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segunda-feira, 28 de julho de 2014

PERGUNTA DE UM LEITOR: Quando alguém desencarna devido a Aids, essa pessoa sofre no plano espiritual? Ainda sofrerá por ter desencarnado devido a uma doença ligada a má educação sexual?

     Recebi um comentário/pergunta ontem, e agradeço ao leitor pela visita ao Jardim Espírita, e espero que você tenha encontrado alguma coisa de útil aqui que leve você a uma compreensão a mais. Estou respondendo a sua pergunta como uma postagem, porque podemos esclarecer outras pessoas em relação a tal assunto. Tento responder as perguntas o mais rápido possível, pois tenho que conciliar as minhas atividades diárias, o meu dia a dia com o blog. Vejamos a pergunta :      

Quando  alguém desencarna devido a Aids, mas no fim de sua vida se conscientizou sobre sua condição, tendo uma vida com mais fé e regrada, essa pessoa sofre no plano espiritual? Ainda sofrerá por ter desencarnado devido a uma doença ligada a má educação sexual?

Resposta:

    Para ter o auxilio das equipes espirituais de desencarne e o acolhimento recebido posteriormente no plano espiritual em que o espírito foi caminhado, só depende de nós, ou seja, das nossas atitudes, ter uma vida cada vez mais voltada ao bem, a caridade, ao amor ao próximo...

     Em relação a sua primeira pergunta,em que quando uma pessoa desencarna com Aids, mas no fim de sua vida se conscientizou da sua situação, se tal pessoal vai sofrer ou sofre no plano espiritual. A resposta é que cada caso é um caso. Mas, se tal pessoa que desencarnou por causa da Aids teve consciência do porque de tal enfermidade, o espírito desta pessoa vai se adaptar mais facilmente no mundo espiritual, e esta conscientização ajudou mais ainda ao espírito no processo de pagamento das suas dividas, pois sofreu com resignação e isto lhe fazendo compreender tais faltas que cometeu, o ajudando a se desfazer de tais inferioridades referente ao que decorreu a doença. E no mundo espiritual, se abre um entendimento muito maior do porque teve que sofrer com tal doença.

     E em relação a se voltará sofrer por ter desencarnado por causa de uma doença ligada a má educação sexual. Se tal pessoa se conscientizou realmente, sinceramente da sua condição, as suas dividas foram pagas, porque Deus não é um Deus vingativo, nem cruel, Deus é Pai e não existe castigo eterno, quando sofremos é porque fizemos coisas erradas, é a Lei de Causa e Efeito, que é uma lei universal, que dar ordem em todo o cosmo. Ou seja, colhemos o que plantamos. As doenças são os depurativos da alma,e somado a conscientização e arrependimento sincero dos nossos erros, nossa alma vai se libertando das imperfeições, se purificando.

Em resumo: todos nós evoluímos na Terra e no Mundo Espiritual compatível com nossas necessidades e possibilidades de progresso. As doenças surgem pelo nosso distanciamento das leis morais da vida, podendo ser consequências de vícios e desequilíbrios, desta ou de outras encarnações. A mudança de atitude, de comportamento que se inicia pelo desejo de melhorar, de mudança, coloca o individuo em harmonia com as Leis Divinas, o sofrimento e a dor só surgi novamente se ainda o espírito tiver necessidade, sendo uma imposição do próprio espírito que não está de bem com sua própria consciência, e assim buscar não errar mais. Mas isto não pode ser visto como sendo castigos de Deus, mas sim a busca pela consciência limpa, pela depuração da alma.

     Espero que tenha conseguiu te esclarecer alguma coisa, e para você saber mais sobre as doenças a luz do Espiritismo, leia essa postagem, vai ser muito interessante para você: http://jardim-espirita.blogspot.com.br/2014/03/post130-doencas-na-visao-da-doutrina.html
    Muita harmonia,luz, boas idéias  e entendimento para você. Que Deus sempre nos ampare.

domingo, 27 de julho de 2014

Post.161: COMO É SER ESPÍRITA? SERÁ QUE ESTAMOS SENDO BONS ESPÍRITAS?

