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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

DICA DE LIVRO: A Gênese. Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo



O livro: A Gênese. Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. De Allan Kardec. Das obras básicas do Espiritismo, foi o quinto livro publicado, tendo sido lançado no ano de 1868. Sendo comemorado neste ano de 2018, 150 anos do seu lançamento.
O livro se divide em três partes, sendo: A primeira parte – A Gênese. A Segunda parte – Os Milagres. E a terceira parte – As Predições.
A Gênese. Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo, é o livro em que Kardec usa a ciência para explicar a criação do universo e do planeta Terra.  É um passeio por toda a criação do planeta Terra, e ainda no capítulo 2, Kardec nos fala sobre a existência de Deus, e no capítulo seguinte nos esclarece sobre a Origem do Bem e do Mal. É um livro cientifico sob a visão do Espiritismo, e que nos explica o papel da ciência na gênese. No capítulo 6, há um grande presente para os leitores, pois este capítulo foi extraído, textualmente, de uma série de comunicações ditadas à Sociedade Espírita de Paris em 1862 e 1863, sob o titulo de Estudos Uranográficos, e assinados por Galileu, médium Sr. C. F., em que discorre sobre a Uranografia Geral: O espaço e o tempo. – A matéria. – As leis e as forças. – O sóis e os planetas. – A via láctea... dentre outros assuntos. Sendo realmente um presente. Em relação aos  Milagres, é abordado os milagres contidos nos evangelhos, de forma racional e com abordagem cientifica.  Já as predições fala de acontecimentos futuros abordando passagens bíblicas. 

A criação da Humanidade (corpórea e espiritual) e do mundo material sempre foi, desde a Antiguidade, um tema palpitante e polêmico.
E, nesta obra, Kardec mostra-nos que a Revelação Espírita lança intensa luz sobre essa grande questão.
Dois outros temas interessantes são também analisados: os Milagres e as Predições – no sentido amplo e, em particular, no Evangelho  -, tornando-os compreensíveis e naturais ao nosso entendimento.
No capítulo final, Os Tempos são Chegados, o Codificador alerta-nos sobre o difícil período de transição que atravessamos, transmitindo-nos muita esperança e fé.  
(Parte da descrição do Livro A Gênese. Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. De Allan Kardec. da Editora IDE)

No capítulo 1, Kardec escreve que:
 A ciência é a obra coletiva dos séculos e de uma multidão de homens que deram, cada um, o seu contingente de observações, e das quais se aproveitam aqueles que vem após eles.
(...)
O Espiritismo, dando-nos a conhecer o mundo invisível, que nos envolve e no meio do qual vivemos sem disso desconfiarmos, as leis que o regem, suas revelações com o mundo visível, a natureza e o estado dos seres que o habitam, e, em consequência, o destino do homem depois da morte, é uma verdadeira revelação, na acepção cientifica da palavra. 
Por sua natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: resulta, ao mesmo tempo, da revelação Divina e da revelação cientifica. (...)

A Doutrina codificada por Kardec tem caráter científico, religioso e filosófico. Essa proposta de aliança da Ciência com a Religião está expressa em uma das máximas de Kardec, no livro “A Gênese”: “O espiritismo, marchando com o progresso, jamais será ultrapassado porque, se novas descobertas demonstrassem estar em erro sobre um certo ponto, ele se modificaria sobre esse ponto; se uma nova verdade se revelar, ele a aceitará”.

O livro A Gênese. Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec está disponível em diversas edições de várias editoras, à preço acessível ao público muitas edições custa cerca de R$15,00. 

Boa Leitura!

domingo, 26 de agosto de 2018

MINUTOS DE SABEDORIA: Caminhe Alegre Pela Vida!

Caminhe alegre pela vida!

Plante sementes boas de paz e otimismo, vivendo bem com sua consciência.

Ajude aos outros o mais que puder, de tal forma que sua vida se torne uma alegria constante, por beneficiar a todos.

