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terça-feira, 28 de junho de 2016

AS CONSEQUÊNCIAS DA CULPA NÃO LIBERADA - PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS


A culpa encontra sintonia com as paisagens mais escuras da personalidade humana em que se homizia.

Os conflitos e as mesquinhezes dos sentimentos nutrem-se da presença da culpa, levando a estertores agônicos aquele que lhe sofre a injunção.

Acabrunha e desarticula os mecanismos da fraternidade, tornando o paciente arredio e triste, quando não infeliz e desmotivado.

As suas ações tornam-se policiadas pelo medo de cometer novos desatinos e quase sempre é empurrado para a depressão.

Vezes, porém, outras, apresenta-se com nuanças muito especiais, mediante as quais há uma forma de escamoteá-la através de escusas e de justificações indevidas.

Assevera-se, nessa conduta, que é normal errar, e, sem dúvida, o é, mas não permanecendo em contínua postura de equívocos, prejudicando outras pessoas, sem o reconhecimento das atitudes infelizes que devem sempre ser recuperadas.

Tormentosa é a existência de quem se nutre de culpa, sustentando-a com a sua insegurança. Tudo quanto lhe acontece de negativo, mesmo as ocorrências banais, é absorvido como sentimentos necessários à reparação.

A infância conflituosa, não poucas vezes induz o educando à raiva, ao desejo de vingança, à morte dos pais ou dos mestres. Isto ocorre como catarse liberadora do desgosto. Quando, mais tarde, ocorre algo de infelicitador com aquele a quem foram dirigidos a ira e o desejo de desforço, a culpa instala-se, automaticamente, no enfermo, provocando arrependimento e dor.

Determinados acontecimentos têm lugar, não porque sejam desejados, mas porque sucedem dentro dos fenômenos humanos. Entretanto, a consciência aturdida aflige-se e procura mecanismo de autopunição, encontrando na culpa a melhor forma de descarregar o conflito.

Quando, num acidente, alguém morre ao lado de outrem que sobreviveu, em caso de este não possuir estabilidade emocional, logo se refugia na culpa de haver tomado o lugar na vida que pertencia ao que sucumbiu, sem dar-se conta de que sempre teve igualmente direito à existência.

Tal comportamento mórbido castra muitas iniciativas e desencadeia outros processos autopunitivos de que a vítima não se dá conta.

O arrependimento, que deve ser um fenômeno normal de avaliação das ações, mediante os resultados decorrentes, torna-se, na consciência de culpa, uma chaga a purgar mal-estar e desconfiança.

Como forma de esconder o conflito, surge a autocomiseração, a autocompaixão, quando seria mais correto a liberação do estado emocional, mediante a reparação, se e quando possível.

Reprimir a culpa, tentar ignorá-la é tão negativo quando aceitá-la como ocorrência natural, sem o discernimento da gravidade das ações praticadas.

À medida que é introjetada, porém, a culpa assenhoreia-se da emoção e torna-se punitiva, castradora e perversa.

Gerando perturbações emocionais, pode induzir a comportamentos doentios e atitudes criminosas, em face de repressões da agressividade, de sentimentos negativos incapazes de enfrentamentos claros e honestos que empurram para a traição, para os abismos sombrios da personalidade.

Porque se nutre dos pensamentos atormentadores, o indivíduo sente-se desvalorizado e aflige-se com ideias pessimistas e desagradáveis. Acreditando-se desprezíveis, algumas personalidades de construção frágil escorregam para ações mais conflitivas.

Nos criminosos seriais, por exemplo, a culpa inconsciente propele-os a novos cometimentos homicidas, além do inato impulso psicopata e destrutivo que lhes anula os sentimentos e a lucidez em torno das atrocidades cometidas. Portadores de uma fragmentação da mente, permanecem incapazes de uma avaliação em torno dos próprios atos.

Podem apresentar-se gentis e atraentes, conseguindo, dessa forma, conquistar as suas futuras vítimas, antegozando, no entanto, a satisfação da armadilha que lhes prepara, estimulando-os ao golpe final.

Bloqueando a culpa, saciam-se, por breve tempo, na aflição e no desespero de quem leva à consumpção. Quanto maior for o pavor de que o outro dê mostra, mais estímulo para golpear experimenta o agressor. A fúria sádica explode em prazer mórbido e cessa até nova irrupção.


Fonte: Do livro “Conflitos Existenciais” pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

CULPA – PELO ESPÍRITO EMMANUEL


        Quando fugimos ao dever precipitamo-nos no sentimento de culpa, do qual se origina o remorso, com múltiplas manifestações, impondo-nos brechas de sombra aos tecidos sutis da alma.

