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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

AS SIMPATIAS E SUPERSTIÇÕES DE FINAL DE ANO

        Na Doutrina Espírita não há rituais, nem simpatias, nem imagens, nem
amuletos, nem talismãs, nem cor de vestimenta especifica... Nós espíritas acreditamos que estas coisas não traz poder para as pessoas, essa expectativa de poder mágico que é depositado nestas superstições não existe senão segundo O Livro dos Espíritos na questão 552: na imaginação de pessoas supersticiosas, ignorantes das verdadeiras leis da natureza.

        Estas simpatias e superstições levam as pessoas a buscarem segurança, melhoramento de vida em coisas materiais, assim é um objetivo material do que moral. Não é comer um determinado tipo de comida, ou vestir uma roupa de determinada cor, ou pular ondas, não é carregar amuletos... que vai mudar aspectos da vida de um indivíduo.

        No O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, na segunda parte, cap. XXV, item 282-17ª, encontramos a seguinte questão:
Pergunta: Certos objetos, como medalhas e talismãs, tem a propriedade de atrais ou repelir os espíritos, como pretendem algumas pessoas?
Resposta: Pergunta inútil, pois sabeis que a matéria não exerce nenhuma ação sobre os espíritos. Ficais certos de que jamais um espírito bom aconselha semelhantes absurdos. A virtude dos talismãs, de qualquer natureza, só existe na imaginação das criaturas supersticiosas.


        Então, o que vai mudar a sua vida é a sua atitude de querer muda-la. E não formulas, ou ritos, ou simpatias de final de ano, réveillon. O que temos que desenvolver em nós é a capacidade que carregamos de decisão , de superação do que queremos de melhorar em nossa vida. Temos que firmar a nossa fé na razão, acreditar em nós mesmos, na ação dos bons espíritos, na harmonia universal, e acima de tudo em Deus, e não em formulas materiais, em superstições, pois, como por exemplo: você não vai se tornar uma pessoa com paz interior se você vestir uma roupa branca no réveillon. A paz é uma conquista árdua que vamos construindo em nosso espírito, porque para ofertar a paz temos que desenvolve-la em nosso interior, pelo simples fato que não podemos dar o que não possuímos. Ou simpatias para ganhar dinheiro, se não trabalharmos com dedicação não haverá dinheiro para nosso sustento material. E assim com as demais simpatias e superstições.

        O que precisamos para nossa vida é de mudança de atitude. É praticar diariamente os ensinos que Mestre Jesus nos trouxe, é saber servir sem esperar nada em troca, é sentir amor. O azar não existe, o que existe é o merecimento perante as leis universais de um esforço de boa conduta para a vida.

        Para finalizar é preciso deixar claro que nós espíritas não somos contra quem realiza simpatias, rituais, ou usa amuletos... O conteúdo da postagem é para explicar o tema a luz do Espiritismo.



sábado, 24 de dezembro de 2016

PRECE DIANTE DA MANJEDOURA

Vídeo com a Prece Diante da Manjedoura, na voz de Chico Xavier.



Senhor, 
diante da manjedoura em que nos descerras o coração, ensina-nos a abrir os braços para receber-te. 

Não nos relegues ao labirinto de nossas ilusões, nem nos abandones ao luxo de nossos problemas. 

Vimos ao teu encontro, cansados de nossa própria fatuidade. 

Sol da Vida, não nos confies às trevas da morte. 

Fortalece-nos o bom ânimo. 

Reaviva-nos a fé. 

Induze-nos à confiança e à boa vontade. 

Tu que renunciaste ao Céu, em favor da Terra, ajuda-nos a descer, com o Supremo Bem, para sermos mais úteis!... 

Tu que deixaste a companhia dos anjos sábios e generosos, por amor aos homens ignorantes e infelizes, auxilia-nos a estender com os irmãos mais necessitados que nós mesmos o tesouro de luz que nos trazes!... 

Defende-nos contra os vermes da vaidade. 

Ampara-nos contar as serpes do orgulho. 

Conduze-nos ao caminho do trabalho e da humildade. 

E, reconhecidos à frente do teu berço de luminosa esperança, nós te rogamos, sobretudo, os dons da simplicidade e da paz, para que sejamos contigo fiéis a Deus, hoje e sempre. 

Assim Seja. 


Pelo Espírito Emmanuel.
Psicografia de Chico Xavier.



