Em meio a tantos casos de microcefalia poderá está havendo inúmeros casos de aborto criminoso de fetos que carreguem a dificuldade física da microcefalia. O aborto é uma das práticas mais criminosas em que não dar a oportunidade da vítima se defender, isto ocorrendo pelo grandíssimo egoísmo por parte da mais responsável, a mãe, pois não sabe aceitar o seu bebê como ele é, e não sabe assim amar. Desta forma ao invés de progredir a sua evolução recebendo um bebê, com o aborto é a contração de mais dívidas perante as Leis Divinas, e posteriormente mais sofrimentos para sanar tais erros.
Encontramos no livro Evolução em Dois Mundos, pelo Espírito André Luiz, e psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira. O texto que transcrevo abaixo sobre o aborto criminoso, em que André Luiz nos explica as responsabilidades que cabem ao pai e a mãe, assim como no futuro as doenças físicas mais graves em que o aborto vai causar tanto na mãe a mais responsável, e no pai que também é lesado por doenças futuras por não ter assumido a responsabilidade que o cabia, assim como também a pessoa que realizou o aborto; como nos informa também as causas emocionais e psíquicas que esta prática criminosa causa nos que a prática.
- Reconhecendo-se que os crimes do aborto provocado criminosamente surgem, em esmagadora maioria, nas classes mais responsáveis da comunidade terrestre, como identificar o trabalho expiatório que lhes diz respeito, se passam quase totalmente despercebidos da justiça humana?
Temos no plano terrestre cada povo com o seu código penal apropriado à evolução em que se encontra, mas, considerando o Universo em sua totalidade como Reino divino, vamos encontrar o bem do Criador para todas as criaturas, como Lei básica, cujas transgressões deliberadas são corrigidas no próprio infrator, com o objetivo natural de conseguir-se, em casa circulo de trabalho no campo cósmico, o máximo de equilíbrio com o respeito máximo aos direitos alheios, dentro da mínima cota de pena.
Atendendo-se, no entanto, a que a Justiça perfeita se eleva, indefectível, sobre o perfeito amor, no hausto de Deus “em que nos movemos e existimos”, toda reparação, perante a lei básica a que nos reportamos, se realiza em termos de vida eterna, e não segundo a vida fragmentaria que conhecemos na encarnação humana, porquanto uma existência pode estar repleta de acertos e desacertos, méritos e deméritos, e a misericórdia do Senhor preceitua não que o delinquente seja flagelado, com extensão indiscriminada de dor expiatória, o que seria volúpia de castigar nos tribunais do destino, invariavelmente regidos pela Equidade soberana, mas sim que o mal seja suprimido de suas vítimas, com a possível redução do sofrimento.
Desse modo, segundo o princípio universal do Direito cósmico a expressar-se, claro, no ensino de Jesus que manda conferir “a cada um de acordo com as próprias obras”. Arquivamos em nós as raízes do mal que acalentamos, para extirpá-las à custa do esforço próprio, em companhia daqueles que se nos afinem à faixa de culpa, com os quais, perante a Justiça eterna, os nossos débitos jazem associados.
Em face de semelhantes fundamentos, certa romagem na carne, entremeada de creditos e dividas, pode terminar com aparência de regularidade irrepreensível para a alma que desencarna, sob o apreço dos que lhe comungam a experiência, seguindo-se de outra em que essa mesma criatura assuma a empreitada do resgate próprio, suportando nos ombros as consequências das culpas contraídas diante de Deus e de si mesma, a fim de reabilitar-se ante a harmonia divina, caminhando, assim transitoriamente, ao lado de espíritos incursos em regeneração da mesma espécie.
É dessa forma que a mulher e o homem acumpliciados nas ocorrências do aborto delituoso, mas principalmente a mulher, cujo grau de responsabilidade nas faltas dessa natureza é muito maior, à frente da vida que ela prometeu honrar com nobreza, na maternidade sublime, desajustam as energias psicossomáticas, com mais penetrante desequilíbrio do centro genésico, implantando nos tecidos da própria alma sementeira de males que frutescerão, mais tarde, em regime de produção a tempo certo.
Isso ocorre não somente porque o remorso se lhes entranhe no ser, à feição de víbora magnética, mas também porque assimilam, inevitavelmente, as vibrações de angústias e desespero e, por vezes, de revolta e vingança dos espíritos que a Lei lhes reservara para filhos do próprio sangue, na obra de restauração do destino.
No homem, o resultado dessas ações aparece, quase sempre, em existência imediata aquela na qual se envolveu em compromissos desse jaez, na forma de moléstias testiculares, disendocrinias diversas, distúrbios mentais, com evidente obsessão por parte de forças invisíveis emanadas de entidades retardatárias que ainda encontram dificuldade para exculpar-lhes a deserção.
