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Naquele momento Jesus não poderia
fazer muita coisa perante uma multidão enfurecida e amparada segundo a lei judaica
e querendo o experimentar para o também condenar.
Mas, quem realmente era essa mulher?
Quais as circunstâncias que a levou a cometer tal erro?
Será que foi pela sua vontade ou imposta a tal circunstância?
O que colocou tal mulher nessa situação?
Será que só seria ela a “culpada”?
O que teria sido ela ou feito em vidas passadas para está em tal situação?
Será que ela sabia o que é o amor? A infinita misericórdia e ternura de Deus?
Ou será que já tinha um vislumbre sobre o que é Deus?
Tantas perguntas mais além, mais
o Amigo Sublime de todos nós, Jesus, chegou com a sua simplicidade e magnetismo
inenarrável e lhe deu um olhar, não se importou em saber quem ela foi, quem ela
era, ou o que ela fazia, ou fez, Jesus a olhou com dignidade, vendo quem ela
poderia ser, quem ela seria, com todas as suas potencialidades, para recomeçar,
Jesus não se apegou aquele momento, Ele enxergou nela o que ninguém viu, Ele
viu o futuro, Ele viu o que ela ainda não era, e quem nem ela e ninguém que
estavam ali imaginaria que ela seria capaz ser. Jesus se interessou pelo o que
ela seria a partir dali, e do que aquele momento iria proporcionar de entendimento
para aquela mulher se renovar e abrir as portas da transformação da sua vida,
se perpetuando para as suas vidas futuras na matéria. Ele lhe deu uma nova
oportunidade, recomeço, coisa que ninguém ali iria lhe dar.
E é assim em nossa trajetória de
vidas após vida, de reencarnação após reencarnação, essa mulher é um grande
exemplo de cada um de nós, quem sabe o que fomos em nossas vidas passadas? Será
que fomos como ela ou pior que ela? E
Jesus através dos séculos nos vem lançando o seu olhar sublime para nos fisgar
a seguir pelos caminhos da luz.
Raros são os que tem a capacidade
de saber de algumas de suas vidas passadas, não é nada fácil, a verdade é que
nem imaginamos quem fomos e os atos que fomos capazes de fazer, não é para
todos saber de tais verdades, devido ser um grande fardo muitas vezes, por isso
que Deus em sua Infinita Bondade e Sabedoria lança sobre nós o véu do
esquecimento de nossas vidas passadas, pois nem todos estão aptos a saber quem
foi e o que fez, não somos “santos” nem “anjos”, para sabermos o que fomos
temos que ter já uma madureza emocional, psicológica, espiritual, para não nos
levarmos de volta a lugares escuros, pois segundo o que progredimos fica-se
pasmo dos atos feitos e que hoje não somos mais capazes de fazer.
O Cristo Jesus olhou para nós,
como ele sempre olha e olhou através dos séculos, com o seu olhar sublime e de
ternura, a diferença é que em um momento certo da nossa trajetória, quando
estávamos aptos a sermos acolhidos, como aquela Mulher que teve olhos de ver
naquele momento a sublime luz de Jesus através do seu olhar de amor, que nos
permite mergulhar em nosso interior, sem nenhum orgulho e enxergar as nossas
faltas, erros, mesmo tendo sido e feito coisas absurdas e terríveis, ter se
permitido cair o véu do orgulho, da vaidade, da soberba, da ganância, da
luxuria... para se encontrar, olhar para
si mesmo e se reinventar, recomeçar, seguir para a luz. O olhar de Jesus não
apenas salvou aquela Mulher, mas nos salvou também e nos salva a cada dia
perante as nossas fraquezas, enganos, incertezas, faltas... nos permitindo
recomeçar e ver o que há de melhor dentro de nós. Jesus sempre esteve a nos
observar só esperando o momento do nosso despertar, enxergando o que podemos
ser. Somos, fomos como essa Mulher que Jesus estendeu as mãos em meio ao
julgamento de todos, e muitas vezes somos nós que julgamos cruelmente a nós
mesmos, enquanto que vem o Mestre Jesus e nos dar uma nova oportunidade de vida,
pela misericórdia de Deus.
Apesar dos nossos esforços louváveis para o nosso
melhoramento, ainda não queremos ter contato com os “tipos” de pessoas que
Jesus escolheu, que estendeu as mãos, que ajudou, a verdade é que Jesus sempre
escolhia, lançava seu olhar para os que nós consideramos os “piores” os
“indignos”, pois são esses que mais precisam dele. E ainda somos assim. Como esta Mulher Adúltera, ninguém iria
querer uma mulher assim do lado, e quem sabe estaríamos ainda jogando não mais
pedra (quem sabe também), mas jogamos ainda palavras, olhares de reprovação,
mas antes de fazer isto não sabemos se fomos como ela ou pior que ela. Sempre o
Cristo Jesus vai ser o maior exemplo aqui na terra, não julgar, quem tiver sem
pecado que atire a primeira palavra, o primeiro olhar de julgamento, pois não
fomos santos em nossas vidas passadas. Quem nem mesmo o Cristo Jesus não
condenou e nem jogou pedras.
Jesus com a sua sublime visão quando nos olha ver quem
seremos, nos conduzindo quando os nossos olhos não podem ver, nos ajudando a
compreender a vida a nossa trajetória e aceitar, quando esquecemos de quem
somos o Mestre Jesus vem nos relembrar e nos valorizar. A vida é feita sempre
de recomeços, por isso as reencarnações, novas e grandes oportunidades que nos
transformam concedida pela Divina Misericórdia, oh como temos que ser tão
gratos a Deus quem nem imaginamos. Assim, Jesus nos olha e pergunta: “Ninguém
te condenou? Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar.”
Escrito pelo Blog Jardim Espírita.