Fonte: Livro Antologia Mediúnica do Natal. Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

ALGO A MAIS NO NATAL


Senhor Jesus!
Diante do Natal, que te lembra a glória da manjedoura, nós te agradecemos:

a música da oração; 
o regozijo da fé; 
a mensagem de amor; 
a alegria do lar;
o apelo à fraternidade; 
o júbilo da esperança; 
a bênção do trabalho;
a confiança no bem; 
o tesouro de tua paz; 
a palavra da Boa Nova;
e a confiança no futuro!...

Entretanto oh! Divino Mestre, de corações voltados para o teu coração, nós te suplicamos algo mais!...

Concede-nos, Senhor, o dom inefável da humildade, para que tenhamos a precisa coragem de seguir-te os exemplos!

Pelo Espírito Emmanuel.
Psicografia de Chico Xavier.


domingo, 18 de dezembro de 2016

Mensagem: NATAL


Natal! Grande bolo à mesa, 
A árvore linda em festa. 
O brilho da noite empresta 
Regozijo ao coração...
É como se a natureza
Trouxesse Belém de novo
Para os júbilos do povo
Em doce fulguração. 

Tudo é bênção que se enflora, 
De envolta na melodia
Da luminosa alegria
Que te beija se segue além...
Mas se reparas, lá fora, 
O quadro que tumultua, 
Verás quem passa na rua
Sem ânimo e sem ninguém. 

Contemplarás pequeninos 
De faces agoniadas, 
Pobres mães desesperadas,
Doentes em chagas e dor...
E, ajudando aos peregrinos
Da esperança quase morta,
Talvez enxergues à porta
O Mestre pedindo amor.

É sim!... É Jesus que volta
Entre os pedestres sem nome,
Dando pão a quem tem fome, 
Luz às trevas, roupa aos nus!
Anjos dos Céus sem escolta,
Embora a expressão serena,
Tem nas mãos com que te acena
Os tristes sinais da cruz. 

Natal! Reparte o carinho
Que te envolve a noite santa.
Veste, alimenta e levanta
O companheiro a chorar.
E, na gloria do caminho
Dos teus gestos redentores, 
Recorda por onde fores
Que o Cristo nasceu sem lar. 

Pelo Espírito Irene S. Pinto
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


Fonte: Do livro – Antologia Mediúnica do Natal.


quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

VOCÊ SABIA QUE ANDREA BOCELLI PODERIA TER SIDO ABORTADO POR ORIENTAÇÃO MÉDICA?

   

No vídeo abaixo Andrea Bocelli conta a história da sua vida, em que sua mãe Edi passou por um problema de saúde, e os médicos orientaram que ela abortasse o bebê, mas ela se recusou. Andrea Bocelli falou o porque de trazer ao publico esse fato da sua vida: 




        Em uma entrevista Andrea Bocelli deu a seguinte declaração: “Minha mãe, Edi, é uma mulher extraordinária. Entre os muitos ensinamentos que pude receber dela e do meu pai, Sandro, encontram-se: a força, a garra e a capacidade de não me render, que eles mesmos mostraram quando, estando grávida, os médicos aconselharam minha mãe a abortar, porque seu filho nasceria com graves patologias. Ela ignorou estes imprudentes conselhos e prosseguiu com a gravidez, com o apoio do meu pai. Sem aquele gesto de coragem e fé, eu não estaria aqui para contar isso hoje. E, se eu tornei pública esta vivência privada, foi para oferecer minha pequena contribuição para dar um apoio psicológico e um pouco de esperança a todas aquelas mulheres que, por milhares de motivos, não se sentem com força para defender a vida que carregam em seu útero.”