Não pergunte se eles agradecerão ou retribuirão a você.

Faça o bem, sem pensar na recompensa, porque só assim você demonstrará amor para com todos.



Fonte: Livro: Minutos de Sabedoria. De C. Torres Pastorino. Mensagem 110.

domingo, 19 de agosto de 2018

MÚSICA ESPÍRITA: MÃE

Música: Mãe
CD: Luz de Chrystal 
Cantora: Chrystal (Helena Cristina)



LETRA DA MÚSICA: MÃE

Mãe, sublime amor,
Instrumento divino,
Que deus nos ofertou

Laços de amizade
Por toda eternidade,
Mãe, seu nome é amor...

Mãe, seu útero sagrado
É o berço querido
Que nos faz conceber e  ter
A oportunidade
De reparar o passado com
Esse novo renascer

Mãe, doce é seu nome,
Sublime é seu amor,
Ternura de vida, mãe,
Cheiro de flor

A...gradeço, ó! Mãe,
Pelos dias e noites
Que me consagrou
Mãe, você é meu
Ninho de amor.

Introdução

Repete todo a musica

(mãe, você é meu
Ninho de amor) ( no final repete três vezes) la,la....... 

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

ABORTO: A RESPONSABILIDADE DO PAI E DO PROFISSIONAL DE SAÚDE


          Um tema importante para se debater é a responsabilidade do pai da criança abortada, que estimulou ativamente ou que influenciou a realização do aborto com sua omissão. Qual a parcela de responsabilidade que lhe cabe? Afinal, a mulher não pode ser o único foco responsável da questão. Nesse momento identificamos o machismo perverso que ainda sobrevive em nossa sociedade.

         O conceito hipócrita que atribui à mulher a condição de única responsável pelo crime praticado, uma vez que é ela quem de fato realiza o aborto. E o homem covarde que a fecundou fica isento de responder legal e socialmente pelo ato. Todavia, a Divindade o conhece e as Leis da Vida não permitem que ele fuja de sua própria consciência, pois o homem reconhece que cometeu um crime vergonhoso, mesmo que não esteja ciente de que a mulher vai abortar. O seu delito, inicialmente, foi não oferecer apoio àquela que ele fecundou, já que este apoio é compreendido como uma responsabilidade paterna intransferível. A tarefa de cuidar da criança e a responsabilidade por um eventual aborto não podem ser depositados apenas sobre os ombros da mulher.


        Não importa que o ato sexual praticado pelo homem tenha sido por uma busca leviana de prazer momentâneo ou por causa do uso de bebida alcoólica e drogas numa festividade qualquer, que afetaram o seu julgamento em relação aos próprios atos. Isso é indiferente. Se o parceiro procurou-a para o sexo, com qualquer motivação que se possa imaginar, tem o dever de ampará-la, no caso de uma gravidez que surpreenda os dois, pois o que acontecer com a vida da gestante e da criança terá o pai como corresponsável. Os amigos espirituais são unânimes nesta opinião.

        Já os pais de adolescentes que incentivaram ou patrocinaram o aborto para ajudarem a filha a se livrar de uma gravidez não planejada são duplamente responsáveis pelo grave delito. Primeiro, porque não educaram, não vigiaram e não atenderam às necessidades afetivas da filha, deixando-a correr um risco desnecessário. E agora, para diminuir a culpa ou as consequências da sua invigilância, levam-na a perpetrar um crime muito maior, que pesará na economia espiritual dela e deles também, que são corresponsáveis.

         Por outro lado, os profissionais de saúde que praticam a interrupção criminosa da gestação, são pessoas que cometeram um delito ainda mais cruel! Fizeram um juramento para salvar a vida e respeitá-la, mas estão amealhando recursos financeiros que defluem de um crime praticado contra a vida, ainda mais quando se trata de vítimas indefesas.

