O Espírito André Luiz é considerado um dos grandes nomes do Espiritismo no Brasil. Tendo se apresentado a Chico Xavier informando que escreveriam juntos alguns livros. Até 1944 com a publicação do livro Nosso Lar ninguém havia contado com tanta riqueza de detalhes como seria o mundo espiritual, com a sua série de livros A Vida no Mundo Espiritual, de 13 volumes assinados escritos ao longo de 25 anos contando histórias do plano espiritual. As obras mostraram na prática, por meio de personagens, o funcionamento da codificação de Allan Kardec.
Quando o Espírito André Luiz se apresentou à Chico Xavier informando que escreveriam alguns livros com ele, o médium aceitou e pediu o nome que seria assinado nos livros, mas desejando manter o anonimato, possivelmente respeitando os parentes que ainda estavam encarnados, sendo uma das hipóteses; escolheu um nome aleatório, como havia um rapaz dormindo na cama ao lado naquele momento, que era André Luiz, o meio-irmão de Chico, foi esse o nome que o espírito escolheu como pseudônimo para assinar as obras. O espírito André Luiz afirmou que optou pelo anonimato, porque: “existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não podem conter ainda toda a verdade.”
No livro Nosso Lar há uma pista de quem teria sido o espírito André Luiz quando vivo, que tendo sido um médico sanitarista conhecido no Rio de Janeiro do início do século 20. Especula-se os nomes de:
- Oswaldo Cruz: que foi um médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista brasileiro. Pioneiro no estudo das moléstias tropicais, como febre amarela e varíola e da medicina experimental no Brasil, fundou em 1900 o Instituto Soroterápico Federal no bairro de Manguinhos, no Rio de Janeiro, transformado em Instituto Oswaldo Cruz, hoje a Fundação Oswaldo Cruz, respeitada internacionalmente.
E a segunda teoria que é a mais sustentada é que teria sido:
- Carlos Chagas: que foi um biólogo, médico sanitarista, infectologista, cientista e bacteriologista brasileiro, que trabalhou como clínico e pesquisador. Atuante na saúde pública do Brasil, iniciou sua carreira no combate à malária. Destacou-se ao descobrir o protozoário Trypanosoma cruzi (cujo nome foi uma homenagem ao seu amigo Oswaldo Cruz) e a tripanossomíase americana, conhecida como doença de Chagas. Ele foi o primeiro e até os dias atuais permanece o único cientista na história da medicina a descrever completamente uma doença infecciosa: o patógeno, o vetor (Triatominae), os hospedeiros, as manifestações clínicas e a epidemiologia. Esta hipótese é confirmada pelo médium Waldo Vieira, que trabalhou junto de Chico Xavier na psicografia de algumas obras da coleção A vida no Mundo Espiritual.
Outra hipótese para o anonimato do espírito é por motivação jurídica. A teoria é que Chico Xavier queria se proteger de um processo, como aconteceu no caso de Humberto de Campos, quando a viúva do escritor requisitou os direitos autorais dos livros psicografados por Chico. Se o médium lançasse o livro atribuído a uma figura publica tão notória quanto Carlos Chagas ou Oswaldo Cruz, estaria abrindo a possibilidade de ser levado novamente aos tribunais caso as famílias julgassem que deveriam receber os direitos autorais pelas obras supostamente escritas pelos parentes.
Quem o Espírito André Luiz foi realmente, na verdade não importa, devemos ter curiosidade para estudar as suas obras trazidas por meio de Chico Xavier e de Waldo Vieira, e tantas outras obras que vai muito além que a coleção A Vida no Mundo Espiritual, nos deixando com a mente bem ocupada, e em ótima companhia. As obras mediúnicas do espírito André Luiz tem uma influência enorme e considerável sobre o movimento Espírita, as descrições do plano espiritual, tornando mais preciso e detalhado nosso conhecimento do mundo espiritual, estabelecendo novo patamar de compreensão da vida espiritual.
É interessante observar que o primeiro livro de André Luiz causou grande impacto pela novidade de suas informações, alguns chegaram a contestar suas descrições de uma vida espiritual muito semelhante a que levamos na Terra, mas o acúmulo de evidências - deste mensagens descrevendo de modo fragmentário a vida espiritual, até obras completas de outros espíritos, por médiuns como Yvonne A. Pereira - provaram sua veracidade. O mais curioso é que descrições semelhantes já existiam desde os primeiros tempos do "Modern Spiritualism" - por exemplo, as que foram registradas por Andrew Jackson Davis (nasc. 1826 - desenc. 1910) - mas tinham caido no esquecimento.
“Somos arquitetos de nossa própria estrada e seremos conhecidos pela influência que projetamos naqueles que nos cercam.” – André Luiz
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