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sexta-feira, 28 de abril de 2023

MENSAGEM: EM TORNO DA PROFISSÃO

                       

A sua profissão é privilégio e aprendizado.

Se você puser amor naquilo que faz, para fazer os outros felizes, a sua profissão, em qualquer parte, será sempre um rio de bênçãos.

O seu cliente, em qualquer situação, é semelhante à árvore que produz, em seu favor, respondendo sempre na pauta do tratamento que recebe.

Toda tarefa corretamente exercita é degrau de promoção.

Em tudo aquilo que você faça, na atividade que o Senhor lhe haja concedido, você está colocando o seu retrato espiritual.

Se você busca melhorar-se, melhorando o seu trabalho, guarde a certeza de que o trabalho lhe dará vida melhor.

O essencial em seu êxito não é tanto aquilo que você distribui e sim a maneira pela qual você se decide a servir.

Ninguém procura ninguém para adquirir condenação ou azedume.

Sempre que alguém se queixe de alguém, está criando empeços na própria estrada para o sucesso.

Toda pessoa que serve além do dever, encontrou o caminho para a verdadeira felicidade.

                                

Pelo Espírito André Luiz
Psicografia de Chico Xavier

 

Fonte: Livro Sinal Verde. Psicografia de Chico Xavier. Pelo Espírito André Luiz.

 

quarta-feira, 19 de abril de 2023

MENSAGEM: SOMBRAS

“Orai e Vigiai”

Muitos caminham reclamando das tentações a desafiarem as melhores e mais nobres promessas de conquistas espirituais.

Alguns acreditam ser quase impossível superar as atrações da carne.

Outros desanimam ante o assédio das tendências amargas que persistem. Diversos não creditam às insinuações das sombras a razão de ser da derrota iminente, apresentando-se vencidos e exaustos.

            Não permitas tal estado de espírito em teus passos. As sombras, na realidade, somos nós mesmos que criamos e as carregamos por dentro da alma.

            As sombras são “plugs” de deficiências que estratificamos no ser, ao longo de milênios, rogando as luzes da educação por antídoto eficiente.

            Persevera nos teus propósitos de auto-superação. Ainda que te sintas quase só, persevera sempre. Podemos modificar nossos hábitos e redirecionar nossas energias.

            Nenhuma deficiência da alma é maior que a própria alma.

            “Nossas” sombras que favorecem a ação das sombras perturbadoras do invisível, não resistirão aos raios luminosos do nosso coração aberto ao amor.

            Iluminemos nossos pensamentos. Travemos o bom combate certos da vitória. Vigiemos como quem estuda e aquilata cada emoção e expressão de nosso ser, em dedicado serviço de autoconhecimento e oremos buscando mais forças no reservatório celeste que nos supre.

            As sombras baterão em retirada e ao derredor de nós apenas sol de meio-dia espargirá claridades de paz e esperança para todos.

 


Fonte: Livro – Ajuda-te. Ditado pelo Espírito Marta. Psicografia de Frederico Menezes. Cap. 3.



 

terça-feira, 11 de abril de 2023

LINDOS CASOS DE BEZERRA DE MENEZES: O ÚLTIMO DIA DE DR. BEZERRA DE MENEZES

                                        

        Dr. Bezerra de Menezes faleceu em decorrência de um acidente vascular cerebral em 11 de abril de 1900, quando tinha 68 anos de idade. Então hoje lembramos a sua desencarnação ocorrida há 123 anos.

        No livro Lindos Casos de Bezerra de Menezes, de Ramiro Gama, a sobrinha-neta de Dr. Bezerra, dona Fausta Bezerra Silva, narrou na tarde de 9 de agosto de 1962, momentos da vida de Bezerra de Menezes, dentre esses o seu último dia.

        Quando Dr. Bezerra de Menezes desencarnou, sua sobrinha-neta contava com doze anos de idade. Dr. Bezerra lhe dedicara particular estima por ela possuir um espírito sensível e os dons da vidência e audiência.