          A História do século XX narra a trajetória de profissionais que cometiam mais de dez abortos por dia nos Estados Unidos. Nesse país, foi publicado um documentário denominado O Grito Silencioso, que mostra filmagens de abortos utilizando microcâmaras para captar imagens intrauterinas. As cenas documentam o momento exato da expulsão dolorosa da criança que se encontra no organismo materno. Quando o profissional introduz uma lâmina ou um aparelho qualquer para despedaçar a criança e retirá-la do útero, o pequeno ser percebe que será assassinado e desfere um grito pungente que ninguém ouve, mas que traduz o sofrimento de uma vida sendo esfacelada.

          Esses profissionais corrompidos são verdadeiros infanticidas que, no seu ato de desmantelar a vida, assemelham-se àqueles que trabalham num abatedouro de animais, separando peças bovinas destinadas ao fornecimento de carne para consumo humano. O indivíduo que se encontra no abatedouro ao menos está exercendo uma profissão para a qual foi treinado, enquanto o profissional de saúde que pratica o aborto não foi preparado para matar, mas sim, para salvar.

          O médium e orador espírita Divaldo Franco fala que em um país que visita periodicamente há muitas décadas, está ocorrendo um fenômeno inusitado. Como o aborto foi legalizado nesse país, várias mulheres têm procurado médicos para realizarem a interrupção da gravidez a seu bel-prazer. E quando chegam ao consultório essas gestantes se deparam com muitos médicos que se recusam a efetuar o procedimento, afirmando que ele fere a ética da sua profissão. Este comportamento denota um amadurecimento psicológico coletivo da classe médica naquele país, atingindo um elevado patamar de dignidade humana e de respeito pela vida.

          Mesmo nos países em que o aborto foi legalizado, o profissional de saúde que adere a essa prática estará dilapidando o patrimônio que lhe foi concedido por Deus, para que se tornasse um benfeitor da humanidade, porque ele fez um juramento para salvar vidas.


         Na atualidade, alguns conceitos científicos mostram-nos que o compromisso dos profissionais de saúde não é impedir a morte a qualquer preço, mas salvar vidas ou tornar a vida mais agradável, prolongando-a sempre que possível e colaborando para que tenha qualidade. Nesse painel de responsabilidades claramente estabelecidas, por que uma pessoa, que exerce uma profissão de saúde, se permitiria o luxo de matar? Por que converter o sacerdócio num profissionalismo vulgar?

         As consequências desta atitude são imprevisíveis, porque ninguém burla impunemente as Soberanas Leis da Vida. Mas não apenas para a mãe, senão também para o genitor do feto que tenha contribuído para a infeliz decisão, assim como para aquele que é o aborteiro.

          Para que a decisão da mãe seja a do aborto, quase sempre o genitor tem envolvimento emocional indireto. A sua conduta pode ser visualizada como um fator preponderante. A negligência do mesmo em não se responsabilizar pela aceitação do filho, negando-se ao dever que se deriva da autoria da concepção, faz com que ele se torne corresponsável pela tragédia.

        Ao médico, por sua vez, cabe o dever de preservar a vida em qualquer forma como se apresente e jamais interrompê-la, porquanto, para tal jurou e aprendeu como fazê-lo. Nesse conúbio que se apresenta entre a mulher que se sente defraudada, o homem que a explorou e aquele que interrompe a existência em formação, surge um compromisso negativo que os une para o futuro, nas consequências que sofrerão perante a Consciência Cósmica...


Fonte: Livro Sexo e Consciência de Divaldo Franco. Organizado por Luiz Fernando Lopes.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

CONSEQUÊNCIAS E RESPONSABILIDADES DO ABORTO


         São muito graves os efeitos na economia moral de quem opta por fazer o aborto ou de quem o incentiva. Na ignorância moral em que se encontra e estando consciente da ocorrência, o Espírito abortado rebela-se e busca vingança, por compreender que lhe foi negada a oportunidade de evoluir. Não são poucos os casos de obsessões que tem a sua gênese no aborto provocado.