        E o arrependimento, incessantemente fortalecido pelos reflexos de nossa lembrança amarga, transforma-se num abcesso mental, envenenando-nos, pouco a pouco, e expelindo, em torno, a corrente miasmática de nossa vida íntima, intoxicando o hausto espiritual de quem nos desfruta o convívio.

         À feição do ímã, que possui campo magnético específico, toda criatura traz consigo o halo ou aura de forças criativas ou destrutivas que lhe marca a índole, no feixe de raios invisíveis que arroja de si mesma. É por esse halo que estabelecemos as nossas ligações de natureza invisível nos domínios da afinidade.

         Operando a onda mental em regime de circuito, por ela incorporamos, quando moralmente desalentados, os princípios corrosivos que emanam de todas as Inteligências, encarnadas ou desencarnadas, que se entrosem conosco no âmbito de nossa atividade e influência.

         Projetando as energias dilacerantes de nosso próprio desgosto, ante a culpa que adquirimos, quase sempre somos subitamente visitados por silenciosa argumentação interior que nos converte o pesar, inicialmente alimentado contra nós mesmos, em mágoa e irritação contra os outros.

         É que os reflexos de nossa defecção, a torvelinharem junto de nós, assimilam, de imediato, as indisposições alheias, carreando para a acústica de nossa alma todas as mensagens inarticuladas de revolta e desânimo, angústia e desespero que vagueiam na atmosfera psíquica em que respiramos, metamorfoseando-nos em autênticos rebelados sociais, famintos de insulamento ou de escândalo, nos quais possamos dar pasto à imaginação virulada pelas mórbidas sensações de nossas próprias culpas.

        É nesse estado negativo que, martelados pelas vibrações de sentimentos e pensamentos doentios, atingimos o desequilíbrio parcial ou total da harmonia orgânica, enredando corpo e alma nas teias da enfermidade, com a mais complicada diagnose da patologia clássica.

        A noção de culpa, com todo o séquito das perturbações que lhe são consequentes, agirá com os seus reflexos incessantes sobre a região do corpo ou da alma que corresponda ao tema do remorso de que sejamos portadores.

        Toda deserção do dever a cumprir traz consigo o arrependimento que, alentado no espírito, se faz acompanhar de resultantes atrozes, exigindo, por vezes, demoradas existências de reaprendizado e restauração.

        Cair em culpa demanda, por isso mesmo, humildade viva para o reajustamento tão imediato quanto possível de nosso equilíbrio vibratório, se não desejamos o ingresso inquietante na escola das longas reparações.

        É por essa razão que Jesus, não apenas como Mestre Divino mas também como Sábio Médico, nos aconselhou a reconciliação com os nossos adversários, enquanto nos achamos a caminho com eles, ensinando-nos a encontrar a verdadeira felicidade sobre o alicerce do amor puro e do perdão sem limites.



Fonte: Livro Pensamento e Vida, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier. Cap. 22.


segunda-feira, 13 de junho de 2016

A PSICOLOGIA DA CULPA

         O Texto a seguir é do Espírito Joanna de Ângelis, em que ela aborta a culpa decorrente de vidas passadas e a culpa que tem origem na infância. E mostra-nos a resultante do que este sentimento causa no indivíduo. Boa leitura.


         Duas são as causas psicológicas da culpa: a que procede da sombra escura do passado, da consciência que se sente responsável por males que haja praticado em relação a outrem e a que tem sua origem na infância, como decorrência da educação que é ministrada.

          A culpa é resultado da raiva que alguém sente contra si mesmo, voltada para dentro, em forma de sensação de algo que foi feito erradamente.

          Este procedimento preexiste à vida física, porque originário, na sua primeira proposta, como gravame cometido contra o próximo, que gerou conflito de consciência.

          Quando a ação foi desencadeada, a raiva, o ódio ou o desejo de vingança, ou mesmo a inconsequência moral, não se permitiram avaliação do desatino, atendendo ao impulso nascido na mesquinhez ou no primarismo pessoal. Lentamente, porém, o remorso gerou o fenômeno de identificação do erro, mas não se fez acompanhar de coragem para a conveniente reparação, transferindo para os arquivos do Espírito o conflito em forma de culpa, que ressuma facilmente ante o desencadear de qualquer ocorrência produzida pela associação de ideias condutora da lembrança inconsciente.

          Quando isto ocorre, o indivíduo experimenta insopitável angústia, e procura recurso de autopunição como mecanismo libertador para a consciência responsável pelo delito que ninguém conhece, mas se lhe encontra ínsito no mapa das realizações pessoais, portanto, intransferível.