        Andrea Bocelli,é apenas um exemplos que citamos de mães que escolheram a vida ao invés da morte por meio do aborto de seus filhos. Mas, quantos “Andreas” tem por aí que foram abortados, que poderiam ter feito a diferença de alguma forma para a sociedade, diferença até mesmo no anonimato? São por meios desses exemplos e de outros que, poderemos começar a conscientizar as pessoas sobre a importância da vida, para não escolherem o aborto. Os adultos tem escolha a fazer por meio de diversos contraceptivos, mas aquele bebê não tem escolha alguma, é um espírito que está se preparando para voltar ao mundo material, cheio de insegurança, de incerteza, em que depende inteiramente da sua mamãe como fonte de criação para seu corpo físico, e como proteção contra tudo que ela pode fazer para o proteger na sua volta a vida física. Mas, estarrecedor quando é essa mamãe que se torna o seu medo, o seu algoz, a pessoa que destrói seu corpo físico e a esperança de reencarnar para poder evoluir, evolução esta que se cumpre de diversas formas, até mesmo por meio de doenças congênitas, assim fazendo resgate tanto do espírito reencarnate, como da mãe, do pai e da família.



sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

VOCÊ SABIA QUE DIVALDO FRANCO PODERIA TER SIDO ABORTADO POR ORIENTAÇÃO MÉDICA?

Encontramos esta informação no Livro Sexo e Consciência de Divaldo Franco. Organizado por Luiz Fernando Lopes.


        O médium Divaldo Franco é o décimo terceiro filho de uma família numerosa, e quase não pode renascer... Pelo desejo dos seus pais, o irmão que é cinco anos mais velho do que Divaldo, seria o último filho a nascer. A mãe de Divaldo Franco, Ana, já experimentava os primeiros sinais do climatério quando percebeu algo estranho no seu corpo e consultou-se com um médico, que lhe deu a inesperada notícia de uma gravidez tardia. Por causa do organismo debilitado, depois de doze partos e três abortos espontâneos, o médico sugeriu-lhe que interrompesse a gestação para que ela não tivesse a saúde gravemente comprometida. A orientação médica foi dada nos seguintes termos:

        — Dona Ana, vamos fazer o aborto! A senhora já realizou sua missão de mãe com os doze filhos que Deus lhe concedeu.

       — Não, doutor! Eu não vou abortar meu filho!

       — Mas esta criança vai matá-la! A senhora não tem condições de saúde para resistir!

       Divaldo diz no livro Sexo E Consciência que: “Diante dos argumentos do médico, era provável que qualquer pessoa aderisse à proposta por ele apresentada. Nossa família tinha muitas dificuldades financeiras e faria ainda maiores sacrifícios se mais uma criança viesse ao mundo. Não obstante, a minha mãe, contrariando aquilo que para muitos seria uma solução óbvia, voltou-se para o médico e respondeu:
       — Se eu morrer no intuito de dar a vida a um filho, para mim será uma honra!
      (...) E a minha mãe não me abortou. Eu tenho para com ela uma dívida de gratidão indescritível! Ao correr o risco de sacrificar sua própria vida, ela me permitiu mais de oitenta anos de existência física. Se me tivesse abortado, será que eu a amaria? Será que eu não estaria hoje dominado pela mágoa (e até mesmo pelo ódio) de ver perdida a chance que a Divindade me desenhava naquele momento? Não se pode descartar esta hipótese. No entanto, aqueles seres que indubitavelmente ainda se encontram num patamar incipiente de evolução psicológica cultivarão sentimentos de animosidade e de revolta que geram obsessões das mais lamentáveis, com consequências que se estendem para a vida espiritual.
      É fascinante constatar como devemos fazer tudo ao nosso alcance para preservar a vida. A vida humana é patrimônio de Deus e ninguém, sob pretexto algum, tem o direito de interrompê-la. O aborto, sob qualquer aspecto em que se apresente, permanece como crime hórrido que um dia desaparecerá da Terra, em face da crueldade e covardia de que se reveste.”

Divaldo Franco, é apenas um dos exemplos que citamos de mães que escolheram a vida ao invés da morte por meio do aborto de seus filhos. Mas, quantos “Divaldos” tem por aí que foram abortados, que poderiam ter feito a diferença de alguma forma para a sociedade, diferença até mesmo no anonimato? São por meios desses exemplos e de outros que, poderemos começar a conscientizar as pessoas sobre a importância da vida, para não escolherem o aborto. Os adultos tem escolha a fazer por meio de diversos contraceptivos, mas aquele bebê não tem escolha alguma, é um espírito que está se preparando para voltar ao mundo material, cheio de insegurança, de incerteza, em que depende inteiramente da sua mamãe como fonte de criação para seu corpo físico, e como proteção contra tudo que ela pode fazer para o proteger na sua volta a vida física. Mas, estarrecedor quando é essa mamãe que se torna o seu medo, o seu algoz, a pessoa que destrói seu corpo físico e a esperança de reencarnar para poder evoluir, evolução esta que se cumpre de diversas formas, até mesmo por meio de doenças congênitas, assim fazendo resgate tanto do espírito reencarnate, como da mãe, do pai e da família. 