Ser espírita não é apenas ir assistir palestras, ler livros, ou realizar algum trabalho no centro espírita, ou acreditar na reencarnação, na imortalidade da alma, ou na mediunidade... Ser espírita vai muito além. Se não houver a busca sincera pela renovação interior, nada do que se fizer será valido, pois se faz pela aparência. Ser espírita é buscar a mudança de dentro para fora, e esta mudança traz uma gigantesca mudança em todas as áreas da nossa vida. Segundo Allan Kardec, os verdadeiros espíritas são aqueles que crêem, admiram e praticam. E ainda nos informa que: “O verdadeiro espírita não é o que crê nas comunicações, mas o que procura aproveitar os ensinamentos dos espíritos. De nada  adianta crer, se sua crença não o faz dar sequer um passo na senda do progresso, e não o torna melhor para o próximo.”

Não adianta frequentar centro espírita, assistir a palestras, participar de seminários, se não tratamos principalemente as pessoas do nosso convívio com dignidade e amor, principalmente o nosso núcleo familiar, pois o conteúdo da palestra não está sendo colocado em pratica, popularmente falando “está entrando em um ouvido e saindo no outro.”

                O Espiritismo não é uma Doutrina de contemplação, nem de fé cega, nem de fanatismo, nem de histerismo, nem de exibicionismo,nem de aparências, nem de busca por recompensa... Mas, o Espiritismo é sim a Doutrina que nos possibilita autoavaliação constante, aperfeiçoamento dos pensamentos e atitudes, meditarmos o que somos, como estamos agindo, vigiar nossos atos. Ser espírita é edificar, é edificar nosso interior, nossa moral e intelecto. É edificar a cada dia a caridade a ser praticada, tanto nas grandes como nas simples coisas.

Temos que nos desafiar diariamente entre o que se é atualmente e o que se pode ser, é ir domando as nossas imperfeições; é um desafio interior, para ser cada vez mais coerente, temos que exercitar  os conceitos aprendido na pratica diária. E não um desafio de vencer o outros, e nem de ser melhor, ou mais poderoso, ou mais importante, não é concorrência... Temos que cada vez mais tomar atitude dentro dos princípios que estamos seguindo. O espírito Leocádio José Correia, afirma que ser espírita é alguém que: “Fez integral mudança de seu comportamento porque sua consciência critica se alterou.”

Quando nos tornamos espíritas nossa responsabilidade cresce imensamente, a cada conhecimento adquirido a nossa responsabilidade aumenta, pois, passamos a conhecer o que não conhecíamos, e como já carregamos tais conhecimentos a nossa culpa em tomar atitudes erradas aumenta.

Então, temos que vencer as nossas más inclinações, fazer autoanálise, e ter a coragem de autotransformar, praticar a caridade de numa forma abnegada sem esperar absolutamente nada em troca, isto é o que nos torna melhores. Quando assumi-se tal compromisso o relacionamento familiar melhora, assim como na área profissional nos tornamos mais harmônicos, no meio social fazendo cada vez mais o bem, exercendo a caridade cada vez mais, pois passamos a nos colocar no lugar do outro.

A Doutrina Espírita segue o Evangelho de Jesus Cristo, sendo espírita cristão. Então, para ser uma pessoa cada vez melhor basta seguir os ensinamentos de Jesus com sinceridade,coisa que qualquer pessoa pode fazer independente de religião, sendo as máximas do Cristo perfeitas, magníficas, lindas, inspiradoras...  Isto é o que nos faz plenos e trás paz. E não se dar como uma pessoa boa, humilde e fraterna somente quando se está no centro espírita. Ser espírita é uma questão interior, e não aparências externas.

A frase a seguir resume em perfeição o que é ser espírita:

“Reconhece-se o verdadeiro espírita por sua transformação moral, e pelos esforços que faz para dominar as más inclinações.” Allan Kardec

sábado, 26 de julho de 2014

PERGUNTA DE UM LEITOR: Os conhecimentos intelectuais se perdem depois do desencarne?

