e Gozos Terrestres, questões: 934 e 936



quinta-feira, 14 de maio de 2020

DESENCARNE COLETIVO

            Os espíritos ao reencarnarem unem-se em grupos, em famílias e em situações com os quais possuem necessidades e provas a partilharem, em que eles mesmos deram origem em outras vidas. Então estes espíritos se unem tanto no erguimento de obras para o bem, para o progresso, como em situações de flagelos e de sofrimentos levando às chamadas mortes coletivas. Por trás das mortes coletivas tem todo um conjunto de razões que está de acordo com as leis de Deus; que são justas, perfeitas e misericordiosa. É a Lei da Ação e Reação. Então, as mortes coletivas acontecem por causa de dívidas contraídas no passado, sendo este tipo de morte o meio para se pagar determinados tipos de dívidas, contraídas em vidas passadas.


            Joanna de Ângelis nos informa alguns crimes contra a humanidade que são justificados num flagelo destruidor, incluindo: “Comparsas de hediondas chacinas, grupos de vândalos; malta de inveterados agressores; corsários e marinhagens desvairados; soldadesca mercenária, impiedosa e avassaladora; incendiários contumazes de lares e celeiros; cúmplices e seviciadores de vítimas inermes; pesquisadores e cientistas impenitentes; legisladores sádicos e injustos; conquistadores arbitrários, carniceiros; mentes vinculadas entre si pelo ódio, ciúme e inveja que incendeiam paixões.” Ou seja, esses são criminosos que “reunidos em vidas futuras, atravessando os portais da Imortalidade, através de resgates coletivos, como coletivamente espoliaram, destruíram, escarneceram, aniquilaram, venceram os que encontravam à frente... a fim de se reajustarem no concerto Cósmico da Vida...”


            Precisamos entender que o ser humano está sob três aspectos, que são: indivíduo; membro da família; e cidadão. Sob cada um desses três aspectos pode ser criminoso ou virtuoso; por isso existem as faltas do indivíduo, da família e da nação. Qualquer aspecto deste em que o ser humano esteja em falta, as dívidas são reparadas com a Lei da Ação e Reação. Esta mesma Lei age sobre o indivíduo, sobre a família, sobre as nações, raças, enfim, o conjunto de habitantes dos mundos, os quais formam individualidades coletivas.

            Os erros praticados em conjunto, são reparados de uma forma solidária, coletiva, ou seja, os mesmos espíritos que erram juntos reúnem-se para reparar suas faltas. Aqueles que em coletividade desrespeitaram as leis universais, se encontram em determinada reencarnação para pagarem os crimes realizados. Esse reencontro se dar pela lei de afinidade para pagar por aqueles crimes, delitos terríveis que cometeram, quitando suas dívidas por meio de fenômenos naturais como maremotos, terremotos, ou tragédias como acidentes de avião, incêndios, ou epidemias; ou guerras...

            Emmanuel nos informa que as comoções geológicas não são simples acidentes da natureza, uma vez que o mundo não está sob a direção de forças cegas. E Emmanuel ainda esclarece que, as comoções geológicas são instrumentos de provações coletivas, ríspidas e penosas. A multidão resgata igualmente os seus crimes e cada elemento integrante da mesma quita-se do passado em relação aos débitos pessoais.


            E Joanna de Ângelis no livro Após a Tempestade, nos informa que: “Esses flagelos destruidores tem objetivos saneadores que removem as pesadas cargas psíquicas existentes na atmosfera, que o homem elimina e aspira em continua intoxicação.” Compreendemos que a atmosfera se compõe também das energias emitidas pelos espíritos encarnados e que precisa periodicamente ser renovada. Eventos de catástrofes produzem uma energia diferente e compensadora que é a que emana da solidariedade que costuma ser vista em momentos assim.

            A misericórdia Divina é tão inenarrável, que aqueles que se dedicam ao bem, à caridade, ao amor ao próximo, podem mudar a forma de pagamento de sua dívida. Está neste grupo aqueles que escaparam por pouco, por sorte, dos resgate coletivos.