         As mulheres que engravidam e matam seus filhos com muita naturalidade desconhecem que são responsáveis por esse terrível flagelo que se impõem a si mesmas, pois os Espíritos abortados normalmente não as perdoam, o que provocará um litígio de grandes proporções. Eles acompanham sutilmente essas mulheres até que elas vivenciem alguma dificuldade na vida. Nesse momento, eles se voltam contra elas e exacerbam seus conflitos existenciais até conseguirem perturbá-las, atirando-as em estados depressivos ou facilitando quadros psicóticos aparentes, que na verdade são transtornos mediúnicos, classificados como obsessões espirituais. Em seguida, esse processo alcançará também o homem que foi motivo do crime hediondo.

         Quando ainda não se encontra consciente do que lhe ocorreu, o Espírito sofre o ato cruel e imanta-se por afinidade àquela que o expulsou do útero materno. Como esses seres prematuramente expulsos do corpo já estavam com seu períspirito imantado às células, o organismo físico é eliminado, mas permanecem as suas fixações perispirituais junto ao organismo da mulher, o que poderá causar um futuro câncer de colo de útero e outras doenças do sistema reprodutor feminino. O ódio desses seres que tiveram a vida cerceada transforma-se em uma alucinação convertida em ondas mentais deletérias no organismo fragilizado da mulher, que as assimila e sofre alterações no seu estado de saúde.


         O médium e orador espírita Divaldo Franco relata a seguinte história: “Certa vez, eu conheci uma senhora que deveria ter uns trinta anos de idade, quando começou a frequentar a Mansão do Caminho.
         Quando contava aproximadamente cinquenta e cinco anos, ela recebeu o diagnóstico de um câncer de útero, que ao ser revelado já havia produzido metástase óssea que lhe provocava dores quase insuportáveis.
         Naquela época, na cidade de Salvador, não havia quimioterapia. O único tratamento disponível era a radioterapia aplicada no Hospital do Câncer. A minha amiga submeteu-se ao tratamento radioterápico e ficou com muitas lesões no corpo, porque a técnica ainda estava em fase experimental. Quando ela estava muito mal mandou chamar-me. Eu já a visitava periodicamente, mas, na ocasião, ela deu-se conta de que iria desencarnar e desejava falar-me. O câncer já havia invadido o mediastino e o óbito era uma questão de tempo.
         Eu procurei levantar-lhe o ânimo, quando, então, ela fez-me a seguinte revelação: 
         — Divaldo, as Leis de Deus são soberanas. Eu sei por que estou com câncer. E felizmente a Doutrina Espírita chegou em boa hora para mim. Só a assimilei depois da doença. Como você sabe, eu conheço o Espiritismo há alguns anos, pois frequento a sua instituição faz muito tempo. Mas ainda não o havia digerido adequadamente. Eu aceitava a proposta sem maiores compromissos e permanecia enganando-me. A minha situação é a seguinte: eu tenho um companheiro que é um homem casado. Eu o amo muito e ele também diz que me ama. Nesses últimos vinte anos eu realizei mais de uma dezena de abortos dele, já que eu não poderia ser mãe. Ele me garantia que se eu preservasse um filho nosso e ele descobrisse, seria a última vez em que nos veríamos, pois ele nunca deixaria a esposa e nunca registraria um filho fora do casamento. Naquela época, não havia exame de DNA nem a imposição da lei para que o pai biológico assumisse a responsabilidade pelo filho. Então, por amor a ele, eu abortei em mais de dez ocasiões diferentes.
         Eu fiquei simplesmente estarrecido! Como a alma humana é complexa! Como é que ela pôde ouvir a proposta de Jesus, os enunciados a respeito do “Não matarás”, e em nome de um amor irreal, que era somente desejo, tormento sexual, matar crianças com tanta impiedade? Porque o amor não mata! O amor liberta! Se ela realmente amasse aquele homem, dir-lhe-ia: “Prefiro vê-lo feliz com a sua mulher a vê-lo atormentado comigo, causando-me também infelicidade”. Se ela de fato o amasse, renunciaria ao relacionamento sexual com ele e continuaria amando-o, desde que ele já era feliz com a esposa.
         Por isso, o câncer era o resultado de todas as agressões que ela praticou contra o próprio organismo. Felizmente, a sua consciência despertou ainda aqui na Terra. E menos de uma semana depois do nosso diálogo ela desencarnou.
         Muitos anos mais tarde eu a encontrei em uma visita a uma região dolorosa do mundo espiritual inferior, para onde os Espíritos amigos me conduziram em desdobramento consciente a fim de realizar observações e estudos. Ela me reconheceu e contou-me as consequências dos seus atos criminosos.
        Esclareceu-me que estava profundamente arrependida dos abortos praticados. Mas os seres cujas vidas ela havia destruído não a perdoaram, sendo que um deles tentou renascer oito vezes, e dela recebendo uma resposta negativa por meio da interrupção criminosa da gestação.
       Alguns dos Espíritos receberam da Misericórdia Divina a oportunidade de reencarnar em outras famílias. Porém, esse reincidente desenvolveu por ela um ódio tão intenso que se lhe alojou psiquicamente no útero e deu início ao processo de alterações celulares que culminou no câncer e na sua desencarnação.
       Por fim, ela informou-me que estava programada para reencarnar junto a esse Espírito vingativo, como gêmeos xifópagos (gêmeos siameses), para que os dois pudessem regularizar o débito contraído. São muitas as consequências do aborto na encarnação subsequente.”