          Apresenta-se como uma forte impregnação emocional, em forma de representações ou idéias (lembranças inconscientes), parcial ou totalmente reprimidas, que ressurgem no comportamento, nos sonhos, com fortes tintas de conflito psicológico.

          Na segunda hipótese, a má formação educacional, especialmente quando impede a criança de desenvolver a identidade, conspira para a instalação da culpa.

          Normalmente exige-se que o educando seja parcial e adulador, concordando

com as ideias dos adultos – pais e educadores – que estabelecem os parâmetros da sua conduta, sem terem em vista a sua espontaneidade, a sua liberdade de pensamento, a sua visão da existência humana em desenvolvimento e formação.

         É de lamentar-se que as crianças sejam manipuladas por genitores e professores, quando frustrados, que lhes transmitem a própria insegurança, insculpindo-lhes comportamentos que a si mesmos se agradam em detrimento do que é de melhor para o aprendiz.

         Precipita-se-lhe a fase do desenvolvimento adulto com expressões pieguistas, nas quais se afirmam: “já é uma mocinha”, “trata-se de um rapazinho”, inculcando-lhes condutas extravagantes, sem que deixem de ser realmente crianças.

        A vida infantil é relevante na formação da personalidade, na construção da consciência do Si, na definição dos rumos existenciais.

        A conduta dos adultos grava no educando a forma de ser ou de parecer, de conviver ou de agradar, de conquistar ou de utilizar-se, dando surgimento, quase sempre, quando não correta, a inúmeros conflitos, a diversas culpas.

       Constrangida a ocultar a sua realidade, a fim de não ser punida, sentindo-se obrigada a agradar os seus orientadores, a criança compõe um quadro de aparência como forma de conveniência, frustrando-se profundamente e perturbando o caráter moral que perde as diretrizes de dignidade, os referenciais do que é certo e do que é errado.

       Essa má-educação é imposta para que os educandos sejam bons meninos e boas meninas, o que equivale dizer, que atendam sempre aos interesses dos adultos, não os contrariando, não os desobedecendo. Bem poucas vezes pensa-se no bem estar da criança, no que lhe apraz, naquilo que lhe é compatível com o entendimento.

       Vezes outras, como forma escapista da própria consciência os pais cumulam os filhos com brinquedos e jogos, em atitude igualmente infantil de suborno emocional, a fim de os distrair, em realidade, no entanto, para fugirem ao dever da sua companhia, dos diálogos indispensáveis, da convivência educativa mais pelos atos do que pelas palavras.

        Apesar de pretender-se tornar independente o educando, invariavelmente ele cresce co-dependente, isto é, sem liberdade de ação, de satisfação, culpando-se toda vez que se permite o prazer pessoal fora dos padrões estabelecidos e das imposições programadas.

       Para poupar-se a problemas, perde a capacidade de dizer não, a espontaneidade de ser coerente com o que pensa, com o que sente, com o que deseja.

       Não poucas vezes, a criança é punida quando se opõe, quando externa o seu pensamento, quando se nega, alterando a maneira de ser, a fim e evitar-se os sofrimentos.

       Há uma necessidade psicológica de negar-se, de dizer-se não, sempre que se faça próprio, sem a utilização de métodos escapistas que induzem à pusilanimidade, à incoerência de natureza moral

       Não se pode concordar com tudo, e, ipso facto, omitir-se de dizer-se o que se pensa, de negar-se, de ser-se autêntico. Certamente a maneira de expressar a opinião é que se torna relevante, evitando-se a agressividade na resposta negativa, a prepotência na maneira de traduzir o pensamento oposto. Torna-se expressivo, de certo modo, não exatamente o que se diz, mas a maneira como se enuncia a informação.

       Esse hábito, porém, deve ser iniciado na infância, embutindo-se no comportamento do educando a coragem de ser honesto, mesmo que a preço de algum ônus.

       Essa insegurança na forma de proceder e a dubiedade de conduta, a que agrada aos outros e aquela que a si mesmo satisfaz, quase sempre desencadeiam processos sutis de culpa, que passam a zurzir o indivíduo na maioria das vezes em que é convidado a definir rumos de comportamento.

       A culpa pode apresentar-se a partir do momento em que se deseja viver a independência, como se isso constituísse uma traição, um desrespeito àqueles que contribuíram para o desenvolvimento da existência, que deram orientação, que se esforçaram pela educação recebida. Entretanto, merece considerar que, se o esforço foi realizado com o objetivo de dar felicidade, a mesma começa a partir do instante em que o indivíduo afirma-se como criatura, em que tem capacidade para decidir, para realizar, para fazer-se independente.

       Os adultos imaturos, no entanto, diante desse comportamento cobram o pagamento pelo que fizeram, dizendo-se abandonados, queixando-se de ingratidão, provocando sentimentos injustificáveis de culpa, conduta essa manipuladora e infeliz.