Nas mulheres, as derivações surgem extremamente mais graves. O aborto provocado, sem necessidade terapêutica, revela-se matematicamente seguido por choques traumáticos no corpo espiritual, tantas vezes quantas se repetir o delito de lesa-maternidade, mergulhando as mulheres que o perpetram em angústias indefiníveis, além da morte, uma vez que, por mais extensas se lhes façam as gratificações e os obséquios dos espíritos amigos e benfeitores que lhes recordam as qualidades elogiáveis, mais se sentem diminuídas moralmente em si mesmas, com o centro genésico desordenado e infeliz, assim como alguém indebitamente admitindo num festim brilhante, carregando uma chaga que a todo instante se denuncia.
Dessarte, ressurgem na vida física, externando gravidade, na tessitura celular de que se revestem, a disfunção que podemos nomear como a miopraxia do centro genésico atonizado, padecendo, logo que reconduzidas ao curso da maternidade terrestre, as toxemias da gestação. Dilapidado o equilíbrio do centro referido, as células ciliadas, mucíparas e intercalares não dispõem da força precisa na mucosa tubária para a condução do óvulo na trajetória endossalpingeana, nem para alimentá-lo no impulso da migração por deficiência hormonal do ovário, determinando não apenas os fenômenos da prenhez ectópica ou localização heterotópica do ovo, mas também certas síndromes hemorrágicas de suma importância, decorrentes da nidação do ovo fora do endométrio ortotópico, ainda mesmo quando já esteja acomodado na concha uterina, trazendo habitualmente os embaraços da placentação baixa ou a placenta prévia hemorragípara que constituem, na parturição, verdadeiro suplício para as mulheres portadoras de órgãos germinal em desajuste.
Enquadradas na arritmia do centro genésico, outras alterações orgânicas aparecem, flagelando a vida feminina, como sejam o deslocamento da placenta eutópica, por hiperatividade histolítica da vilosidade corial; a hipocinesia uterina, favorecendo a germicultura do estreptococo ou do gonococo, depois das crises endometríticas puerperais; a salpingite tuberculosa; a degeneração cística do cório; a salpingo-oforite, em que o edema e o exsudato fibrinoso provocam a aderência das pregas da mucosa tubária, preparando campo propício às grandes inflamações anexiais, sem que o ovário e a trompa experimentam a formação de tumores purulentos que os identificam no mesmo processo de desagregação; as síndromes circulatórias da gravidez aparentemente normal, quando a mulher, no pretérito, viciou também o centro cardíaco, em consequência do aborto calculado e seguido por disritmia das forças psicossomáticas que regulam o eixo elétrico do coração, ressentindo-se, como resultado, na nova encarnação e em pleno surto de gravidez, da miopraxia do aparelho cardiovascular, com aumento da carga plasmática na corrente sanguínea, por deficiência no orçamento hormonal, daí resultando graves problemas da cardiopatia consequente.
Temos ainda a considerar que a mulher sintonizada com os deveres da maternidade na primeira ou, às vezes, até na segunda gestação, quando descamba para o aborto criminoso, na geração dos filhos posteriores, inocula automaticamente no centro genésico e no centro esplênico do corpo espiritual as causas sutis de desequilíbrio recôndito, a se lhe evidenciarem na existência próxima pela vasta acumulação do antígeno que lhe imporá as divergências sanguíneas com que asfixia, gradativamente, por meio da hemólise, o rebento de amor que alberga carinhosamente no próprio seio, a partir da segunda ou terceira gestação, porque as enfermidades do corpo humano, como reflexos das depressões profundas da alma, ocorrem dentro de justos períodos etários.
Além dos sintomas que abordamos em sintética digressão na etiopatogenia das moléstias do órgão genital da mulher, surpreenderemos largo capítulo a ponderar no campo nervoso, em face da hiperexcitação do centro cerebral, com inquietantes modificações da personalidade, a raiarem, muitas vezes, no martirológio da obsessão, devendo-se ainda salientar o caráter doloroso dos efeitos espirituais do aborto criminoso para os ginecologistas e obstetras delinquentes.
- Para melhorar a própria situação, que deve fazer a mulher que se reconhece, na atualidade, com dívidas no aborto provocado, antecipando-se, desde agora, no trabalho da sua própria melhoria moral, antes que a próxima existência lhe imponha as aflições regenerativas?
Sabemos que é possível renovar o destino todos os dias. Quem ontem abandonou os próprios filhos pode hoje afeiçoar-se aos filhos alheios, necessitados de carinho e abnegação.
O próprio Evangelho do Senhor, na palavra do apóstolo Pedro, adverte-nos quanto à necessidade de cultivarmos ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade cobre a multidão de nossos males (I Pedro, 4:8).
Fonte: Evolução em Dois Mundos. Pelo Espírito André Luiz. Psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira.
Para saber mais sobre o aborto criminoso/provocado, leia a postagem:
http://jardim-espirita.blogspot.com.br/2013/12/post-98-aborto-provocado-diga-nao.html