       Poucos sabem que Divaldo Franco poderia ter sido abortado, mas a sua mãe negou fazer o aborto. A seguinte confissão de cunho pessoa de Divaldo sobre o assunto:  “Não tenho a intenção de concordar com a atitude de revide que os seres abortados assumem perante aquelas pessoas que lhes roubaram a oportunidade da reencarnação, mas quero dizer que eu compreendo perfeitamente a dor que lhes aniquila os sentimentos profundos, pois sou o décimo terceiro filho de uma família numerosa, e quase não pude renascer... Pelo desejo dos meus pais, o meu irmão, que é cinco anos mais velho do que eu, seria o último filho a nascer. Minha mãe já experimentava os primeiros sinais do climatério quando percebeu algo estranho no seu corpo e consultou-se com um médico, que lhe deu a inesperada notícia de uma gravidez tardia. Por causa do organismo debilitado, depois de doze partos e três abortos espontâneos, o médico sugeriu-lhe que interrompesse a gestação para que ela não tivesse a saúde gravemente comprometida. A orientação médica foi dada nos seguintes termos:
        — Dona Ana, vamos fazer o aborto! A senhora já realizou sua missão de mãe com os doze filhos que Deus lhe concedeu.
        — Não, doutor! Eu não vou abortar meu filho!
        — Mas esta criança vai matá-la! A senhora não tem condições de saúde para resistir!
        Diante dos argumentos do médico, era provável que qualquer pessoa aderisse à proposta por ele apresentada. Nossa família tinha muitas dificuldades financeiras e faria ainda maiores sacrifícios se mais uma criança viesse ao mundo. Não obstante, a minha mãe, contrariando aquilo que para muitos seria uma solução óbvia, voltou-se para o médico e respondeu:
       — Se eu morrer no intuito de dar a vida a um filho, para mim será uma honra!
       (...) E a minha mãe não me abortou. Eu tenho para com ela uma dívida de gratidão indescritível! Ao correr o risco de sacrificar sua própria vida, ela me permitiu mais de oitenta anos de existência física. Se me tivesse abortado, será que eu a amaria? Será que eu não estaria hoje dominado pela mágoa (e até mesmo pelo ódio) de ver perdida a chance que a Divindade me desenhava naquele momento? Não se pode descartar esta hipótese. No entanto, aqueles seres que indubitavelmente ainda se encontram num patamar incipiente de evolução psicológica cultivarão sentimentos de animosidade e de revolta que geram obsessões das mais lamentáveis, com consequências que se estendem para a vida espiritual.
       É fascinante constatar como devemos fazer tudo ao nosso alcance para preservar a vida. A vida humana é patrimônio de Deus e ninguém, sob pretexto algum, tem o direito de interrompê-la. O aborto, sob qualquer aspecto em que se apresente, permanece como crime hórrido que um dia desaparecerá da Terra, em face da crueldade e covardia de que se reveste.”