            A reparação dos débitos se dá porque a alma, quando volta para o mundo dos espíritos, conscientiza-se da responsabilidade própria, faz o levantamento dos seus débitos passados e, por isso mesmo, roga os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente, e se libertar de tais faltas. Os seja, os erros coletivos exigem reparação coletivas conforme os padrões da Justiça Divina, é uma reparação pedagógica.


quarta-feira, 6 de maio de 2020

FLAGELOS DESTRUIDORES

O objetivo dos flagelos destruidores é fazer a humanidade avançar mais depressa. A destruição é necessária para a regeneração moral dos espíritos, que adquirem, a cada nova existência, um novo grau de perfeição. É preciso ver o fim para poder apreciar os resultados. Esses transtornos são, frequentemente, necessários  para fazer alcançar, mais prontamente, uma ordem melhor de coisas, em alguns anos o que exigiria séculos.

           Deus emprega todos os dias outros meios sem ser os flagelos destruidores para aprimorar a humanidade, visto que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. É que o homem não aproveita; é preciso o homem ser tocado no seu orgulho e fazê-lo sentir sua fraqueza.

          Durante a vida, o homem relaciona tudo com o seu corpo, mas, depois da morte, ele pensa de outra forma, pois a vida do corpo é pouca coisa. Um século no mundo material é um relâmpago na eternidade. Portanto, os sofrimentos de alguns meses ou alguns dias, não são nada, apenas um ensinamento para nós, e que nos servirá no futuro. O mundo espiritual é o mundo real, preexistente e sobrevivente a tudo, são os filhos de Deus e o objeto de toda a sua solicitude; os corpos físicos são apenas os trajes com os quais eles aparecem no mundo material. Nas grandes calamidades que dizimam os homens, é como um exército que, durante a guerra, vê seus trajes usados, rasgados ou perdidos. O general tem mais cuidado com seus soldados do que com suas vestes.

           Mas as vítimas desses flagelos não são menos vítimas?

          Se considerarmos a vida por aquilo que ela é, e o pouco que é com relação ao infinito, se atribuiria menos importância a isso. Essas vítimas encontrarão, em uma outra existência, uma larga compensação aos seus sofrimentos, se elas sabem suportá-los sem murmurar.

          Que chegue a morte por um flagelo ou por uma causa comum, não se pode escapar a ela quando soa a hora de partida: a única diferença é que com isso, nos desencarnes por flagelo, parte um maior número de uma vez.

          Se pudéssemos nos elevar, pelo pensamento, de maneira a dominar a Humanidade e abrangê-la inteiramente, esses flagelos tão terríveis não nos pareceriam mais que tempestades passageiras no destino do mundo.

         Os flagelos destruidores tem uma utilidade, sob o ponto de vista físico, pois eles mudam, algumas vezes, o estado de uma região; mas o bem que disso resulta não é, frequentemente, percebido senão pelas gerações futuras.

          Os flagelos são provas que fornecem ao homem a ocasião de exercitar sua inteligência, de mostrar sua paciência e sua resignação à vontade de Deus, e o orientam para demonstrar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se ele não está mais dominado pelo egoísmo.

         O homem pode evitar os flagelos por uma parte, mas não como se pensa, geralmente. Muitos flagelos são o resultado da imprevidência do homem; à medida que o homem adquire conhecimentos e experiência, pode evitá-los, quer dizer, preveni-los, se sabe procurar-lhes as causas. Mas entre os males que afligem a Humanidade, há os gerais que estão nos desígnios da Providência, e dos quais cada indivíduo recebe mais ou menos, a repercussão.  A estes o homem não pode opor senão a resignação à vontade de Deus e, ainda, esses males são agravados, frequentemente, pela sua negligência.

          Entre os flagelos destruidores, naturais e independentes do homem, é preciso incluir na primeira linha a peste, a fome, as inundações, as intempéries fatais à produção da terra. Mas o homem não encontrou na ciência, nos trabalhos de arte, no aperfeiçoamento da agricultura, nos afolhamentos e na irrigação, no estudo das condições higiênicas, os meios de neutralizar, ou pelo menos atenuar, os desastres? Certas regiões, outrora assoladas por terríveis flagelos, não estão preservadas hoje? Que não fará, portanto, o homem por seu bem-estar material quando souber aproveitar todos os recursos de sua inteligência e quando ao cuidado de sua conservação pessoal, souber aliar o sentimento de uma verdadeira caridade por seus semelhantes?



Fonte: O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. Cap.VI – Lei de Destruição, questões 737 à 741.