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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Post. 20: A MORTE NÃO EXISTE

           Se tudo se acabasse com a morte? Se todo aprendizado que acumulamos na vida se extinguisse com a morte? Se todo amor que temos pelas pessoas se esvaísse como fumaça depois da morte? Se todas as batalhas vencidas na vida se anulasse com a morte?... Então nada na vida teria sentido. Deus em sua misericórdia nos fez eternos, imortais, nosso espírito nunca morre, assim nada de nenhuma existência se perde, até mesmo os aprendizados das vidas mais remotas.

No entanto, o que é a morte? É a única forma de passagem que temos para voltar a nossa verdadeira essência, e ao nosso verdadeiro lar. Nada se acaba com morte, nem o corpo físico, pois este volta para a natureza e se transforma em matéria orgânica. Por isso que nós espíritas usamos o termo desencarne, pelo fato que a verdadeira vida  está no espírito e não na matéria, a palavra desencarne nos dar a confirmação que é a matéria, a carne que acabou e não a vida. A morte faz com que o espírito seja liberto, desta maneira ele se sente leve como nunca antes esteve na situação de encarnado, podendo gozar de todas as faculdades que a vida espiritual proporciona, tendo percepção maior para escutar, ver, sentir e tudo começa a girar em torno do pensamento, podendo ler todos os nossos pensamentos como um livro aberto, e com o passar do tempo na erraticidade (erraticidade, é quando o espírito não está encarnado) começa a relembrar as suas vidas anteriores, que é fundamental ao seu entendimento. Deus em sua infinita bondade faz com que não nos lembremos das nossas vidas anteriores, nos lança o véu do esquecimento (ver postagem 28 referente ao esquecimento de vidas passadas) quando estamos na situação de encarnado, que nos permite recomeçar sempre, esquecendo o passado, assim Ele nos dar uma nova oportunidade para corrigir os erros cometidos em outras vidas.
No livro O que é o Espiritismo, se encontra o seguinte texto: Quando o envoltório exterior está gasto e não pode mais funcionar, ele sucumbe e o Espírito dele se despoja, como o fruto se despoja de sua casca, a árvore de sua casca, a serpente de sua pele, em uma palavra, como se tira uma veste velha e imprestável: é o que se chama de morte.
A morte não é senão a destruição do envoltório material; a alma abandona esse envoltório como a borboleta deixa sua crisália; contudo, ela conserva seu corpo fluídico ou perispírito. 
        O desencarne de um familiar nos causa grande dor, e até mesmo o sentimento de que jamais a dor, a perca vai ser superada, mas quando se sabe que a morte não existe há um grande consolo, pois sabemos que a vida continua, nada acabou, apenas há uma separação temporária. O Espiritismo é uma doutrina altamente consoladora, nos permitindo ter a consciência da continuação da vida, e que as pessoas que amamos estão vivas em outra forma vibracional, que os sentimentos não acabaram, que todo o aprendizado e experiências continuam presentes no espírito.


A tristeza parece insuportável e interminável, causando uma depressão corriqueira referente a perca de um ente querido, sendo que este tipo de depressão dura cerca de 4 a 6 meses, passando deste período se não tem ajuda médica, procure. Sentir saudade é normal de uma pessoa desencarnada, o que não pode é o pensamento constante de querer, de tristeza, de lamento, da não aceitação da situação. A única coisa que nos resta a fazer é levantar a cabeça, sabemos que esse continuar de caminhada é com uma grande dificuldade, mas temos que apesar de tudo continuar caminhando, e sem pensamentos que dificultem a aceitação do desencarnado, pois este fica com o pensamento de querer voltar, de avisar que não se acabou, que está vivo em uma outra forma, isto causa uma dificuldade muito maior em sua adaptação a nova forma de vida e na nova morada... A perca tem que ser sentida e vivida pelos encarnados obviamente, a separação é muito doloroso emocionalmente chegando até a afetar a parte física do nosso ser, no entanto, o tempo é o grande remédio e o amigo paciente, o tempo é tudo, com o passar deste e chegando a hora todos se encontram novamente, isto é a providência Divina, um grande presente que Deus nosso Pai nos concedeu: o reencontro com as pessoas que amamos.

“Somos todos visitantes deste tempo, deste lugar. Estamos só de passagem. O nosso objetivo é observar, crescer, amar... E depois vamos para casa.”            (Provérbio Aborígene)

 “O chronos* tudo alivia, tudo uni, tudo cura...   Chronos as nossas dores e saudades. Chronos ao nosso amor. Chronos é paciência.” (Jardim Espírita)  


*Os gregos antigos tinham três conceitos para o tempo: chronos, kairos e Aeon. Enquanto chronos refere-se ao tempo cronológico, ou sequencial, que pode ser medido. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Chronos )

Pra quem quer um pouco de música edificante, ver a postagem: http://jardim-espirita.blogspot.com.br/2013/08/post64-musica-quem-me-levara-sou-eu.html

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