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quarta-feira, 12 de abril de 2017

160 ANOS DO O LIVRO DOS ESPÍRITOS


         O Livros dos Espíritos, em francês - Le Livre des Esprits , publicado em 18 de abril de 1857, completa 160 anos de seu lançamento em 2017. O Livros dos Espíritos é o marco inicial da Doutrina Espírita, sendo o primeiro livro sobre o Espiritismo. Marcando também esta data de 18 de abril de 1857 a fundação do Espiritismo, que, até então, não possuía senão elementos esparsos sem coordenação, a partir desse momento, também, a doutrina fixa a atenção dos homens sérios (deixando para trás as distrações que eram as mesas girantes) e toma um desenvolvimento rápido. Em poucos anos, essas ideias acharam numerosos adeptos em todas as classes da sociedade e em todos os países. Esse sucesso, sem precedente, liga-se sem duvida as simpatias que essas ideias encontraram, mas deveu-se também, em grande parte, à clareza, que é um dos caracteres distintivos dos escritos do pedagogo, autor, tradutor, filosofo, educador Hippolyte Léon Denizard Rivail, que usou o pseudônimo de Allan Kardec para assinar todas as suas obras espíritas. Aproveitando seus recursos intelectuais e experiência no magistério, Kardec resolveu dar ao livro básico da codificação uma metodologia didática, a qual se revelou altamente indicada para as circunstâncias de implantação da nova doutrina. O método escolhido foi o de perguntas e respostas por parte dos espíritos, divididas em quatro grupos bem definidos de ideias, recebendo, cada um, o nome de parte ou “livro”.

         O Livros dos Espíritos foi lançado no Palais Royal (que é um palácio e jardim localizado no 1° arrondissement de Paris, França). A obra na forma de perguntas e respostas, os espíritos explicaram tudo o que a humanidade estava preparada para receber e compreender, esclarecendo-a quanto aos eternos enigmas de sabermos de onde viemos, por que aqui estamos, e para onde vamos, facilitando, assim, ao homem, a compreensão dos mais difíceis problemas que o envolvem. Allan Kardec, quando redigiu seus livros, escreveu para o povo, em linguagem simples.

   
     Originalmente em sua primeira edição contou com apenas 501 questões, mas três anos mais tarde, em 18 de março de 1860, Kardec lançou a segunda edição francesa de O Livros dos Espíritos. Para a segunda edição, Allan Kardec reuniu
Segunda edição de O Livro dos Espíritos
subsídios suficientes para publica-la, fundindo mais um conjunto de instruções que possuía, e aproveitando para dar à distribuição das matérias uma ordem muito mais metódica, inserindo notas explicativas, tendo O Livros dos Espíritos naquela reimpressão, sido revisto quase como um novo trabalho, embora os princípios não hajam sofrido nenhuma alteração, salvo pequeníssimo número de exceções, que são antes complementos e esclarecimentos que verdadeiras modificações. Para esta revisão, Kardec manteve contato com grupos espíritas de cerca de 15 países da Europa e das Américas. Foi nesta segunda edição que aparecem 1018 perguntas e respostas, sendo que algumas edições atuais trazem 1019 perguntas e respostas, acréscimo que, segundo a FEB (Federação Espírita Brasileira), foi devido a Kardec não ter numerado a pergunta imediatamente após a 1010, aquela que seria a 1011. Assim, sendo, o livro teria, na pratica 1019 e não, 1018 perguntas.


     

        Como um observador e cientifico que era, Kardec sempre usava diferentes
médiuns para atestar a veracidade das informações, além disso eram lhe enviadas varias mensagens psicografadas de diferentes lugares, cidades, países, que Kardec nunca esteve e que não conhecia os médiuns. É o Controle Universal do Ensino dos Espíritos, que Kardec definiu da seguinte forma: “Uma só garantia séria existe para o ensino dos Espíritos – a concordância que haja entre as revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em vários lugares diferentes.

            Foi Kardec que criou as palavras “espírita” e “ Espiritismo”, segundo as palavras do estudioso: “Para coisas novas, nomes novos”. Os estudos eram ininterruptos e, com diversos testes e análises racionais, sob crivos filosóficos, científicos e religioso.

        O Livro dos Espíritos, divide-se em quatro partes ou “livros” (como vimos no inicio da postagem) como comumente se dividiam as obras filosóficas à época, que abordam respectivamente:
Das causas primárias - abordando as noção de divindade, Criação e elementos fundamentais do Universo.

Do mundo dos Espíritos - analisando a noção de espírito e toda a série de imperativos que se ligam a esse conceito, a finalidade de sua existência, seu potencial de autoaperfeiçoamento, sua pré e sua pós-existência e ainda as relações que estabelece com a matéria.
Das leis morais - trabalhando com o conceito de Leis de ordem Moral a que estaria submetida toda a Criação, quais sejam as leis de: adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e justiça, amor e caridade.
Das esperanças e consolações - PENAS E GOZOS TERRENOS: 1) Felicidade e infelicidade relativas, 2) Perda de pessoas amadas; 3) Decepções, afeições destruídas; 4) Uniões antipáticas; 5) Medo da morte; 6) Desgosto da vida; suicídio. PENAS E GOZOS FUTUROS: 1) O nada; a vida futura; 2) Intuição das penas e dos gozos futuros; 3) Intervenção de Deus nas penas e recompensas; 4) Natureza das penas e dos gozos futuros; 5) Penas temporais; 6) Expiação e arrependimento; 7) Duração das penas futuras; 8) Ressurreição da carne; 9) Paraíso, inferno, purgatório, paraíso perdido.

“Com este livro, a 18 de abril de 1857, raiou para o mundo a era espírita (...) O livro dos espíritos é o código de uma nova fase da evolução humana. É exatamente essa a sua posição na história do pensamento. Este não é um livro comum, que se pode ler de um dia para o outro e depois esquecer num canto da estante. Nosso dever é estudá-lo e meditá-lo, lendo-o e relendo-o constantemente.Sobre este livro se ergue todo um edifício: o da doutrina espírita. Ele é a pedra fundamental do espiritismo, o seu marco inicial. O espiritismo surgiu com ele e com ele se propagou, com ele se impôs e consolidou no mundo”– Herculano Pires

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