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quinta-feira, 4 de maio de 2017

EXISTÊNCIA DE DEUS

         Allan Kardec iniciou O Livro dos Espíritos com uma grande questão, que permeia a humanidade desde do inicio de sua existência, Kardec perguntou aos espíritos superiores:
        1 – Que é Deus?
E os espíritos superiores responderam: Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.

        E Kardec continuou a indagar aos espíritos superiores, na segunda e terceira questão do livro dos espíritos encontramos as seguintes perguntas:
        2 – Que se deve entender por Infinito?
Resposta: O que não tem começo e nem fim; o desconhecido; tudo o que é desconhecido é infinito.

       3 – Poder-se-ia dizer que Deus é o infinito?
Resposta: Definição incompleta. Pobreza da linguagem dos homens, que é insuficiente para definir as coisas que estão acima de sua inteligência.
        Em nota explicativa a esta questão Kardec escreveu: Deus é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é o infinito é tomar o atributo pela própria coisa, e definir uma coisa que não é conhecida, por uma coisa que também não o é.

       Na quarta pergunta de O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta aos espíritos superiores sobre a prova da existência de Deus:
       4 – Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?
Resposta: Num axioma que aplicais às vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem, e vossa razão vos responderá.
       Em nota explicativa a esta questão Kardec escreveu: Para crer em Deus basta lançar os olhos sobre as obras da criação. O Universo existe; ele tem, pois, uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa, e adiantar que o nada pode fazer alguma coisa. 


        Sendo Deus a causa primeira de todas as coisas, o ponto de partida de tudo, o eixo sobre o qual repousa o edifício da criação, é o ponto que importa considerar antes de tudo.

        É principio elementar que se julgue uma causa por seus efeitos, mesmo quando não se vê a causa. (...) Não é, pois, sempre necessário ter visto uma coisa para saber que ela existe. Em tudo, é observando-se os efeitos que se chega ao conhecimento das causas.

       Um outro princípio também elementar, passado ao estado de axioma, por força de verdade, é que todo efeito inteligente deve ter uma causa inteligente. (...)

       Lançando os olhos ao redor de si, sobre as obras da Natureza, observando a previdência, a sabedoria e a harmonia que presidem a tudo, reconhece-se que não há nenhuma delas que não sobrepasse o mais alto alcance da inteligência humana. Desde que o homem não pode produzi-las, é porque são o produto de uma inteligência superior à humanidade, a menos que se diga que há efeitos sem causa.
       No mecanismo do Universo, Deus não se mostra, mas se afirma pelas suas obras.

       A existência de Deus é, pois, um fato adquirido, não somente pela revelação, mas pela evidência material dos fatos. Os povos selvagens não tiveram revelação e, não obstante, creem, instintivamente, na existência de um poder sobre-humano; veem coisas que estão acima do poder humano, e delas concluem que provem de um ser superior à Humanidade.


Fonte: O Livro dos Espírito, de Allan Kardec.
           A Genêse – Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec.


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