Fonte: Livro Sexo e Consciência de Divaldo Franco. Organizado por Luiz Fernando Lopes.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

A TERRA JÁ ERA POVOADA DEPOIS QUE CAIM MATOU ABEL?



          Caim (depois da morte de Abel) respondeu ao Senhor: Minha iniquidade é
muito grande para poder dele obter o perdão. – Vós me expulsais hoje de cima da Terra, e eu irei me esconder de diante de vossa face. Eu serei fugitivo e vagabundo sobre a Terra, portanto, quem quer que me encontre, me matará. – O Senhor lhe respondeu: Não, assim não será; porque quem matar Caim será punido muito severamente por isso. E o Senhor pôs um sinal sobre Caim, a fim de que aqueles que o encontrassem não o matassem.


         Tendo Caim se retirado de diante da face do Senhor, foi vagabundo sobre a Terra, e habitou a região oriental do Éden. – E tendo conhecido sua mulher, ela concebeu e pariu Henoch. Ele edificou uma cidade, a que chamou Henoch (Enochia) do nome de seu filho.

         Se se prender à letra da Gênese, eis a que consequências se chega: Adão e Eva estavam sozinhos no mundo depois de sua expulsão do paraíso terrestre; não foi senão posteriormente que tiveram por filhos Caim e Abel. Ora, tendo Caim matado o seu irmão e tendo se retirado para uma outra região, não reviu mais seu pai e sua mãe, que ficaram de novo sozinhos; não foi senão muito tempo depois, com a idade de cento e trinta anos, que adão teve um terceiro filho, chamado Seth. Depois do nascimento de Seth, ele viveu ainda, segundo a genealogia bíblica, oitocentos anos, e teve filhos e filhas.

          Quando Caim veio se estabelecer no oriente do Éden, não havia, pois, sobre a Terra senão três pessoas: seu pai, sua mãe e ele, sozinho de seu lado. Entretanto, ele teve uma mulher e um filho; qual poderia ser essa mulher, e onde pudera tomá-la? O texto hebreu diz: Ele estava edificando uma cidade, e não ele edificou, o que indica uma ação presente e não uma ulterior; mas uma cidade supõe habitantes, porque não se deve presumir que Caim a fez para ele, sua mulher e seu filho, nem que pôde construí-la sozinho.

         É necessário, pois, inferir desse relato mesmo que a região estava povoada; ora, não poderia sê-lo pelos descendentes de Adão,  que então não tinha outro descendente senão Caim.

         A presença de outros habitantes ressalta igualmente desta palavra de Caim: “Eu serei fugitivo e vagabundo, e quem quer que me encontre me matará,” e da resposta que Deus lhe deu. Por quem  poderia temer ser morto, e para que o sinal que Deus pôs sobre ele para preservá-lo, se não deveria encontrar ninguém? Se, pois, havia sobre a Terra outros homens fora da família de Adão, é porque aí estavam antes dele; de onde esta consequência, tirada do próprio texto da Gênese, que Adão não foi nem o primeiro e nem o único pai do gênero humano.

         Está ideia não é nova. La Peyrère, sábio teólogo do século dezessete, em seu livro aos Pré-adamitas, escrito em latim e publicado em 1655, tirou do próprio texto original da Bíblia, alterada pelas traduções, a prova evidente de que a Terra era povoada antes da vinda de Adão. Esta opinião é hoje a de muitos eclesiásticos esclarecidos. 


Fonte: A Gênese – Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. Allan Kardec. Cap. XII.