O Espiritismo nos apresenta o que
acontece com os indivíduos depois da morte. Ao especificar que somos seres
espirituais imortais, que o corpo físico é o meio de interagirmos com a
matéria, nos mostra que a vida depois da morte física prossegue exatamente no
plano espiritual como ela terminou no plano físico, que prosseguimos depois da
morte sendo exatamente quem somos, com todas as nossas características, seja
positiva ou negativa que apresentamos; que da maneira com que partimos da
matéria chegamos na realidade espiritual, sem alteração substancial daquilo que
nós somos no nosso mundo emocional, no mundo nosso mundo psicológico, na nossa moral.
Assim, o Espiritismo nos ensina
que o suicídio nunca será alternativa para escapar da realidade, pois quando
partirmos do plano físico nos deparamos com o plano espiritual que é a nossa
verdadeira condição, a espiritual.
O trabalho reencarnatório é de
grandíssima complexidade, neste projeto uma das questões determinadas é do
período organizado para nossa etapa de vida, a programação existencial, que é a
cota de tempo. Para entendermos melhor vamos supor que um indivíduo nasceu para
viver 80 anos, o fluido vital é injetado no perispírito a partir da estrutura
chamada duplo etérico, que é a energia mais densa que envolve nosso corpo
espiritual, quando nós reencarnamos trazemos uma quantidade de energia vital
para viver o que foi programado a fim de que tenhamos aquele tempo previsto de
80 anos de existência, como no exemplo. Se este indivíduo cometesse suicídio
com 50 anos, ele teria ainda 30 anos de energia vital, e que desperdiçou de
oportunidade, então a pessoa que tira a sua vida, no quadro geral, lembrando
que cada caso é um caso, e sempre a Lei Misericordiosa de Deus pesa os méritos
e os deméritos, mas em geral quando o indivíduo comete suicídio o espírito não rompe em definitivo a sua ligação com o
corpo físico, até porque como no exemplo que demos havia uma reserva de 30 anos
de fluido vital, entre o psiquismo, entre o corpo espiritual e entre o corpo em que desprezou ao tirar a
própria vida. Isso irá acarretar de imediato a imantação natural, da ligação do
espírito que se matou o corpo físico, mas que não se livrou da matéria. Morrer
todos nós iremos, o problema não é morrer é desencarnar, isto porque, morrer é
a morte física, desencarnar é desligarmos das sensações físicas, desligar a
nossa mente da matéria densa.
O suicida provoca uma ruptura do
campo vibratório, mas sem romper a imantação pelo fluido vital, pois ele teria
um tempo ainda para viver na matéria. É por isso que muita vez aquele que tira
a sua vida, ele a complica ainda mais, primeiro permanece “em geral” vinculado
ao corpo cadaverizado até a dissolução dos anos restantes de vida que ele
teria.
Os depoimentos que nos chegam dos
espíritos que cometeram suicídio por meio de comunicações, como é o caso do
livro memórias de um suicida, de psicografia de Yvonne A. Pereira, pelo
Espírito Camilo Castelo Branco, sob o pseudônimo Camilo Cândido Botelho. Ele narra
a sua experiência no plano espiritual depois do ato suicida cometido, narrando
as angustias. E há muitos depoimentos de indivíduos que se ver confuso e
enlouquecido, vivo e ao mesmo tempo morto, ver o corpo físico em decomposição, sentindo as sensações de dor do que provocou a sua morte, sente muitas vezes os vermes correrem o corpo físico, e sente como se fosse
nele, isto se chamado repercussão magnética de imantação, não é o que o verme
está comendo o perispírito dele, é o processo vibratório, pois como o individuo
ainda tinha um tempo para fluir da vida material precisa esgotar o fluido
vital, para se livrar das impressões físicas, isto em linhas gerias, não quer
dizer que seja um determinismo para todos. O livro memória de um suicida ainda
nos apresenta o vale dos suicidas, mas temos
que ter consciência que nem todo o suicida vai para este local, deve
haver outros vales como este, no entanto, é do nosso conhecimento este vale por
meio do livro citado, em que este vale foi
criado e pertence a Colônia Espiritual da Legião de Maria, a Mãe de Jesus.
Então, antes dos suicidas serem levados para esta colônia de reeducação, eles
precisam queimar as suas energias mais conturbadas naquele vale, ficam naquela
região, porque a vibração deles é tão
grave que se ficassem na crosta terrestre poderiam induzir muitas pessoas ao
suicídio, pelo fato do seu profundo desequilíbrio vibratório. Assim, a Bondade
Divina para com os suicidas e para com a humanidade encarnada criou este
espaço.
Quando o individuo comete
suicídio, geralmente precisará de mais de uma reencarnação de refacimento, pois
dependendo de como foi o ato suicida, ele quebra de tal forma a vibração do seu
corpo espiritual que precisará de mais de uma reencarnação só para recompor a
vibração do seu corpo espiritual.