Fonte da informação: Livro Sexo e Consciência de Divaldo Franco. Organizado por Luiz Fernando Lopes.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

ABORTO PROVOCADO

A sociedade brasileira está passando pela questão da legalização do aborto. Aborto e suicídio são temas que devemos sempre levar informações das suas consequências a luz da Doutrina Espírita, por isso, que aqui no Jardim Espírita sempre faço postagem sobre esses dois temas, que são os crimes mais terríveis, hediondos que podem serem cometidos, em que vai contra as leis cósmicas e tendo a reação da ação negativa praticada. A lei humana pode até legalizar o aborto, no entanto, a Lei Maior, que realmente guia as nossas vidas, que são as Leis Divinas, não deixa passar sem impunidade aqueles que praticam, induzem, e aos profissionais que realizam , em algum momento a Lei de Ação e Reação vai se apresentar, é inexorável. 


Para nos informar mais ainda sobre o tema, abaixo coloco o texto do Livro Sexo e Consciência de Divaldo Franco, Organizado por Luiz Fernando Lopes, sobre o aborto provocado.



        O aborto provocado é um crime hediondo! É, acima de tudo, um crime covarde, pois vai interromper a vida de alguém que não se pode defender. O Espiritismo, assim como as outras religiões, desaprova o aborto provocado.

        De acordo com a Lei Divina, a união sexual, além das emoções e das sensações que proporciona, tem como efeito próximo e imediato a procriação. Quando o casal se encontra para o relacionamento sexual, é óbvio que deve esperar a geração de um ser, consequência daquele ato livre e espontaneamente aceito. O exercício da sexualidade deve estar acompanhado de responsabilidade.

        Justifique-se o aborto como se melhor pretenda. Todavia, matar um ser indefeso é, sem dúvida, um dos mais graves delitos praticados contra a vida, ainda mais se pensarmos que este ser não teria pedido para ser formado por quem se conjuga sexualmente de forma leviana.

        Receber nos braços um filho que a vida nos enseja é sempre uma bênção. A alegação de que a mulher é dona do seu corpo pode oferecer-nos no futuro uma argumentação sofista de filhos ingratos, constrangidos a atender pais escleróticos, hemiplégicos, deficientes mentais, podendo eles ser tentados a propor nas altas Casas do Legislativo um conjunto de leis para se livrarem desses genitores, estabelecendo a morte piedosa deles, em benefício de suas comodidades. De liberação em liberação do crime que se deseje legalizar, poder-se-á responder por mais tremendas e hediondas consequências.

        Um ato como esse é programado nas trevas da consciência da mulher, que por alguma razão se sente culpada ou deseja vingar-se daquele que a fecundou e a abandonou em situação deplorável ante os padrões sociais vigentes. Trata-se de uma tentativa de agredir moralmente o companheiro que a deixou em uma situação de severas dificuldades materiais. Frequentemente a mulher que passa por essa circunstância adversa, desenvolve um sentimento de ódio pelo parceiro que a desconsiderou. E, por um desejo de vingança que eclode em sua intimidade, não podendo matá-lo, ela o faz contra o fruto daquele relacionamento que lhe provocou a mágoa de grandes proporções. O aborto também é praticado por mulheres que simplesmente rejeitam a maternidade. Devido à insatisfação com essa gestação não planejada ou mesmo por futilidade, quando tem receio de sofrer alterações estéticas no corpo, opta pelo aborto criminoso, adquirindo uma grande dívida perante a
Consciência Cósmica.

       Em nenhuma circunstância serão encontradas justificativas para o infanticídio. Não somos autores da vida! Por isso não temos o direito de submetê-la aos nossos caprichos, eliminando-a.

       Perante os códigos éticos da vida espiritual apenas uma situação nos autoriza a praticar a interrupção do processo gestacional: o aborto terapêutico. Allan Kardec transcreveu a opinião dos Espíritos sobre o aborto, no qual se pretende salvar a vida da gestante. Quando a integridade física da mãe está em risco é preferível que preservemos uma vida já consolidada do que comprometê-la em razão de uma vida ainda cm formação. Salvando-se a vida da mulher-mãe ela terá outra oportunidade de ter filhos e de trazer à vida física o Espírito ora candidato à reencarnação.