       Esse método abusivo é normalmente imposto à infância, propiciando que a culpa se instale, quando a criança dá-se conta de que pensa diferente dos seus pais, exigindo desses educadores sabedoria para poderem diluí-la e apoiarem o que seja correto, modificando o que não esteja compatível com a educação.

       A culpa é algoz persistente e perigoso, que merece orientação psicológica urgente.


Fonte: Do livro “Conflitos Existenciais” pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

O SENTIMENTO DE CULPA

          Já tivermos inúmeras vidas, passamos por varias culturas, raças, níveis sociais, tempos da história terrena... Com erros e acertos, possivelmente errando mais que acertando. E determinados erros grava no espírito o sentimento de culpa.

          Estes erros acarreta no espírito quando desencarna uma condição moral precária. Carrega no plano espiritual os tormentos das suas falhas, com remorso e sem esquecer os erros que cometeu, com a situação difícil de vivenciar, para esquecer temporariamente os atos cometidos, para trabalhar a sua culpa, redimir-se, perdoar-se, implora pela oportunidade de reencarnar novamente, muitas vezes em condições precárias, assim a vida na matéria surge como um refugio em seu socorro, para esquecer de si mesmo temporariamente e dos erros praticados.

          Deus concede a benção do esquecimento quando reencarnamos, porque seria impossível de convivermos com fatores do nosso passado, como vimos a reencarnação no assunto de culpa é um refugio, por esquecer temporariamente os atos cometidos em outra experiência física. No entanto, apesar do esquecimento do passado carrega-se traços, resquícios da personalidade passada, ou seja, as reencarnações anteriores deixa características psíquicas, pelo jeito como se ver, se encara o mundo, a vida, como se vive, as aspirações, as tendências... Apesar do esquecimento.


          Assim, há pessoas que carregam o sentimento de culpa sem saber o por que, e do que acarretou tal sentimento, sendo isto reminiscências, lembranças inconscientes da vida passada, devido a intensidade da experiência e porque quando estava na erraticidade (vivendo no mundo espiritual entre uma encarnação e outra) imporam a si mesmos de forma punitiva o pensamento fixo do ato negativo cometido, que quando reencarnam novamente passam o tempo inteiro esperando sofrimento, tragédia.

          A culpa produz inúmeras aflições, isto porque instala-se de modo doentio e é como corroesse as emoções, permitindo que se instale na mente conflitos que leva a loucura, sendo consequência da insegurança psicológica no julgamento das próprias ações. O espírito Joanna de Ângelis afirma que: “A culpa deflui de uma ação física ou mental portadora de carga emocional negativa em relação a outrem ou a si mesmo.”

          Estas faltas cometidas são como fantasmas que assombram a consciência do indivíduo culpado, podendo leva-lo a passar a existência física consumindo-se em desespero, raiva, tristeza, lamentação, mágoa... Abrindo-se para o estado depressivo, e assim para as incidências obsessivas, pois devido ao seu estado de culpa os espíritos inferiores o manipulam para causar graves danos espirituais, provocando quadros de pessimismo, desânimo, desconforto emocional, podendo em casos mais graves e crônicos levar à loucura, ou até mesmo à morte física.

          Os espíritos culpados estão no caminho da regeneração, mas precisam estar sempre prevenido-se contra as reminiscências infelizes do passado de culpa, isto porque ficar trazendo a mente a lembrança dos erros cometidos não ajuda em nada, o que se tem que ter é consciência do estado em que a sua moral se apresenta no caminho evolutivo, para poder saber onde se deve trabalhar com maior perseverança e avançar sem medo de recomeçar sempre que falhar novamente, é buscar melhoras com a auto ajuda de forma permanente, até vencer a si mesmo. Não é necessário ficar sempre buscando nas lembranças desta ou de outras existências as causas dos sofrimentos atuais, que estas falhas podem-se e devem-se serem solucionadas. Lembremos de Mestre Jesus: “Orai e vigiai.” É a atitude que sempre temos que tomar.

           No livro Sendas Luminosas de Divaldo Franco, pelo espírito de Joanna de Ângelis, encontramos que: “A ascensão é experiência grave que exige esforço e decisão imbatíveis. Qualquer desalento ou incerteza frustra o programa de crescimento íntimo, conspirando contra o prosseguimento da marcha... Não há, na Terra, pessoa alguma que se encontre sem haver passado pelo caminho do erro para acertar, da sombra para alcançar a luz, do sofrimento para melhor amar...
Consciência de culpa é porta aberta para a reparação e não para a descida ao abismo do sofrimento.”