     Hoje recebi um lindo comentário de um leitor chamado Gustavo.
     Gustavo agradeço de coração essa sua gratidão, que tenha certeza é recíproca, também preciso de vocês para poder aprender e ir em busca de mais entendimento; e preciso de vocês para poder repartir no Jardim Espírita o pouco de conhecimento que carrego desta linda Doutrina Espírita. Fiquei feliz em ler o seu comentário. Peço inspiração sempre a Deus, a Jesus e aos meus amigos iluminados para seguir cada vez mais com esse pequeno trabalho. E agradeço a todos pela ajuda que investem em me tanto dos encarnados como dos desencarnados, tenho certeza que não é um trabalho solo. Vejamos o comentário de Gustavo:

Olá, boa noite!

Gostaria, primeiramente, de agradecer a nobre tarefa que vocês, amigos, exercem com este blog! Sinto extrema gratidão por, generosamente, disponibilizarem tantas informações de forma clara, simples. Que esse trabalho seja eterno!

Gostaria de fazer uma pergunta! O espírito recobra a aparência física da encarnação quando está desencarnado. Porém, e os conhecimentos adquiridos nas encarnações? Possuo conhecimento de que os valores e experiências da alma não se perdem neste trânsito entre o mundo material e espiritual, mas e o conhecimento propriamente dito, como as informações que aprendemos na escola sobre química, física, matemática, filosofia e até as linguagens? Se perdem ou são recobradas no desencarne? (Não apenas as informações da reencarnação mais recente, mais sim em relação a todas).

Desde já agradeço!


    Resposta:

    Os espíritos de evolução mediana, que são a maioria dos encarnados aqui na Terra, mantém ao desencarnar a aparência física da ultima encarnação. No entanto, se for de necessidade do espírito já com entendimento, ele pode retomar a aparência de outras vidas passadas, aquela aparência que mais lhe foi relevante, mas preservando sempre todos os seus aprendizados, lembranças. 

    Os conhecimentos e experiências adquiridos pelo espírito nas encarnações ficam registradas em sua mente, sediada no corpo espiritual que é o perispírito. Nisso, o acesso dessas informações, tem haver com a intensidade e a continuidade de sua absorção, ou seja, as pessoas que ao adquirirem certos conhecimentos intelectuais ou de linguagem que envolveu nesta aquisição sentimento, emoção, estes marcam mais profundamente sua mente. No mundo espiritual o aprendizado vai sendo retomado, relembrado segundo o grau de evolução em que o espírito está, se já é um espírito com mais entendimento as lembranças são retomadas mais rápidas, se é um espírito com menos entendimento as lembranças vão sendo retomadas mais lentamente. Assim, esses aprendizados intelectuais adquiridos antes, facilitam o domínio destas faculdades intelectuais, quando o espírito reencarna; são as idéias inatas que trazemos, atualmente muito bem observadas em algumas crianças que são chamadas de superdotadas,  no entanto, são o acumulo de experiências e conhecimentos adquiridos; ou nós mesmos que temos mais aptidão para aprender um assunto mais rápido do que outros. 

    Também podemos usar o exemplo de André Luiz em que, no livro Nosso Lar, ele continua com o aprendizado da medicina que teve aqui na Terra, só que ele precisava desenvolver mais o seu lado sentimental, e exercitar a humildade para ir de encontro com os aprendizados da medicina que teve aqui no mundo material. Outro exemplo, são pessoas em que tem extrema facilidade para aprender um idioma. Outros já tem mais aptidão para a matemática, a física, a astronomia... Tudo lembranças, aprendizados adquiridos em outras vidas, e porque não também lembranças e aprendizados aperfeiçoados no mundo espiritual? 

    Espero que tenha te ajudado a compreender mais sobre esse tema, e uma leitura interessante para você e para os demais leitores, é a postagem sobre Idéias Inatas, segue o link: http://jardim-espirita.blogspot.com.br/2014/05/post-146-ideias-inatas.html

    Fique a vontade para sempre cim ao Jardim Espírita, sempre estou fazendo postagens novas. 
    Abraço.
    Que Deus te ampare sempre. Muita luz, harmonia e entendimento. 


