O suicídio é falsa solução, e causa desarmonia com as Leis Divinas. No livro A Outra Vez Em Que Eu Morri, do palestrante espírita Frederico Menezes, no capítulo 8 há um excelente explicação sobre o suicídio e o fato dele não possibilitar o reencontro dos espíritos. Vejamos abaixo o texto:
Tanto pelos depoimentos de quem atentou contra a própria vida e retomou das portas do mundo espiritual (caso de pessoas que foram dadas como mortas), quanto os daqueles que, em estado de transe, descrevem suas encarnações anteriores em que praticam algum suicídio, a noticia é uma só: o ato suicida é uma agressão ao equilíbrio da Lei e, ao invés de resolver os problemas de quem sobre, os prolonga, acrescentados por dolorosos conflitos de consciência. Enquanto os que vivenciam a “quase morte”contra sua vontade, ou seja em acidentes não provocados ou por enfermidades, passam por momentos de paz e sentimentos poderosos de felicidade num ambiente com certa radiosidade, reencontrando, inclusive, parentes e amigos, estimulando-lhes a querer permanecer envoltos naquela luz amorosa, aqueles que tentaram o suicídio veem-se em uma atmosfera de tormenta, angustia e opressão. Não há luminosidade, um sentimento de solidão e medo caracteriza a experiência de quase morte. Quando retoma ao corpo, reflete melhor sobre o fato e a vida, terminando por reconhecer que o suicídio é a pior saída que se tem. Aliás, nem é saída.
Nos depoimentos relacionados à reencarnação, o fato se repete. Quem se viu tirando a própria vida descreve um turbilhão de sofrimentos, uma sensação profunda de vergonha e culpa. O suicida verifica que tentou fugir da vida e caiu na própria vida, em condições bem mais complexas.
Estes depoimentos que são verificados por pesquisadores nos quatro cantos do planeta, também são confirmados nas reuniões mediúnicas que ocorrem nas instituições espíritas, reuniões de amparo e socorro espiritual.
Os espíritos suicidas apresentam-se em condições deploráveis, isto após muito tempo de agonias sem conta, na realidade imediata à vida física.
Claro que a Misericórdia de Deus funciona aliviando circunstâncias e prodigalizando recursos para que os que vivem este martírio possam se reerguer perante a própria consciência e reiniciar a jornada no rumo de luz. E é ponto claro: não conseguem encontrar ou pelo menos perceber os entes queridos desencarnados que sofrem com seu gesto lamentável e o estado em que se encontram.
O interessante é que o Espiritismo explica e demonstra que esse estado doloroso não é uma punição Divina. Deus não tem nossas falhas de caráter. É um fenômeno natural. São leis da natureza que violentadas no gesto suicida desarmonizam-se. O corpo espiritual, energético, suscetível a campos magnéticos, (como tudo que constitui o universo), tem natureza vibratória, ou seja, suas moléculas tem um ritmo vibratório. O gesto suicida desarticula este ritmo, agride a estrutura magnética e, em consequência, gera sofrimento que é o efeito de toda desarmonia. Além do mais, a consciência é o local onde o senso divino (as leis de Deus) está estabelecido. Aí sim, é o aspecto moral.
Aprendemos com os Espíritos Superiores que ao reencarnamos trazemos uma determinada cota de energia vital, propiciadora do período de tempo que passamos reencarnados. Isto não seria feito aleatoriamente. É de acordo com a necessidade de cada um de nós. São mobilizados recursos imensos para que o espírito mergulhe numa existência física. Ora, a agressão provocada pelo suicídio, rompe ligações magnéticas que prendem a alma ao corpo porém o fluido vital, que não se esgota no cumprimento de sua finalidade, segue com o ser para o mundo espiritual, intensificando, inclusive, as sensações físicas inerentes à vida carnal. Este assunto comporta outras abordagens mais profundas, não sendo o objetivo desse nosso volume. Pretendemos abordar a questão em livro específico.
O certo é que o suicídio é um complicador que prende o ser a um estado deplorável, provocando inclusive, futuras experiências na carne muito mais incômodas e sofridas. Óbvio que cada caso tem, perante as leis da vida, seus méritos e deméritos, atenuantes e agravantes, por isto, as reações ao suicídio ganham impacto e nuances em suas dores, muito pessoais, diríamos assim. Além de todo sofrimento que gera, o suicídio retarda, e muito, segundo temos verificado em comunicações mediúnicas, nosso reencontro com os amados. Eles estão em outra dimensão e o suicida está emparedado em vibrações de baixa potência, realimentado pelos dramas de consciência.
Fonte: A outra vez em que eu morri. De Frederico Menezes.