       Justifica-se que, se o aborto tornar-se um ato legal, a onda de crimes em torno dele, se fará muito menor, o que é equívoco. As estatísticas demonstram a continuidade do aborto clandestino, pondo-se em risco a vida da mulher. Se tivermos de legitimar o aborto para impedir outros crimes, retornaremos às faixas primárias da vida! Abortar para evadir-se da responsabilidade livremente aceita, nunca!

       Por mais que o aborto receba a legalização oficial, nunca deixará de ser um crime hediondo contra a humanidade. No entanto, a criatura humana, pelos seus instintos agressivos, procura o mecanismo desculpista nas leis terrenas, invariavelmente injustas, para dar vazão aos seus sentimentos perturbadores, qual ocorre nestes dias, em que o abortamento é ilegal. Mesmo que as leis se tornem favoráveis ao crime do infanticídio, aqueles que o cometerem não poderão alegar que agiam sob o amparo da legislação humana, porquanto está estabelecido no Decálogo: “Não matarás”. E este preceito não tem exceção. Diante da Consciência Cósmica a interrupção da vida da criança sempre representará um grave delito.

        Ademais, repugna à consciência humana matar uma vítima indefesa, somente porque os caprichos, os preconceitos e os anseios desvairados impõem essa atitude, que nunca terá justificativa.

        Pesquisas feitas ao longo das últimas décadas dão conta do aumento desenfreado de mulheres praticando o aborto em diversos países, como o Brasil. A partir da década de 1960, quando as mulheres passaram a sentir-se no direito de experimentar o sexo sem amor e sem vínculos, elas resolveram aderir à comodidade de rapidamente se verem livres de uma gestação que se transforma em empecilho para a busca de novos prazeres. E um fator que intensificou esta escolha foi a facilidade de praticar-se abortos clandestinos em todos os lugares.

        Por outro lado, a ausência de educação em saúde contribui para que meninas em todo o mundo engravidem cada vez mais cedo. Em nosso serviço de saúde, na Mansão do Caminho, conhecemos meninas grávidas aos onze anos de idade, que se tornaram mães nesta faixa etária, o que significa uma verdadeira aberração, uma falência da sociedade em educar os seus jovens. Essas meninas praticaram sexo sem nem ao menos possuírem um organismo preparado para isto, estimuladas pela curiosidade e pela desinformação.


                        

         Os fatores que incentivam a prática do aborto são diversos. Primeiro a desinformação. Depois a influência da cultura em que a pessoa está imersa. E por fim, a facilidade em se executar uma intervenção médica que é oferecida indiscriminadamente em clínicas desumanas e exploradoras.

         Em meu contato com comunidades extremamente vulneráveis, tenho percebido que o aborto é muito disseminado no seio da ignorância, pois, nas classes privilegiadas, do ponto de vista socioeconômico, as orientações para evitar a gravidez são ministradas em todos os lugares, concedendo às pessoas os meios para tomarem precauções antes de iniciarem uma relação íntima. Contudo, em comunidades com severas restrições educacionais, conheci jovens que nem sequer sabiam como ocorre a fecundação. E quando se veem grávidas, em meio aos relacionamentos múltiplos que cultivam, não são capazes de identificar o pai do ser em gestação e se submetem à intervenção dos métodos abortivos, que invariavelmente traumatizam a mulher, quando não a condenam à morte...

        O homem, além de abandonar a mulher que fecundou, pode ainda chantageá-la para que ela pratique o aborto, condicionando a continuidade do relacionamento à realização do infanticídio, somente para se ver livre das responsabilidades que acompanharão a sua futura condição de pai. E algumas mulheres cedem ao apelo, e eliminam a criança, para depois se arrependerem quando percebem que foram enganadas por um parceiro que já planejava abandoná-la desde o princípio.

       Somente algumas mulheres de fibra, verdadeiras heroínas, decidem enfrentar todas as adversidades para levar adiante o compromisso da maternidade, mesmo que ele não tenha sido programado, como seriai ideal. Elas entendem que é preferível ter um filho a ter um amante inconsequente e manipulador.



Fonte: Livro Sexo e Consciência de Divaldo Franco. Organizado por Luiz Fernando Lopes.