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Post.160: NOS DOMÍNIOS DA FALA

Não somente falar, mas verificar, sobretudo, o que damos com as nossas palavras.
Automaticamente, transferimos estados de alma para aqueles que nos ouvem, toda vez que damos forma às emoções e pensamentos com recursos verbais.
Terás pronunciado formosos vocábulos, selecionando frases a capricho, no entanto, se não as tiveres recamado de bondade e entendimento é possível que tenhas colhido apenas indiferenças ou distância nos companheiros que te compartilham a experiência. Ainda mesmo hajam sido as tuas expressões das mais corretas e das mais nobres, gramaticalmente considerando, se nelas colocaste quaisquer vibrações de pessimismo ou azedume, ironia ou insinceridade, elas terão sido semelhantes a recipientes de ouro que derramassem vinagre ou veneno, ferindo ou amargurando corações ao redor de ti.

Isso ocorre porque, instintivamente, a nossa palavra está carregada de nosso próprio espírito, ou melhor, insuflamos os próprios sentimentos em todos aqueles que nos prestem atenção. À vista disso, analisemo-nos em tudo o que dissermos.

Conversa é doação de nós mesmos.
Opiniões que exteriorizamos são pinceladas para a configuração de nosso retrato moral. Mais que isso, o verbo é criador. Cada frase é semente viva. Plantamos o bem ou o mal, a saúde ou a enfermidade, o otimismo ou o desalento, a vida ou a morte, naqueles que nos escutam, conforme as idéias edificantes ou destrutivas que lhes imponhamos pelos mecanismos da influenciação, ainda mesmo indiretamente.
Balsamizarás as feridas dos que se encontrem caídos nas trilhas do mundo, entretanto, que será de nossos irmãos horizontalizados na angústia se não lhes instilamos no coração a fé necessária para que se levantem na condição de filhos de Deus, tão dignos e tão necessitados de bênção de Deus, quanto nós?
Estudemos a nossa palavra, entendendo-lhe a importância na vida.

Diálogo é o agente que nos expõe o mundo íntimo.

O verbo é o espelho que nos reflete a personalidade real para julgamento dos outros.
Falarás e aparecerás.

Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier

sábado, 19 de julho de 2014

Post.159: MENTIRA – MÁSCARA DE COMPORTAMENTO

Mentir caracteriza e comprova a intensa imaturidade do comportamento humano. Há estudos que comprovam que as pessoas mentem o tempo todo, na maioria dos casos para ser conveniente, para resolver ou sair de uma situação acabam apelando para a mentira. 

Jesus disse:  “Seja o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.” (Mateus, 5:37).
Esta fala de Jesus quer dizer que a mentira desabrocha e faz o indivíduo chegar as faixas mais escuras do comportamento humano, e que tem consequências danosas para a pessoa que mente. Sendo mais simples falar sim ou não, para não se enrolar cada vez mais nas teias das mentiras e causar danos a si mesmo e aos outros.  Temos que ser o mais corretos possível no falar, sem medo de ser deselegante falando a verdade. Deselegante é mentir.


A mentira desajusta o psiquismo, e coloca o ser humano no mesmo nível dos espíritos perturbadores, perturbados e inferiores, assim o indivíduo fica vulnerável a eles. Pois, mentir nos aprisionam nas baixas vibrações. Nisto, imaginemos a situação das pessoas que mentem todos os dias, e algumas vezes mentem sem ter consciência, ou nem admitem para si mesmas que estão mentindo, ou até mesmo mentem por mania. Mentir é usar as palavras inconsequentemente. A partir do que vamos evoluindo, aprendemos a desnecessidade das mentiras e passamos a não mais entende-las, a não mais usá-las.

Richard Simonetti afirma que, se a mentira fosse eliminada, seria eliminado a maior parte dos males do Mundo, porquanto eles estão associados à mentira. Sem a mentira não haveria adultério, corrupção, demagogia, desonestidade, especulação, estelionato... A lista iria longe.

Muitos relacionamentos de todos os tipos são baseados em mentiras, formando desafetos. Muitas vezes usa-se palavras falsas, com a intenção de não ferir o outro, ou mentem para enganar, no entanto, estão enganando a si mesmas e não aos outros. Pois, tudo é energia, o que pensamos e o que falamos também, nisto tudo o que pensamos fica pairando à nossa volta, e não temos consciência que ficamos absorvendo o tempo todo essas impressões boas ou ruins, tanto nós quanto as demais pessoas ao redor. A mentira não engana ninguém, pelo fato que pensamentos são vibrações, quando pensamos emitimos os pensamentos como frequência e ficam pairando no ar, e as pessoas o capita.
   