        E dona Fausta continua contando que...

        “No dia 10 de abril de 1900, às vésperas de seu desencarne, pedi à minha mãe para levar à sua casa. Sabia-o gravemente enfermo. Aqui e pelos morros havia um clima de tristeza. Todos sentíamos que íamos perder o nosso grande Amigo, o querido Médico dos pobres, o Anjo encarnado da caridade, um dos raros discípulos de Jesus, quando o Espiritismo codificado contava seus 43 anos de consolações.

        Ainda me lembro, emocionada.   

        Penetrei em seu quarto ornado de uma cama e outros moveis simples e sentei-me numa cadeira junto à sua cabeceira.

        Olhou-me e sorriu. Não falava. Somente, minutos antes de seu desencarne, voltou-lhe a voz e mesmo assim, como desejara, para orar à Virgem, de Quem foi devoto sincero e humilde e agradecer-lhe os socorros, a assistência, o amor imenso de mãe querida.

        Aquela cadeira tornou-se histórica.

        Desejei guardá-la e não o conseguir.

        Senti muito.

        Nela sentaram-se infinidades de pessoas, ricas e pobres, sãs e doentes, visitando-o nos seus últimos momentos.

        Diante da serenidade, do testemunho que nos deu de resignação na sua enfermidade, congestão cerebral agravada com a anasarca, todos choravam, evangelizados com aquela página de luz e dor, de humildade e fé.

        O ambiente que possibilitou, mesmo naquela conjuntura, foi de emoção e cura, até para os que, doentes do corpo e da alma, o procuravam no leito da agonia.

        E saíam, dali, melhorados.

        Aquela cadeira registrou prantos e milagres, vibrações sinceras e piedosos agradecimentos.

        No dia seguinte, às 11 horas e meia da manhã, como um justo, entregou sua alma ao Criador.

        Seu enterro foi uma apoteose. Gente dos morros, a cidade e dos subúrbios, homens e mulheres, levaram-lhe o corpo, a pé, daqui até ao cemitério São Francisco Xavier, no Caju.

        Está enterrado logo na entrada, ao lado direito da Capela.

        Há sempre flores no seu túmulo.

        Flores dos corações agradecidos ao Apostolo da Bondade nas terras do Brasil!”


Túmulo/Nicho de Dr. Adolfo Bezerra de Menezes
Cemitério de São Francisco Xavier,  também conhecido como Cemitério do Caju.
Rio de Janeiro, Brasil. Foto Ismael Gobbo



Desencarne
        Foi em meio a grandes dificuldades financeiras que sofreu um acidente vascular cerebral, que o deixou acamado, em janeiro de 1900. Durante três meses Bezerra de Menezes ficou sem poder falar ou se movimentar. Só os olhos se moviam. Houve verdadeira peregrinação à casa do médico dos pobres, no subúrbio modesto. Assim, como acontecia no seu consultório, pobres e ricos misturaram-se em sua casa para visitar o doente. Cada pessoa entrava uma a uma no quarto onde Bezerra ficava, sentava-se em uma cadeira, não falava nada, porque ele não poderia responder, ficava alguns minutos e saía comovida pelo olhar que Bezerra lhe dirigia. E as visitas seguiu-se dia e noite.
        Bezerra de Menezes desencarnou em 11 de abril de 1900, às 11:30 horas da manhã, na Rua 24 de Maio. Tendo ao seu lado a dedicada companheira de tantos anos, Cândida Augusta. A cidade agitou-se com a noticia do seu desencarne, prestando-lhe homenagens.

 

Fonte: livro - Lindos Casos de Bezerra de Menezes, de Ramiro Gama. Uma entrevista com uma sobrinha-neta do Dr. Bezerra de Menezes. 



quarta-feira, 5 de abril de 2023

A EDIFICAÇÃO CRISTÃ

                                     

OS PRIMEIROS CRISTÃOS

        Atingindo um período de nova compreensão concernente aos mais graves problemas da vida, a sociedade da época sentia de perto a insuficiência das escolas filosóficas conhecidas, no propósito de solucionar as suas grandes questões. A ideia de uma justiça mais perfeita para as classes oprimidas tornara-se assunto obsidente para as massas anônimas e sofredoras.

