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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

PROGRESSÃO DOS MUNDOS

 


                O progresso é uma das leis da natureza; todos os seres da Criação, animados e inanimados, a ele estão submetidos pela bondade de Deus, que quer que tudo engrandeça e prospere. A própria destruição, que parece aos homens o termo das  coisas, não é senão um meio de atingir, pela transformação, um estado mais perfeito, porque tudo morre para renascer, e coisa alguma se torna nada.

                Ao mesmo tempo que os seres vivos progridem moralmente, os mundos que eles habitam progridem materialmente. Que pudessem seguir um mundo nas suas diversas fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros átomos que serviram à sua constituição, vê-lo-ia percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas por graus insensíveis a cada geração, e oferecer aos seus habitantes uma morada mais agradável, à medida que estes avançam, eles mesmos, na senda do progresso. Assim, caminham paralelamente o progresso do homem, e dos animais seus auxiliares, dos vegetais e da habitação, porque nada é estacionário na Natureza. Quanto esta ideia é grande e digna da majestade do Criador! E, ao contrário, quanto é pequena e indigna do seu poder aquela que concentra sua solicitude e sua providência, sobre o imperceptível grão de areia da Terra, e restringe a Humanidade a alguns homens que a habitam!

                A Terra, seguindo essa lei, esteve material e moralmente num estado inferior ao que está hoje, e atingirá, sob esse duplo aspecto, um grau mais avançado. Ela atingiu um dos seus períodos de transformação, em que, de mundo expiatório, torna-se-á mundo regenerador; então, os homens serão felizes, porque a lei de Deus nela reinará. (Santo Agostinho, Paris, 1862).

 

 Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec. Capítulo III, item 19.  



quinta-feira, 19 de novembro de 2020

MUNDOS REGENERADORES


                    Entre essas estrelas que cintilam na abóboda azulada, quantos mundos há, como o vosso, designados pelo Senhor para a expiação e a prova! Mas há também mais miseráveis e melhores, como os há transitórios que se podem chamar de regeneradores. Cada turbilhão planetário, correndo no espaço ao redor de um foco comum, arrasta consigo seus mundos primitivos de exílio, de prova, de regeneração e de felicidade. Já vos falaram desses mundos onde a alma nascente é colocada, quando, ignorante ainda do bem e do mal, pode caminhas para Deus, senhora de si mesma, na posse do seu livre-arbítrio; já vos foi dito de que imensas faculdades a alma está dotada para fazer o bem; mas, ah! Existem as que sucumbem, e Deus, não querendo seu aniquilamento, lhes permite ir para esses mundos onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, se regeneram, e se tornarão dignas da gloria que lhes estava reservada.

                Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos felizes; a alma que se arrepende, neles encontra a calma e o repouso, acabando de se depurar. Sem dúvida, nesses mundos, o homem está ainda sujeito às leis que regem a matéria; a Humanidade experimenta as vossas sensações e os vossos desejos, mas está livre das paixões desordenadas, das quais sois escravos; neles não mais de orgulho que faz calar o coração, de inveja que o tortura, de ódio que o sufoca; a palavra amor está escrita sobre todas as frontes; uma perfeita equidade regula as relações sociais; todos se revelando a Deus, e tentando ir a ele, seguindo suas leis.

                Neles, todavia, não está ainda a felicidade perfeita, mas a aurora da felicidade. O homem aí é ainda carne e, por isso mesmo, sujeito às vicissitudes de que não estão isentos senão os seres completamente desmaterializados; há ainda provas a suportar, mas que não tem as pungentes angustias da expiação. Comparados à Terra, esses mundos são muito felizes, e muitos de vós ficariam satisfeitos em aí se deterem, porque é a calma depois da tempestade, a convalescença depois de uma cruel moléstia; mas o homem, menos absorvido pelas coisas materiais, entrevê, melhor que vós, o futuro; ele compreende que há outras alegrias que o Senhor promete para aqueles que delas se tornem dignos, quando a morte tiver ceifado de novo seus corpos para lhes dar a verdadeira vida. É então que a alma liberta planará sobre todos os horizontes; não mais os sentidos materiais e grosseiros, mas os sentidos de um perispírito puro e celeste, aspirando as emanações do próprio Deus sob os perfumes do amor e da caridade que se espalham do seu seio.

                Mas, ah! nesses mundos, o homem é ainda falível, e o espírito do mal não perdeu, ali, completamente seu império. Não avançar é recuar, e se não está firme no caminho do bem, pode voltar a cair nos mundos de expiação, onde o esperam novas e mais terríveis provas. 

                Contemplai, pois, essa abóboda azulada, à noite, à hora do repouso e da prece, e nessas esferas inumeráveis que brilham sobre vossas cabeças, perguntai-vos as que conduzem a Deus, e pedi-lhe que um mundo regenerador vos abra seu seio depois da expiação da Terra. (Santo Agostinho, Paris, 1862).


Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec. Capítulo III, itens  16 a 18.



sexta-feira, 13 de novembro de 2020

DESTINAÇÃO DA TERRA. CAUSA DAS MISÉRIAS HUMANAS.



            Espanta-se em encontrar sobre a Terra tanta maldade e más paixões, tantas misérias e enfermidades de toda sorte, e se conclui disso que a espécie humana é uma triste coisa. Esse julgamento provém do ponto de vista limitado em que se está colocado, e que dá uma ideia falsa do conjunto. É preciso considerar que, sobre a Terra, não se vê a Humanidade, mas apenas uma pequena fração dela. Com efeito, a espécie humana compreende todos os seres dotados de razão que povoam os inumeráveis mundos do Universo; ora, o que é a população da Terra, perto da população total desses mundos? Bem menos que a de um lugarejo em relação á de um grande império. A situação material e moral da Humanidade terrestre nada mais tem que espante, inteirando-se da destinação da Terra e da natureza daqueles que a habitam.

                Far-se-ia dos habitantes de uma grande cidade uma ideia muito falsa, se fossem julgados pela população de bairros ínfimos e sórdidos. Num hospital não se veem doentes e estropiados; numa prisão de forçados veem-se todas as torpezas, todos os vícios reunidos; em regiões insalubres, a maior parte dos habitantes são pálidos, fracos e sofredores. Pois bem, que se figure a Terra como sendo um subúrbio, um hospital, uma penitenciaria, uma região malsã, porque ela é ao mesmo tempo tudo isso, e se compreenderá por que as aflições sobrepujam as alegrias, pois não se enviam a um hospital as pessoas sadias, nem às casas de correção aqueles que não fizeram o mal; e nem os hospitais, nem as casas de correção são lugares de prazeres.

                Ora, da mesma forma que, numa cidade, toda a população não está nos hospitais ou nas prisões, toda a Humanidade não está sobre a Terra; como se sai do hospital quando se está curado, e da prisão quando se cumpre o tempo, o homem deixa a Terra por mundos mais felizes, quando está curado das suas enfermidades morais.

 

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec. Capítulo III, itens 6 e 7.



quinta-feira, 5 de novembro de 2020

PRECE: PARA PEDIR UM CONSELHO

PREFÁCIO. Quando estamos indecisos em fazer, ou não fazer uma coisa, devemos, antes de tudo, nos colocar as seguintes questões:

              1° -  A coisa que hesito em fazer pode causar um prejuízo qualquer a outrem?

             2° - Ela pode ser útil a alguém?

3° - Se alguém a fizesse a mim, eu ficaria satisfeito?

Se a coisa não interessa senão a si, é permitido balancear a soma das vantagens e dos inconvenientes pessoais que podem dela resultar.

Se ela interessa a outrem, e fazendo o bem a um possa fazer o mal a outro, é preciso, igualmente, pesar a soma do bem e do mal, para se abster ou agir.

Enfim, mesmo para as melhores coisas, é preciso ainda considerar a oportunidade e as circunstancias acessórias, porque uma coisa boa em si mesma pode ter maus resultados em mãos inábeis, se não é conduzida com prudência e circunspecção. Antes de empreendê-la, convém consultar as forças e os meios de execução.

Em todos os casos, pode-se sempre reclamar a assistência dos espíritos protetores, lembrando-se desta sábia máxima: Na dúvida, abstém-te. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, n° 38).



PRECE

Em nome de Deus Todo-Poderoso, bons espíritos que me protegeis, inspirai-me a melhor resolução a tomar na incerteza em que estou. Dirigi meu pensamento para o bem, e desviai a influência daqueles que tentarem me desencaminhar.

 

Fonte: Livro - Coletânea de Preces Espíritas. Allan Kardec. 


segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Música Espírita: A Morte

Música: A morte
CD: Luz de Chrystal
Cantora: Helena Cristina


LETRA DA MÚSICA: A Morte

A morte não existe
é uma ilusão!
O que morre é o corpo
o espírito, não,
(a vida continua em outra dimensão) (bis)

Convido-te, meu amigo,
faça uma reflexão!

Na questão da morte e
da vida, não tem outra solução

Morrer e nascer de novo
em busca da perfeição,
Morrer e nascer de novo
em busca da evolução

Abra os olhos não se
atormente a morte é renovação
(é separação necessária a nossa civilização) (bis)    

A boa nova nos ensina
a não temê-la jamais,
(o que deixamos é uma
roupagem, nossa essência não se desfaz)  (bis)

Aqueles que a temem
ainda não têm no coração,
(as verdades do evangelho
para nossa redenção)  (bis)

A boa nova nos ensina
a não temê-la jamais,
(o que deixamos é uma
roupagem, nossa essência não se desfaz)  bis

(a morte não existe é uma ilusão!
o que morre é o corpo
o espírito, não) (bis)

la,la,la....