Necessitamos praticar a verdade, para irmos nos libertando das nossas inferioridades, é preciso coragem para assumirmos nossas limitações e falhas que carregamos, e é preciso assumir as responsabilidades pelos pensamentos, palavras e atos que se comete. Pessoas que mentem ouvem muito e não aprendem nada. Se por acaso não tiver nada de bom, de útil ou de verdadeiro para falar, não fale nada. É melhor ficar calado do que falar mentiras ou coisas insinceras.

Ser amigável não significa ser o tempo todo bajulador, e tentar agradar o outro todo o tempo, quando gostamos verdadeiramente somos capazes de dizer não e de falar a verdade, é sermos sinceros com nós mesmos primeiramente e com o próximo. Não vamos manipular nossos pensamentos, sentimentos e emoções, sejamos leais a nós mesmos, e consequentemente seremos leais com os demais.  Se a pessoa se aborrece com a verdade, vamos saber que tal pessoa não costuma fazer análise da sua própria consciência.

        Não vamos permitir que sejamos contaminados com e por sentimentos, palavras e pensamentos inferiores. Falemos sempre a verdade, mesmo que ela não seja bem vinda. Fale a verdade que vem do coração. A verdade apenas é. Vamos escolher as palavras para edificar e não para fazer mal. Vamos ousar falando a verdade, vamos ousar em ser verdadeiros. A verdade cura, a verdade liberta, a verdade não precisa usar máscaras, ou parecer ser o que não é, como a mentira. A verdade é profundamente simples, por ser única. 


segunda-feira, 14 de julho de 2014

Post.158: O COMPROMISSO DOS PAIS COM OS FILHOS


A família é o núcleo central da sociedade, e é a partir dela que é trabalhado o aperfeiçoamento do espírito, se libertando das suas fraquezas e imperfeições que ainda carrega, é na família que aprendemos a amar verdadeiramente, desenvolvendo o perdão, a gratidão, a compreensão, a harmonia... Poucos pais e mães tem conhecimento da grande responsabilidade que carregam perante seus filhos. Filhos são dádivas que Deus permite gerarmos ou os que chegam até nós por meio da adoção, e essas dádivas tem que frutificarem. Ser pai e mãe é carregar uma responsabilidade maior do que pensa. O sucesso ou insucesso da guarda destes espíritos é de total responsabilidade dos pais. As questões 208 e 582 de O Livro dos Espíritos, esclarece tal fato:

208. Nenhuma influência exercem os Espíritos dos pais sobre o filho depois do nascimento deste?
“Ao contrário: bem grande influência exercem. Conforme já dissemos, os Espíritos têm que contribuir para o progresso uns dos outros. Pois bem, os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes isso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho.”

582. Pode-se considerar como missão a paternidade?
“É, sem contestação possível, uma verdadeira missão. É ao mesmo tempo grandíssimo dever e que envolve, mais do que o pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro. Deus colocou o filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pela senda do bem, e lhes facilitou a tarefa dando àquele uma organização débil e delicada, que o torna propício a todas as impressões. Muitos há, no entanto, que mais cuidam de aprumar as árvores do seu jardim e de fazê-las dar bons frutos em abundância, do que de
formar o caráter de seu filho. Se este vier a sucumbir por culpa deles, suportarão os desgostos resultantes dessa queda e partilharão dos sofrimentos do filho na vida futura, por não terem feito o que lhes estava ao alcance para que ele avançasse na estrada do bem.”

Ter filho é se reunir com outros espíritos para trabalhar cada vez mais o amor, para superar problemas, para conquistar  a felicidade, a paz, a compreensão, a paciência, é se doar por inteiro... Vivemos na Terra para aprender, e aprendemos muito ensinando. A negligência na educação dos filhos está gerando grandes males emocionais e sociais tanto nos filhos como nos pais, que não desempenham corretamente a sua missão. Educar requer extrema paciência e dedicação, e se doar para toda a vida aos filhos.

