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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

DÉJÀ VU NO ENTENDIMENTO DO ESPIRITISMO

            O termo Déjà vu é uma expressão da língua francesa que significa: “Já visto”. Em que descreve a reação psicológica da transmissão de ideias de que já se esteve naquele lugar antes, ou já se viu aquelas pessoas, ou outro elemento externo, ou já ter vivido certa situação presente, quando na realidade isto não era de conhecimento anterior. Em alguns casos ocorre a habilidade de predizer os eventos que acontecerão em seguida, o que é denominado premonição. Outras vezes, a pessoa pode determinar o tempo exato e o local onde a experiência original ocorreu. 

            Déjà vu pode-se descrever como uma sensação desencadeada por um fato presente, que faz com que quem o sofra lhe pareça estranhamente que já presenciara aquela especifica situação, quando, em verdade, não o fizera. Ao verdadeiro déjà vu o sentimento, a sensação de estranheza é indispensável, de que se está vivenciando uma experiência do passado. Pode-se sentir um pouco confuso, ou indeciso, ou triste por sentir que a memória já não tem a limpidez de outros tempo, mas isso é natural; o sentimento associado ao déjà vu clássico não é o de confusão ou de dúvida, mas sim o de estranheza. Tem-se a sensação esquisita de estar revivendo alguma experiência passada, sabendo que é materialmente impossível que ela tenha algum dia ocorrido. 


Explicação científica
            O cérebro possui vários tipos de memória, como a imediata, responsável, por exemplo, pela capacidade de repetir imediatamente um número de telefone que é dito e logo em seguida esquecê-lo; a memória de curto praz, que dura algumas horas ou dias, mas que pode ser consolidada; e a memória de longo prazo, que dura meses ou até anos, exemplificada pela aprendizagem de uma língua. O déjà vu ocorre quando há uma falha cerebral: os fatos que estão acontecendo são armazenados diretamente na memória de longo ou médio prazo, sem passar pela memória imediata, o que nos dá a sensação de o fato já haver ocorrido. 

           Freud dizia que o déjà vu resultava da lembrança de desejos inconscientes ou fantasias do passado que eram ativadas pela situação presente. Também o déjà vu poderia ser uma autodefesa, ou seja, nosso inconsciente processava a informação de que aquilo já havia acontecido, por isso, não devia temer, pois já havia passado por aquela experiência anteriormente.


Explicação espiritual
            Com base nos ensinamentos do Espiritismo o déjà vu são lembranças de momentos vividos em outras vidas. E essas lembranças conseguem retomar à nossa mente quando vemos alguma imagem, ouvimos um som, sentimos um cheiro ou sentimos uma sensação. Nossas lembranças não são apagadas, ficam armazenadas em nosso espírito. Assim, o déjà vu permite acessar informações de outras encarnações. É o encontro do passado com o presente.

            Joanna de Ângelis explica que: “ O Ser real é constituído de corpo, mente e espírito. Dessa forma, uma abordagem psicológica pode ser verdadeiramente eficaz deve ter uma visão holística do ser, tratando de seu corpo (físico e periespirítico), de sua mente (consciente, inconsciente e subconsciente) e de seu espírito imortal que traz consigo uma bagagem de experiências anteriores à presente existência e está caminhando para a perfeição Divina.”

            Hans Holzer, em seu livro Vida Além Vida, descreve o seguinte: “A maioria dessas experiências déjà vu pode ser explicada com base na precognição. Uma experiência é prevista e não é registrada na hora. Mais tarde, quando a experiência se torna uma realidade objetiva e a pessoa passa por ela, de repente lembra-se “em um piscar de olhos” que já a conhecia. Em outras palavras, a maioria das experiências déjà vu nada mais são do que incidentes precógnitos esquecidos. Contudo, existe uma pequena parte dessas experiências que não pode ser explicada dessa maneira. Entre elas está em ir a uma cidade ou uma casa pela primeira vez e prever com exatidão como é a casa ou a cidade – a ponto até de conhecer os cômodos, os móveis, a disposição de objetos e outros detalhes que estão muito além do âmbito da proconição normal. (...) Em geral, as experiências precógnitas são parciais e enfatizam certos pontos notáveis, talvez alguns detalhes, mas nunca todo o quadro. Quando o número de detalhes lembrado torna-se muito grande, temos que desconfiar sempre de que se trata de lembranças de uma encarnação passada.

            Ainda no livro de Hans Holzer, ele descreve a experiência déjà vu de um soldado: “durante a Segunda Guerra Mundial, um soldado se viu na Bélgica. Enquanto seus companheiros se perguntavam como entrar em determinada casa em uma cidadezinha daquele país, ele lhes mostrou o caminho e subiu a escada à frente deles, explicando, enquanto subia, onde ficava cada cômodo. Quando, depois disso, lhe perguntaram se havia estado ali antes, ele negou, dizendo que nunca havia deixado seu lar nos Estados Unidos, e estava dizendo a verdade. Não conseguia explicar como, de repente, se vira dotado de um conhecimento que não possuía em condições normais”.

            Deve-se ter cuidado para que uma ilusão não se confunda com uma experiência déjà vu. O termo déjà vu se tornou popular dando amplo sentido a tudo que nos parece familiar. A experiência déjà vu é muito profunda e o sentimento é de estranheza. Devem ser separadas, as teorias de reencarnação, sonhos ou desdobramentos, das teorias de desejos inconscientes, fantasias do passado, mecanismo de autodefesa, ilusão epiléptica, entre outras, para melhor discernimento do que realmente é um déjà vu e o que é apenas uma ilusão de nossa imaginação fértil.


Fonte: Revista Cristã de Espiritismo,edição 35.

           Wikipedia

           Blog Letra Espírita



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