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domingo, 18 de setembro de 2022

VAMOS FALAR SOBRE SUICÍDIO?


Segundo o CVV(Centro de Valorização da Vida), a cada hora uma pessoa tira a sua vida no Brasil, mesmo período no qual outras três tentam se matar. Sendo considerado pelo Ministério da Saúde como um problema de saúde pública. E este tema deveria ser discutido em todos os lugares: nos lares, nos ambientes de trabalho, nas escolas, nas religiões... Mas, ainda há grande tabu, preconceito e vergonha nessa luta. Pois, a morte por suicídio toca em questões de crenças, escolhas, barreiras sociais...

Para o CVV quanto para a OMS, trata-se de um problema que se pode prevenir na grande maioria das vezes, a OMS estima que 90% dos casos de suicídio podem serem prevenidos desde que existam condições mínimas para oferta de ajuda voluntária ou profissional, e esse é um dos maiores esforços do CVV. Estudar e discutir sobre o suicídio é uma das formas mais eficientes de se promover a prevenção, pois esta só é possível quando a população, os profissionais de saúde, os jornalistas e governantes tem informações suficientes para conduzir as medidas adequadas e ao seu alcance nessa frente.

A população LGBTQIA+ é uma das que mais sofrem com essa epidemia silenciosa. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, LGBTQIA+ tem cinco vezes mais chances de cometer suicídio do que heterossexuais cisgêneros e a depender do ambiente que está inserido, esse número pode subir até 20 vezes.

No site Carta Capital com a matéria intitulada - Um olhar espírita sobre o suicídio: você não está sozinho. Conta-se tal relato de um amparo do CVV: “Do outro lado da linha, uma voz suave e firme atendeu ao meu chamado. Passava das duas da manhã. A insistência afetiva da atendente me encorajou a dizer as primeiras palavras: não está tudo bem! Você gostaria de conversar sobre o que te aflige? Disse ela. Chorei. Lembro que fiquei quase uma hora chorando e ela, pacientemente, me ouvindo. De vez em quando dizia que estava ali para me acolher e que eu podia confiar nela. A voz da atendente lembrava a voz da minha mãe, motivo, inclusive, do meu sofrimento. Sabe, disse tentando conter o choro, sempre fui um bom filho, mas minha mãe não aceita o fato de eu ser gay. Ela disse que sente vergonha de mim e por isso estou pensando em me matar, para ela não ter mais que sentir vergonha de mim. Ela me fez desistir da ideia.”

Tal empatia, permite que as pessoas falem dos seus sofrimentos, por se sentirem seguras, sem serem julgadas, acolher aqueles que estão nos seus momentos de mais desespero, são meios de evitar que parem de pensar que o suicídio é solução para suas dores e problemas.


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