Será que os pais estão dando aos filhos o necessário? Não é apenas os bens materiais que eles necessitam, eles precisam das coisas que o dinheiro não compra. É o olhar, uma atenção amiga, companheira, de compreensão, é o conversar, é a troca de experiência, é o amor que falta muitas vezes, e que os pais tentam substituir pelas coisas materiais que não tem valor algum e nem sentimentos, apenas materialismo. Vivemos em um mundo “apressado”, muitos pais deixam seus filhos de lado no tempo que sobra para se dedicar a coisas desnecessárias e supérfluas, ou até mesmo para “cuidar” da vida dos outros, no entanto, a vida que está sob sua responsabilidade que necessita verdadeiramente de seus cuidados é posta de lado. Que tipo de educação essas preciosas crianças estão recebendo? Lembrando que tais crianças serão os cidadãos da sociedade do futuro,e uma sociedade que está se preparando para viver uma Nova Era, a de Regeneração.

Os pais e filhos devem caminharem lado a lado, para vencerem juntos as barreiras que lhes competem vencer e superar os sentimentos inferiores que possivelmente podem parecer no relacionamento, sentimentos como ciúme, orgulho, egoísmo, falta de respeito, raiva, ódio que são sentimentos que separam fisicamente ou distancia a família.

Cada membro da família tem uma função, e a função dos pais é a mais difícil, a de maior responsabilidade e ao mesmo tempo a mais bonita, que é educar, mas é educar no sentindo mais complexo da palavra e de fazer com que os filhos se sintam realmente parte da família, pois nem sempre uma casa é um lar. Não se deve e não se pode confundir autoridade com autoritarismo, não se deve impor, e nem provocar medo.

O que os filhos não tem dentro de casa vão procurar fora, encontrando “amigos” que nem sempre são apropriados, mas que lhes dão uma brecha do que necessitam, mas esta necessidade que sentem abre portas para as más influências, para as drogas, para relacionamentos que acabam em gravidez precoce e indesejada, para a rebeldia, para o desinteresse familiar, social...

Os pais tem que ajudar os filhos a desenvolver o seu potencial, é de extrema importância acompanhar, participar, estando sempre perto. Apoiá-los nas quedas e aplaudi-los nas vitórias, sem querer mais do que eles podem dar,  e mostrar com amor e compreensão os equívocos que pode está a cometer.

Os filhos serão os pais de seus pais no futuro, então, como será que estes futuros pais dos pais estão sendo tratados?  Essa “sociedade” de pequenos precisa urgentemente que seus pais abracem com total amor, paciência, renuncia, determinação... A tarefa de educar. 

Os filhos serão os pais de seus pais no futuro!

"Pais e filhos vivem ilhados, raramente choram juntos e comentam sobre seus sonhos, mágoas, alegrias, frustrações."    (Augusto Cury)

domingo, 13 de julho de 2014

Post.157: PERDOAR – POR JOANNA DE ÂNGELIS


Sim, deves perdoar! Perdoar e esquecer a ofensa que te colheu de surpresa, quase dilacerando a tua paz. Afinal, o teu opositor não desejou ferir-te realmente, e, se o fez com essa intenção, perdoa ainda, perdoa-o com maior dose de compaixão e amor.  

Ele deve estar enfermo, credor, portanto, da misericórdia do perdão. Ante a tua aflição, talvez ele sorria. A insanidade se apresenta em face múltipla e uma delas é a impiedade, outra o sarcasmo, podendo revestir-se de aspectos muito diversos.

Se ele agiu, cruciado pela ira, assacando as armas da calúnia e da agressão, foi vitimado por cilada infeliz da qual poderá sair desequilibrado ou comprometido organicamente. Possivelmente, não irá perceber esse problema, senão mais tarde.

Quando te ofendeu deliberadamente, conduzindo o teu nome e o teu caráter ao descrédito, em verdade se desacreditou ele mesmo. Continuas o que és e não o que ele disse a teu respeito.

Conquanto justifique manter a animosidade contra tua pessoa, evitando a reaproximação, alimenta miasmas que lhe fazem mal e se abebera de alienação com indisfarçável presunção.

Perdoa, portanto, seja o que for e a quem for. O perdão beneficia aquele que perdoa, por propiciar-lhe paz espiritual, equilíbrio emocional e lucidez mental.