        Em virtude dos seus postulados sublimes de fraternidade, a lição do Cristo representava o asilo de todos os desesperados e de todos os tristes. As multidões dos aflitos pareciam ouvir aquela misericordiosa exortação: - "Vinde a mim, vós todos que sofreis e tendes fome de justiça e eu vos aliviarei" - e da cruz chegava-lhes, ainda, o alento de uma esperança desconhecida.

        A recordação dos exemplos do Mestre não se restringia aos povos da Judéia, que lhe ouviram diretamente os ensinos imorredouros. Numerosos centuriões e cidadãos romanos conheceram pessoalmente os fatos culminantes das pregações do Salvador. Em toda a Ásia Menor, na Grécia, na África e mesmo nas Gálias, como em Roma, falava-se dEle, da sua filosofia nova que abraçava todos os infelizes, cheia das claridades sacrossantas do reino de Deus e da sua justiça. Sua doutrina de perdão e de amor trazia nova luz aos corações e os seus seguidores destacavam-se do ambiente corrupto do tempo, pela pureza de costumes e por uma conduta retilínea e exemplar.

        A princípio, as autoridades do Império não ligaram maior importância à doutrina nascente, mas os Apóstolos ensinavam que, por Jesus Cristo, não mais poderia haver diferença entre os livres e os escravos, entre patrícios e plebeus, porque todos eram irmãos, filhos do mesmo Deus. O patriciado não podia ver com bons olhos semelhantes doutrinas. Os cristãos foram acusados de feiticeiros e heréticos, iniciado-se o martirológio com os primeiros editos de proscrição. O Estado não permitia outras associações independentes, além daquelas consideradas como cooperativas funerárias e, aproveitando essa exceção, os seguidores do Crucificado começaram os famosos movimentos das catacumbas.

 

A PROPAGAÇÃO DO CRISTIANISMO

        Na Judéia cresce, então, o número dos prosélitos da nova crença. O hino de esperanças da manjedoura e do calvário espalha nas almas um suave e eterno perfume. É assim que os Apóstolos, cuja tarefa o Cristo abençoara com a sua misericórdia, espalham as claridades da Boa Nova por toda a parte, repartindo o pão milagroso da fé com todos os famintos do coração.

        A doutrina do Crucificado propaga-se com a rapidez do relâmpago.

        Fala-se dela, tanto em Roma como nas Gálias e no norte da África. Surgem os advogados e os detratores. Os prosélitos mais eminentes buscam doutrinar, disseminando as ideias e interpretações. As primeiras igrejas surgem ao pé de cada Apóstolo, ou de cada discípulo mais destacado e estudioso.

        A centralização e a unidade do Império Romano facilitaram o deslocamento dos novos missionários, que podiam levar a palavra de fé ao mais obscuro recanto do globo, sem as exigências e os obstáculos das fronteiras.

        Doutrina alguma alcançara no mundo semelhante posição, em face da preferência das massas. É que o Divino Mestre selara com exemplos as palavras de suas lições imorredouras.

        Maior revolucionário de todas as épocas, não empunhou outra arma além daquelas que significam amor e tolerância, educação e aclaramento. Condenou todas as hipocrisias, insurgiu-se contra todas as violências oficializadas, ensinando simultaneamente aos discípulos o amor incondicional à ordem, ao trabalho e à paz construtiva. É por essa razão que os Evangelhos constituem o livro da Humanidade, por excelência. Sua simplicidade e singeleza transparecem na tradução de todas as línguas da Terra, prendendo a alma dos homens entre as luzes do Céu, ao encanto suave de suas narrativas.

 

Fonte: Livro – A Caminho da Luz. Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Chico Xavier. Cap. XIV.