Felizes são os que possuem a fortuna do perdão para a distender largamente, sem parcimônia. O perdoado é alguém em debito; o que perdoou é espírito em lucro.

Se revidas o mal és igual ao ofensor; se perdoas, estás em melhor condição; mas se perdoas e amas aquele que te maltratou, avanças em marcha invejável pela rota do bem.

Todo agressor sofre em si mesmo. é um espírito envenenado, espargindo o tóxico que o vitima. Não desças a ele senão para o ajudar.

Há tanto tempo não experimentavas aflição ou problema – graças à fé clara e nobre que esflora em tua alma – que te desacostumastes ao convívio do sofrimento. Por isso, estás considerando em demasia e petardo com que te atingiram, valorizando a ferida que podes de imediato cicatrizar.

Pelo que se passa contigo, medita e compreenderás o que ocorre com ele, o teu ofensor. O que te é inusitado, nele é habitual. Se não te permitires a ira ou a rebeldia – perdoarás!

A mão que, em afagando a tua, crava nela espinhos e urze que carrega, está ferida ou se ferirá simultaneamente. Não lhe retribuas a atitude, usando estiletes de violência para não aprofundares as lacerações.  O regato singelo, que tem o curso impedido por calhaus e os não pode afastar, contorna-os ou para, a fim de ultrapassá-los e seguir adiante. A natureza violenta pela tormenta responde ao ultraje reverdescendo tudo e logo multiplicando flores e grãos. E o pântano infeliz, na sua desolação, quando se adorna de luar, parece receber o perdão da paisagem e a benéfica esperança da oportunidade de ser drenado brevemente, transformando-se em jardim.

Que é o “Consolador”, que hoje nos conforta e esclarece, conduzindo uma plêiade de Embaixadores dos Céus para a Terra, em  missão de misericórdia e amor, senão o perdão de Deus aos nosso erros, por intercessão de Jesus!

Perdoa, sim, e intercede ao Senhor por aquele que te ofende, olvidando todo o mal que ele supõe ter-te feito ou que supões que ele te fez, e, se o conseguires, ama-o,  assim mesmo como ele é.

“Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes.”  Mateus:18-22

“A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacifico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas.”       O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap.X – Item 4.


Joanna de Ângelis
Livro: Florações Evangélicas. Psicografia de Divaldo Franco.


terça-feira, 8 de julho de 2014

Post.156: RECONCILIAR-SE COM OS ADVERSÁRIOS


5. Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho, para que ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao ministro da justiça e não sejais metido em prisão. – Digo-vos, em verdade, que daí não saireis, enquanto não houverdes pago o último ceitil. (S. MATEUS, 5:25 e 26.)

6. Na prática do perdão, como, em geral, na do bem, não há somente um efeito moral: há também um efeito material. A morte, como sabemos, não nos livra dos nossos inimigos; os Espíritos vingativos perseguem, muitas vezes, com seu ódio, no além-túmulo, aqueles contra os quais guardam rancor; donde decorre a falsidade do provérbio que diz: “Morto o animal, morto o veneno”, quando aplicado ao homem.
O Espírito mau espera que o outro, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e, assim, menos livre, para mais facilmente o atormentar, ferir nos seus interesses, ou nas suas mais caras afeições. Nesse fato reside a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo dos que apresentam certa gravidade, quais os de subjugação e possessão. O obsidiado e o possesso são, pois, quase sempre vítimas de uma vingança, cujo motivo se encontra em existência anterior, e à qual o que a sofre deu lugar pelo seu proceder. Deus o permite, para os punir do mal que a seu turno praticaram, ou, se tal não ocorreu, por haverem faltado com a indulgência e a caridade, não perdoando. Importa, conseguintemente, do ponto de vista da tranqüilidade futura, que cada um repare, quanto antes, os agravos que haja causado ao seu próximo, que perdoe aos seus inimigos, a fim de que, antes que a morte lhe chegue, esteja apagado qualquer motivo de dissensão, toda causa fundada de ulterior animosidade. Por essa forma, de um inimigo encarniçado neste mundo se pode fazer um amigo no outro; pelo menos, o que assim procede põe de seu lado o bomdireito e Deus não consente que aquele que perdoou sofra qualquer vingança. Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais cedo possível com o nosso adversário, não é somente objetivando apaziguar as discórdias no curso da nossa atual existência; é, principalmente, para que elas se não perpetuem nas existências futuras. Não saireis de lá, da prisão, enquanto não houverdes pago até o último centavo, isto é, enquanto não houverdes satisfeito completamente a justiça de Deus.


Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. X

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Post.155: O PERDÃO

Deus nos criou simples e ignorantes para aprendermos por nós mesmos a atingirmos o bem, e nosso destino final é a perfeição, mas quando nos afastamos do bem nos auto agredimos, nisto sofremos  desajustes e dores para reajustar nossas emoções e corrigir nossos rumos.

Quando prejudicamos o próximo, haverá consequências danosas para nós, não e jamais porque Deus seja um Deus cruel, mas simplesmente pelo fato que colhemos o que plantamos, é a lei do retorno, a lei de causa e efeito, uma lei universal, conhecida também como ação e reação. Como temos o livre arbítrio, se somos livres para fazer nossas próprias escolha somos capazes de colher os insucessos ou sucessos destas.  Se pudéssemos saber as consequências de atos danosos que cometemos iríamos pensar duas vezes antes de cometê-los, haveríamos de cortar a própria mão antes de agredir alguém, ou a própria língua, antes de nos comprometermos com injurias. É como Jesus disse: “Guarde a espada! Pois todos os que empunham a espada, pela espada morrerão.”  (Mateus 26:52)

Então, o que nos cabe é perdoar, e a justiça não está em nossas mão, está na perfeita lei da ação e reação. Não fazemos nenhum favor ao perdoar o ofensor. A mágoa, o ressentimento, o rancor, o ódio, corroem nossas entranhas, quando perdoamos, ficamos livres. Pois, quando somos vítima bate a magoa e o ressentimento, no entanto, não é conveniente, porque, mágoas, rancores, ressentimentos, nos desajustam. E assim perturbam os mecanismos imunológicos e favorecem a evolução de doenças graves, como o câncer.

Quantas vezes já escutamos ou até mesmo falamos estas frases: “Perdôo, mas nunca mais lhe dirigirei a palavra.” ou “Perdôo, mas não esqueço o que você fez pra me.” Ou “Sou de perdoar, mas esquecer nunca.” ...  Será que esta pessoa perdoou mesmo? Não perdoou. Este pensamento e atitude é como se fosse uma sentença condenatória aos outros e a si mesmo. O relacionamento continua balançado e de uma forma muito pior sem as pessoas nem se olhem ou se falem  e quando é em um relacionamento familiar é que as coisas se complicam muito mais, em que a convivência sadia, a afetividade, a alegria... vão embora. Assim, quem não esquece as ofensas que sofreu, cultiva em seu coração cada vez mais a mágoa, e coloca-se como vítima, sofrendo tudo outra vez. E assim, a ferida nunca cicatriza, apenas a feri cada vez mais, ao invés de trabalhar pela própria cura.


O que atesta o perdão é esquecer as ofensas. O perdão é exercido quando se esquece o que nos foi feito, e se recomeça novamente. Perdoar verdadeiramente é reconstruir a nossa paz interior, é deixar a consciência livre, é voltar a ter harmonia, a ficar estável, é compreender que também podemos errar como erram conosco... Se não haver verdadeiramente o perdão estamos no mesmo nível dos nossos opressores.  Os ofensores não sabem o mal que estão  auto submetendo, com desajustes e sofrimentos.

         Precisamos entender que cada pessoa está em um nível evolutivo, a partir do momento em que trabalhamos a compreensão, não exigimos mais das pessoas do que elas tem pra dar. O que nos cabe apesar de tudo o que nos foi feito é perdoar verdadeiramente, pois será que nós não merecíamos passar pelas “dificuldades” em que nos colocaram? Será que os ofensores existem para que possamos exercer o perdão em nossos corações? Pois, sem eles como é que haveríamos de trabalhar e buscar o perdão? Será que somos totalmente inocentes?

Lembremos as palavras de Jesus:

“Eu digo a você: para perdoar não até sete, mas até setenta vezes sete."
(Mateus 18:22)